In: Leite, Ana Mafalda, Ellen Sapega, Hilary Owen e Carmen Tindó Secco (org.): Nação e Narrativa Pós-Colonial III – Literatura & Cinema Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, pp. 185-199., 2018
O filme de longa-metragem, Cavalo Dinheiro (2014), do realizador português Pedro Costa, é a conti... more O filme de longa-metragem, Cavalo Dinheiro (2014), do realizador português Pedro Costa, é a continuação da sua trilogia sobre a vida dos imigrantes cabo-verdianos nas zonas suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa. Este ensaio propõe uma leitura cronotópica do filme, questionando as relações entre espaço e tempo, com vista ao êxito ou fracasso da construção de uma identidade coletiva (transnacional ou local). A análise apoia-se sobretudo no conceito de “não-lugar” (Augé) e de “heterotopia” (Foucault), contextualizando, além disso, a docuficção de Pedro Costa no seu contexto socio-histórico.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Videos by Doris Wieser
Este trailer faz parte do projeto Identidades Nacionais em Diálogo: Construções de Identidades Políticas e Literárias em Portugal, Angola e Moçambique (1961-presente), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (IF/00654/2015) e coordenado por Doris Wieser (Centro de Literatura Portuguesa, Universidade de Coimbra).
Books by Doris Wieser
Este número inclui, por um lado, a transcrição de seis entrevistas – a Ana Paula Tavares, Aida Gomes, Kalaf Epalanga, Raquel Lima, Yara Monteiro e Zetho Cunha Gonçalves – originalmente gravadas para o documentario Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (2021). Por outro lado, inclui ensaios teóricos e estudos sobre obras dos/as entrevistados/as bem como de outra escritora em trânsito entre Angola e Portugal, Djaimilia Pereira de Almeida.
Por este motivo, a sua contribuição decisiva para esta área de estudos foi comemorada através de um colóquio que decorreu de 9 a 11 de novembro de 2021, nas Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra. Mais que homenagem, esse encontro foi um colóquio no sentido etimológico da palavra, funcionando como um espaço de conversa e de partilha. Partilha de saberes sobre literaturas africanas, e em particular sobre literatura angolana. Mas partilha também de experiências pedagógicas de ensino da literatura e de gosto pela palavra e pela poesia. E partilha de afetos entre gente que, presencialmente ou à distância, vinha de espaços diversos de Portugal, de Angola, do Brasil – os lugares onde são mais fortes as marcas do legado de Pires Laranjeira – mas também da Croácia, da França e da Itália.
Em busca de todas as áfricas do mundo reúne a quase totalidade das comunicações apresentadas no colóquio de 2021. Abre com um texto do novel jubilado, seguindo-se uma série de depoimentos e ensaios e ainda um catálogo bibliográfico acompanhado de alguns desenhos. Fica, assim, o retrato possível de uma figura maior de professor, investigador, crítico, pensador, poeta, artista plástico e fotógrafo.
Este livro propõe leituras críticas do nacional tomando o género como categoria orientadora. No foco de interesse estão os países africanos de língua oficial portuguesa, mas também, numa perspetiva comparatista, os diálogos com outros países africanos e com Portugal. As contribuições reunidas apresentam análises de obras literárias, fílmicas e artísticas, bem como de movimentos sociais, no intuito comum de refletir sobre a relação entre género e nação.
Kap. 2 diskutiert die Frage nach der Gattung der Werke, um die unterschiedliche Aufbereitung der historischen Fakten herauszuarbeiten. Os sertões vermischt wissenschaftlichen, historiographischen und literarischen Diskurs. La guerra… hingegen ordnet sich in die Subgattung des historischen Romans bzw. der „nueva novela histórica“ ein.
