Voz

O artigo busca apresentar e comentar obras de dois autores contemporâneos e brasileiros, os poetas e escritores Manoel Ricardo de Lima e Sérgio Medeiros, buscando, através de suas escritas, definir aquilo que poderia ser considerado um traço "performático", marcante em algumas tendências da literatura de hoje. A principal característica dessas escritas performáticas seria a presença do corpo do próprio escrito e a mescla e indistinção de gêneros artísticos. Para tanto, parte-se do conceito de "performance" de Paul Zumthor, para estendê-lo à leitura crítica de alguns textos dos autores Lima e Medeiros, em diálogo com outros artistas e pensadores do teatro, como Antonin Artaud, Samuel Beckett e Hans-Thies Lehmann.

El estudio de la voz está integrado por numerosos factores que determinan el resultado final. A la hora de abordar el estudio de la voz es conveniente contemplar el cuerpo humano como una fuente inagotable de recursos que potencian y facilitan la expresión, la interpretación y la comunicación a través de la voz. Para ello, es necesario conocerlo y descubrir sus posibilidades. En el siguiente artículo se analiza la interacción existente entre la voz y el cuerpo, tanto en la voz hablada como cantada.

Body awareness as an essential basic in vocie education.
Voice studies are made up of various factors that determine the final result. When looking at voice studies it is convenient to contemplate the human body as a limitless source of resources that promote and facilitate expression, interpretation and communication trough the voice. Therefore we need to know about it so as to find out its possibilities. In the following article we analyse the existent interaction between the voice and body as much in the spoken voice as in singing.

Resumo: Neste trabalho pretende-se refletir sobre o ensino da regência coral e da voz cantada no processo de qualificação ou requalificação de educadores musicais. Toma-se como base para essa reflexão o relato e a discussão das experiências desenvolvidas no ensino da disciplina Regência coral e expressão vocal, do curso de pós-graduação lato sensu (especialização) em Educação Musical da Faculdade de Música Carlos Gomes (FMCG, São Paulo-SP). Destacam-se, assim, as impressões registradas, em um texto escrito individual, pelos 8 (oito) discentes que frequentaram a disciplina durante um semestre. Palavras chave: formação do educador musical, (re)qualificação dos educadores musicais, ensino de regência coral, educação vocal. Introdução A regência coral é um campo especialmente caracterizado pela convergência de duas subáreas da pesquisa e da prática musical-a performance e a educação musical. Historicamente, as figuras do regente e do educador musical ou se identificam completamente ou, ao menos, complementam-se. Essas vertentes-educação musical e interpretação musical-configuram-se como indissociáveis a toda atividade de regência de coros, principalmente no caso de grupos vocais amadores, que constituem o maior mercado de trabalho para a atuação do regente coral. Também o educador musical que atua na educação básica, no ensino de Arte ou em atividades extracurriculares na escola regular, muitas vezes exerce o papel de regente, pois, em muitos casos, por questões de infraestrutura e possibilidades materiais da escola, o grupo musical que é possível de se formar é um coro-que demanda apenas a própria voz do aluno e que resulta, outrossim, em benefícios especiais com relação a outras práticas musicais em grupo. Portanto, o papel da regência coral na formação do educador musical contemporâneo é uma questão de profunda relevância e merece a atenção dos docentes e pesquisadores da área de música. Neste trabalho, o objetivo delineado consiste em relatar as experiências desenvolvidas, durante um semestre, na disciplina Regência coral e expressão vocal, componente obrigatória do curso de pós-graduação lato sensu (especialização) em Educação Musical da Faculdade de Música Carlos Gomes (FMCG, São Paulo-SP).

La literatura testimonial de ex presos políticos uruguayos se establece como escenario para examinar las diferentes transformaciones que se producen a partir de la pretensión fundamental de ser reconocidos como víctimas de violaciones a los derechos humanos desde el propio cuerpo y desde el pensamiento de él Asimismo y a partir de un cruce de los acercamientos al cuerpo y a lo visible, este ensayo propone una poética del testimonio justamente en la transformación de la materialidad de la voz (como grito desarticulado asociado a la tortura) en una voz articulada que trae al campo de lo visible (en un sentido político) simultáneamente las denuncias a las violaciones de los derechos humanos y la articulación de una subjetividad ético-política que se proyecta hacia el futuro.

O conhecimento e a atualização das técnicas vocais existentes e
fisiologicamente mais equilibradas que permitem um rendimento máximo e
longevidade da voz, é um importante pré-requisito para a atuação fonoaudiológica
preventiva e clínica, tornando-se um fator imprescindível nos trabalhos de
aperfeiçoamento vocal.
Esses foram os principais motivos para a realização dessa pesquisa,
que teve por objetivo realizar um estudo genérico das técnicas vocais para os
diversos profissionais da voz falada e cantada, possibilitando a elaboração de uma
coletânea das principais técnicas pesquisadas para auxiliar como um guia de
consulta aos fonoaudiólogos especialistas em voz.

