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Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos.... more
Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos. Também, analisamos os sentidos atribuídos à s revistas ao serem inseridas na exposição Memória e Resistência como documentos históricos do museu. Ainda, refletimos sobre as heranças colonialistas do museu através do conceito de colonialidade do saber e do poder e sobre as rupturas desse processo a partir de ações recentes do museu que busca descolonizar-se. Compreendemos que a exposição Memória e Resistência propôs uma crítica da colonialidade do museu por meio da exposição do conteúdo de suas revistas e ao mesmo tempo evidenciou que os povos Kaingang e Mbya-Guarani, antes compreendidos como objetos de estudo, agora, tornam-se protagonistas do processo de construção de suas próprias representações, ao participarem da elaboração da exposição.
O artigo problematiza a conformação do campo dos museus no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Com base na operação historiográfica, foram analisados registros escritos que possibilitaram mapear diversos sujeitos e as relações entre... more
O artigo problematiza a conformação do campo dos museus no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Com base na operação historiográfica, foram analisados registros escritos que possibilitaram mapear diversos sujeitos e as relações entre eles. Conservadores de museus, naturalistas, artistas e educadores estavam entre os indivíduos envolvidos com práticas e ideias relativas aos museus e à educação neles. O estudo buscou mapear o itinerário de alguns sujeitos pouco visíveis na história dos museus e objetivou dar a ver um espaço de interação entre eles. Conclui-se que colaborações, disputas e interações diversas caracterizaram relações em que sujeitos individuais e organizações se reuniram com o propósito de fortalecer os museus e seu viés educativo.
Esse artigo analisa a criação e os primeiros anos de funcionamento do Museu Pedagógico da França e do Pedagogium do Brasil, ambos inseridos no movimento internacional de implantação de museus nacionais pedagógicos e concebidos como... more
Esse artigo analisa a criação e os primeiros anos de funcionamento do Museu Pedagógico da França e do Pedagogium do Brasil, ambos inseridos no movimento internacional de implantação de museus nacionais pedagógicos e concebidos como instrumentos para o progresso da escola pública, no final do século XIX. A abordagem transnacional do projeto museal e das práticas brasileira e francesa permitiu analisar aproximações e distanciamentos entre as duas instituições. Reunir impressos e artefatos nacionais e estrangeiros em uma biblioteca e uma exposição permanente para servir de subsídio a professores e gestores da instrução pública, estava dentre as finalidades das duas instituições. 
Esse artigo analisa as imagens fotograficas contidas em Porto Alegre , album fotografico, produzido por Virgilio Calegari, entre 1908 e 1912, a partir das quais foi possivel observar que o fotografo trilhou dois itinerarios. Um percurso... more
Esse artigo analisa as imagens fotograficas contidas em Porto Alegre , album fotografico, produzido por Virgilio Calegari, entre 1908 e 1912, a partir das quais foi possivel observar que o fotografo trilhou dois itinerarios. Um percurso revela os aspectos ainda coloniais de uma Porto Alegre que ensaiava os passos para uma modernidade pretendida. Outro percurso atualizava o fotografo com seu tempo, sintonizando-o nao apenas com os avancos tecnologicos e as experimentacoes tecnicas, mas tambem com um imaginario proveniente das metropoles europeias ou norte-americanas. Assim, o artista fez do cenario de Porto Alegre, ainda tao singela e repleta de casaroes e igrejas oitocentistas, um laboratorio de experimentacoes, inaugurando representacoes visuais da cidade em consonância com um imaginario de modernidade que privilegiava a dinamicidade e a mobilidade como atributos das imagens fotograficas urbanas.
Resenha do livro "Imagens da sociedade porto-alegrense: vida publica e comportamento nas fotografias da Revista do Globo (decada de 1930)" de autoria de Claudio de Sa Machado Junior.
RESUMO: Este artigo objetiva abordar a contribuição da historiadora Sandra Jatahy Pesavento ao processo museológico brasileiro, enfocando a realização de pesquisas, exposições e publicações entre os anos de 1987 e 1992. A partir da... more
RESUMO: Este artigo objetiva abordar a contribuição da historiadora Sandra Jatahy Pesavento ao processo museológico brasileiro, enfocando a realização de pesquisas, exposições e publicações entre os anos de 1987 e 1992. A partir da produção de exposições e publicações realizadas pela historiadora e sua equipe, pretende-se analisar, especialmente, de que forma foram concebidas e tratadas as imagens visuais naquele contexto. PALAVRAS-CHAVE: Museu-Exposições-Fotografia-Imaginário-Imagem. ABSTRACT: This article aims to address the contribution of the historian Sandra Pesavento Jatahy to process Brazilian museum, focusing on the conduct of research, exhibitions and publications between the years 1987 and 1992. From the production of exhibitions and publications produced by the historian and his team intends to examine, in particular, how were designed and processed the visual images that context.
O presente artigo tem por objetivo aproximar duas práticas culturais de salvaguarda de memória: as escritas biográficas e as coleções museológicas. Ambas podem atuar como consagradoras de uma me- mória individualizante dos grandes... more
O presente artigo tem por objetivo aproximar duas práticas culturais de salvaguarda de memória: as escritas biográficas e as coleções museológicas. Ambas podem atuar como consagradoras de uma me- mória individualizante dos grandes exemplos ou como vetores de reflexões acerca das memórias coletivas. A partir de um estudo de caso oriundo da cidade de Canoas (RS), analisou-se a biografia autorizada do ex-prefeito Hugo Simões Lagranha, sua coleção em exposição no Museu Municipal de Canoas, os livros tombos do Museu e jornais locais. Considerou-se as coleções como atos biográficos e as exposições enquanto narrativas construídas por meio de objetos. Foi possível compreender como a cidade de Canoas trata as memórias locais ao se distanciar da história da cidade e suas diversas nuances para representar a trajetória de um homem só.This article analyzes two cultural practices that aim to preserve the memories: the biographies and the museum’s collections. Both can value individual memories or...
Este trabalho analisa o conteúdo dos relatos dos inspetores gerais da Instrução Pública do Rio Grande do Sul a partir das noções de cultura material escolar e de cultura visual escolar, cotejando-os com outros documentos e com... more
Este trabalho analisa o conteúdo dos relatos dos inspetores gerais da Instrução Pública do Rio Grande do Sul a partir das noções de cultura material escolar e de cultura visual escolar, cotejando-os com outros documentos e com bibliografia especializada. Aponta para a existência de uma preocupação, seguida de ação, em aparelhar e prover as escolas com as novidades do então embrionário mercado de produtos educativos, tendo em vista a modernização da escola primária. Destaca que os profissionais técnicos do Estado estavam atentos às ideias e às práticas utilizadas em outros países. Conclui que houve a criação de soluções econômicas e logísticas para a manutenção do fornecimento desse material, e distingue as coleções escolares do Museu Julio de Castilhos, o mobiliário fabricado nas oficinas da Casa de Correção e a adaptação e edição locais de livros didáticos..This paper analyzes the content of the reports of the general inspectors of the Public Instruction in Rio Grande do Sul, Brazi...
Uma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre: biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e dos... more
Uma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre: biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e dos sujeitos fotografados. As complexas relações entre visível e invisível podem ser chaves para a compreensão dos modos a partir dos quais o poder constrói determinadas visualidades ligadas à educação. Nas imagens analisadas, a visibilidade é imperativo a partir do qual atesta-se a presença dos sujeitos, docilizados pela cultura escolar. A partir das imagens são construídos sentidos de ordem escolar e ordem urbana. A grafia da educação no espaço urbano se faz a partir do exercício do olhar do poder possibilitado pela grafia da luz - a fotografia.The edit of commemorative albums represented a way of circulation of photographs with educational thematic. In the album Porto Alegre: the biography of a city, issued in 1940, the education can be seen in the pi...
O objetivo deste trabalho e disponibilizar informacoes concernentes a acervos historicos escolares no âmbito de museus de educacao, partindo de dados coletados em mapeamento que identificou museus e memoriais existentes em escolas e... more
O objetivo deste trabalho e disponibilizar informacoes concernentes a acervos historicos escolares no âmbito de museus de educacao, partindo de dados coletados em mapeamento que identificou museus e memoriais existentes em escolas e acervos historicos escolares em guarda na cidade de Porto Alegre. Apresenta esses espacos como objetos de investigacao para estudos em Historia da Educacao, reunindo informacoes sobre seus acervos como fontes de pesquisa. Ressalta a contribuicao do levantamento para dar visibilidade ao patrimonio educativo mantido por essas escolas para possibilitar pesquisas no campo da Educacao e da Museologia. Verifica-se que ha uma preocupacao em preservar a cultura escolar, valorizada enquanto patrimonio educativo, no sentido da sua investigacao como forma de compreender as praticas do passado em dialogo com as praticas do presente.
Este trabalho analisa o conteúdo dos relatos dos inspetores gerais da Instrução Pública do Rio Grande do Sul a partir das noções de cultura material escolar e de cultura visual escolar, cotejando-os com outros documentos e com... more
Este trabalho analisa o conteúdo dos relatos dos inspetores gerais da Instrução Pública do Rio Grande do Sul a partir das noções de cultura material escolar e de cultura visual escolar, cotejando-os com outros documentos e com bibliografia especializada. Aponta para a existência de uma preocupação, seguida de ação, em aparelhar e prover as escolas com as novidades do então embrionário mercado de produtos educativos, tendo em vista a modernização da escola primária. Destaca que os profissionais técnicos do Estado estavam atentos às ideias e às práticas utilizadas em outros países. Conclui que houve a criação de soluções econômicas e logísticas para a manutenção do fornecimento desse material, e distingue as coleções escolares do Museu Julio de Castilhos, o mobiliário fabricado nas oficinas da Casa de Correção e a adaptação e edição locais de livros didáticos.
Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Inicialmente são feitos... more
Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Inicialmente são feitos apontamentos sobre a imbricação da história e dos historiadores com as práticas patrimoniais no Brasil, com indagações sobre afastamentos e aproximações entre esses campos. Em um segundo momento são apresentados os resultados de levantamento da produção acadêmica brasileira sobre o patrimônio, entre os anos de 1999 e 2011, especialmente no âmbito dos estudos históricos em nível de pós-graduação.  Finalmente, é problematizado o conceito de campo do patrimônio e campo político para pensar os agentes envolvidos com a questão. Conclui que a história e os historiadores estiveram envolvidos com as questões do patrimônio, desde o surgimento dos primeiros museus brasileiros, no século XIX, quando esteve em voga uma determinada escrita da história associada aos In...
RESUMO O artigo aborda o Curso de Organização dos Museus Escolares realizado pelo Museu Histórico Nacional a convite do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no ano de 1958. O acordo entre as duas instituições... more
RESUMO O artigo aborda o Curso de Organização dos Museus Escolares realizado pelo Museu Histórico Nacional a convite do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no ano de 1958. O acordo entre as duas instituições visou ministrar um curso de curta-duração destinado a professoras-bolsistas, a fim de capacitá-las a organizarem museus escolares em seus estados de procedência. A formação abarcou os conteúdos de organização, arrumação, catalogação e classificação aplicada a museus. O estudo foi realizado na perspectiva da história da educação e da história dos museus. Foram consultados os relatórios do Museu Histórico Nacional, os escritos das alunas do curso e dos servidores do Museu, bem como a produção museológica brasileira e internacional do contexto. Foi possível identificar um diálogo entre os sujeitos vinculados à educação escolar e aos museus, no qual estavam em debate representações, definições, apropriações e práticas sobre os museus. O estudo permitiu ala...
Os albuns fotograficos conformam colecoes de fragmentos visuais da cidade. Sao compostos por imagens fotograficas selecionadas, reunidas e ordenadas de acordo com o olhar do seu editor. A partir da leitura dos albuns e das imagens... more
Os albuns fotograficos conformam colecoes de fragmentos visuais da cidade. Sao compostos por imagens fotograficas selecionadas, reunidas e ordenadas de acordo com o olhar do seu editor. A partir da leitura dos albuns e das imagens fotograficas neles inseridas, e possivel construir narrativas repletas de sentidos sobre o urbano. Essas narrativas fotograficas operam com visibilidade e invisibilidade, criadoras, por sua vez, de memorias e esquecimentos. Neste texto, analiso o album fotografico Recordacoes de Porto Alegre , publicado por ocasiao das comemoracoes do Centenario da Revolucao Farroupilha, ocorrido na capital do Rio Grande do Sul, em 1935. Procuro perceber de que forma essa edicao e a exposicao do Centenario no qual esta inserida se constituiram em veiculos de um imaginario de modernidade. Alem disso, a partir dessa narrativa visual, tento compreender como sao construidas as memorias de uma cidade moderna e os esquecimentos da cidade colonial que se desejava deixar para tras. Palavras-chave: memoria, esquecimento, imaginario, fotografia, cidade, exposicoes.
ResumoUma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre:biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e... more
ResumoUma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre:biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e dos sujeitos fotografados. As complexas relações entre visível e invisível podem ser chaves para a compreensão dos modos a partir dos quais o poder constrói determinadas visualidades ligadas à educação. Nas imagens analisadas, a visibilidade é imperativo a partir do qual atesta-se a presença dos sujeitos, docilizados pela cultura escolar. A partir das imagens são construídos sentidos de ordem escolar e ordem urbana. A grafia da educação no espaço urbano se faz a partir do exercício do olhar do poder possibilitado pela grafia da luz - a fotografia.
Resumo O artigo examina as permanências, apropriações e alterações relativas às práticas e às representações que antecederam a fundação do Museu Pedagógico da França, no século XIX. Parte da categoria de museus de educação para definir... more
Resumo O artigo examina as permanências, apropriações e alterações relativas às práticas e às representações que antecederam a fundação do Museu Pedagógico da França, no século XIX. Parte da categoria de museus de educação para definir materiais didáticos, espaços e instituições, vinculadas estritamente à instrução, como uma tipologia museológica particular e insere a emergência desses museus em um movimento internacional em prol do progresso da educação. A abordagem dialoga com estudos sobre a história do patrimônio e dos museus, considerando a singularidade desses museus em relação aos processos de patrimonialização correntes de conservação dos bens culturais do passado. Exposição, coleção e museu escolar foram noções produzidas e postas em circulação pelos agentes envolvidos no processo, ficando em um segundo plano a perspectiva de valorização e conservação dos traços do passado.
The republican regime in Brazil was established amid deep transformation that made demands for social modernization. Within this context, education and schooling were considered very important for the creation of citizenship aligned with... more
The republican regime in Brazil was established amid deep transformation that made demands for social modernization. Within this context, education and schooling were considered very important for the creation of citizenship aligned with new ideas to produce a scientific society. For that reason, it was vital to look for new teaching methods that followed the precepts of a pedagogic modernity. Here enters the valorization of the intuitive method or “lessons from things”, based on the observation and the experience (the concrete), while the traditional teaching method was criticized as based on memorization, repetition and abstraction. In Brazil and especially in Rio Grande do Sul, that method was adopted by the state government and incorporated within the teaching system. The State Museum of Rio Grande do Sul was created within the same republican context. It gave especial attention to the creation of natural science collections. In that period, the school considered this museum as ...
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Componente fundamental nos estudos dessa natureza é o mapeamento do... more
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Componente fundamental nos estudos dessa natureza é o mapeamento do circuito social da fotografia. Nesse âmbito encontra-se um conjunto de informações relacionadas à produção, à circulação e ao consumo da fotografia enquanto imagem visual, criadora e propagadora de determinados imaginários sociais, e enquanto artefato que teve lugar na vida das pessoas em diferentes contextos. Nesse artigo, investigo o circuito social da fotografia na cidade de Porto Alegre, nas décadas de 1920 e 1930, tentando buscar pistas da presença, na vida dos porto-alegrenses, desse engenho da modernidade e das vistas urbanas por ele difundidas.
Este texto apresenta a relação do Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos) e seu público, no período compreendido entre 1903 e 1925, ressaltando a relevância do estudo dos museus na perspectiva da História. A partir... more
Este texto apresenta a relação do Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos) e seu público, no período compreendido entre 1903 e 1925, ressaltando a relevância do estudo dos museus na perspectiva da História. A partir da análise dos relatórios produzidos pelo diretor da instituição e dos registros de visitantes foi possível obter informações sobre a visitação pública ao museu. O Museu Julio de Castilhos conciliou a função científica e educativa, legitimando-se como instituição científica ao buscar formar, classificar e expor coleções de zoologia, botânica e mineralogia, e buscando manter-se aberto à visitação pública. Desse modo, foi possível verificar a inserção do museu num quadro mais amplo de crença na ciência e na educação como modo de alcançar o progresso civilizatório. O museu, nessa perspectiva, era uma instituição que se legitimava na sociedade por fornecer, através do contato direto com suas coleções, os subsídios necessários a uma educação científica ...
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Neste artigo proponho discutir uma das possibilidades metodológicas... more
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Neste artigo proponho discutir uma das possibilidades metodológicas para a investigação de vistas urbanas, presentes nos álbuns fotográficos de Porto Alegre, editados nas décadas de 1920 e 1930.
Nas últimas décadas, o campo de atuação do profissional da área de História tem se alargado. Museus, arquivos, memoriais, centros de documentação, órgãos de gestão do patrimônio histórico, agências de políticas culturais e de turismo são... more
Nas últimas décadas, o campo de atuação do profissional da área de História tem se alargado. Museus, arquivos, memoriais, centros de documentação, órgãos de gestão do patrimônio histórico, agências de políticas culturais e de turismo são alguns exemplos de espaços abertos ao ofício do historiador. Esse novo espectro de possibilidades de trabalho apresenta indagações e desafios de várias ordens à área de História: o que essas instituições esperam do profissional de História que nelas atua? Como tem se dado essa atuação? Que obstáculos os profissionais enfrentam? Como deve ser sua formação? Que habilidades devem possuir? O que os distingue de outros profissionais que atuam na área de patrimônio? Qual é o papel da Associação Nacional de História – em âmbito nacional e regional – em relação aos profissionais de História que atuam nessa área? Qual a importância da regulamentação da profissão de historiador para a atuação nas instituições voltadas ao patrimônio histórico-cultural? Esse te...
Esse dossiê busca contribuir com os estudos que se inscrevem na interface entre cultura visual e história da educação e ampliar as possibilidades investigativas da dimensão visual da educação, em perspectiva histórica. Mais que incorporar... more
Esse dossiê busca contribuir com os estudos que se inscrevem na interface entre cultura visual e história da educação e ampliar as possibilidades investigativas da dimensão visual da educação, em perspectiva histórica. Mais que incorporar os documentos visuais como elementos complementares do campo empírico das pesquisas, em geral calcadas sobre os escritos, pesquisar as imagens e a cultura visual, encontra sentido na problematização dos aspectos da visualidade da educação, seja ao delimitar os contornos das cadeias de produção, circulação, usos, consumo e apropriações das imagens; seja ao explorar as associações entre o visível e o invisível, nas quais estão subjacentes as relações de poder configuradoras do social. Desse modo, ao problematizar a dimensão visual da educação, vários dos estudos aqui apresentados propõem novas miradas às imagens produzidas, com diversas funções, no âmbito escolar e universo familiar, ambos extensamente investigados pelos historiadores da educação. Porém, instiga a ultrapassar o âmbito tradicionalmente consagrado dos estudos de história da educação ao apresentar objetos ainda pouco desbravados entre nós, como as revistas ilustradas ou o cinema.
