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Antonio Marcos Pereira
  • Departamento de Letras Vernáculas
    Universidade Federal da Bahia
    Av. Barão de Jeremoabo, 147 - Ondina
    Salvador Bahia Brasil
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No texto a seguir — que se originou em uma apresentação realizada em 2022 na Universidade Nacional de Rosário — apresento um conjunto de indagações que gravitam inicialmente ao redor da questão da forma tradicional da biografia e seus... more
No texto a seguir — que se originou em uma apresentação realizada em 2022 na Universidade Nacional de Rosário — apresento um conjunto de indagações que gravitam inicialmente ao redor da questão da forma tradicional da biografia e seus pressupostos, partindo daí para uma tentativa de caracterizar o ensaio biográfico, valorizando as negociações e potenciais fertilizações recíprocas entre o ensaístico e o biográfico. Introduzo também questões relativas à poética da biografia, explorando um percurso de investigação que, nos últimos dez anos, atravessa a tentativa de definir o biográfico, de explorar as hibridações com o ensaio, e de explorar as formas anômalas da biografia. Concluo apresentando o que me parecem horizontes atuas de pesquisa, marcados pela questão da forma, bem como por questões relacionadas às conceitualizações que contribuem para a estruturação da narrativas biográficas, suas poéticas e processos.
No texto a seguir — que se originou em uma apresentação realizada em 2022 na Universidade Nacional de Rosário — apresento um conjunto de indagações que gravitam inicialmente ao redor da questão da forma tradicional da biografia e seus... more
No texto a seguir — que se originou em uma apresentação realizada em 2022 na Universidade Nacional de Rosário — apresento um conjunto de indagações que gravitam inicialmente ao redor da questão da forma tradicional da biografia e seus pressupostos, partindo daí para uma tentativa de caracterizar o ensaio biográfico, valorizando as negociações e potenciais fertilizações recíprocas entre o ensaístico e o biográfico. Introduzo também questões relativas à poética da biografia, explorando um percurso de investigação que, nos últimos dez anos, atravessa a tentativa de definir o biográfico, de explorar as hibridações com o ensaio, e de explorar as formas anômalas da biografia. Concluo apresentando o que me parecem horizontes atuas de pesquisa, marcados pela questão da forma, bem como por questões relacionadas às conceitualizações que contribuem para a estruturação da narrativas biográficas, suas poéticas e processos.
Resumo Neste ensaio busco explorar algumas ressonâncias entre a construção de um subgênero do comentário contemporâneo de literatura, traduzido no híbrido crítica/autoajuda, e alguns aspectos do trabalho de César Aira, que construiu ao... more
Resumo Neste ensaio busco explorar algumas ressonâncias entre a construção de um subgênero do comentário contemporâneo de literatura, traduzido no híbrido crítica/autoajuda, e alguns aspectos do trabalho de César Aira, que construiu ao longo de sua carreira uma obra bastante refratária ao jogo comumente celebrado entre literatura e pedagogia, fundado no papel orientador que a criação literária poderia ter em termos de fomentar prescrições morais louváveis. Crendo que assim Aira pensou e fez, creio também que, à revelia de suas possíveis intenções autorais, há algo em sua literatura que nutre certo panorama ético. Busco aqui comentar e discutir esse panorama a partir de uma leitura, necessariamente pontual, de um conjunto de textos de Aira que flertam com a autobiografia e a autoficção (como La Vida Nueva), associados a outros que operam com a questão da relação entre literatura e vida (como El Náufrago e Cecil Taylor), convocados em torno de um anedotário pessoal de motivação explor...
Neste trabalho, tratamos de Sobre Sánchez, obra que é ao mesmo tempo a biografia do escritor argentino Néstor Sánchez e a autobiografia de seu biógrafo, Osvaldo Baigorria. Analisamos de que maneira o livro desarticula algumas das... more
Neste trabalho, tratamos de Sobre Sánchez, obra que é ao mesmo tempo a biografia do escritor argentino Néstor Sánchez e a autobiografia de seu biógrafo, Osvaldo Baigorria. Analisamos de que maneira o livro desarticula algumas das características mais consagradas da biografia literária, se estabelecendo como um texto em processo, no qual o biógrafo, longe de
configurar-se como uma figura invisibilizada no corpo da biografia, dramatiza o seu papel e os caminhos que o levaram à investigação e escrita da vida de Sánchez na materialidade da própria biografia.