El presente artículo aborda la manera en que la voz, en tanto artefacto cultural, cumple una función articuladora de los roles de género de los contratenores de Santiago de Chile, tomando como referencia el análisis de caso del contratenor Moisés Mendoza y entrevistas a diversos contratenores de la región antes mencionada. En el comienzo de esta sección, presento las clasificaciones vocales tal como se han definido en la literatura especializada, para luego establecer las relaciones entre éstas y el sexo/género de los intérpretes. Avanzando en el análisis, establezco la diferenciación entre contratenores y castrati, contextualizando a ambos en el barroco europeo a modo de entender la importancia del contexto histórico social en el artefacto cultural voz. Luego de ello, abordo la situación de los contratenores en el contexto nacional, específicamente los ámbitos académicos y laborales, para finalizar con el caso del contratenor Moisés Mendoza y un análisis de su performance musical vocal del aria Olim lacus colueram, de la cantata escénica Carmina Burana.

Intervention Phonoaudiologic framed in the field of study of the human voice allows different looks that reflect the complexity of this phenomenon, whose production involved in different
functions-systems (respiratory, resonant, articulatory posture, etc.) and set as an object of study with multiple dimensions (biological, anatomical, social, cultural, emotional, historical, etc.). One line of vocal work that has been growing in Argentina in recent years is the one that is part of the so-called functional approach. This approach takes the theoretical basis of the method Rabine.
This paper presents a systematic way a case and the different moments of speech therapy intervention in the context of a functional approach.

This thesis investigates relations between voice and gender within the context of actor training and creation in theater departing from the following question: how is it possible to destabilize the logocentric binarism of gender representation by means of the vocal body? The hypothesis argues that when vocal patterns are destabilized on stage, other patterns such as gender cultural representation through voice may also be destabilized. Having this question in mind, the methodology used in this research entails cartography and auto-ethnography with the purpose of mapping interdisciplinary clues that point to gendering, dissonances and queerizations of vocal bodies in performance. The term vocal body is used, foremost from Adriana Cavarero’s philosophical thinking, referring to the psychophysical integrity between body and voice. In gender theories, the queer refers to the non fixation of sexual identities, the in-between places of gender dissonances. The searh for queering the vocal body during the creative process of the play Pequeno Manual de Inapropriações (Short Manual of Unappropriations) aimed to bring to life the hypothesis of this research.

El músico es un atleta. Esa afirmación está presente en las publicaciones más actuales que traen estudios y pesquisas sobre las performances de los músicos y sus posibilidades de mejora de desempeño y prevención de lesiones por medio del mirar clínico del área médica. En el caso del cantante lírico, lo que se espera es también una performance atlética: el máximo de expresión de la técnica vocal debe ser adquirido en la búsqueda por el repertorio musical más complexo. En ese contexto, la voz es el instrumento del cantante. Esa máxima está presente en las conversaciones y en las críticas a las performances, en torno de la cual se construye la lógica del enseño y de la performance del cantante lírico. Diferente del instrumento que es manipulado por el músico, el cantante es el músico del instrumento corporificado, internalizado. La visión de un cuerpo como instrumento, por parte de los cantantes parece venir de un intento en comparar su práctica musical con la de otros músicos – los instrumentistas. Sin embargo, tal visión tratase de una simplificación de lo que viene a ser el cuerpo y el proprio canto. Este pensamiento considera el cuerpo como una herramienta con vías de realizar algo que está fuera de él. Así, se entiende que el nuestro ser es compuesto de una mente que utiliza el cuerpo con su instrumento de concretización de ideas. Según Le Breton, hay en la contemporaneidad una fuerte tendencia de considerar el cuerpo un lugar donde dominan los órganos. Para él, esa noción de cuerpo está fundamentado en el
discurso científico del tiempo presente: cuerpo como materia prima, que puede ser perfeccionado o modificado. Este estudio presenta los resultados iniciales de una investigación antropológica que quiere comprehender y conocer las prácticas corporales de jóvenes cantantes, consideradas importantes en su formación.