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas... more
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas distinções entre ambas. Enquanto os museus aprofundaram sua missão educativa no tempo, as políticas ligadas ao patrimônio, no Brasil, incorporaram apenas recentemente práticas educativas nas suas ações de preservação dos bens culturais. Nesse último contexto ganhou força a denominada educação patrimonial, surgida no âmbito dos museus e apropriada pela agência federal de gestão do patrimônio brasileiro e pelas instituições educacionais. O objetivo é compreender as apropriação e invenções relacionados às representações e às práticas concernentes à memória e aos bens culturais, seja pelos museus e órgãos de gestão do patrimônio, seja por programas e projetos na educação básica, de modo a inspirar os que refletem e atuam em torno do tema da Educação Patrimonial.
Esse dossiê busca contribuir com os estudos que se inscrevem na interface entre cultura visual e história da educação e ampliar as possibilidades investigativas da dimensão visual da educação, em perspectiva histórica. Mais que incorporar... more
Esse dossiê busca contribuir com os estudos que se inscrevem na interface entre cultura visual e história da educação e ampliar as possibilidades investigativas da dimensão visual da educação, em perspectiva histórica. Mais que incorporar os documentos visuais como elementos complementares do campo empírico das pesquisas, em geral calcadas sobre os escritos, pesquisar as imagens e a cultura visual, encontra sentido na problematização dos aspectos da visualidade da educação, seja ao delimitar os contornos das cadeias de produção, circulação, usos, consumo e apropriações das imagens; seja ao explorar as associações entre o visível e o invisível, nas quais estão subjacentes as relações de poder configuradoras do social. Desse modo, ao problematizar a dimensão visual da educação, vários dos estudos aqui apresentados propõem novas miradas às imagens produzidas, com diversas funções, no âmbito escolar e universo familiar, ambos extensamente investigados pelos historiadores da educação. Porém, instiga a ultrapassar o âmbito tradicionalmente consagrado dos estudos de história da educação ao apresentar objetos ainda pouco desbravados entre nós, como as revistas ilustradas ou o cinema.
Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos.... more
Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos. Também, analisamos os sentidos atribuídos à s revistas ao serem inseridas na exposição Memória e Resistência como documentos históricos do museu. Ainda, refletimos sobre as heranças colonialistas do museu através do conceito de colonialidade do saber e do poder e sobre as rupturas desse processo a partir de ações recentes do museu que busca descolonizar-se. Compreendemos que a exposição Memória e Resistência propôs uma crítica da colonialidade do museu por meio da exposição do conteúdo de suas revistas e ao mesmo tempo evidenciou que os povos Kaingang e Mbya-Guarani, antes compreendidos como objetos de estudo, agora, tornam-se protagonistas do processo de construção de suas próprias representações, ao participarem da elaboração da exposição.
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas... more
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas distinções entre ambas. Enquanto os museus aprofundaram sua missão educativa no tempo, as políticas ligadas ao patrimônio, no Brasil, incorporaram apenas recentemente práticas educativas nas suas ações de preservação dos bens culturais. Nesse último contexto ganhou força a denominada educação patrimonial, surgida no âmbito dos museus e apropriada pela agência federal de gestão do patrimônio brasileiro e pelas instituições educacionais. O objetivo é compreender as apropriação e invenções relacionados às representações e às práticas concernentes à memória e aos bens culturais, seja pelos museus e órgãos de gestão do patrimônio, seja por programas e projetos na educação básica, de modo a inspirar os que refletem e atuam em torno do tema da Educação Patrimonial.
Patrimônio Revista Eletrônica do IPHAN. , p.1 - 5, 2006.
Apresentação do dossiê imagem e cultura visual. História da Educação (UFPel). , v.19, p.27 - 29, 2015.
Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos.... more
Neste artigo investigamos as representações sobre os povos originários presentes na Revista do Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, publicadas entre os anos de 1952 e 1958, pelo Museu Júlio de Castilhos. Também, analisamos os sentidos atribuídos à s revistas ao serem inseridas na exposição Memória e Resistência como documentos históricos do museu. Ainda, refletimos sobre as heranças colonialistas do museu através do conceito de colonialidade do saber e do poder e sobre as rupturas desse processo a partir de ações recentes do museu que busca descolonizar-se. Compreendemos que a exposição Memória e Resistência propôs uma crítica da colonialidade do museu por meio da exposição do conteúdo de suas revistas e ao mesmo tempo evidenciou que os povos Kaingang e Mbya-Guarani, antes compreendidos como objetos de estudo, agora, tornam-se protagonistas do processo de construção de suas próprias representações, ao participarem da elaboração da exposição.
Analisamos a história de dois museus, o Museu Anchieta de Ciências Naturais, localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, e o Museu Bernasconi, localizado em Buenos Aires, Argentina. Buscamos pistas e vestígios sobre a... more
Analisamos a história de dois  museus, o Museu Anchieta de Ciências Naturais, localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, e o Museu Bernasconi, localizado em Buenos Aires, Argentina. Buscamos pistas e vestígios sobre a configuração do museu; sobre a formação de suas coleções; sobre a atuação de seus
pesquisadores e educadores de modo a compor a montagem de micro histórias que permitam cotejar duas experiências museológicas transnacionais particulares, imbricadas em suas especificidades locais, marcadas por distanciamentos e aproximações e inseridas em movimentos internacionais mais amplos. A análise sobre o Museu brasileiro amparou-se em investigação de documentos escritos e
visuais disponibilizados pela instituição e pela produção de imagens
fotográficas do espaço atual do museu. As informações sobre o museu
argentino foram obtidas a partir das exposições observadas in loco em julho
de 2017 pelos autores . Convém ressaltar a riqueza de dados oferecida em
suas exposições de longa duração pelo Museu do Instituto Bernasconi ,
nas quais foi possível observar além dos artefatos didáticos, diversos textos
que abordam a história da instituição.
Resumo: Analisa o periódico científico Revista do Museu e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, publicada pelo Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, entre 1927 e 1930. Aborda conteúdos, artigos e documentos... more
Resumo: Analisa o periódico científico Revista do Museu e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, publicada pelo Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, entre 1927 e 1930. Aborda conteúdos, artigos e documentos publicados, bem como as dificuldades enfrentadas para manter uma publicação científica pelo Museu. Ressalta a atuação de Eduardo Duarte na compilação, transcrição e publicação de documentos da história do Rio Grande do Sul
naquela revista. Considera que a simbiose entre as duas instituições permitiu a manutenção, mesmo por pouco tempo, de uma revista que também publicou pesquisas de História Natural.

Abstract:
This article analyzes the Journal of the Museum and Public Archive of Rio Grande do
Sul published by the Júlio de Castilhos Museum and the Public Archive of Rio Grande do Sul, between 1927 and 1930. Explains about contents, articles and documents published in this journal. Focuses on work of Eduardo Duarte on the tasks of gathering, transcription and publication of sources of History of Rio Grande do Sul in this journal. A symbiosis between the both institutions enableded the maintenance of the Journal of the Museum and Public Archive of Rio Grande do Sul by a few years.
O presente artigo tem como objetivo discutir os aspectos de produção, circulação e consumo de bustos raciais, aqui denominados imagens-artefatos. Produzidos em escala industrial com a finalidade de representar as tipologias humanas, esses... more
O presente artigo tem como objetivo discutir os aspectos de produção, circulação e consumo de bustos raciais, aqui denominados imagens-artefatos. Produzidos em escala industrial com a finalidade de representar as tipologias humanas, esses bustos foram utilizados nas escolas para ensinar sobre o outro. Nortearam a abordagem, os aportes teóricos e metodológicos da biografia social das coisas e do circuito social das imagens, além das noções de cultura escolar, cultura material e cultura visual escolares. O texto foi dividido em quatro partes: antecedentes e circulação dos bustos raciais; produção da empresa especializada em objetos para a educação, a Somso Modelle (Alemanha); possibilidades de modos de utilização e, por fim, o papel desses bustos como objetos da cultura material e da cultura visual escolar, dando centralidade a percursos já percorridos por outros autores. A pesquisa foi realizada no acervo do Museu e Arquivo Histórico La Salle (Canoas-RS) e considerou a documentação a...
Esse artigo considera os cruzamentos interdisciplinares entre História, Museologia e Educação, especificamente abordando a  intersecção entre história da educação e história dos museus, para a compreensão da relação entre museus e... more
Esse artigo considera os cruzamentos interdisciplinares entre História, Museologia e Educação, especificamente abordando a  intersecção entre história da educação e história dos museus, para a compreensão da relação entre museus e Educação em perspectiva histórica. Parte-se de um mapeamento das configurações disciplinares da História da Educação e da História dos Museus no sentido de verificar seus percursos independentes e diálogos já construídos, abrindo novas alternativas de compreensão da história da relação entre museus e educação. Finalmente, deseja-se ressaltar a relevância da historicização das representações e práticas em educação em museus afim de melhor compreender e balizar as ações educativas no presente.
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a... more
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a finalidade de documentação e divulgação das obras realizadas. Entre essas imagens destacam-se as fotografias das edificações escolares. A edificação escolar tornava visível a educação na cidade, ao passo que sua imagem fotográfica criava representações de uma sociedade civilizada, moderna e científica, sintetizada na imagem da escola-monumento.