Meu propósito neste ensaio é – partindo de uma reflexão produzida anteriormente a respeito de conexões entre algumas propostas de Roland Barthes e a produção final de Mario Levrero – considerar um aspecto da recepção justamente desse... more
Meu propósito neste ensaio é – partindo de uma reflexão produzida anteriormente a respeito de conexões entre algumas propostas de Roland Barthes e a produção final de Mario Levrero – considerar um aspecto da recepção justamente desse entrecho de sua obra (composto por Diario de un canalla, El discurso vacío e La novela luminosa). Assim, continuando na exploração do paralelismo entre propostas de Barthes e potencialidades interpretativas da produção de Levrero, invisto com um pouco mais de vigor na expansão do que poderia ser uma “crítica patética”, e comento o que percebo como estratégias de evitação dessa forma da crítica em ensaios de Adriana Astutti e Sandra Contreras. Por essa via, busco angariar argumentos que destaquem a pertinência de uma inclinação crítica que permita uma aproximação de elementos autobiográficos no processo de, como diz Barthes, “escrever a leitura” (Écrire la lecture).
Nesse ensaio busco explorar algumas ressonâncias entre a noção/o conceito de "idiorritmia", formulada por Roland Barthes em seu Como Viver Junto, e a produção tardia do autor uruguaio Mario Levrero, concentrando a atenção em particular... more
Nesse ensaio busco explorar algumas ressonâncias entre a noção/o conceito de "idiorritmia", formulada por Roland Barthes em seu Como Viver Junto, e a produção tardia do autor uruguaio Mario Levrero, concentrando a atenção em particular sobre El discurso vacio e La novela luminosa. A conversação entre os dois, ainda que tangencial, reforça uma alternativa de leitura distinta da que percebo como uma padronagem interpretativa que se acomodou em torno da obra de Levrero, e permite valorizar uma certa operação de deslocamento em seu trabalho, relacionada à política do cuidado de si que a escrita de tais textos promove.
Este trabajo analiza, a modo de recuerdo personal de mi propia trayectoria como investigador de biografía literaria, el contraste entre la forma canónica de la biografía y sus fundamentos poéticos, y una veta alternativa, que creo hace de... more
Este trabajo analiza, a modo de recuerdo personal de mi propia trayectoria como investigador de biografía literaria, el contraste entre la forma canónica de la biografía y sus fundamentos poéticos, y una veta alternativa, que creo hace de algún modo colapsar proceso y producto. Examino algunos aspectos autobiográficos de tal empresa, que vuelven más visibles al biógrafo y el archivo que está detrás de cada biografía. Expongo lo que considero un proceso que puede describirse en los términos en los que Lawrence Venuti describió el trabajo del traductor, y pongo en discusión la invisibilización tanto del biógrafo como del proceso de investigación que hizo posible la biografía. También presento algunos casos que que no siguen esta fórmula y que parecen ser referencias para una pequeña tradición en la escritura biográfica contemporánea, así como algunas vías fecundas para futuras aventuras, tanto en el contenido como en la forma de las biografías literarias.