RESUMO Dançar e cantar são duas artes cada vez mais requisitadas de forma simultânea e por isso, artistas de ambas as formações buscam uma forma de conciliar a técnica da dança e do canto. Por meio de uma revisão bibliográfica, esta pesquisa inicia analisando a relação entre a respiração e postural corporal, bases tanto do canto como da dança. Segue abordando as diferenças de orientação dos manejos respiratórios no ensino do canto assim como investiga estudos acerca da respiração e postura corporal na dança. Apresenta ao final como análise dos resultados, conclusões acerca de orientações técnicas compatíveis que possibilitem uma postura corporal e respiração em comum que para a prática do canto e da dança, facilitando assim ao bailarino-cantor ou ao cantor-bailarino a execução de ambas as atividades de forma simultânea. Palavras chaves: respiração, postura corporal, canto e dança ABSTRACT Dancing and singing are two arts that are increasingly required simultaneously and therefore, artists of both formations seek a way to reconcile the techniques of dance and singing. This research investigates basic guidelines that provide technical orientations compatible from the point of view of body posture and breathing. Through a bibliographical review, this research begins by analyzing the relationship between breathing and body postural, bases of both singing and dancing. He goes on to appoint to the differences in the orientation of respiratory management in singing teaching as well as investigates studies on breathing and body posture in dance. It presents at the end as an analysis of the results, conclusions about compatible technical orientations that allow a body posture and breathing in common that for the practice of singing and dancing, thus facilitating the dancer-singer or the singer-dancer performing both activities in a way simultaneously.

O objetivo deste trabalho é traçar um paralelo entre a reportagem e
a transmissão ao vivo de telejornalismo e o documentário, analisando a
relação entre imagem e palavra no episódio do seqüestro de um ônibus
na cidade do Rio de Janeiro, ocorrido no ano de 2000. O seqüestro
foi acompanhado ao vivo pela Globo News, foi exibido pelo Jornal
Nacional e serviu como base para o documentário Ônibus 174 (José
Padilha, 2002), ambos constituintes do corpus desta análise. As estruturas
narrativas verbal e imagética do documentário, da transmissão ao
vivo e da reportagem servem de base para esta pesquisa, levando-se em
conta a presença e a ausência de um narrador com voz fora de campo
e sua relação com outras vozes do texto. A interferência subjetiva do
autor e do repórter, enquanto realizadores, é refletida nesta dissertação.

Este trabalho se propõe a analisar a composição vocal de um personagem de Teatro Musical, investigando as especificidades desse processo de forma qualitativa. Para tal, foi analisada a construção vocal do personagem Quasímodo, interpretado pelo pesquisador, na montagem do espetáculo O Corcunda de Notre Dame, da Cia. Teatro Novo, refletindo sobre seu próprio trabalho. Primeiramente, são apresentados os principais pressupostos teóricos, tanto da linguagem teatral como da linguagem musical e onde elas dialogam na composição de um personagem em Teatro Musical. Depois, são apresentados os aspectos teatrais do processo, baseado nas teorias de Stanislavski (2003; 2005) e Gayotto (1997). Em seguida, são apresentados os aspectos técnicos da construção vocal, tanto a técnica trazida pelo preparador vocal aos ensaios, como a aprendida pelo pesquisador em sua carreira artística, o Speech Level Singing, de Riggs (1998). Por fim, é analisado o processo de construção do personagem em questão ao interpretar as canções Tema de Quasímodo e Minha Alma Quer Partir, procurando-se compreender a aprendizagem da atuação em Teatro Musical vivenciada na montagem de O Corcunda de Notre Dame.

Resumo:
Neste trabalho, propomos pensar a composição musical enquanto poética que intermedeia a palavra, o corpo e o som, encontrando no conceito de Voz-Música, um material criativo entre as instâncias que a voz pode articular, as quais podem ser aplicadas, em seus aspectos expressivos, gestuais, fonéticos e paralinguísticos, em procedimentos que envolvem eventos sonoros, vocais e performáticos. Introduzimos a noção de voz poética e dialogamos as transformações artísticas entre som, palavra e performance, em obras que se ambientam na Poesia Sonora, na Música Experimental e na Música Concreta. Conecto este corpus criativo com o conceito de intermídia e este, com o conceito de agenciamento coletivo de enunciação: um catalisador das múltiplas dimensões do enunciado, gerador de um contínuum entre suas variáveis musicais, fonéticas, fáticas, a-fáticas, sígnicas, semânticas, entre outras. Estudamos como o agenciamento de enunciação articularia o material criativo e conceitual produzido neste cruzamento: a Voz-Música num Cromatismo Generalizado. Relacionamos estes procedimentos à proposta composicional de Trevor Wishart (1996), sobre a exploração da voz humana dentro do universo multidimensional da enunciação, cujos aspectos de pronúncia, fonética, paralinguismo, entre outros, serviriam como módulos de dinâmica complexa para a composição sonora. Finalizo sugerindo a ocorrência de uma Voz-Música em obras de
Demetrio Stratos, Dieter Schnebel e Carmelo Bene, bem como em trabalhos que compus para este percurso: Poema Verbo-instrumental (2013), Ao passo que...O corpo do Espaço (2013), e Poço Barthesiano ou Onda de Estilo Ga(l)go (2014).