Kap. 3 untersucht die ideologischen und literaturtheoretischen Prämissen, denen die Werke verpflichtet sind. Da Cunha orientiert sich wissenschaftlich am Positivismus und Sozialdarwinismus. Vargas Llosa dagegen bezeichnet in seiner Romantheorie den Schriftsteller als „Gottesmörder“, der „fortwährend gegen die Wirklichkeit rebellier[t]“ und der den „Wahrheitsgehalt“ des Dargestellten nicht wie Da Cunha „an seiner Nähe zur Realität“, sondern „am Gelingen der literarischen Persuasionsstrategien“ misst.
Kap. 4 beschäftigt sich mit darstellungsästhetischen Aspekten, wobei der Erzählsituation und der Sprache in beiden Werken besondere Aufmerksamkeit zukommt.
Kap. 5 befasst sich mit der Funktion der Personenkonstellation und der Charakterisierung einzelner Figuren, wodurch die ideologische Positionierung von Os sertões (als Hypotext) und La guerra… (als Hypertext) manifest wird. Euclides da Cunhas Wissenschaftsverständnis bringt dabei andere Wertungen und Einschätzungen zu Tage, als der Roman von Vargas Llosa. So stellt Da Cunha die sertanejos aufgrund ihres Mischlingscharakters als genetisch determinierte Relikte dar. Dagegen führt Vargas Llosa ökonomische und psychologische Gründe für den Canudos-Konflikt an und „falsifiziert“ die Argumente Da Cunhas.
Aus Kap. 6 geht die philosophische Dimension der divergenten Wirklichkeits-, Wahrheits- und Geschichtskonzeptionen der beiden Werke hervor. Beide Autoren wurden von einem unterschiedlichen Geschichtsverständnis geleitet.
Doris Wieser studierte Romanistik und Germanistik in Heidelberg, São Paulo und Mexiko-Stadt, war Schulbuchredakteurin beim Klett Verlag und promovierte mit dieser Arbeit an der Universität Göttingen, wo sie iberoromanische Literaturwissenschaft lehrt.
Todas las entrevistas se guían por la misma línea de investigación. Una parte de las preguntas indaga la concepción del género policial de los autores, sus modelos literarios así como las ventajas e inconvenientes de escribir dentro de este género. Otra parte cuestiona el nexo de la novela negra con el respectivo contexto sociopolítico, la (des)confianza de la gente en la policía y otras instituciones estatales, y también las consecuencias de dictaduras militares, conflictos armados y delincuencia organizada para la sociedad. Finalmente, algunas preguntas se concentran en aspectos estéticos de las diferentes novelas, las características de los protagonistas y la inscripción de la trama en un determinado contexto.
Papers by Doris Wieser
(Submitted Manuscript)
Este trailer faz parte do projeto Identidades Nacionais em Diálogo: Construções de Identidades Políticas e Literárias em Portugal, Angola e Moçambique (1961-presente), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (IF/00654/2015) e coordenado por Doris Wieser (Centro de Literatura Portuguesa, Universidade de Coimbra).
Este número inclui, por um lado, a transcrição de seis entrevistas – a Ana Paula Tavares, Aida Gomes, Kalaf Epalanga, Raquel Lima, Yara Monteiro e Zetho Cunha Gonçalves – originalmente gravadas para o documentario Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (2021). Por outro lado, inclui ensaios teóricos e estudos sobre obras dos/as entrevistados/as bem como de outra escritora em trânsito entre Angola e Portugal, Djaimilia Pereira de Almeida.
Por este motivo, a sua contribuição decisiva para esta área de estudos foi comemorada através de um colóquio que decorreu de 9 a 11 de novembro de 2021, nas Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra. Mais que homenagem, esse encontro foi um colóquio no sentido etimológico da palavra, funcionando como um espaço de conversa e de partilha. Partilha de saberes sobre literaturas africanas, e em particular sobre literatura angolana. Mas partilha também de experiências pedagógicas de ensino da literatura e de gosto pela palavra e pela poesia. E partilha de afetos entre gente que, presencialmente ou à distância, vinha de espaços diversos de Portugal, de Angola, do Brasil – os lugares onde são mais fortes as marcas do legado de Pires Laranjeira – mas também da Croácia, da França e da Itália.