Esse texto problematiza o museu como instituição que eleva os objetos a um estatuto diferenciado simbolicamente. Identificando e mapeando um determinado percurso museal, foram investigadas as narrativas discursivas de dois grupos... more
Esse texto problematiza o museu como instituição que eleva os objetos a um estatuto diferenciado simbolicamente. Identificando e mapeando um determinado percurso museal, foram investigadas as narrativas discursivas de dois grupos específicos envolvidos na consagração dos objetos como peças de museu, doadores e agentes do campo museal. Através dessas narrativas foi possível compreender como os indivíduos e grupos sociais lidam com seu passado e sua memória, através do museu, reservando-lhe diferentes significações que apontam para sua relevância seja individual ou coletiva.
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas... more
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas distinções entre ambas. Enquanto os museus aprofundaram sua missão educativa no tempo, as políticas ligadas ao patrimônio, no Brasil, incorporaram apenas recentemente práticas educativas nas suas ações de preservação dos bens culturais. Nesse último contexto ganhou força a denominada educação patrimonial, surgida no âmbito dos museus e apropriada pela agência federal de gestão do patrimônio brasileiro e pelas instituições educacionais. O objetivo é compreender as apropriação e invenções relacionados às representações e às práticas concernentes à memória e aos bens culturais, seja pelos museus e órgãos de gestão do patrimônio, seja por programas e projetos na educação básica, de modo a inspirar os que refletem e atuam em torno do tema da Educação Patrimonial.
Esse artigo analisa a criação e os primeiros anos de funcionamento do Museu Pedagógico da França e do Pedagogium do Brasil, ambos inseridos no movimento internacional de implantação de museus nacionais pedagógicos e concebidos como... more
Esse artigo analisa a criação e os primeiros anos de funcionamento do Museu Pedagógico da França e do Pedagogium do Brasil, ambos inseridos no movimento internacional de implantação de museus nacionais pedagógicos e concebidos como instrumentos para o progresso da escola pública, no final do século XIX. A abordagem transnacional do projeto museal e das práticas brasileira e francesa per-mitiu analisar aproximações e distanciamentos entre as duas instituições. Reunir impressos e artefatos nacionais e estrangeiros em uma biblioteca e uma exposição permanente para servir de subsídio a professores e gestores da instrução pública, estava dentre as finalidades das duas instituições.
O presente artigo tem por objetivo aproximar duas práticas cultu-rais de salvaguarda de memória: as escritas biográficas e as coleções museológicas. Ambas podem atuar como consagradoras de uma me-mória individualizante dos... more
O  presente  artigo  tem  por  objetivo  aproximar  duas  práticas  cultu-rais de salvaguarda de memória: as escritas biográficas e as coleções museológicas. Ambas podem atuar como consagradoras de uma me-mória  individualizante  dos  grandes  exemplos  ou  como  vetores  de  reflexões  acerca  das  memórias  coletivas.  A  partir  de  um  estudo  de  caso oriundo da cidade de Canoas (RS), analisou-se a biografia auto-rizada do ex-prefeito Hugo Simões Lagranha, sua coleção em expo-sição no Museu Municipal de Canoas, os livros tombos do Museu e jornais locais. Considerou-se as coleções como atos biográficos e as exposições enquanto narrativas construídas por meio de objetos. Foi possível compreender como a cidade de Canoas trata as memórias locais ao se distanciar da história da cidade e suas diversas nuances para representar a trajetória de um homem só.
: Analisa o periódico científico Revista do Museu e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, publicada pelo Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, entre 1927 e 1930. Aborda conteúdos, artigos e documentos... more
: Analisa o periódico científico Revista do Museu e Arquivo Público do Rio Grande do
Sul, publicada pelo Museu Júlio de Castilhos e Arquivo Público do Rio Grande do Sul, entre 1927
e 1930. Aborda conteúdos, artigos e documentos publicados, bem como as dificuldades
enfrentadas para manter uma publicação científica pelo Museu. Ressalta a atuação de Eduardo
Duarte na compilação, transcrição e publicação de documentos da história do Rio Grande do Sul
naquela revista. Considera que a simbiose entre as duas instituições permitiu a manutenção,
mesmo por pouco tempo, de uma revista que também publicou pesquisas de História Natural.
This paper analyzes the content of the reports of the general inspectors of the Public Instruction in Rio Grande do Sul, Brazil, from the notions of material and visual school culture, comparing them with other documentary sources and... more
This paper analyzes the content of the reports of the general inspectors of the Public Instruction in Rio Grande do Sul, Brazil, from the notions of material and visual school culture, comparing them with other documentary sources and with specialized bibliography. It points to the existence of a concern, followed by action in equipping and provide schools with the innovations of the embryonic educational products market, with views to "civilization" of the population in the positivist model. It notes that State technical professionals were attentive to the practices used in other countries. It concludes that economic and logistics solutions to maintain the supply of this material were created and distinguishes amongst them the school series from Julio de Castilhos Museum, the furniture manufactured in the workshops of the House of Correction and the local adaptation and edition of textbooks.
Resumo: O artigo problematiza a contribuição da museóloga brasileira Waldisa Rússio para pensar a educação em museus, especialmente a contribuição dos museus para o aprendizado das crianças. Analisa os escritos da autora produzidos nas... more
Resumo: O artigo problematiza a contribuição da museóloga brasileira Waldisa Rússio para pensar a educação em museus, especialmente a contribuição dos museus para o aprendizado das crianças. Analisa os escritos da autora produzidos nas décadas de 1970 e 1980 e cria uma montagem de textos e excertos, nos quais foram evidenciadas pistas de um pensamento utópico. Waldisa Rússio considera os museus como lugar de pleno exercício da condição humana e a educação das crianças pequenas como modo de alcançar esse objetivo no mundo contemporâneo. São enfatizadas as relações entre o homem e o objeto, constitutivas da Museologia, bem como a relação da criança com o objeto, de forma a delimitar o museu como espaço privilegiado para o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos pequenos. Finalmente, aborda o projeto de Museu da Criança e conclui que a autora elegeu o trinômio Humanidade/Criança-Museu-Mundo como caminho para se alcançar a transformação humana e do mundo. 46 Agradeço à Cristiane Miglioranza pela busca de dados para a escrita desse texto; à Ana Carolina Gelmini de Faria pela leitura; à Miriam Moema Loss e Marcelo Scheffer pela correção das referências.
O artigo problematiza a conformação do campo dos museus no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Com base na operação historiográfica, foram analisados registros escritos que possibilitaram mapear diversos sujeitos e as relações entre... more
O artigo problematiza a conformação do campo dos museus no Brasil entre as décadas de 1930 e 1950. Com base na operação historiográfica, foram analisados registros escritos que possibilitaram mapear diversos sujeitos e as relações entre eles. Conservadores de museus, naturalistas, artistas e educadores estavam entre os indivíduos envolvidos com práticas e ideias relativas aos museus e à educação neles. O estudo buscou mapear o itinerário de alguns sujeitos pouco visíveis na história dos museus e objetivou dar a ver um espaço de interação entre eles. Conclui-se que colaborações, disputas e interações diversas caracterizaram relações em que sujeitos individuais e organizações se reuniram com o propósito de fortalecer os museus e seu viés educativo.
Ana Carolina Gelmini de Faria (Brasil), Zita Rosane Possamai (Brasil)
Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Inicialmente são feitos... more
Esse artigo propõe algumas reflexões sobre o lugar do patrimônio na
operação historiográfica e o lugar da história, como escrita e ação, no campo
do patrimônio, a partir da divisão do texto em três momentos. Inicialmente
são feitos apontamentos sobre a imbricação da história e dos historiadores
com as práticas patrimoniais no Brasil, com indagações sobre afastamentos e
aproximações entre esses campos. Em um segundo momento são apresentados
os resultados de levantamento da produção acadêmica brasileira sobre o patrimônio, entre os anos de 1999 e 2011, especialmente no âmbito dos estudos históricos em nível de pós-graduação. Finalmente, é problematizado o conceito de
campo do patrimônio e campo político para pensar os agentes envolvidos com
a questão. Conclui que os historiadores estiveram envolvidos com as questões
do patrimônio, desde o surgimento dos primeiros museus brasileiros, no século
XIX, quando esteve em voga uma determinada escrita da história associada aos
Institutos Históricos e Geográficos e que, em décadas recentes, o patrimônio foi
retomado pela história acadêmica como objeto de investigação e ação política.
O presente trabalho foi elaborado a partir do desenvolvimento de uma investigação sobre o percurso museal das esculturas sacras missioneiras produzidas entre os séculos XVII e XVIII no contexto de criação das Reduções Jesuítico-Guaranis... more
O presente trabalho foi elaborado a partir do desenvolvimento de uma investigação sobre o
percurso museal das esculturas sacras missioneiras produzidas entre os séculos XVII e XVIII no contexto de
criação das Reduções Jesuítico-Guaranis no noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo de sua
apresentação incide sobre a pertinência de reconhecer os museus como instâncias sociais educativas. Assim,
a partir de um corpus documental composto por documentos escritos e fotográficos datados de 1976, e de
aporte teórico-metodológico calcado em premissas da História Cultural, da História da Educação e da
História Visual, será analisada a atuação do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) na produção de
determinado discurso sobre a história e a cultura sul-rio-grandenses a partir de três esculturas missioneiras
que a instituição custodiava no período referido.
Resultado do estudo realizado no projeto de Dissertação de Mestrado vinculado ao Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEdu/UFRGS), na linha de pesquisa História, Memória e Educação,... more
Resultado do estudo realizado no projeto de Dissertação de Mestrado vinculado ao Programa de Pós-
Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEdu/UFRGS), na linha de
pesquisa História, Memória e Educação, intitulado: Representações sobre os povos indígenas no Museu Júlio
de Castilhos (1903-1960), a presente comunicação apresenta diversas experiências relacionadas com a
musealização e a exposição acerca de temáticas indígenas. Ao considerar a instituição museológica como um
espaço produtor de conhecimento e sua importância na construção de um imaginário coletivo a respeito de
diferentes grupos sociais, suas histórias e culturas, compreende-se que esta comunicação pode contribuir para
a reflexão sobre a relação entre os museus e os povos originários.