Abstract:
In this study, we propose thinking the musical composition as a poetic that intermediates word, body and sound, finding in the Voice-Music concept a creative material between the dimentions that voice can articulate, which may be applied in its expressive, kinetic, phonetic and paralinguistic aspects, within artistic procedures that involve sonic, vocal and performatic events. Here, I introduce the notion of poetic voice and discuss the artistic transformations among sound, word and performance, in works belonging to Sound Poetry, in Experimental Music and Concrete Music. I connect this creative corpus with the Intermedia concept, and the latter with the concept of collective assemblage of enunciation: a catalyst of the multiple dimentions of a continuum between its musical, phonetic, fatics, semiotic, and semantic variables. I propose studying how the assemblage of enunciation would articulate the creative and conceptual material produced in this intersection: the Voice-Music in a Generalized Chromaticism. Weintermingle these procedures to the compositional proposition of Trevor Wishart (1996), about exploring the human voice within the multidimentional universe of utterance, which aspects of pronounciation, phonetics, paralinguism, among others, would act as modules of complex dynamics to sonic-compositions. We conclude by suggesting a occurrence of a Voice-Music in some works of Demetrio Stratos, Dieter Schnebel and Carmelo Bene, as well as with the original compositions created for this study: Poema Verbo-Instrumental (2013) (Verbal-Instrumental Poem), Ao passo que… o Corpo do EsPaco (2014) (Whereas… the sPace Body), e Poco Barthesiano ou Onda de Estilo Ga(l)go (2013) (Barthesian Well or Ga(l)g-style Wave). Keywords:

Este trabalho pretende investigar os elementos musicais utilizados por Bobby McFerrin na elaboração do solo sobre o tema Blue Bossa, de Kenny Dorham, gravado para o  álbum Play gravado em Junho de 1990 em Wolftrap, Vienna e lançado em 1992. Parte do pressuposto de uma carência de textos acadêmicos, particularmente sobre suas habilidades como improvisador. Para esta análise, serão utilizados os métodos de improvisação no Jazz como o livro How To Improvise de Hal Crook, o livro The Jazz Harmony Book de David Berkman, o livro Ready, Aim, Improvise, também de Hal Crook e, como principal referência, o estudo de análise sobre o solo de Kurt Rosenwinkel de  Walter Nery.

in "Deux poètes face au monde-Pierre et Ilse Garnier",
a cura di CHRISTINE DUPOUY, Presses Universitaires François Rabelais, Tours, 2018 [ISBN:978-2-86906-687-8]

GIOVANNI FONTANA LA POESIE SONORE DE PIERRE GARNIER : POESIE PHONIQUE, SONIE, SOUFFLE-MANIFESTE
Le travail poétique de Pierre Garnier marque un vaste domaine de la recherche intermédiale où la langue est matière sonore et visuelle, et l'espace en exalte les qualités dynamiques. En ce sens, avec le Manifeste pour une poésie nouvelle visuelle et phonique ["Les Lettre", n° 29, 1963] et Un art nouveau : la sonie ["Les Lettres", n° 31, 1963] il ouvre des espaces visuels et acoustiques mémorables. Dans sa poésie il crée des tensions et des vibrations. Il libère les énergies potentielles et amplifie les énergies réelles. En fait, dès le début des années soixante, Pierre Garnier est à la recherche de nouvelles syntaxes et structures linguistiques, considérées comme des instruments d'animation d'espaces de communication externes aux codifications courantes. Dans son "plan pilote du spatialisme", Pierre Garnier ne considère pas la page comme un simple support, mais comme le champ d'action dans lequel il peut construire le poème : le geste inscrit dans l'espace de la page acquiert une valeur poétique et insuffle de l'énergie aux lettres, aux syllabes, aux mots qui sont organisés grâce à de nouveaux procédés syntaxiques de type géométrique. La poésie laissera transparaître sa valeur matiériste et deviendra objet. Bien qu'insistant sur le rôle fondamental de la perception visuelle, le travail de Garnier reste, de toute façon, essentiellement et délicieusement poétique. La poésie visuelle est une poésie à l'état pur. Il considère l'espace visuel comme un champ extraordinaire pour l'activation de relations poétiques. Ou plutôt, il le choisit comme une véritable donnée structurelle. Les mots, les phonèmes et les lettres sont soutenus par d'invisibles nervures spatiales, qui, dans un jeu réciproque de soutien, sont lancées et relancées par le même matériel verbal. Les mots sont disposés comme des grumeaux de sens qui s'animent grâce aux relations géométriques d'une pureté absolue. Clairs. Transparents. Il s'agit de mots-objets qui englobent en eux-mêmes les caractères des géométries suggérées par les relations qui les innervent. Il s'agit de dispositions spatiales engendrant des tensions,