O espaço (auto) biográfico contemporâneo, tal como nos apresenta Arfuch (2010) constitui-se em uma zona híbrida, instável, irregular. Uma zona em que predominam a interdiscursividade entre os gêneros, a transversalidade dos discursos e... more
O espaço (auto) biográfico contemporâneo, tal como nos apresenta Arfuch (2010) constitui-se em uma zona híbrida, instável, irregular. Uma zona em que predominam a interdiscursividade entre os gêneros, a transversalidade dos discursos e uma dificuldade cada vez maior de etiquetar e classificar as produções que trabalham com a escrita da intimidade. Este novo cenário exige que o leitor incorpore novas formas de olhar às narrativas, armando-se de procedimentos de leitura específicos, porém ao mesmo tempo ambíguos, afinal uma obra de ficção pode conter elementos (auto) biográficos, assim como uma produção (auto) biográfica pode se construir predominantemente de invenção. Como encarar então este tipo de texto? Uma destas experimentações cada vez mais crescentes no interior do espaço (auto) biográfico é uma constante na bibliografia de um escritor iugoslavo que nas palavras de Sontag (2001), sempre esteve sob ataque e portanto, de modo forçoso, no ataque: Danilo Kiš. Espectador de períodos tempestuosos da História Mundial, filho de um país que celebrava a literatura provinciana (e que logo, opunha-se ao modelo nada conservador de escrita de Kiš), transformado em astro por seus conterrâneos apenas após a sua morte em 1989, o que se estabelece na produção deste autor, em especial na obra que analisamos, Um túmulo para Boris Davidovitch, é uma forte tensão entre fato e ficção. Ou seja, na construção mimética, Danilo Kiš incorpora às suas narrativas ficcionais, uma série de estratégias comumente presentes nas narrativas biográficas. Esse procedimento, que também aparece em Vidas Imaginárias (2011), de Marcel Schwob; História Universal da Infâmia (1986), de Jorge Luís Borges; e Mortes Imaginárias (2005), de Michel Schneider, insere Um túmulo para Boris Davidovitch na tradição das genericamente chamadas ficções biográficas (Premat, 2010). São obras que se estruturam no formato de relatos curtos, em que a veracidade e o testemunho, típicos da biografia, se mesclam com a invenção, a especulação e a dúvida da invenção ficcional. Pensando nestas questões, neste trabalho, lançamos um olhar analítico sobre os sete relatos que compõem Um túmulo para Boris Davidovitch, de Kiš, buscando compreender como se organizam as narrativas, como se estabelece essa tensão entre ficção e realidade na obra, e de que maneira o escritor iugoslavo assume o que Premat (2010) chama de posição de falsário, ao introduzir nas narrativas como dados autênticos personas e informações que, na verdade, não encontram referentes no mundo real. Paralelamente, buscamos conexões entre a obra de Kiš e os outros livros que compõem a tradição na qual ela está inserida, propondo o estabelecimento de uma genealogia que se configure não pela herança de sangue, típica da crítica comparativista tradicional, e sim, como propõe Souza (2007), pela aproximação, que se vale tanto de coincidências ideológicas entre os autores quanto de experiências biográficas comuns, que pode ser feita pela crítica a partir de liberdades interpretativas, de rede de associações que se compõem de elementos ficcionais, teóricos e biográficos.
Research Interests:
Há algum tempo me dei conta de que não conhecia textos publicados aqui no Brasil que falassem sobre ser um crítico. Como funciona esse trabalho? Como alguém se forma para executar esse trabalho? Como um crítico é remunerado? Como se... more
Há algum tempo me dei conta de que não conhecia textos publicados aqui no Brasil que falassem sobre ser um crítico. Como funciona esse trabalho? Como alguém se forma para executar esse trabalho? Como um crítico é remunerado? Como se diferencia a qualidade desse trabalho? Qual pode ser o plano de carreira de um crítico? Encontrei discussões de outra ordem – sobre o problema do valor estético, sobre definições concorrentes de crítica – mas nada cujo foco estivesse em uma dimensão mais ordinária, mas que também tinha sua importância. Afinal, ninguém negaria que a crítica, além de ser uma dimensão do pensamento, é um exercício profissional: pessoas são contratadas e remuneradas como prestadoras de serviços especializados nessa capacidade, e respondem por ela na condição de autores de material para publicação, compiladores, jurados de concursos e avaliadores de propostas concorrentes a recursos distribuídos por editais públicos. Se tudo isso ocorre, esse exercício também pode ser descrito, analisado, comparado, debatido a partir de suas condições factuais de execução. Mas aí, curiosamente, ninguém parece querer meter a mão.
