Alexandrina Amorim
Universidade do Minho, Unidade de Arqueologia, Department Member
- Archaeology, Landscape Archaeology, Biological Anthropology, Funerary Archaeology, Remote sensing and GIS applications in Landscape Research, Archaeometallurgy, and 53 moreMedical Anthropology/ antropología médica, Greco-Roman Religion, North African Archaeology, Anthropology, Evolutionary Biology, Egyptology, Human Evolution, Bioarchaeology, Archaeometry, Archaeological Theory, Anthropology of space, Lithic Technology, Anthropology Of Art, Paleopathology, Palaeolithic Archaeology, Lithics, Physical Anthropology, Hunters, Fishers and Gatherers' Archaeology, Mesolithic Archaeology, Paleolithic Europe, Stable Isotopes, Mesolithic Europe, Mesolithic/Epipalaeolithic Archaeology, Paleodiet, Aegean Prehistory, Prehistoric Mediterranean Archaeology, History of Greek Art, History of Aegean Prehistoric Archaeology, American Journal of Physical Anthropology, Bone diagenesis and taphonomy, Bone Regeneration, Hominin Diet, Mesolithic (Iberian Prehistory), Metabolic Bone Disease, Classical Archaeology, Greek and Roman History, Economic History, Colonization studies, Maritime Studies, Mesolithic, Neolithic and Eneolithic Populations of East Europe, Diet Reconstructions, Paleopathology, Paleodemography, Anatomy, Biology, Death and Burial (Archaeology), Anthropology of Children and Childhood, Infant burial (Archaeology), Archaeology of children and childhood, Burial Practices (Archaeology), Burial Customs, Anthropology of Religion, Medical Anthropology, and Forensic Anthropologyedit
Paleopathology is the science that studies pathologies in past populations through the analysis and interpretations of skeletons, and others sources. In archaeological record there is a high frequency of lesions that are usually... more
Paleopathology is the science that studies pathologies in past populations through the analysis and interpretations of skeletons, and others sources. In archaeological record there is a high frequency of lesions that are usually classified as “non-specific infections” that includes periostitis. Clinically, periostitis is defined as an inflammation of the periosteum originated by trauma or an infectious process. This disruption of normal functioning of the periosteum may result in a bone tissue reaction that manifests through bone resorption or new bone proliferation. Albeit new studies have shown that periosteal reactions may be originated by different pathological conditions, such as circulatory disorders, metabolic diseases, tumours contention, among others. The aim of this study was to identify macroscopic differences in periosteal new bone formation in association with pathological conditions. Also, we tried to identify the existence of any link between periosteal new bone formation, sex and age at death. For this purpose a sample from the Identified Skeletal Collection (DCV- Coimbra University) was selected. In this Collection some variables are known, such as sex, age, and cause of death, as they are also from a pre-antibiotic era. The sample was compose of 170 individuals, 89 (52.4%) males and 81 (47.7%) females, with ages between 8 and 95 years old. They were classified by their cause of death and divided into six groups: circulatory disorders, infectious diseases, metabolic disorders, neoplastic conditions, traumatic/violent deaths and a control group. Of the 170 individuals, 155 (91.2%) have showed periosteal new bone formations in one or more bones. No differences were seen between sexes (85 males and 70 females - χ2Yates= 3,295; d.f.= 1; p= 0,069). All ages have showed periosteal new bone formations, but older individuals (over 51 years of age) were more likely to be affected (χ2= 14,281; d.f.= 3; p= 0,003 - OR= 13,468; IC95%: 1,729-104,941). When analysed the cause of death three groups showed a frequency of individuals with periosteal new bone formation higher than 95%, which are: infectious diseases (35/36; 97.2%), metabolic disorders (29/30; 96.7%) and circulatory disorders (25/26; 96.2%). Macroscopically no differences were seen between new bone formations and the cause of death. Interpreting the data it is visible that the age seems to be a decisive factor for prevalence of periosteal new bone formation. This can be explained by the fact that older individuals are more exposed to pathogenic agents and susceptible to traumatic lesions, as they also have higher risks to develop degenerative diseases. The interpretation of periosteal new bone formation requires caution as they can be caused by different pathogenic processes and show similar morphologic traits.