Esta pesquisa lança um olhar para os oito documentários dirigidos por Paulo Gil Soares entre 1960 e 1970 na experiência hoje conhecida como Caravana Farkas, todos realizados no Nordeste brasileiro: Memória do cangaço (1965), Erva Bruxa (1969-70), A morte do boi (1970), A mão do homem (1969-70), Jaramataia (1970), O homem de couro (1969-70), Vaquejada (1970) e Frei Damião: trombeta dos aflitos, martelo dos hereges (1970). Trata-se de curtas e médias-metragens inseridos num projeto que tinha como intuito “revelar o Brasil aos brasileiros” – em voga no contexto do Cinema Novo –, do qual participaram cineastas que vivenciaram uma experiência de produção bastante singular, na
qual percebe-se um compartilhamento de ideias políticas, mas, sobretudo, de opções estéticas e temáticas no campo do documentário. Tentando-nos afastar da generalização acerca dessa experiência, por vezes presente na literatura sobre cinema brasileiro, apontaremos traços distintivos dos oito filmes de Paulo Gil Soares, sendo nosso propósito delinear características da “voz” deste cineasta na Caravana Farkas e, desta forma, diferenciá-lo de outros realizadores da mesma experiência. Para isso, nas análises fílmicas que se sucedem, nos deteremos em três aspectos pertinentes às construções estéticas e discursivas de seus documentários: as vozes acionadas, o modo como os personagens são retratados e as apropriações da cultura popular.

Este artículo analiza la intervención del grupo de rock Leusemia y de la escena de rock subterraneo en los medios masivos y revistas especializadas en política y ciencias sociales en los años ochenta en Perú. En estos espa­cios la subcultura es entendida como una nueva manera de ser joven en Lima, distinta de la militancia politica y de la juventud universitaria. Los jóvenes subterraneos son asociados con una semántica del ruido y la ani­malidad, que no es extraña al rock, pero que cobra sentidos que delatan las trayectorias ideológicas y partidarias de varios sectores de la política y la intelectualidad peruana de la época cuando aparecen en estas publicaciones de actualidad política que se ocupan de la violencia de la guerra interna (1980-2000). A partir de ello reviso los conceptos de voz y logos en el discurso de la teoría política como dos puntos que anclan un pensa­miento sobre las maneras legítimas e ilegítimas de hacer política

O presente trabalho relaciona experiência acadêmica e atuação prática nas áreas de música vocal, processos coletivos e criatividade em ambientes de ensino-aprendizagem de música. O percurso pedagógico teve início com o projeto de Iniciação Científica, realizado com apoio da Universidade, intitulado “Processos criativos a partir da canção brasileira” e se desdobrou em uma série de Oficinas de práticas vocais criativas. Neste trabalho, recupero os principais conceitos contidos na IC, distendendo-os às atividades desenvolvidas nas oficinas, com o objetivo de discutir os processos de ensino-aprendizagem de música para adultos na perspectiva da voz, do corpo e da criatividade. A metodologia adotada é a da pesquisa-ação, que pressupõe uma atitude auto-reflexiva e o diálogo constante entre teoria e prática. No primeiro capítulo apresento discussão sobre os conceitos relativos ao trabalho. Em seguida, realizo uma análise dos processos vivenciados na IC e nas Oficinas realizadas. Nas considerações finais, retomo as ideias principais, observando seus reflexos nas atividades que desenvolvo e projetando a continuidade do processo. No apêndice, apresento breve discussão sobre os exercícios utilizados, seguido da descrição dos mesmos, com objetivo de contribuir com material para prática e reflexão.

La constatación del poema a través de la voz resulta el punto de partida para abordar el espacio frondoso que recorren las puestas en voz de Marosa Di Giorgio.El artículo aborda las grabaciones del casette "Diadema"(1985) a partir de la hipótesis de que la autora realiza con la voz una fuga de los repertorios declamatorios escolarizados, ligados a la inmigración durante comienzos de siglo XX. Entre la reverberación interna y la puesta en voz alta se oyen, además de horizontes históricos, una serie de tonalidades medias, contaminaciones acústicas y remisiones mutuas. Junto a "cómo escuchar la voz", la pregunta que da inicio a este ensayo es qué se escucha en las voces, qué resuena en ellas. De este modo, a partir de la noción de "voz acusmática" (Dolar 2007) y de "resonancia" (Nancy 2007), se analiza el retorno de lo que se entiende como el "espectro declamador", el tono familiar de la tradición declamadora que regresa en la voz de la poeta para ser desfigurado y trastocado en tonos intermedios, cantos, susurros y oscurecimientos de la vocalidad.