Hugues de Varine, ex-diretor do Conselho Internacional de Museus da Unesco, presidente do Ecomuseu Le Creusot (França), autor de "O tempo Social" e "Culture des Autres", um dos iniciadores dos museus comunitários e referência... more
Hugues de Varine, ex-diretor do Conselho Internacional de Museus da Unesco, presidente do Ecomuseu Le Creusot (França), autor de "O tempo Social" e "Culture des Autres", um dos iniciadores dos museus comunitários e referência internacional na área da museologia, em entrevista à Ponto&Vírgula, falou em português, língua que começa a dominar, sobre o destino dos museus no limiar do século XXI.
Este trabalho propõe a análise da cultura material escolar e da cultura visual escolar a partir dos objetos de ensino e mobiliário adquiridos, fabricados e distribuídos pela Inspetoria Geral da Instrução Pública às escolas durante os... more
Este trabalho propõe a análise da cultura material escolar e da cultura
visual escolar a partir dos objetos de ensino e mobiliário adquiridos,
fabricados e distribuídos pela Inspetoria Geral da Instrução Pública
às escolas durante os primeiros anos da República no Rio Grande do
Sul. Na convergência temática entre Educação e Museus, explora o
conteúdo dos relatos dos inspetores gerais, cotejando-os com outras
fontes documentais (leis, decretos e catálogos de produtos) e com
bibliografia especializada. Aponta para a preocupação, seguida de
ação, em aparelhar e prover as escolas com as novidades do então
embrionário mercado de produtos educativos, tendo em vista a
“civilização” da população. Assinala a atenção dos profissionais
técnicos do Estado às exposições pedagógicas nacionais e internacionais
e às práticas utilizadas na América do Norte e Europa. Conclui
que houve a criação de soluções econômicas e logísticas para a
manutenção do fornecimento do material às escolas e distingue,
entre elas, a montagem e a distribuição de mil coleções – que podem
ser chamadas de “museus escolares” – com amostras de minerais,
rochas e solos encontrados no Estado; a fabricação contínua de
mobiliário pelas oficinas da Casa de Correção; e a adaptação e edição
de livros mais de acordo com realidade regional e com a política
positivista, como é o caso de cartilhas e de alguns compêndios de
História e Geografia.
A comunicação busca refletir sobre as interfaces entre História e Museologia. Aponta possibilidades de investigações nesse cruzamento disciplinar, especialmente ao que se refere à história dos museus e à história praticada nas... more
A comunicação busca refletir sobre as interfaces entre História e Museologia. Aponta possibilidades de investigações nesse cruzamento disciplinar, especialmente ao que se refere à história dos museus e à história praticada nas instituições museológicas. A partir de questões de ordem teórico-metodológica busca problematizar a operação historiográfica sobre os museus e nos museus.
Resumo: O objetivo deste trabalho é disponibilizar informações concernentes a acervos históricos escolares no âmbito de museus de educação, partindo de dados coletados em um mapeamento que identificou museus e memoriais existentes em... more
Resumo: O objetivo deste trabalho é disponibilizar informações concernentes a acervos históricos escolares no âmbito de museus de educação, partindo de dados coletados em um mapeamento que identificou museus e memoriais existentes em escolas e acervos históricos escolares em guarda na cidade de Porto Alegre. Esses espaços são apresentados como objetos de investigação para estudos em História da Educação, reunindo informações sobre seus acervos como fontes de pesquisa. Ressalta-se a contribuição do levantamento para dar visibilidade ao patrimônio educativo mantido por essas escolas para possibilitar pesquisas no campo da Educação e da Museologia e verifica-se que há uma preocupação em preservar a cultura escolar, valorizada enquanto patrimônio educativo, no sentido da sua investigação como forma de compreender as práticas do passado em diálogo com as práticas do presente. Abstract: The objective of this study is to provide information concerning historical school collections in museums of education starting from data collected in a mapping that identified existing museums and memorials in schools and historical school collections in guard in the city of Porto Alegre. It presents these areas as research objects for studies in History of Education, gathering information about their collections as research sources. Also highlights the contribution of the survey to give visibility to educational heritage held by these schools to enable research in the field of Education and Museology. It is found that there is a concern to preserve school culture, valued as an educational heritage, in terms of research as a way to understand the practices of the past in dialogue with the present practices.
O artigo examina as permanências, apropriações e alterações relativas às práticas e às representações que antecederam a fundação do Museu Pedagógico da França, no século XIX. Parte da categoria de museus de educação para definir materiais... more
O artigo examina as permanências, apropriações e alterações relativas às práticas e às representações que antecederam a fundação do Museu Pedagógico da França, no século XIX. Parte da categoria de museus de educação para definir materiais didáticos, espaços e instituições, vinculadas estritamente à
instrução, como uma tipologia museológica particular e insere a emergência desses museus em um movimento internacional em prol do progresso da educação. A abordagem dialoga com estudos sobre a história do patrimônio e dos museus, considerando a singularidade desses museus em relação aos
processos de patrimonialização correntes de conservação dos bens culturais do passado. Exposição, coleção e museu escolar foram noções produzidas e postas em circulação pelos agentes envolvidos no processo, ficando em um segundo plano a perspectiva de valorização e conservação dos traços do passado.
Uma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre: biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e dos... more
Uma das formas de circulação das imagens fotográficas de temática educacional foi a edição dos álbuns comemorativos. No álbum Porto Alegre: biografia duma cidade, editado em 1940, a educação é mostrada pelas imagens de edificações e dos sujeitos fotografados. As complexas relações entre visível e invisível podem ser chaves para a compreensão dos modos a partir dos quais o poder constrói determinadas visualidades ligadas à educação. Nas imagens analisadas, a visibilidade é imperativo a partir do qual atesta-se a presença dos sujeitos, docilizados pela cultura escolar. A partir das imagens são construídos sentidos de ordem escolar e ordem urbana. A grafia da educação no espaço urbano se faz a partir do exercício do olhar do poder possibilitado pela grafia da luz - a fotografia.
This article considers the interdisciplinary intersections between History of Education and Museums History, for understanding the relationship between Museology and Education in historical perspective. It begins by the mapping of... more
This article considers the interdisciplinary intersections between History of Education and Museums History, for understanding the relationship between Museology and Education in historical perspective. It begins by the mapping of disciplinary settings of History of Education and History of Museums in order to verify their independent pathways and dialogues already built, opening new possibilities for understanding the History of the relationship between museums and education. Finally, it would like to emphasize the importance of historicizing the representation and practices in education in museums in order to better understand and delimit their educational actions in the present.
Este ensaio objetiva apresentar a análise da forma de expressão e do conteúdo de cinco fotografias pertencentes ao acervo do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul –SINDJORS, com autoria do fotógrafo Luiz Abreu, cuja temática... more
Este ensaio objetiva apresentar a análise da forma de expressão e do conteúdo de cinco fotografias pertencentes ao acervo do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul –SINDJORS, com autoria do fotógrafo Luiz Abreu, cuja temática refere-se à luta pela terra no Rio Grande do Sul, década de 1980. Assim, os elementos da forma de expressão referem-se aos meios de produção dessas imagens, já os elementos de conteúdo relacionam-se ao contexto de produção dessas fotografias. Para tal, as imagens foram consideradas como unidades culturais e submetidas a uma grade interpretativa composta por diferentes categorias espaciais. Foram identificados e problematizados determinados padrões de visualidade, especialmente ligados à demonstração de força e aos objetos simbólicos, sugerindo-se que tais imagens construíram representações vinculadas ao poder de ambas as partes em confronto.
Este trabalho tem como escopo a reflexão em torno da criação do Museu das Missões, localizado no município de São Miguel das Missões, noroeste sul-rio-grandense, projetado pelo arquiteto brasileiro Lucio Costa com o objetivo de ser “um... more
Este trabalho tem como escopo a reflexão em torno da criação do Museu das Missões, localizado no município de São Miguel das Missões, noroeste sul-rio-grandense, projetado pelo arquiteto brasileiro Lucio Costa com o objetivo de ser “um simples abrigo” para as esculturas em madeira policromada remanescentes dos povoados jesuítico-guaranis, instalados naquela região entre os séculos XVII e XVIII, e que se encontravam abandonadas em meio às ruínas de São Miguel. O corpus documental da pesquisa é constituído por documentos impressos e iconográficos coletados em visitas técnicas a diferentes arquivos institucionais brasileiros e sul-rio grandenses, em especial pelos documentos de trabalho e pelo relatório escrito por Lucio Costa no momento em que este esteve visitando São Miguel das Missões no ano de 1937. Desse modo a metodologia adotada contempla a análise de conteúdo dos referidos documentos. As sucessivas aproximações com o corpus empírico da pesquisa permitem inferir que a partir da concepção de Lucio Costa sobre o significado dos remanescentes do povoado missioneiro de São Miguel que estivera visitando a pedido de Rodrigo Mello Franco de Andrade – então diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) - no ano de 1937 com o objetivo de averiguar o estado das ruínas da igreja do povoado para nela empreender obras de consolidação, foi engendrado um discurso educativo cujo propósito era dar visibilidade a um passado selecionado não apenas pelos agentes patrimoniais do SPHAN envolvidos na criação do Museu das Missões como também pela própria ação de Lucio Costa e sua concepção sobre o que deveria ser visto e lembrado naquele local. Essa concepção, expressa no relatório escrito e dirigido ao SPHAN no qual sugere a criação daquilo que ele designa como “simples abrigo”, deixa patente sua compreensão sobre como o Museu deveria educar os visitantes a fim de que estes pudessem compreender melhor a significação das ruínas e da história que ali se desenrolara. A construção física do Museu acompanhada de um processo de recuperação da ambiência do povoado missioneiro de São Miguel engendraria, assim, uma construção didática que previa a organização de placas com legendas, mapas e plantas que, resumida e precisamente, deveriam informar de forma atraente a história daquele local. Espaços não escolares como os museus interessam às investigações no
âmbito da História da Educação por oferecerem diversos modos de construção de narrativas que almejam educar. No caso específico em estudo, a estatuária missioneira produzida pelos guaranis foi ressemantizada ao ser inserida no espaço de um museu cujo objetivo maior era ensinar sobre o passado das ruínas e da história daquele lugar.