Research Interests:
Research Interests:
Eventual caso de Lepra no Convento de Santa Joana, Lisboa (Séculos XVIII-XIX) INTRODUÇÃO DESCIÇÃO DO CASO INDIVÍDUO Identificação [1772 A] Antropologia funerária • Inumado em covacho; parcialmente destruído por acção antrópica post mortem... more
Eventual caso de Lepra no Convento de Santa Joana, Lisboa (Séculos XVIII-XIX) INTRODUÇÃO DESCIÇÃO DO CASO INDIVÍDUO Identificação [1772 A] Antropologia funerária • Inumado em covacho; parcialmente destruído por acção antrópica post mortem (Fig. 2). Dados antropológicos • Indivíduo adulto, de sexo indeterminado Estado de preservação • Esqueleto incompleto composto apenas por alguns ossos dos pés (Fig. 3). VI Jornadas Portuguesas de Paleopatologia, Coimbra, 2018 O convento de Santa Joana, fundado em 1699, pertence da Ordem dos Pregadores, era inicialmente masculino. Em 1755, o edifício, poupado à devastação do terramoto recebeu as freiras dos mosteiros da Anunciada, do Salvador e da Rosa, levando ao consequente abandono pelos frades. O convento foi extinto em 1890 após a morte da última religiosa, passando a ser ocupado por serviços públicos. A cerca conventual ocupava uma área alargada com espaços de clausura e áreas públicas separados (Fig. 1). A necrópole localizava-se na zona acessível ao público, encontrando-se a sua ocupação balizada entre a segunda metade do século XVIII e o primeiro quartel do século XIX. Pé direito Pé esquerdo Fig. 1-Planta do convento de Santa Joana, datada de 1890, com destaque para a área intervencionada. DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRADECIMENTOS Calcâneo, talus, navicular, cuneiforme e cubóide com reacção proliferativa; 1º, 2º e 3º metatársicos evidenciam remodelação destrutiva, acroosteólise com elevada absorção distal e proliferação óssea; 4º e 5º metatársicos apresentam reacção proliferativa ao nível da diáfise, bem como alteração na extremidade proximal. Falanges proximais ostentam proliferação óssea, com maior afectação da primeira. Os autores agradecem à Arqueohoje e a todos os arqueólogos que, durante estes oito meses resgataram da terra este e outros esqueletos. A Hanseníase ou lepra é uma infecção crónica com um período de incubação longo. O contágio dá-se através da via pulmonar, causando reacções com um espectro clínico vasto que variam consoante a resposta imunológica individual 1e2. Afecta, numa primeira fase, o sistema nervoso periférico, nomeadamente as extremidades (lepra neural) e posteriormente a pele e outros tecidos 3. Quando atinge o esqueleto, desencadeia uma série de alterações, quer de foro proliferativo, como osteolítico, que podem ser específicas e não específicas. Nas lesões específicas do esqueleto são tidas em consideração todas as alterações faciais características, denominadas de fácies leprosa, que incluem o alargamento da abertura piriforme e uma remodelação destrutiva da espinha nasal e de parte do maxilar, entre outras 4. As alterações inespecíficas são consequência do envolvimento periférico nervoso que resultam na perda sensorial, no trauma e conseguinte ulceração das mãos e pés, que podem culminar numa infecção secundária. Os danos do sistema nervoso periférico (mãos e pés em forma de garra) e do sistema nervoso autónomo (absorção e remodelação) 5 conduzem à cessação da actividade normal do membro, produzindo um desequilíbrio da função osteogénica do osso, traduzida no aumento da actividade osteoclástica (Knife edge deformity; acroosteoólise, entre outros) 6. Em paleopatologia, o diagnóstico assertivo de lepra somente é possível aquando da identificação da facies leprosa, uma vez que as lesões nas extremidades devem apenas ser consideradas como características da lepra. No presente caso, apenas foram recuperados alguns ossos dos pés, o que obriga a considerar outras condições patológicas passíveis de afectar esta região anatómica. Navicular e cuneiforme com reacção proliferativa; Fusão do 1º metatársico com a primeira falange proximal; 2º, 3º e 4º metatársicos verificam-se alterações tafonómicas, no entanto, é notório a presença de remodelação destrutiva; 5º metatársico apresenta deformidade knife edge; Falanges proximais denotam sinais de alteração na base e uma forma dumb-bell. 1. Andersen, J.; Manchester, K.; Roberts, C.1994. Septic bone changes in leprosy: a clinical, radiological and palaeopathological review. International Journal of Osteoarchaeology, 4 (1): 21-30. 2. Matos, V. 2009. O diagnóstico retrospectivo da lepra: complementaridade clínica e paleopatológica no arquivo médico do Hospital-Colónia Rovisco Pais (Século XX, Tocha, Portugal) e na colecção de esqueletos da leprosaria medieval de St. Jørgen's (odense, Dimanarca).Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra 3. Mandal, B.K.; Wilkins, E.G.L.; Dumbar, E.M.; Mayon White, R.T. 1996. Lectures notes on infectious diseases. Blacwell Science. Oxford. 4. Ortner, D. 2011. What skeletons tell us. The story of human paleopathology. Virchows Archives, 459: 247-254. 5. Thappa, D.M.; Sharma, V.K.; Kaur, S.; Suri, S. 1992. Radiological changes in hands and feet in disabled leprosy patients: a clinical-radiological correlation. Indian Journal of Lerposy, 64: 58-66. 6. Robins, S.L.; Cotran, R.S. 2002. Pathologic basis of disease. W.B.…