En este trabajo nos proponemos pensar posibles relaciones entre la voz, la escritura y la resonancia, especialmente desde tres textos de Jean-Luc Nancy (" Vox clamans in deserto " , " Répondre du sens " y A la escucha). Postularemos que la voz escucha, abriendo el espacio de la sonoridad donde rebota el sentido; que la voz clama, en plena afirmación de sí, en la apertura de la boca donde resuena; y finalmente, que la voz responde, en el canto del sentido que es la escritura cuando se la piensa como resonancia sonora, como apertura de reenvíos.

This article studies the representation of a multi-sensory voice in some works by two contemporary authors – Germán Carrasco (Chile) and Erri De Luca (Italy) – and the way it interrogates the relation between the poetic word and its referent. Particularly, it will consider the interplay between voice and image: on one hand, voice and image come together, generating a synesthetic continuum that emphasizes the materiality of representation; on the other hand, they eclipse each other, so that the frustrated access to the referent through a specific sensory channel make it paradoxically more present. With the support of Maurice Merleau-Ponty's corporeal phenomenology, it will be possible to show that the signification process in poetry and in poetic prose is deep-rooted in the perceptive dimension of the referent, as well as in the materiality of language. The analysis of the corporeal and multisensory voice in both authors will finally result in a sketch of their poetics: Carrasco creates a spacing or inter-body between words in order to expand the subject's perception to what is invisible, while De Luca tends to endow the word with all the intensity of the material referent.

Este trabajo se propone revisar algunos clivajes de la creación o la inscripción de las voces políticas en la poesía de América Latina a partir de procesos de apropiación y expropiación, asociada a la potencia de una figura anacrónica, el canto. En este sentido, estar adentro o afuera del canto, supone tanto la homogeneidad de ciertos tonos, el elegíaco, el imperativo, o el desalojo de los mismos, como la asunción de un punto de vista sonoro en relación con una idea de la temporalidad histórica que funcionaría como filtro, como tímpano que silencia las otras voces bajo el peso de las metáforas que hacen pie en la naturaleza, o como superficie perforada por donde la voz de los otros se filtra.

En este trabajo se analiza la humanización de la Villa Imperial a través de la voz poética (enunciación, sujeto poético, hablante lírico) como organizador del poema Testamento de Potosí: romance popular del siglo XVIII, de autor anónimo. Además, el uso de la prosopopeya la descripción y enumeración como figuras para humanizar a la Villa imperial de Potosí. Por otro lado, la presentación de su árbol genealógico, las relaciones sociales de la Villa con otras regiones y pueblos, la familia toponímica y la familia humana de Potosí, también son estudiados de forma secundaria para la comprensión del sentido global texto y del carácter humano de la Villa.

En estas páginas reflexionamos sobre la dimensión inaudita de la voz en su vínculo con la letra, específicamente en la lectura de Juan L. Ortiz, Juan Carlos Bustriazo Ortiz y Mario Ortiz. Indagamos en la experiencia de dos tipos de sonidos: aquellos elementos considerados insignificantes que no obstante sustentan la significación (fonemas); y aquellos supuestos como no pertenecientes al lenguaje articulado aunque puedan ser escritos (onomatopeyas). Con la letra, en la letra, a la letra, ante la letra: la voz en el vórtice de lo escribible se juega entre la literalidad de lo decible y la lateridad de su materia.

Edward Olive

Locutor inglés británico nativo con estudio propio.
Residente en Madrid y servicios para Barcelona y toda España. Narrador, corporativo, publicitário, dramático, voces & acentos. Presentador de programas y videos de empresa. Locuciones, voz en off y doblaje para cine, series y programas de televisión, videos corporativos, publicidad, videojuegos, juegos de ordenador, apps para, itunes, iphone, ipad, tabletas y android, cursos interactivos, ebooks, e-learning. vídeos promocionales, podcasts, megafonía, GPS y contestadores.

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Nunca he escrito sobre poesía, tampoco sé si voy hacia ello ahora, pero lo que me interpela aparece más en esa zona que en otras, y cuando digo “zona” pienso en pantanales, arenales, humedales u otras extensiones de las materias que forman parte del imaginario del peligro lento de sustancias obstinadas mas no inquebrantables. En tal sentido, tomaré como punto de partida para este pensamiento inicial e iniciático, algunas ideas de difícil acceso para mí, a propósito de los dichos de Nicola Chiaromonte1 que coinciden con los de Hanna Arendt respecto de lo que queda después de -de la vida, o de Auschwitz-, o al menos como plantea Giorgio Agamben (2017), para hacer pie, como después de un salto en agua profunda, en la lengua. Ahora bien, si lo que queda es la lengua, la lengua misma es un resto. Quisiera pensar las grabaciones de Marosa di Giorgio para probar algunas ideas acerca de esa relación de exceso y carencia; en segunda  instancia,  quisiera  intentar  recuperar  la  escena  titulada  “El  lenguaje  tiembla”,  lectura  con  la  que  Gabriela  Milone  participó  de  una  mesa  de  poesía  en  ocasión  de  la  exposición de “Incendio, corazón y cielo” de la artista Mariana Robles,