Em busca de todas as áfricas do mundo reúne a quase totalidade das comunicações apresentadas no colóquio de 2021. Abre com um texto do novel jubilado, seguindo-se uma série de depoimentos e ensaios e ainda um catálogo bibliográfico acompanhado de alguns desenhos. Fica, assim, o retrato possível de uma figura maior de professor, investigador, crítico, pensador, poeta, artista plástico e fotógrafo.
Este livro propõe leituras críticas do nacional tomando o género como categoria orientadora. No foco de interesse estão os países africanos de língua oficial portuguesa, mas também, numa perspetiva comparatista, os diálogos com outros países africanos e com Portugal. As contribuições reunidas apresentam análises de obras literárias, fílmicas e artísticas, bem como de movimentos sociais, no intuito comum de refletir sobre a relação entre género e nação.
Kap. 2 diskutiert die Frage nach der Gattung der Werke, um die unterschiedliche Aufbereitung der historischen Fakten herauszuarbeiten. Os sertões vermischt wissenschaftlichen, historiographischen und literarischen Diskurs. La guerra… hingegen ordnet sich in die Subgattung des historischen Romans bzw. der „nueva novela histórica“ ein.
Kap. 3 untersucht die ideologischen und literaturtheoretischen Prämissen, denen die Werke verpflichtet sind. Da Cunha orientiert sich wissenschaftlich am Positivismus und Sozialdarwinismus. Vargas Llosa dagegen bezeichnet in seiner Romantheorie den Schriftsteller als „Gottesmörder“, der „fortwährend gegen die Wirklichkeit rebellier[t]“ und der den „Wahrheitsgehalt“ des Dargestellten nicht wie Da Cunha „an seiner Nähe zur Realität“, sondern „am Gelingen der literarischen Persuasionsstrategien“ misst.
Kap. 4 beschäftigt sich mit darstellungsästhetischen Aspekten, wobei der Erzählsituation und der Sprache in beiden Werken besondere Aufmerksamkeit zukommt.
Kap. 5 befasst sich mit der Funktion der Personenkonstellation und der Charakterisierung einzelner Figuren, wodurch die ideologische Positionierung von Os sertões (als Hypotext) und La guerra… (als Hypertext) manifest wird. Euclides da Cunhas Wissenschaftsverständnis bringt dabei andere Wertungen und Einschätzungen zu Tage, als der Roman von Vargas Llosa. So stellt Da Cunha die sertanejos aufgrund ihres Mischlingscharakters als genetisch determinierte Relikte dar. Dagegen führt Vargas Llosa ökonomische und psychologische Gründe für den Canudos-Konflikt an und „falsifiziert“ die Argumente Da Cunhas.
Aus Kap. 6 geht die philosophische Dimension der divergenten Wirklichkeits-, Wahrheits- und Geschichtskonzeptionen der beiden Werke hervor. Beide Autoren wurden von einem unterschiedlichen Geschichtsverständnis geleitet.
Doris Wieser studierte Romanistik und Germanistik in Heidelberg, São Paulo und Mexiko-Stadt, war Schulbuchredakteurin beim Klett Verlag und promovierte mit dieser Arbeit an der Universität Göttingen, wo sie iberoromanische Literaturwissenschaft lehrt.
Todas las entrevistas se guían por la misma línea de investigación. Una parte de las preguntas indaga la concepción del género policial de los autores, sus modelos literarios así como las ventajas e inconvenientes de escribir dentro de este género. Otra parte cuestiona el nexo de la novela negra con el respectivo contexto sociopolítico, la (des)confianza de la gente en la policía y otras instituciones estatales, y también las consecuencias de dictaduras militares, conflictos armados y delincuencia organizada para la sociedad. Finalmente, algunas preguntas se concentran en aspectos estéticos de las diferentes novelas, las características de los protagonistas y la inscripción de la trama en un determinado contexto.