Boca do Rio é uma villa marítima situada no extremo sudoeste peninsular com uma ocupação entre meados do século I a meados do século V, tendo sido um dos sítios mais importantes no fabrico de preparados de peixe do sul da província da... more
Boca do Rio é uma villa marítima situada no extremo sudoeste peninsular com uma ocupação entre meados do século I a meados do século V, tendo sido um dos sítios mais importantes no fabrico de preparados de peixe do sul da província da Lusitânia. Em 2016 escavaram-se nove sepulturas, datando do século III e IV, da sua necrópole que se encontravam ameaçadas pela erosão. Apresentam-se os resultados do mundo funerário detectado, bem como algumas das patologias que afectavam estas populações costeiras.
Research Interests:
The use of total station in the archaeological excavation has undoubtedly revolutionized the collecting and recording field methods, with several advantages over the traditional practices: faster and more accurate measurements, easier... more
The use of total station in the archaeological excavation has undoubtedly revolutionized the collecting and recording field methods, with several advantages over the traditional practices: faster and more accurate measurements, easier handling of spatial and provenience data, immediate availability of data for visualization, real time analysis and interpretation, among others. Combining these advantages with the ones from digital photography, an effective tool is created for the graphic recording of stratigraphic profiles and archaeological structures, with the ability to eliminate errors associated to traditional tape measured drawings. The method is based on the arrangement and rectification of a series of close-up and general photographs with three-dimensional coordinates taken from a set of preplaced numbered pushpins. These will allow, in addition to the high precision in the vectorization of features, the inclusion of the photographs and subsequent drawings into the site grid ...
Research Interests:
Paleopathology is the science that studies pathologies in past populations through the analysis and interpretations of skeletons, and others sources. In archaeological record there is a high frequency of lesions that are usually... more
Paleopathology is the science that studies pathologies in past populations through the analysis and interpretations of skeletons, and others sources. In archaeological record there is a high frequency of lesions that are usually classified as “non-specific infections” that includes periostitis. Clinically, periostitis is defined as an inflammation of the periosteum originated by trauma or an infectious process. This disruption of normal functioning of the periosteum may result in a bone tissue reaction that manifests through bone resorption or new bone proliferation. Albeit new studies have shown that periosteal reactions may be originated by different pathological conditions, such as circulatory disorders, metabolic diseases, tumours contention, among others. The aim of this study was to identify macroscopic differences in periosteal new bone formation in association with pathological conditions. Also, we tried to identify the existence of any link between periosteal new bone formation, sex and age at death. For this purpose a sample from the Identified Skeletal Collection (DCV- Coimbra University) was selected. In this Collection some variables are known, such as sex, age, and cause of death, as they are also from a pre-antibiotic era. The sample was compose of 170 individuals, 89 (52.4%) males and 81 (47.7%) females, with ages between 8 and 95 years old. They were classified by their cause of death and divided into six groups: circulatory disorders, infectious diseases, metabolic disorders, neoplastic conditions, traumatic/violent deaths and a control group. Of the 170 individuals, 155 (91.2%) have showed periosteal new bone formations in one or more bones. No differences were seen between sexes (85 males and 70 females - χ2Yates= 3,295; d.f.= 1; p= 0,069). All ages have showed periosteal new bone formations, but older individuals (over 51 years of age) were more likely to be affected (χ2= 14,281; d.f.= 3; p= 0,003 - OR= 13,468; IC95%: 1,729-104,941). When analysed the cause of death three groups showed a frequency of individuals with periosteal new bone formation higher than 95%, which are: infectious diseases (35/36; 97.2%), metabolic disorders (29/30; 96.7%) and circulatory disorders (25/26; 96.2%). Macroscopically no differences were seen between new bone formations and the cause of death. Interpreting the data it is visible that the age seems to be a decisive factor for prevalence of periosteal new bone formation. This can be explained by the fact that older individuals are more exposed to pathogenic agents and susceptible to traumatic lesions, as they also have higher risks to develop degenerative diseases. The interpretation of periosteal new bone formation requires caution as they can be caused by different pathogenic processes and show similar morphologic traits.
