Skip to main content
PLCS 40/41 tem como foco a experiência pessoal e a produção literária de escritores e escritoras cujas vidas têm transitado de diferentes maneiras e em diferentes épocas entre Angola e Portugal. O grupo destas pessoas dificilmente pode... more
PLCS 40/41 tem como foco a experiência pessoal e a produção literária de escritores e escritoras cujas vidas têm transitado de diferentes maneiras e em diferentes épocas entre Angola e Portugal. O grupo destas pessoas dificilmente pode ser abrangido com um único termo, como migrantes, refugiados/as, africanos/as da diáspora, afrodescendentes, afropeus, afropolitanos etc. Optou-se, neste projeto, pelo termo “pessoas em trânsito” com o intuito de abordar as mais diversas experiências migratórias entre Angola e Portugal e as suas repercussões na literatura.

Este número inclui, por um lado, a transcrição de seis entrevistas – a Ana Paula Tavares, Aida Gomes, Kalaf Epalanga, Raquel Lima, Yara Monteiro e Zetho Cunha Gonçalves – originalmente gravadas para o documentario Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (2021). Por outro lado, inclui ensaios teóricos e estudos sobre obras dos/as entrevistados/as bem como de outra escritora em trânsito entre Angola e Portugal, Djaimilia Pereira de Almeida.
Jubilado em plena pandemia de Covid-19, Pires Laranjeira não pôde fazer a chamada última lição, que deveria ter assinalado as suas quatro décadas de ensino e investigação em torno das literaturas africanas de língua portuguesa na... more
Jubilado em plena pandemia de Covid-19, Pires Laranjeira não pôde fazer a chamada última lição, que deveria ter assinalado as suas quatro décadas de ensino e investigação em torno das literaturas africanas de língua portuguesa na Universidade de Coimbra.
Por este motivo, a sua contribuição decisiva para esta área de estudos foi comemorada através de um colóquio que decorreu de 9 a 11 de novembro de 2021, nas Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra. Mais que homenagem, esse encontro foi um colóquio no sentido etimológico da palavra, funcionando como um espaço de conversa e de partilha. Partilha de saberes sobre literaturas africanas, e em particular sobre literatura angolana. Mas partilha também de experiências pedagógicas de ensino da literatura e de gosto pela palavra e pela poesia. E partilha de afetos entre gente que, presencialmente ou à distância, vinha de espaços diversos de Portugal, de Angola, do Brasil – os lugares onde são mais fortes as marcas do legado de Pires Laranjeira – mas também da Croácia, da França e da Itália.
Em busca de todas as áfricas do mundo reúne a quase totalidade das comunicações apresentadas no colóquio de 2021. Abre com um texto do novel jubilado, seguindo-se uma série de depoimentos e ensaios e ainda um catálogo bibliográfico acompanhado de alguns desenhos. Fica, assim, o retrato possível de uma figura maior de professor, investigador, crítico, pensador, poeta, artista plástico e fotógrafo.
A construção de identidades nacionais tem desenvolvido um papel crucial nos processos de emancipação e autodeterminação dos povos. Contudo, as identidades coletivas resultantes destes processos também se têm revelado construções... more
A construção de identidades nacionais tem desenvolvido um papel crucial nos processos de emancipação e autodeterminação dos povos. Contudo, as identidades coletivas resultantes destes processos também se têm revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças. Em muitos contextos, as narrativas oficiais das novas nações identificam o heroísmo nacional com ideias, ações e obras de homens heterossexuais, em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género.