(Submitted Manuscript)
Im Folgenden interessiert mich der Prozess der Akkulturation des weißen Gregódio an die afrikanische Kultur sowie der Prozess der Konstruktion einer chicunda-Identität in diesem Roman.
Referência bibliográfica:
Wieser, Doris (2018): “Redes de mulheres em famílias poligâmicas africanas entre submissão e subversão: Things Fall Apart de Chinua Achebe, Xala de Ousmane Sembène e Niketche de Paulina Chiziane”. In: Almeida, Dimitri; Anastácio, Vanda; Martos Pérez, María Dolores (eds.): Mulheres em rede / Mujeres en red. Convergências lusófonas. Münster: LIT, pp. 333-356 (= LIT Ibéricas 13).
do seu trono e a sua identidade de género são confrontados com estudos feministas que tencionam deslegitimar as categorias ocidentais “género” e “raça” no contexto africano. Analisam-se a seguir dois romances históricos escritos a partir da perspetiva brasileira, O
trono da Rainha Jinga (1999), de Alberto Mussa, e A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014), de José Eduardo Agualusa, questionando se oferecem leituras inovadoras relativamente às categorias “género” e “raça”.
Abstract: This article proposes a rereading of the representations of Queen Njinga of Angola (1582-1663) in the light of African and Latin American feminist studies. The Queen's image created in the chronicles of the 17 th century (especially Cavazzi) and the historiographi-cal debate about the legitimacy of her throne and her gender identity are confronted with feminist studies, which intend to delegitimize the Western categories of gender and race in the African context. Finally, two historical novels written from the Brazilian perspective are analyzed, O trono da Rainha Jinga (1999) by Alberto Mussa, and A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014) by José Eduardo Agualusa, questioning whether they offer innovative readings for the categories of gender and race. | Resumo: Este artigo propõe uma releitura das representações da rainha Njinga de Angola (1582-1663) à luz de estudos feministas africanos e latino-americanos. A imagem da rainha criada nas crónicas do século xvii (sobretudo Cavazzi) e o debate historiográfico sobre a legi-timidade do seu trono e a sua identidade de género são confrontados com estudos feministas que tencionam deslegitimar as categorias ocidentais " género " e " raça " no contexto africano. Analisam-se a seguir dois romances históricos escritos a partir da perspetiva brasileira, O trono da Rainha Jinga (1999), de Alberto Mussa, e A Rainha Ginga. E de como os africanos inventaram o mundo (2014), de José Eduardo Agualusa, questionando se oferecem leituras inovadoras relativamente às categorias " género " e " raça " .
This article focuses on the cultural memory (Aleida and Jan Assmann) and post-memory (Hirsch, Suleiman) of the Portuguese Colonial War in poetry and visual arts. The empirical support comprises both poems written by the generation that lived the war, directly or indirectly, in its adulthood (Manuel Alegre, Fiama Hasse Pais Brandão and José Niza), as well as artworks elaborated by the one-and-a-half and second generations: installations by Ana Vidigal and a short film by António Ferreira. The goal is to analyse the strategies applied by the artists to destroy the pillars of the Portuguese national identity, burying national myths, denouncing emotional damage and claiming the rewriting of the country’s cultural memory.
PALAVRAS-CHAVE: colonialismo, decolonialidade, desprendimento, identidade nacional
ABSRACT: Starting from the recent history of Portuguese decolonization and the silences within it, this essay puts in dialogue two critics of the policy of their respective countries: the philosophers Eduardo Lourenço (Portugal) and Severino Elias Ngoenha (Mozambique). Both care deeply about the impact colonialism and neo-colonialism have on identity and try to adopt an ethical and responsible attitude. Their proposals will be discussed starting from a decolonial perspective, following Walter D. Mignolo, Aníbal Quijano and Boaventura de Sousa Santos.