Research Interests:
Eventual caso de Lepra no Convento de Santa Joana, Lisboa (Séculos XVIII-XIX) INTRODUÇÃO DESCIÇÃO DO CASO INDIVÍDUO Identificação [1772 A] Antropologia funerária • Inumado em covacho; parcialmente destruído por acção antrópica post mortem... more
Eventual caso de Lepra no Convento de Santa Joana, Lisboa (Séculos XVIII-XIX) INTRODUÇÃO DESCIÇÃO DO CASO INDIVÍDUO Identificação [1772 A] Antropologia funerária • Inumado em covacho; parcialmente destruído por acção antrópica post mortem (Fig. 2). Dados antropológicos • Indivíduo adulto, de sexo indeterminado Estado de preservação • Esqueleto incompleto composto apenas por alguns ossos dos pés (Fig. 3). VI Jornadas Portuguesas de Paleopatologia, Coimbra, 2018 O convento de Santa Joana, fundado em 1699, pertence da Ordem dos Pregadores, era inicialmente masculino. Em 1755, o edifício, poupado à devastação do terramoto recebeu as freiras dos mosteiros da Anunciada, do Salvador e da Rosa, levando ao consequente abandono pelos frades. O convento foi extinto em 1890 após a morte da última religiosa, passando a ser ocupado por serviços públicos. A cerca conventual ocupava uma área alargada com espaços de clausura e áreas públicas separados (Fig. 1). A necrópole localizava-se na zona acessível ao público, encontrando-se a sua ocupação balizada entre a segunda metade do século XVIII e o primeiro quartel do século XIX. Pé direito Pé esquerdo Fig. 1-Planta do convento de Santa Joana, datada de 1890, com destaque para a área intervencionada. DISCUSSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGRADECIMENTOS Calcâneo, talus, navicular, cuneiforme e cubóide com reacção proliferativa; 1º, 2º e 3º metatársicos evidenciam remodelação destrutiva, acroosteólise com elevada absorção distal e proliferação óssea; 4º e 5º metatársicos apresentam reacção proliferativa ao nível da diáfise, bem como alteração na extremidade proximal. Falanges proximais ostentam proliferação óssea, com maior afectação da primeira. Os autores agradecem à Arqueohoje e a todos os arqueólogos que, durante estes oito meses resgataram da terra este e outros esqueletos. A Hanseníase ou lepra é uma infecção crónica com um período de incubação longo. O contágio dá-se através da via pulmonar, causando reacções com um espectro clínico vasto que variam consoante a resposta imunológica individual 1e2. Afecta, numa primeira fase, o sistema nervoso periférico, nomeadamente as extremidades (lepra neural) e posteriormente a pele e outros tecidos 3. Quando atinge o esqueleto, desencadeia uma série de alterações, quer de foro proliferativo, como osteolítico, que podem ser específicas e não específicas. Nas lesões específicas do esqueleto são tidas em consideração todas as alterações faciais características, denominadas de fácies leprosa, que incluem o alargamento da abertura piriforme e uma remodelação destrutiva da espinha nasal e de parte do maxilar, entre outras 4. As alterações inespecíficas são consequência do envolvimento periférico nervoso que resultam na perda sensorial, no trauma e conseguinte ulceração das mãos e pés, que podem culminar numa infecção secundária. Os danos do sistema nervoso periférico (mãos e pés em forma de garra) e do sistema nervoso autónomo (absorção e remodelação) 5 conduzem à cessação da actividade normal do membro, produzindo um desequilíbrio da função osteogénica do osso, traduzida no aumento da actividade osteoclástica (Knife edge deformity; acroosteoólise, entre outros) 6. Em paleopatologia, o diagnóstico assertivo de lepra somente é possível aquando da identificação da facies leprosa, uma vez que as lesões nas extremidades devem apenas ser consideradas como características da lepra. No presente caso, apenas