¿Qué preserva la voz: la literatura o los quipus y la memoria? ¿Quién o qué hace de sujeto de la voz? ¿Se dice que la literatura, antes que dar fe, preservó la voz o que, por el contrario, antes que la literatura pudiera dar fe y preservar la voz ya lo hacían o habían hecho los quipus y la memoria? ¿Dónde se preserva la voz? El problema, en cualquier caso, no apunta a cuestionar ni confirmar el vínculo entre la voz y la literatura o entre la voz y los quipus y la memoria, sino que hace intervenir un elemento distinto en la serie, otorgando a los anteriores un sentido y una participación inesperados. Ese elemento, al que Tejada Gómez llama “hecho cancionero”, no es otro que el –fundante– acto de cantar y escuchar. Aventurada a la música y sus letras sonoras, la crítica literaria sigue afrontando los problemas de un bárbaro en Asia, como tituló Henri Michaux uno de sus libros de viajes y como precisamente descubrió mientras se adentraba en la India a la vez que se remontaba a uno de los asuntos críticos más problemáticos desde el origen de la voz literatura que, diría poco después Kamau Brathwaite, supone una fundacional inteligencia silábica, tan poética como política.

Este curso propone estudiar escrituras que (vinculadas a la poesía en la mayoría de los casos) dan cuenta de una reflexión singular sobre el lenguaje; reflexión que se reserva en una zona de in-determinación teórica frente a cierto límite o borde de la lengua y del sentido. Se parte, para ello, desde aquella experiencia del habla que Foucault describe al comienzo de “El pensamiento del afuera”, donde se muestra el lenguaje en su estado bruto y en la desnudez del “hablo”, en esa soberanía solitaria del lenguaje en sus bordes. En este recorrido surgen interrogaciones específicas sobre el lugar de la voz, del habla y de la lengua en el pensamiento filosófico contemporáneo, donde la experiencia del lenguaje en ocasiones aparece más sonora que semántica, siendo lo sonoro un acceso otro al sentido.
Una de las primeras preguntas que se realizará será por la relación entre la voz y el lenguaje, entre phoné y logos. Agamben (en El lenguaje y la muerte, retomando las lecturas de Hegel y Heidegger) postulará que el hombre tiene el lenguaje sobre la estructura negativa de la voz, esto es: que el lenguaje se da en el quitarse de la voz como mero sonido. La voz como materia evanescente y como experiencia de la suspensión del lenguaje sólo se podrá revertir, según Agamben, en un experimentum linguae: si la voz no es mero sonido pero tampoco sólo significado, será en esa doble negatividad donde radique la máxima potencia de la lengua.
No obstante esta negatividad de la voz, el curso propone asimismo pensar la voz “en el umbral de toda positividad”, como sostiene Foucault también en “El pensamiento del afuera”. La voz así se presentará no sólo como negación sino como variación de la lengua, como intensidad, como extensión más allá de sí misma, en una odisea sonora que muestra una oscilación intensiva, un re-torno, una re-sonancia. La materia del sonido (que se evidencia en el eco, en el temblor, en la reberveración sonora) permite pensar la positividad de la voz, esto es: su materia ya no evanescente sino vibrátil.
Pasando de la voz al habla, se trabajará desde la concepción del habla poética heideggeriana, en la cual se muestra que el habla no es una “posesión asegurada” del hombre (en tanto que puede perderla en el asombro, en el estupor, en el pavor). La pregunta por el habla nos conduce a la importancia de la figura de la boca, la cual –según el final del ensayo “Infancia e historia” de Agamben– configura dos mundos: el mundo de la boca cerrada (donde opera la pregunta, de modulación derridiana, por cómo no hablar y que abre la reflexión hacia lo apofático); y el mundo de la boca abierta (guiado por la fórmula tautológica del “Monólogo” de Novalis: “hablar por hablar”, abriendo la discusión hacia experiencias de pura habla como lo serían la glosolalia y el balcuceo). Así, en los bordes de la significación, acontece el sentido en la reversibilidad de lo sentido y lo sensible, en la lengua que gusta y que habla. La lengua debería poder saber qué gusto tiene el sentido, dirá Nancy en Las musas, y es desde esa idea que este curso buscará reflexionar sobre los bordes sonoros y semánticos, afectuosos y efectivos de la lengua.