Este livro propõe leituras críticas do nacional tomando o género como categoria orientadora. No foco de interesse estão os países africanos de língua oficial portuguesa, mas também, numa perspetiva comparatista, os diálogos com outros países africanos e com Portugal. As contribuições reunidas apresentam análises de obras literárias, fílmicas e artísticas, bem como de movimentos sociais, no intuito comum de refletir sobre a relação entre género e nação.
A flor de cuerpo reúne ensayos sobre las representaciones del género y de las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica en el campo cultural (literatura, cine, cómic, teatro, música, fanzines, artes y artivismos) y los movimientos... more
A flor de cuerpo reúne ensayos sobre las representaciones del género y de las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica en el campo cultural (literatura, cine, cómic, teatro, música, fanzines, artes y artivismos) y los movimientos sociales. Los ensayos abordan el trabajo de artistas y activistas latinoamericanxs queer, feministas y/o antirracistas como una comunidad transnacional y heterogénea. El libro, con un enfoque interseccional, pretende visibilizar las condiciones concretas en las que viven las mujeres y las disidencias sexo-genéricas en Latinoamérica, discutir sus múltiples estrategias de resistencia y sus contradiscursos para eludir los mecanismos de opresión específicos de la región, resultantes de una mezcla de fuerzas allí presentes.
Florencio Conde. Escenas de la vida colombiana, novela publicada en 1875, ejemplifica el papel que desempeñó la diversidad étnica en la tradición novelística de las neo-repúblicas hispanoamericanas. Segundo Conde, un esclavo nacido a... more
Florencio Conde. Escenas de la vida colombiana, novela publicada en 1875, ejemplifica el papel que desempeñó la diversidad étnica en la tradición novelística de las neo-repúblicas hispanoamericanas. Segundo Conde, un esclavo nacido a finales del siglo XVIII, y Florencio, su hijo mestizo, ilustran cómo la consolidación de identidades nacionales pasaba por la construcción de cuadros idealizados del mestizaje. El talento individual y la confianza en una democracia liberal e ilustrada trazan los contornos de estos personajes, que constituyen una misma fórmula de cara a los estertores de la sociedad esclavista y del racismo. Además, la novela deja entrever que el patriarcado es un sistema opresivo que limita aún más a los individuos que la raza. Los que tienen derecho a participar en el proyecto de nación son, por el mérito de su esfuerzo individual, los hombres mestizos, mientras que las mujeres, sean blancas o mestizas (ni hablar de las negras), permanecen relegadas al ámbito de lo privado, sin plena ciudadanía.
Die Magisterarbeit untersucht zwei heterogene Werke der lateinamerikanischen Literatur, Os sertões (1902) von Euclides da Cunha aus Brasilien und La guerra del fin del mundo (1981) von Mario Vargas Llosa aus Peru. Beide reflektieren... more
Die Magisterarbeit untersucht zwei heterogene Werke der lateinamerikanischen Literatur, Os sertões (1902) von Euclides da Cunha aus Brasilien und La guerra del fin del mundo (1981) von Mario Vargas Llosa aus Peru. Beide reflektieren dasselbe historische Ereignis, den Canudos-Krieg im Nordosten Brasiliens (1897, Kap. 1), differieren aber in ihrer Gattung. Ziel der Arbeit ist es, die beiden Werke im Hinblick auf die unterschiedliche Gewichtung von Historiographie und Fiktion zu untersuchen.

Kap. 2 diskutiert die Frage nach der Gattung der Werke, um die unterschiedliche Aufbereitung der historischen Fakten herauszuarbeiten. Os sertões vermischt wissenschaftlichen, historiographischen und literarischen Diskurs. La guerra… hingegen ordnet sich in die Subgattung des historischen Romans bzw. der „nueva novela histórica“ ein.

Kap. 3 untersucht die ideologischen und literaturtheoretischen Prämissen, denen die Werke verpflichtet sind. Da Cunha orientiert sich wissenschaftlich am Positivismus und Sozialdarwinismus. Vargas Llosa dagegen bezeichnet in seiner Romantheorie den Schriftsteller als „Gottesmörder“, der „fortwährend gegen die Wirklichkeit rebellier[t]“ und der den „Wahrheitsgehalt“ des Dargestellten nicht wie Da Cunha „an seiner Nähe zur Realität“, sondern „am Gelingen der literarischen Persuasionsstrategien“ misst.

Kap. 4 beschäftigt sich mit darstellungsästhetischen Aspekten, wobei der Erzählsituation und der Sprache in beiden Werken besondere Aufmerksamkeit zukommt.

Kap. 5 befasst sich mit der Funktion der Personenkonstellation und der Charakterisierung einzelner Figuren, wodurch die ideologische Positionierung von Os sertões (als Hypotext) und La guerra… (als Hypertext) manifest wird. Euclides da Cunhas Wissenschaftsverständnis bringt dabei andere Wertungen und Einschätzungen zu Tage, als der Roman von Vargas Llosa. So stellt Da Cunha die sertanejos aufgrund ihres Mischlingscharakters als genetisch determinierte Relikte dar. Dagegen führt Vargas Llosa ökonomische und psychologische Gründe für den Canudos-Konflikt an und „falsifiziert“ die Argumente Da Cunhas.