O ensaio apresenta alguns resultados de um trabalho de leitura sistemáticade biografias literárias e de textos de natureza crítica e teórica voltadospara o gênero biográfico que vem sendo realizado desde 2007. Um de seusresultados, aqui... more
O ensaio apresenta alguns resultados de um trabalho de leitura sistemáticade biografias literárias e de textos de natureza crítica e teórica voltadospara o gênero biográfico que vem sendo realizado desde 2007. Um de seusresultados, aqui apresentado, é o desenvolvimento de uma taxonomia básicaque retrata duas possibilidades atuais para o gênero no que diz respeito principalmenteaos procedimentos dos biógrafos, e que aqui são denominadasde “tradição monumental” e “tradição processual”. O objetivo principal édefinir, em linhas gerais, tais tradições, especificando algumas de suas característicascentrais e avaliando algumas consequências de tais característicaspara a compreensão e a crítica do gênero biográfico.
A proposta do ensaio é comparar três casos de um suposto gênero híbrido, o romance-ensaio, em um esforço para compreender as estratégias do romance no século XXI. Assim, ao ler Anéis de Saturno de W. G. Sebald (1992), Diário de um ano... more
A proposta do ensaio é comparar três casos de um suposto gênero híbrido, o romance-ensaio, em um esforço para compreender as estratégias do romance no século XXI. Assim, ao ler Anéis de Saturno de W. G. Sebald (1992), Diário de um ano ruim de J. M. Coetzee (2008), e From Old Notebooks  de E. Lavender-Smith (2010), busco enfatizar uma certa deriva que incorpora de maneira cada vez mais patente e performática, um jogo com a dimensão autobiográfica da autoria e uma exibição cada vez mais saliente do funcionamento do autor em seu processo de fatura dos textos. Por essa via, busco dialogar com pesquisadores do surgimento do gênero romance, como Gallagher (2010) e Hunter (1979), bem como com comentadores da fisionomia contemporânea da ficção, como Laddaga (2010) e Ludmer (2010).
O presente artigo visa tratar da noção de competência a partir do uso inaugural desses termos nos estudos linguísticos contemporâneos. Para tanto, farse-á uma breve contextualização histórica, retomando os trabalhos dos linguistas... more
O presente artigo visa tratar da noção de competência a partir do uso
inaugural desses termos nos estudos linguísticos contemporâneos. Para tanto, farse-á uma breve contextualização histórica, retomando os trabalhos dos linguistas norte-americanos Noam Chomsky e Dell Hymes em torno dessa noção. Este trabalho tenciona problematizar o impacto que a noção de competência gerou para os estudos mais recentes em Linguística, bem como o tratamento que autores da atualidade dão a essa noção. Além disso, busca-se estabelecer uma relação conceitual da noção de competência com a Linguística Aplicada e com questões relacionas ao ensino aprendizagem de línguas.
O artigo propõe um confronto do trabalho de dois autores, Juan José Saer e César Aira, marcadamente distintos no que diz respeito às estruturas de recepção convocadas por suas obras, e que podemos traduzir particularmente na maneira como... more
O artigo propõe um confronto do trabalho de dois autores, Juan José Saer e César Aira, marcadamente distintos no que diz respeito às estruturas de recepção convocadas por suas obras, e que podemos traduzir particularmente na maneira como é percebida a relação de cada um com “o contemporâneo”, o que resulta em seu alojamento específico em certas genealogias e na produção de suas respectivas inscrições na história literária latino-americana recente, aqui instanciadas em trabalhos de Anália Gerbaudo e Sandra Contreras. O exame de objetos ficcionais como La pesquisa, de Saer, e Parmênides, de Aira, nos leva a encontrar solicitações ambivalentes do fato supostamente histórico e de sua relação com a ficção, que são aqui apresentadas como oportunidades para operar criticamente com relação a estruturas estabelecidas de recepção e crítica do trabalho dos autores.
A partir de um incidente ocorrido em um evento em torno do trabalho de Juan José Saer, exploro duas situações nas quais a leitura é tematizada explicitamente em seu trabalho, uma extraída de um conto e outra de um ensaio. Lanço mão de... more
A partir de um incidente ocorrido em um evento em torno do trabalho de Juan José Saer, exploro duas situações nas quais a leitura é tematizada explicitamente em seu trabalho, uma extraída de um conto e outra de um ensaio. Lanço mão de tais situações para explorar as relações entre a leitura e o jogo literário, comentando de saída uma questão ligada à micropolítica da enunciação na crítica contemporânea.