A voz guarda relações íntimas com o fenômeno musical, mas essas relações não se dão sempre da mesma forma. Há muitas abordagens diferentes entre voz e música, cada qual privilegiando um aspecto da voz em possível detrimento de outros; essas abordagens se relacionam também com pensamentos composicionais diferentes. Mas se a voz, cada voz, é única, como essa unicidade pode atravessar a composição? E como a relação que a voz estabelece, constitutivamente, com outros e com o espaço pode de fato fazer parte do processo composicional? O presente trabalho investiga algumas relações possíveis entre a música e a voz, e discute uma abordagem entre a composição contemporânea e a voz, nossa voz, com o objetivo de potencializar essas relações e aprofundá-las, a partir da concepção da unicidade relacional da voz — em que nossa voz é reconhecida como única através da sua relação com
outras vozes.

The purpose of this research was to investigate vocal aspects of a regents' group of adult amateur choral. For the accomplishment of this study, 20 subjects answered a questionnaire where it was investigated presence or not of vocal complaints, laryngeal symptom, habits, general health and specific aspects of the regency and the atmosphere of rehearsals. The study indicated that the laryngeal and vocal symptoms were present in most of the subjects. These reports are indicative of dysphonia and they deserve medical investigation and speech patologist accompaniment for balance of the phonatory function. The data reinforce the need of vocal work of prevention and promotion to the health with the choral regents.

Tendo em vista que o ato de cantar depende de movimentos precisos do aparelho fonatório e respiratório passando pelo correto posicionamento do corpo, aprender a cantar envolve, assim como no aprendizado de qualquer instrumento musical, a correta adaptação do corpo ao instrumento. No caso do cantor, o instrumento em questão é o próprio corpo. Portanto, conhecer o corpo e ser capaz de controlar suas ações são os primeiros passos no aprendizado da técnica vocal.
Somente depois do domínio do instrumento e da automatização dos movimentos, o aluno se torna capaz de assimilar uma técnica específica. Baseando-se em estudos sobre a possibilidade do controle de certos movimentos e hábitos posturais adquiridos, o presente projeto propõe a criação de uma ferramenta interativa on-line, através de um site na internet que reunirá imagens específicas e esclarecedoras sobre o funcionamento da voz (exemplos fisiológicos de determinada estrutura, exemplos sobre posturas e áreas de ressonância, etc.) além do redirecionamento para sites como o “Visible Body 3D” que possibilita a manipulação de partes do corpo humano em alta resolução e em 3 dimensões. O projeto do site inclui ainda com a indicação (links) de sites que falam sobre o assunto, além de vídeos que mostram as cordas vocais em funcionamento, uma seção de dúvidas e fóruns para discursões. Com o acesso orientado ao site, em aulas grupais, espera-se que haja uma notável diminuição no tempo de resposta do aluno iniciante no que diz respeito ao entendimento e controle de suas funções motoras, consequentemente o aprimoramento da técnica vocal em si.

BERGANTINI, Loren. Sinestesia mediada pela tecnologia na arte: a interação entre voz e imagem. 2016. 124 p. Dissertação (Mestrado) – Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

Avanços tecnológicos recentes inauguraram novas possibilidades estéticas devido ao  potencial de integração de diversos meios, códigos e linguagens. Algumas das consequências desses avanços foram a dissolução das tradicionais fronteiras entre as áreas artísticas e a introdução de estímulos simultâneos a vários sentidos. A inclusão do corpo e seus aspectos cognitivos em interação direta com códigos computacionais é fato irreversível na arte contemporânea e seus aspectos e consequências ainda não foram completamente compreendidos. Este trabalho tem como objetivo investigar, sistematizar e utilizar os conhecimentos sobre sinestesia na arte, destacando o caso das obras artísticas interativas que correlacionam voz e imagem. Em função disto, foram propostas: a) a realização de estudos sobre o fenômeno da sinestesia no contexto da ciência e da arte; b) a busca de uma definição fisiológica para a voz; c) a pesquisa por referências estéticas que abordaram a questão; e d) a realização de trabalhos experimentais correlacionados ao tema. Os métodos de pesquisa utilizados foram: revisão bibliográfica – a partir de um enfoque multidisciplinar, englobando referências tanto da neurociência quanto de outras áreas –, seleção e análise de trabalhos artísticos interativos contemporâneos que abordaram a questão da sinestesia e da interação entre voz e imagem, e investigação estética a partir da realização de propostas poéticas experimentais. Os principais resultados obtidos foram: a compreensão da trajetória dos estudos sobre sinestesia na ciência e a atualização dos conhecimentos sobre o assunto; apontamentos sobre a contextualização da sinestesia na arte; a definição da voz relacionada a todos os sentidos incluídos na unidade do corpo; e a realização de três trabalhos experimentais, dois coletivos sobre sinestesia e um individual que explora a relação entre voz e visualidade.