Aus Kap. 6 geht die philosophische Dimension der divergenten Wirklichkeits-, Wahrheits- und Geschichtskonzeptionen der beiden Werke hervor. Beide Autoren wurden von einem unterschiedlichen Geschichtsverständnis geleitet.
Cities of the Lusophone World addresses diverse literary and cultural representations of urban settings produced in the period from the 1960s to the present day and originating from the Island of Mozambique, Lisbon, Luanda, Macau, Maputo,... more
Cities of the Lusophone World addresses diverse literary and cultural representations of urban settings produced in the period from the 1960s to the present day and originating from the Island of Mozambique, Lisbon, Luanda, Macau, Maputo, Porto Alegre and São Paulo. The volume contributes to the interdisciplinary research field of urban cultural studies, which lies at the crossroads between the social sciences and the humanities. The essays gathered here consider the city not only as a geographical configuration, but also as a historical discourse where space and time merge and where different individual and collective practices and actions take place. They explore how memories and identities are framed, how people at the margins create discourses of resistance, and how processes of migration and urban transformation disrupt established social and cultural borders.
A construção de uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” parecia haver perdido o poder de mobilização. Contudo, o colonialismo português,... more
A construção de uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” parecia haver perdido o poder de mobilização. Contudo, o colonialismo português, a luta pela independência e as guerras civis subsequentes despertaram a necessidade de se criar uma consciência nacional que permitisse encaminhar as novas nações para a liberdade e a paz. Essas novas identidades africanas, longe de serem homogêneas, dialogam de maneira diferente com as literaturas e as culturas portuguesa e (afro)brasileira. Considerando os eventos históricos que abriram um espaço para a construção de identidades múltiplas, neste livro se apresentam diferentes estudos de projetos identitários que tematizam e discutem os diálogos literários e culturais luso-africano, afro-brasileiro e afro-português.
Novela policial, novela negra, novela negrocriminal… der lateinamerikanische Kriminalroman hat viele Gesichter. Mit welchen Kriterien lässt sich ein so heterogenes Textkorpus sinnvoll eingrenzen und strukturieren? Doris Wieser erarbeitet... more
Novela policial, novela negra, novela negrocriminal… der lateinamerikanische Kriminalroman hat viele Gesichter. Mit welchen Kriterien lässt sich ein so heterogenes Textkorpus sinnvoll eingrenzen und strukturieren? Doris Wieser erarbeitet einen gattungstheoretischen Neuansatz, indem sie den Kriminalroman in Hispanoamerika und Brasilien vor der Folie seines spezifischen, audiovisuell geprägten Erwartungshorizonts untersucht. In zwölf Detailstudien werden die Prozesse der Transkulturation des Genres als Durchbrechung pseudonormativer Vorstellungen dargelegt.

Doris Wieser studierte Romanistik und Germanistik in Heidelberg, São Paulo und Mexiko-Stadt, war Schulbuchredakteurin beim Klett Verlag und promovierte mit dieser Arbeit an der Universität Göttingen, wo sie iberoromanische Literaturwissenschaft lehrt.
Esta compilación de entrevistas facilita por primera vez una indagación comparativa de la poética y las obras de escritores contemporáneos de América Latina y África lusófona, que escriben mayoritaria o parcialmente novela policial:... more
Esta compilación de entrevistas facilita por primera vez una indagación comparativa de la poética y las obras de escritores contemporáneos de América Latina y África lusófona, que escriben mayoritaria o parcialmente novela policial: Roberto Ampuero, Raúl Argemí, Alonso Cueto, Pablo De Santis, Luiz Alfredo Garcia-Roza, Guillermo Martínez, Élmer Mendoza, Leonardo Padura, Pepetela y Santiago Roncagliolo.

Todas las entrevistas se guían por la misma línea de investigación. Una parte de las preguntas indaga la concepción del género policial de los autores, sus modelos literarios así como las ventajas e inconvenientes de escribir dentro de este género. Otra parte cuestiona el nexo de la novela negra con el respectivo contexto sociopolítico, la (des)confianza de la gente en la policía y otras instituciones estatales, y también las consecuencias de dictaduras militares, conflictos armados y delincuencia organizada para la sociedad. Finalmente, algunas preguntas se concentran en aspectos estéticos de las diferentes novelas, las características de los protagonistas y la inscripción de la trama en un determinado contexto.