KEYWORDS: colonialismo, decoloniality, delinking, national identity
Palavras-chave: Moçambique, João Paulo Borges Coelho, identidade nacional, memória histórica, literatura moçambicana
Durante a minha viagem de investigação a Moçambique – financiada pela Fundação Fritz Thyssen – falei com a escritora em Maputo, na cafetaria da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) a 4 de Agosto 2014.
Eduardo White morreu a 24 de agosto de 2014.
Antes de su participación en el evento tuve oportunidad de charlar con él. Habíamos quedado delante del Schaetzlerpalais, un palacio estilo rococó que suele albergar eventos culturales como en este caso la “Brecht Connected”. Santiago, un joven relajado, amable y sobre todo muy simpático, reside desde el 2000 en España. Actualmente vive con su esposa y su hijo pequeño en Barcelona donde trabaja como periodista, escritor y guionista. Cuenta con una amplia y polifacética obra en diversos géneros literarios (véase bibliografía al final). Con Abril rojo ganó el prestigioso Premio Alfaguara de novela (2006) y desde entonces se encuentra entre los mejores representantes de la literatura actual de su país. Pasé un rato muy agradable con él en el que nos compartió detalles interesantes en torno a su literatura y su proceso creativo.
Sua obra compreende até a data atual treze romances, duas peças de teatro e um livro de contos. Com seus dois romances mais recentes, "Jaime Bunda, agente secreto" (2001) e "Jaime Bunda e a morte do americano" (2003), Pepetela deu um passo na direção do gênero policial pela primeira vez. Através do anti-herói Jaime Bunda (paródia de James Bond) o autor analisa a sociedade de Luanda aguçadamente e sobre tudo com muito humor.
This dossier brings together seven interviews carried out at the Frankfurt Book Fair in 2013 with the following Brazilian writers: Ana Paula Maia, Beatriz Bracher, Bernardo Ajzenberg, Carola Saavedra, Ferréz, Luiz Ruffato and Marcelino Freire. The first part of each interview focusses on gender issues, in particular on diverging concepts of masculinity and femininity in Brazilian society and literature. These concepts are based on the theory developed by the Australian sociologist R. W. Connell, who is one of the most distinguished contemporary scholars of masculinities and gender relations. The second part shifts its focus to question about the particularities of each writer‟s work, their main aesthetic concerns and the connections between their works.
A construção de uma identidade cultural e literária nos países africanos de língua portuguesa surgiu numa época em que, em outras regiões do mundo, o conceito de “nação” e o projeto fundacional a ele associado pare¬ciam haver perdido o poder de mobilização. Some-se a isso que a heteroge¬neidade dos países africanos, devida, também, aos movimentos migratórios provocados pelas respetivas guerras civis, fez com que a construção de uma memória coletiva unificadora (Jan Assmann 1992, Aleida Assmann 1999) adquirisse algumas particularidades específicas. Patrick Chabal (1994) di¬ferencia, no eixo do tempo, quatro fases de desenvolvimento das literaturas africanas em geral: Assimilação (época colonial), Resistência (durante as Guerras de Libertação), Afirmação (após o período das independências) e Consolidação (o tempo presente), as quais servem de guia para o estu¬do dos diferentes processos de construção de uma cultura nacional. Nesse contexto, surgem as seguintes perguntas: pode-se falar, realmente, de uma cultura nacional em Angola, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Prín¬cipe e na Guiné-Bissau? Como se orquestram e constroem essas identida¬des culturais no âmbito da literatura? Já se desenvolveu, entretanto, uma identidade cultural nos países africanos de língua portuguesa, que possa ser considerada nacional, ou esta dilui-se nas várias identidades regionais heterogêneas e mesmo nas que surgem da migração e do exílio?