foram recuperados alguns ossos dos pés, o que obriga a considerar outras condições patológicas passíveis de afectar esta região anatómica. Navicular e cuneiforme com reacção proliferativa; Fusão do 1º metatársico com a primeira falange proximal; 2º, 3º e 4º metatársicos verificam-se alterações tafonómicas, no entanto, é notório a presença de remodelação destrutiva; 5º metatársico apresenta deformidade knife edge; Falanges proximais denotam sinais de alteração na base e uma forma dumb-bell. 1. Andersen, J.; Manchester, K.; Roberts, C.1994. Septic bone changes in leprosy: a clinical, radiological and palaeopathological review. International Journal of Osteoarchaeology, 4 (1): 21-30. 2. Matos, V. 2009. O diagnóstico retrospectivo da lepra: complementaridade clínica e paleopatológica no arquivo médico do Hospital-Colónia Rovisco Pais (Século XX, Tocha, Portugal) e na colecção de esqueletos da leprosaria medieval de St. Jørgen's (odense, Dimanarca).Tese de Doutoramento, Universidade de Coimbra 3. Mandal, B.K.; Wilkins, E.G.L.; Dumbar, E.M.; Mayon White, R.T. 1996. Lectures notes on infectious diseases. Blacwell Science. Oxford. 4. Ortner, D. 2011. What skeletons tell us. The story of human paleopathology. Virchows Archives, 459: 247-254. 5. Thappa, D.M.; Sharma, V.K.; Kaur, S.; Suri, S. 1992. Radiological changes in hands and feet in disabled leprosy patients: a clinical-radiological correlation. Indian Journal of Lerposy, 64: 58-66. 6. Robins, S.L.; Cotran, R.S. 2002. Pathologic basis of disease. W.B. Saunders Company, Philadelphia. 7. Ortner, D.; Putschar, W. 1985. Identification of pathological conditions in human skeletal remains. Smithsonian Institute Press: Washington, D.C. 8. Rogers, J.; Waldron, T. 1995. A field guide to joint disease in Archaeology. John Wiley and Sons: Chichester. A sarcoidose, de etiologia desconhecida, é uma doença granulomatosa, que tal como a lepra tende a afectar as falanges das mãos e dos pés, provocando lesões líticas, mas sem reacção proliferativa. Geralmente, as lesões localizam-se nos dedos, com menor afectação dos metacárpicos e metatársicos 7. A Artrite psoriática, uma artropatia soronegativa erosiva, compartilha similaridades com à hanseníase, uma vez que provoca lesões na pele e deformações das extremidades. No entanto, a distribuição das lesões é assimétrica e com preferencial envolvimento das articulações distais e proximais interfalángicas e metatarsofalángicas. Comummente, a articulação distal interfalángica ostenta uma forma em "cup and pencil", conduzindo, nos casos mais severos a denominada arthritis mutilans 8. Do conjunto de neuropatias adquiridas ou congénitas, destaque-se a diabetes mellitus, desordem endócrina, que provoca neuropatia periférica nos pés e nas pernas, bem como, ulcerações e alterações ósseas indirectas. A diabetes atinge apenas os ossos dos pés, causando osteólise isquémica da extremidade distal dos metatársicos e das falanges proximais dando origem a uma forma cónica das extremidades distais 7. Diagnóstico diferencial A análise das características patológicas visíveis no indivíduo recuperado do Convento de Santa Joana indiciam um caso de neuropatia, que tendo em consideração a tipologia e padrão de distribuição das lesões aponta para um diagnóstico de Hanseníase. No entanto, a ausência de outras áreas esqueléticas, nomeadamente região craniana, inviabiliza aferir assertivamente a etiologia das lesões, sendo, para tal, fundamental proceder a um estudo biomolecular. A identificação e confirmação da etiologia da doença reveste-se de importância, uma vez que confirmado o diagnóstico de lepra, estaríamos perante o primeiro caso reportado de lepra em contexto arqueológico para a cidade de Lisboa.