A presente investigação insere o estudo dos museus no campo da História da Educação e centra-se na análise do caráter educativo dos museus, tendo por ênfase a dimensão educativa que se faz presente nesses espaços culturais. Para tanto, o... more
A presente investigação insere o estudo dos museus no campo da História da Educação e centra-se na análise do caráter educativo dos museus, tendo por ênfase a dimensão educativa que se faz presente nesses espaços culturais. Para tanto, o recorte proposto é o ano de 1958, um marco para o campo dos museus no que tange aos debates e produções acerca da temática Educação e Museus. Neste ano, ocorreu o primeiro Seminário Regional da UNESCO intitulado a Função Educativa dos Museus, tendo como cidade sede o Rio de Janeiro, Brasil. Este evento buscou reforçar os vínculos entre museus e escolas, e não é de se estranhar que uma produção intensa sobre educação em museus fosse publicada no referido ano. Estes trabalhos demonstram uma sintonia dos profissionais do País com os debates internacionais da área, tornando-se marcos do pensamento museológico brasileiro. Entre as publicações do ano de 1958 destacam-se os livros: Recursos Educativos dos Museus Brasileiros, de Guy José Paulo de Hollanda; Museu e Educação, de Florisvaldo dos Santos Trigueiros; e Museu Ideal, de Regina Monteiro Real. Tanto o evento como estas publicações são de suma importância para os estudos da Museologia e da História da Educação, sendo exemplos de uma trajetória de articulação entre esses campos do saber.
O presente estudo aborda os museus escolares existentes em Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul. Tem como objetivo apresentar os espaços que vem sendo criados, voltados para a memória da instituição escolar, considerados aqui,... more
O presente estudo aborda os museus escolares existentes em Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul. Tem como objetivo apresentar os espaços que vem sendo criados, voltados para a memória da instituição escolar, considerados aqui, museus escolares de História e memoriais escolares. O
trabalho é resultado de um mapeamento realizado no âmbito da cidade, que buscou identificar museus, memoriais e acervos da cultura material escolar. Destaca a importância da aproximação
entre Educação e Museologia na perspectiva da História da Educação para compreender esses espaços através do patrimônio educativo. Aponta para novas possibilidades de investigações a partir do levantamento realizado, indicando a relevância da cultura material escolar para a história do
ensino e dos museus no âmbito da História da Educação.
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas... more
Neste texto percorremos um itinerário no tempo abordando as relações entre educação e patrimônio e educação e museus. O viés pedagógico acompanha as práticas dos museus e aquelas vinculadas ao patrimônio, embora possam ser percebidas distinções entre ambas. Enquanto os museus aprofundaram sua missão educativa no tempo, as políticas ligadas ao patrimônio, no Brasil, incorporaram apenas recentemente práticas educativas nas suas ações de preservação dos bens culturais. Nesse último contexto ganhou força a denominada educação patrimonial, surgida no âmbito dos museus e apropriada pela agência federal de gestão do patrimônio brasileiro e pelas instituições educacionais. O objetivo é compreender as apropriação e invenções relacionados às representações e às práticas concernentes à memória e aos bens culturais, seja pelos museus e órgãos de gestão do patrimônio, seja por programas e projetos na educação básica, de modo a inspirar os que refletem e atuam em torno do tema da Educação Patrimonial.
Este texto apresenta a relação do Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos) e seu público, no período compreendido entre 1903 e 1925, ressaltando a relevância do estudo dos museus na perspectiva da História. A partir... more
Este texto apresenta a relação do Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos) e seu público, no período compreendido entre 1903 e 1925, ressaltando a relevância do estudo dos museus na perspectiva da História. A partir da análise dos relatórios produzidos pelo diretor da instituição e dos registros de visitantes foi possível obter informações sobre a visitação pública ao museu. O Museu Julio de Castilhos conciliou a função científica e educativa, legitimando-se como instituição científica ao buscar formar, classificar e expor coleções de zoologia, botânica e mineralogia, e buscando manter-se aberto à visitação pública. Desse modo, foi possível verificar a inserção do museu num quadro mais amplo de crença na ciência e na educação como modo de alcançar o progresso civilizatório. O museu, nessa perspectiva, era uma instituição que se legitimava na sociedade por fornecer, através do contato direto com suas coleções, os subsídios necessários a uma educação científica calcada nos paradigmas positivistas e empiristas.
Esta comunicação apresenta estudo sobre o museu escolar no âmbito da cidade de Porto Alegre, enfocando a revisão de literatura sobre o tema. Diferenciam-se, preliminarmente, duas acepções de museus escolares: o museu escolar voltado para... more
Esta comunicação apresenta estudo sobre o museu escolar no âmbito da cidade de Porto  Alegre, enfocando a revisão de literatura sobre o tema. Diferenciam-se, preliminarmente, duas acepções de museus escolares: o museu escolar voltado para o ensino criado no final do século XIX e o museu escolar voltado para um recente papel de abrigar a memória escolar. O trabalho, em andamento, tem como objetivo investigar a relação entre esses dois aspectos que tangenciam sua função: o ensino e a memória. O estudo destaca a importância de compreender o diálogo entre Educação e Museologia na perspectiva da História da educação e dos museus, do ensino e da memória, através da cultura material escolar. O trabalho permitirá fazer um cruzamento entre a aplicação original do museu escolar, o ensino, com a nova aplicação ou sobreposição no presente, a memória.
Esse artigo analisa as imagens fotográficas contidas em Porto Alegre, álbum fotográfico, produzido por Virgílio Calegari, entre 1908 e 1912, a partir das quais foi possível observar que o fotógrafo trilhou dois itinerários. Um percurso... more
Esse artigo analisa as imagens fotográficas contidas em Porto Alegre, álbum fotográfico, produzido por Virgílio Calegari, entre 1908 e 1912, a partir das quais foi possível
observar que o fotógrafo trilhou dois itinerários. Um percurso revela os aspectos ainda coloniais de uma Porto Alegre que ensaiava os passos para uma modernidade pretendida. Outro percurso atualizava o fotógrafo com seu tempo, sintonizando-o não apenas com os avanços tecnológicos e as experimentações técnicas, mas também com um imaginário proveniente das metrópoles europeias ou norte-americanas. Assim, o artista fez do cenário de
Porto Alegre, ainda tão singela e repleta de casarões e igrejas oitocentistas, um laboratório de experimentações, inaugurando representações visuais da cidade em consonância com um imaginário de modernidade que privilegiava a dinamicidade e a mobilidade como atributos
das imagens fotográficas urbanas.
O foco deste estudo são as curadorias compartilhadas no Museu da UFRGS, no período de 2002 a 2009, realizado por meio de um estudo de caso, constituído pela análise das curadorias referentes a quatro exposições: Artistas Professores... more
O foco deste estudo são as curadorias compartilhadas no Museu da UFRGS, no período de 2002 a 2009, realizado por meio de um estudo de caso, constituído pela análise das curadorias referentes a quatro exposições: Artistas Professores (2002), Total Presença: Gravura (2005), Homem-Natureza: cultura, biodiversidade e sustentabilidade (2006) e Em casa, no universo (2009). Para a realização do estudo proposto foram utilizadas fontes escritas e orais. O referencial teórico abarca autores da história da educação e da história cultural, da historicidade e dinâmica dos museus, bem como estudos recentes sobre curadorias em museus. O objeto de pesquisa constituiu-se, inicialmente, numa primeira aproximação com os catálogos e demais materiais impressos, disponíveis no arquivo do museu, resultado das exposições realizadas. Logo em seguida, foram feitas as entrevistas com os agentes internos e externos ao museu, envolvidos na concepção, produção e realização destas exposições. Por meio da análise destas narrativas buscou-se identificar as experiências dos professores-pesquisadores com curadorias, bem como evidenciar alguns elementos que corroboram ou negam a assertiva de que as curadorias no museu da UFRGS
podem ser consideradas curadorias compartilhadas. Além disso, procurou-se saber acerca da atuação dos professores pesquisadores da Universidade como curadores de exposições, bem como sobre as representações destes docentes, com relação ao Museu da UFRGS. Os resultados apontam no sentido de que as exposições realizadas no Museu da UFRGS podem ser caracterizadas como casos de curadorias compartilhadas, principalmente, com relação às curadorias das exposições de ciências.
Neste texto proponho uma mirada para o universo dos museus, ainda pouco explorado pelas investigações históricas, focando especialmente a relação entre História e memória, cujo debate foi fomentado pela publicação da obra 'Les lieux de... more
Neste texto proponho uma mirada para o universo dos museus, ainda pouco explorado pelas investigações históricas, focando especialmente a relação entre História e memória, cujo debate foi fomentado pela publicação da obra 'Les lieux de Mémoire', por Pierre Nora (1984) e diversos historiadores franceses e, no Brasil, incrementado pela tradução dessa obra (NORA, 1993) e pela contribuição de diversos outros autores (LE GOFF, 1994; RICOEUR, 2007).
