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- Doutorando em Ciências Criminais pela Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC... moreDoutorando em Ciências Criminais pela Escola de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Mestre em Direito na linha de Direitos Humanos pela Universidade (comunitária) do Extremo Sul Catarinense (PPGD-Unesc); onde foi bolsista do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Comunitárias (PROSUC-Capes). É pesquisador vinculado ao Grupo Pensamento Jurídico Crítico Latino Americano, na qual se subdivide no grupo de Criminologia Crítica Latino Americana - Andradiano (Unesc); membro pesquisador CNPq no núcleo de Estudos em Gênero e Raça - Negra (Unesc); membro do eixo de Criminologia e Movimentos Sociais - Instituto de Pesquisa em Direito e Movimentos Sociais (IPDMS). Escrevo sobre violência de Estado.edit
Este trabalho investiga os impactos do controle social na luta pela terra a sob o prisma da Criminologia Crítica e de referenciais teóricos latino-americanos, localizando este território enquanto dependente a partir da teórica marxista da... more
Este trabalho investiga os impactos do controle social na luta pela terra a sob o prisma da Criminologia Crítica e de referenciais teóricos latino-americanos, localizando este território enquanto dependente a partir da teórica marxista da dependência (TMD), buscando, assim, desvelar as especificidades do poder punitivo que se estrutura no capitalismo, racismo e a outras formas de opressão. Neste sentido, a partir do método de Marx, percorremos grandes marcos da história brasileira dando ênfase à resistência escravista; Ditadura Militar e golpe “parlamentar de 2016”, focando no protagonismo dos movimentos populares que lutaram pela terra. Neste caminho, encontramos permanências que refletem na atual violência sofrida por estes lutadores e lutadoras. O trabalho se justifica a partir do aumento da violência e dos processos de criminalização sobre estes movimentos, bem como, por um silenciamento da Criminologia Crítica, em suas obras mais clássicas sobre estas ferramentas de violência. Somados ao método de Marx, utilizamos como ferramenta metodológica a “pesquisa participante”, para mergulhar em atividades partilhadas junto aos companheiros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) na região do Planalto Catarinense, além de, pesquisa documental aos dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT); Web site do (MST) e Hemeroteca Digital Catarinense, onde, somadas essas ferramentas e em vivência, junto desses companheiros construímos os recortes do trabalho, a fim de perquirir os objetivos específicos: A) Compreender a importância da luta pela terra na história brasileira e algumas de suas importantes passagens; B) Caracterizar a repressão aos movimentos populares camponeses nesses grandes momentos; C) Situar o capitalismo brasileiro à luz da Teoria Marxista da Dependência; D) Avaliar a relação entre o controle social e a organização cotidiana dos assentados do MST no estado catarinense, precisamente na região do planalto; E) Refletir sobre a criminologia crítica latino-americana enquanto aliada das pautas camponesas; F) Contribuir com a memória do movimento no estado. Uma das nossas principais conclusões é que a partir do golpe “parlamentar” de 2016 a violência e a criminalização do MST aumentaram de maneira exponencial, com isso, o movimento teve que recuar e interromper as ocupações como estratégia de sobrevivência, focando nas históricas e tradicionais ações de solidariedade em união com a classe trabalhadora.
Research Interests:
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Por meio de pesquisa documental no periódico Jornal do Brasil, utilizando a ferramenta Hemeroteca Digital Brasileira, somada à análise comunicacional de matérias aí publicadas entre os anos de 1960-1964, temos como objetivo compreender... more
Por meio de pesquisa documental no periódico Jornal do Brasil, utilizando a
ferramenta Hemeroteca Digital Brasileira, somada à análise comunicacional
de matérias aí publicadas entre os anos de 1960-1964, temos como objetivo
compreender se as narrativas propagadas neste lapso temporal contribuíram
para a consolidação do golpe militar. A análise começa no início do discurso
e segue até à tomada do poder, analisando o golpe como uma construção.
Empregando a técnica de pesquisa conhecida como análise comunicacional
nas matérias selecionadas, fazemos uma descrição dos conteúdos veiculados
pelo jornal. Concluímos que o periódico contribuiu para a construção do
imaginário que entendia o comunismo como um inimigo a ser combatido,
sendo essa uma das narrativas criadas para justificar o golpe.
ferramenta Hemeroteca Digital Brasileira, somada à análise comunicacional
de matérias aí publicadas entre os anos de 1960-1964, temos como objetivo
compreender se as narrativas propagadas neste lapso temporal contribuíram
para a consolidação do golpe militar. A análise começa no início do discurso
e segue até à tomada do poder, analisando o golpe como uma construção.
Empregando a técnica de pesquisa conhecida como análise comunicacional
nas matérias selecionadas, fazemos uma descrição dos conteúdos veiculados
pelo jornal. Concluímos que o periódico contribuiu para a construção do
imaginário que entendia o comunismo como um inimigo a ser combatido,
sendo essa uma das narrativas criadas para justificar o golpe.
Research Interests:
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Este artigo tem como tema central a análise das portarias de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no sistema carcerário de Santa Catarina emitidas pela secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP)... more
Este artigo tem como tema central a análise das portarias de
enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no sistema
carcerário de Santa Catarina emitidas pela secretaria de Administração
Prisional e Socioeducativa (SAP) durante os anos de 2020 e 2021, em
confronto com demandas e denúncias trazidas por protestos realizados por
familiares de pessoas encarceradas em três regiões diferentes do Estado. O
texto traça, inicialmente, um panorama geral do grande encarceramento
no Brasil e seus refl exos sobre a população vulnerabilizada, passando
pelo agravamento das já precárias condições durante a pandemia,
chegando à análise individual de 13 portarias, cotejando seu conteúdo
com reportagens que cobriram os protestos no estado, e, também, com
a literatura crítica ao sistema de justiça criminal. O artigo conclui que
as portarias emitidas pela SAP aumentaram a segregação das pessoas
encarceradas, reforçando uma lógica de invisibilidade sustentada pela
dogmática e no próprio discurso jurídico.
enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (COVID-19) no sistema
carcerário de Santa Catarina emitidas pela secretaria de Administração
Prisional e Socioeducativa (SAP) durante os anos de 2020 e 2021, em
confronto com demandas e denúncias trazidas por protestos realizados por
familiares de pessoas encarceradas em três regiões diferentes do Estado. O
texto traça, inicialmente, um panorama geral do grande encarceramento
no Brasil e seus refl exos sobre a população vulnerabilizada, passando
pelo agravamento das já precárias condições durante a pandemia,
chegando à análise individual de 13 portarias, cotejando seu conteúdo
com reportagens que cobriram os protestos no estado, e, também, com
a literatura crítica ao sistema de justiça criminal. O artigo conclui que
as portarias emitidas pela SAP aumentaram a segregação das pessoas
encarceradas, reforçando uma lógica de invisibilidade sustentada pela
dogmática e no próprio discurso jurídico.