A noção de “Mudanças Organizacionais” é quase de senso comum, hoje em dia, tal é o grau de disseminação dos programas que visam estabelecer novas perspectivas para as organizações no contexto complexo e mutável da sociedade comtemporânea.... more
A noção de “Mudanças Organizacionais” é quase de senso comum, hoje em dia, tal é o grau de disseminação dos programas que visam estabelecer novas perspectivas para as organizações no contexto complexo e mutável da sociedade comtemporânea. Subjacente a estes processos há a expectativa de que as transformações na estrutura e dinâmica da organização resultem de e conduzam a níveis mais elevados de comprometimento com o trabalho. A presente investigação apoiou-se num questionário aplicado a 904 trabalhadores de 25 organizações, empresas públicas e privadas do sector industrial, avaliando múltiplos comprometimentos e as mudanças em curso na estrutura e processos organizacionais. A associação entre a percepção das mudanças organizacionais e comprometimento revela-se heterogéneo, considerando-se os diferentes focos e as diferentes dimensões das mudanças que se tornam salientes para os indivíduos nos seus contextos de trabalho. Os resultados reforçam recomendações da pesquisa teórica recente na área no sentido de se explorar com mais detalhe os vínculos entre os níveis micro e macro da análise organizacional.
O livro Palavras da crítica contemporânea nasceu de uma série de encontros organizados em 2015 por Luciene Azevedo e Antonio Marcos Pereira e realizados na UFBA em 2015 para discutir a coleção Entrecríticas , organizada pela professora e... more
O livro Palavras da crítica contemporânea nasceu de uma série de encontros organizados em 2015 por Luciene Azevedo e Antonio Marcos Pereira e realizados na UFBA em 2015 para discutir a coleção Entrecríticas , organizada pela professora e também crítica Paloma Vidal, um conjunto de livros breves, publicados pela editora Rocco em 2014. Palavras da crítica contemporânea reúne trabalhos dos pesquisadores que participaram nos encontros, com abordagens de temas de crítica e afeto, crítica e ética, inespecifidade, campo literário, gênero(s) e cânone, e representação e biografia. A orelha de Palavras da crítica contemporânea é assinada pela crítica e escritora Noemi Jaffe.
Non-reductive physicalism is committed to a description of the world where several levels of reality coexist. Such a multilayered model of the world renders necessary to preserve higher-level descriptions. We claim that an apt formulation... more
Non-reductive physicalism is committed to a description of the world where several levels of reality coexist. Such a multilayered model of the world renders necessary to preserve higher-level descriptions. We claim that an apt formulation of non-reductive physicalism requires a combination of the notions of supervenience and emergence. We cannot give the notion of property emergence a reasonable account without examining the underlying assumptions concerning downward causation (DC). We make use of Emmeche, Kppe and Stjernfelt’s three versions of DC, claiming that the medium version, understood as a kind of formal/functional causation, provides us with a sound understanding of DC. The notion of biological meaningfulness is here put forward as a justification for the convenience of higher-level biological descriptions, as medium DC prompts us to recognize that the relational properties of a complex system’s components cannot be sufficiently described if we do not take due account of the formal/functional downward influence of the higher-level entity at stake.
Despite the pervasive influence of the reductionist program, several philosophers and scientists still hope to avoid both radical dualism, as it challenges one of the main tenets of the scientific worldview, namely, ontological... more
Despite the pervasive influence of the reductionist program, several philosophers and scientists still hope to avoid both radical dualism, as it challenges one of the main tenets of the scientific worldview, namely, ontological physicalism, and reductionism, since it would be most desirable that any description of the natural world should preserve the relative independence of the diverse levels of organization and, thus, the autonomy of other sciences besides physics. This middle road between radical dualism and reductionism often combines the notions of supervenience and emergence, claiming that higher-level phenomena are both grounded in and emergent from a lower-level material structure . In this paper, our purpose is to examine how the understanding of biological causation is affected by the concepts of supervenience and property emergence.
Um ensainho que escrevi sobre Sebald e foi publicado num número dedicado a ele da Cadernos Benjaminianos (Belo Horizonte, v.12, p. 5-8, 2016).