É corrente a associação entre os patrimônios e as identidades - seja no contexto das políticas públicas ou nas práticas educativas levadas a efeito nos ambientes escolares ou nas instituições culturais, como arquivos, memoriais e museus -... more
É corrente a associação entre os patrimônios e as identidades - seja no contexto das políticas públicas ou nas práticas educativas levadas a efeito nos ambientes escolares ou nas instituições culturais, como arquivos, memoriais e museus - embora a relação entre esses dois termos possa apresentar grandes complexidades. Neste texto, refletirei sobre essas duas categorias - patrimônio e identidade - para então analisar como essa relação vem sendo tratada em alguns estudos recentes. Finalmente, gostaria de sugerir algumas proposições sobre o papel da História, na abordagem da relação patrimônio e identidade.
O regime republicano no Brasil fora instaurado em contexto de profundas transformações, que colocavam na ordem do dia a necessidade de modernização da sociedade. Nesse quadro, a educação e a escola foram consideradas relevantes por... more
O regime republicano no Brasil fora instaurado em contexto de profundas transformações, que colocavam na ordem do dia a necessidade de modernização da sociedade.
Nesse quadro, a educação e a escola foram consideradas relevantes por possibilitar a formação dos cidadãos afinados com as novas ideias no sentido de alcançar uma sociedade científica. Para isso, era necessário buscar novos métodos de ensino no escopo dos preceitos de uma modernidade pedagógica. Nesse contexto insere-se a valorização do método intuitivo ou Lição de Coisas, calcado sobre a observação e a experiência (o concreto), criticando-se o ensino tradicional assentado na memorização, na repetição e na abstração. No Brasil, especialmente na província do Rio Grande do Sul, esse método foi adotado pelo Governo do Estado e implantado no sistema de ensino. No mesmo contexto republicano, foi criado o Museu do Estado do Rio Grande do Sul, que deu especial atenção à formação de coleções de ciências naturais. No período estudado, a escola encontrou nesse museu um laboratório profícuo para o exercício do método intuitivo, assim como o museu forneceu à escola os materiais necessários ao ensino de Lição de Coisas.
Pretende-se, com este estudo, problematizar a noção de patrimônio, considerando-o como categoria dotada de historicidade que se altera ao longo do tempo. Centra-se no sentido preciso elaborado nas sociedades modernas e no contexto de... more
Pretende-se, com este estudo, problematizar a noção de patrimônio, considerando-o como categoria dotada de historicidade que se altera ao longo do tempo. Centra-se no sentido preciso elaborado nas sociedades modernas e no contexto de formação dos estados nacionais, quando essa noção ganha contornos simbólicos e pedagógicos. Finalmente, verifica-se a pertinência de utilização dessa categoria para as investigações em história da educação a partir de três considerações: os patrimônios como documentos à disposição dos historiadores da educação, a história da educação em sua interface com a história, a história da educação em sua interface com a educação.
Essa comunicação trata sobre a relevância de investigar os museus em perspectiva histórica. Aqui, estudo mais detalhadamente o Museu Julio de Castilhos, o mais antigo museu criado no Rio Grande do Sul, Estado mais meridional do Brasil.... more
Essa comunicação trata sobre a relevância de investigar os museus em perspectiva histórica. Aqui, estudo mais detalhadamente o Museu Julio de Castilhos, o mais antigo museu criado no Rio Grande do Sul, Estado mais meridional do Brasil. Concebido nos moldes de um museu enciclopédico, o Museu do Estado, criado em 1903, deveria abarcar em suas coleções os domínios da zoologia, botânica, geologia, antropologia, arqueologia, além de preocupar-se com a preservação de documentos históricos. Surgindo no alvorecer da República, nas suas primeiras décadas, o MJC caracterizou-se como um museu de ciências, dialogando com outras instituições nacionais e internacionais no âmbito da História Natural. A partir dos anos 1920 o museu adquiriu feição diversa. Como podem ser caracterizados esses diferentes momentos? Como foram formadas suas coleções nesses dois períodos? Quais relações podem ser traçadas entre o museu e os intelectuais, os cientistas e os políticos nos contextos estudados? Quais as práticas e representações construídas por seus pesquisadores? Que parâmetros científicos de construção do conhecimento foram mobilizados por seus pesquisadores? Estudar a história do Museu Julio de Castilhos permite compreender como se originaram coleções, instituições museológicas delas derivadas e saberes, num contexto histórico onde os museus detenham quase o monopólio exclusivo sobre a construção do conhecimento em muitas áreas.
Esse texto objetiva relatar a experiência de uma proposta de ação afirmativa desenvolvida no Brasil no âmbito das universidades públicas e sua interface com um museu comunitário, buscando tecer algumas considerações sobre o direito à... more
Esse texto objetiva relatar a experiência de uma proposta de ação afirmativa desenvolvida no Brasil no âmbito das universidades públicas e sua interface com um museu comunitário, buscando tecer algumas considerações sobre o direito à educação e à memória.
Esse texto problematiza a relação dos museus brasileiros e seu público, detendo-se no Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos), no período entre 1903 e 1925. Esse estudo insere a história dos museus na perspectiva... more
Esse texto problematiza a relação dos museus brasileiros e seu público, detendo-se no Museu do Estado do Rio Grande do Sul (Museu Julio de Castilhos), no período entre 1903 e 1925. Esse estudo insere a história dos museus na perspectiva da história da Educação, por considerar o museu como produtor e difusor de saberes na sociedade. O estudo de caso realizado deteve-se na análise dos relatórios produzidos pelo diretor do Museu. Essas fontes, além de fornecerem informações sobre a abertura ou fechamento do museu à visitação pública, número de visitas, registraram impressões e reclamações dos visitantes. Conclui-se que o Museu recebia sistematicamente visitantes, especialmente estudantes. In: 17 Encontro da Associação Sul-Riograndense de Pesquisadores em História da Educação, 2011, Santa Maria. Anais do 17 Encontro da Associação Sul-Riograndense de Pesquisadores em História da Educação - Campos e fronteiras. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2011.
Esse texto problematiza o museu como instituição que eleva os objetos a um estatuto diferenciado simbolicamente. Identificando e mapeando um determinado percurso museal, foram investigadas as narrativas discursivas de dois grupos... more
Esse texto problematiza o museu como instituição que eleva os objetos a um estatuto diferenciado simbolicamente. Identificando e mapeando um determinado percurso museal, foram investigadas as narrativas discursivas de dois grupos específicos envolvidos na consagração dos objetos como peças
de museu, doadores e agentes do campo museal. Através dessas narrativas foi possível compreender como os indivíduos e grupos sociais lidam com seu passado e sua memória, através do museu, reservando-lhe diferentes significações que apontam para sua relevância seja individual ou coletiva.
Investigo os álbuns fotográficos de vistas urbanas produzidos em Porto Alegre, entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Pude observar características distintivas entre as criações autorais, realizadas por artistas... more
Investigo os álbuns fotográficos de vistas urbanas produzidos em Porto Alegre, entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX. Pude observar características distintivas entre as criações autorais, realizadas por artistas fotógrafos, e aquelas produzidas por editores, que passaram a assumir a responsabilidade pela seleção de imagens, pela concepção final e comercialização ou distribuição da publicação. Ainda investigo as representações visuais da cidade presentes nos álbuns e a relação dos fotógrafos com o campo artístico no contexto estudado.
Este artigo objetiva abordar a contribuição da historiadora Sandra Jatahy Pesavento ao processo museológico brasileiro, enfocando a realização de pesquisas, exposições e publicações entre os anos de 1987 e 1992. A partir da produção de... more
Este artigo objetiva abordar a contribuição da historiadora Sandra Jatahy Pesavento ao processo museológico brasileiro, enfocando a realização de pesquisas, exposições e publicações entre os anos de 1987 e 1992. A partir da produção de exposições e publicações realizadas pela historiadora e sua equipe, pretende-se analisar, especialmente, de que forma foram concebidas e tratadas as imagens visuais naquele contexto.
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a... more
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a finalidade de documentação e divulgação das obras realizadas. Entre essas imagens destacam-se as fotografias das edificações escolares. A edificação escolar tornava visível a educação na cidade, ao passo que sua imagem fotográfica criava representações de uma sociedade civilizada, moderna e científica, sintetizada na imagem da escola-monumento.
Este texto procura investigar a existência de relações entre o Museu do Estado e a educação, mapeando a trajetória da instituição desde sua fundação, em 1903, até 1925, ano da saída de seu primeiro diretor, Francisco Rodolpho Simch.... more
Este texto procura investigar a existência de relações entre o Museu do Estado e a educação, mapeando a trajetória da instituição desde sua fundação, em 1903, até 1925, ano da saída de seu primeiro diretor, Francisco Rodolpho Simch. Procurou-se verificar a relação do museu com o método educativo “lição de coisas”, oficialmente implantado no Rio Grande do Sul nas primeiras décadas do século XX. Para tanto, foram analisados relatórios anuais de atividades e correspondências expedidas pelo museu, assim como a legislação quanto à instrução pública vigente no período.
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a... more
Nas primeiras décadas do século XX, observa-se uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar brasileiro. No Rio Grande do Sul, e em sua capital, Porto Alegre, é principalmente o poder público que utiliza a fotografia com a finalidade de documentação e divulgação das obras realizadas. Aqui analiso as imagens fotográficas presentes nos relatórios e álbuns oficiais produzidos entre 1919 e 1940. Nesse estudo, foi possível observar alguns aspectos recorrentes, entre os quais se destaca a predominância de imagens das edificações escolares e educativas. A imagem destas edificações no espaço urbano do centro da capital tentava construir, ao lado de outras transformações, sentidos relacionados a uma sociedade civilizada, moderna e científica, sintetizada na imagem da escola-monumento.
Este texto apresenta os resultados parciais de uma pesquisa mais ampla denominada Uma pedagogia visual: um olhar sobre a história da educação no Rio Grande do Sul (1889-1940) e que vem mapeando as imagens fotográficas produzidas no âmbito... more
Este texto apresenta os resultados parciais de uma pesquisa mais ampla denominada Uma pedagogia visual: um olhar sobre a história da educação no Rio Grande do Sul (1889-1940) e que vem mapeando as imagens fotográficas produzidas no âmbito do Governo do Estado e da Intendência Municipal de Porto Alegre. In: IX Congresso Iberoamericano de História da Educação Latino-americana, 2009, Rio de Janeiro. Anais do IX Congresso Iberoamericano de História da Educação Latino-americana, 2009.
Research Interests:
Nas últimas décadas, o campo de atuação do profissional da área de História tem-se alargado. Museus, arquivos, memoriais, centros de documentação, órgãos de gestão do patrimônio histórico, agências de políticas culturais e de turismo são... more
Nas últimas décadas, o campo de atuação do profissional da área de História tem-se alargado. Museus, arquivos, memoriais, centros de documentação, órgãos de gestão do patrimônio histórico, agências de políticas culturais e de turismo são alguns exemplos de espaços abertos ao ofício do historiador. Esse novo espectro de possibilidades de trabalho apresenta indagações e desafios de várias ordens à área de História: o que essas instituições esperam do profissional de História que nelas atua? Como tem-se dado essa atuação? Que obstáculos os profissionais enfrentam? Como deve ser sua formação? Que habilidades devem possuir? O que os distingue de outros profissionais que atuam na área de patrimônio? Qual é o papel da Associação Nacional de História – em âmbito nacional e regional – em relação aos profissionais de História que atuam nessa área? Qual a importância da regulamentação da profissão de historiador para a atuação nas instituições voltadas ao patrimônio histórico-cultural? Esse texto pretende sondar de forma bastante preliminar essas questões.
Nesta comunicação analiso o universo de 47 imagens fotográficas, a partir de levantamento realizado nos relatórios do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da Intendência Municipal de Porto Alegre e nos álbuns fotográficos Obras... more
Nesta comunicação analiso o universo de 47 imagens fotográficas, a partir de levantamento realizado nos relatórios do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e da Intendência Municipal de Porto Alegre e nos álbuns fotográficos Obras Públicas e Porto Alegre: biografia de uma cidade, produzido entre 1919 e 1940. A partir de metodologia de tratamento dessas imagens, foi possível observar alguns aspectos recorrentes, entre os quais se destaca a predominância de imagens das edificações escolares e educativas. A imagem da presença destas edificações no espaço urbano do centro da capital tentava construir, ao lado de outras transformações, sentidos relacionados a uma sociedade civilizada, moderna e científica, ao passo que mostra uma cultura fotográfica adentrando o cotidiano escolar.
Desde a invenção da fotografia, a cidade continua sendo um dos objetos preferidos pelos fotógrafos. Por ser considerada capaz de registrar fielmente a realidade, à fotografia foi dada a tarefa de documentar as transformações urbanas... more
Desde a invenção da fotografia, a cidade continua sendo um dos objetos preferidos pelos fotógrafos. Por ser considerada capaz de registrar fielmente a realidade, à fotografia foi dada a tarefa de documentar as transformações urbanas ocorridas ao longo do tempo. Mais do que espelhos da realidade, as vistas urbanas se constituíram em veículos propagadores de um imaginário de modernidade, de acordo com o olhar dos produtores visuais da cidade. O estudo de caso da relação de Porto Alegre com a fotografia, objeto deste artigo, mostra como as cidades brasileiras, guardadas as peculiaridades temporais e espaciais, apresentam certa sintonia nesse processo.
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Neste artigo proponho discutir uma das possibilidades metodológicas... more
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Neste artigo proponho discutir uma das possibilidades metodológicas para a investigação de vistas urbanas, presentes nos álbuns fotográficos de Porto Alegre, editados nas décadas de 1920 e 1930.
A partir da análise das imagens contidas em Porto Alegre Álbum, produzido por um dos maiores fotógrafos de Porto Alegre das primeiras décadas do século XX - Virgílio Calegari - pretendo analisar a tessitura de narrativas visuais urbanas.... more
A partir da análise das imagens contidas em Porto Alegre Álbum, produzido por um dos maiores fotógrafos de Porto Alegre das primeiras décadas do século XX - Virgílio Calegari - pretendo analisar a tessitura de narrativas visuais urbanas. A narrativa fotográfica de Virgílio Calegari trilhou dois itinerários. Um percurso revela os aspectos ainda coloniais de uma Porto
Alegre que ensaiava os passos para uma modernidade retendida. Outro percurso atualizava o fotógrafo com seu tempo, sintonizando-o não apenas com os avanços tecnológicos e as experimentações técnicas, mas também
com um imaginário proveniente das metrópoles européias ou norte-americanas. Assim, o artista fez do cenário de Porto Alegre, ainda tão singela e repleta de casarões e igrejas oitocentistas, um laboratório de experimentações, inaugurando representações visuais da cidade em consonância com um imaginário de modernidade que privilegiava a dinamicidade e a mobilidade como atributos das imagens fotográficas urbanas.
In: VII Congresso Internacional de Estudos Ibero-Americanos, 2008, Porto Alegre. Anais do VII Congresso Internacional de Estudos Ibero-Americanos. Porto Alegre: Edipucrs, 2008.
Research Interests:
Os álbuns fotográficos conformam coleções de fragmentos visuais da cidade. São compostos por imagens fotográficas selecionadas, reunidas e ordenadas de acordo com o olhar do seu editor. A partir da leitura dos álbuns e das imagens... more
Os álbuns fotográficos conformam coleções de fragmentos visuais da cidade. São compostos por imagens fotográficas selecionadas, reunidas e ordenadas de acordo com
o olhar do seu editor. A partir da leitura dos álbuns e das imagens fotográficas neles
inseridas, é possível construir narrativas repletas de sentidos sobre o urbano. Essas narrativas fotográficas operam com visibilidade e invisibilidade, criadoras, por sua vez, de memórias
e esquecimentos. Neste texto, analiso o álbum fotográfico Recordações de Porto Alegre, publicado por ocasião das comemorações do Centenário da Revolução Farroupilha, ocorrido na capital do Rio Grande do Sul, em 1935. Procuro perceber de que forma essa edição e a exposição do Centenário no qual está inserida se constituíram em veículos de um imaginário de modernidade. Além disso, a partir dessa narrativa visual, tento compreender como são construídas as memórias de uma cidade moderna e os esquecimentos da cidade colonial que se desejava deixar para trás.
A fotografia vem sendo progressivamente investigada pelos historiadores/as brasileiros/as. Neste texto, levanto três problemáticas envolvendo a contribuição dos estudos em fotografia para a História: a consideração da fotografia enquanto... more
A fotografia vem sendo progressivamente investigada pelos historiadores/as brasileiros/as. Neste texto, levanto três problemáticas envolvendo a contribuição dos estudos em fotografia para a História: a consideração da fotografia enquanto artefato e objeto de consumo; a imagem fotográfica como representação visual e a preocupação com acervos fotográficos. Busco indagar como essas três questões imbricam-se com os estudos em fotografia na área de História da Educação, partindo de algumas considerações sobre o projeto de pesquisa que desenvolvo tendo como temática a história visual da educação no Rio Grande do Sul, entre 1890 e 1940.
Este artigo traça relações entre fotografia e narrativa, fotografia e coleção. Consideram-se os álbuns fotográficos enquanto coleção que apresenta uma determinada narrativa configurada pelo ordenamento das imagens fotográficas no seu... more
Este artigo traça relações entre fotografia e narrativa, fotografia e coleção. Consideram-se os álbuns fotográficos enquanto coleção que apresenta uma determinada narrativa configurada pelo ordenamento das imagens fotográficas no seu interior. A partir da leitura visual
de um álbum de vistas da cidade de Porto Alegre, propõe-se uma metodologia de abordagem dos álbuns e imagens fotográficas que busca tecer uma narrativa ensejando sentidos precisos, procurando dar a ver uma cidade de feições modernas.
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais. Componente fundamental nos estudos dessa natureza é o mapeamento... more
A fotografia crescentemente vem sendo investigada pelos historiadores brasileiros, fazendo surgir diferentes abordagens metodológicas para análise dessas imagens visuais.
Componente fundamental nos estudos dessa natureza é o mapeamento do circuito social da fotografia. Nesse âmbito encontra-se um conjunto de informações relacionadas à produção, à circulação e ao consumo da fotografia enquanto imagem visual, criadora e propagadora
de determinados imaginários sociais, e enquanto artefato que teve lugar na vida das pessoas em diferentes contextos. Nesse artigo, investigo o circuito social da fotografia na cidade de Porto Alegre, nas décadas de 1920 e 1930, tentando buscar pistas da presença, na vida dos porto-alegrenses, desse engenho da modernidade e das vistas urbanas por ele difundidas.
Research Interests:
In: LENSKIJ, Tatiana; HELFER, Nadir Emma (org.). A memória e o ensino de História. Santa Cruz: EDUNISC, 2000. p. 97-106.
Research Interests:
Este texto traça um breve histórico da construção da noção de patrimônio e discute aspectos para a compreensão do seu sentido. Parte do conceito "campo" para o entendimento dos processos que originam e consolidam o patrimônio e levanta a... more
Este texto traça um breve histórico da construção da noção de patrimônio e discute aspectos para a compreensão do seu sentido. Parte do conceito "campo" para o entendimento dos processos que originam e consolidam o patrimônio e levanta a contribuição específica do conhecimento histórico na sua abordagem.