- Gender Studies, Gender, Urban Planning, Urban Studies, Urban And Regional Planning, Urbanism, and 20 moreGender History, Urban Anthropology, Social Movements, Feminism, Urban History, Prostitution, Segregation, Movimentos sociais, Campinas, Slutwalk, Gender and Urbanism, Urban and Gender, SlutWalk Protest, Marcha Das Vadias, Geography, Gender and Sexuality, Sexuality, Sex Work, Latin American feminisms, and Antiglobalization Social Movementsedit
- HELENE, Diana é professora de estudos urbanos no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas ... moreHELENE, Diana é professora de estudos urbanos no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (FAU/UFAL); com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2005); mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de São Paulo - USP (2009); doutorado em Planejamento Urbano e Regional no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de janeiro - IPPUR-UFRJ (2015) com doutorado sanduíche na École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS (Paris-França, 2013); pós-doutorado em estudos urbanos no Instituto de Geografia da Université du Québec à Montréal - UQAM (Canadá, 2016/2017); e pós-doutorado em Planejamento Urbano e Regional no IPPUR-UFRJ (2017/2018). Tem experiência no ensino e pesquisa dos seguintes temas: gênero, direito à cidade, planejamento urbano e regional, projeto urbano, história do urbanismo, informalidade urbana, habitação social e economia solidária. Na extensão universitária e na educação popular tem experiência em cooperativismo, autogestão, comunicação popular e comunitária, arte-educação, produção audiovisual e reforço escolar em cooperativas populares, comunidades e movimentos sociais. Ganhou o prêmio de melhor tese na área do Planejamento Urbano e Regional pelo Prêmio Capes de Tese - Edição 2016 (Helene, 2015).
Coordena dois projetos de pesquisa sob o tema da interseccionalidade: “A cidade como extensão da Casa: sistema de espaços livres e vida cotidiana” (PIBIC - FAU/UFAL) e “Tecnologias para outra forma de construção: a experiência construtiva das mulheres em movimentos populares“ (Carleton University, Canadá - FAU/Ufal).
Link pro lattes: http://lattes.cnpq.br/4396492936910065edit
Partindo da premissa que a Arquitetura, o Urbanismo e o Paisagismo se estabelecem como uma forma privilegiada de normatização da relação entre ser humano e natureza nas cidades, o artigo propõe analisar as transformações empreendidas no... more
Partindo da premissa que a Arquitetura, o Urbanismo e o Paisagismo se estabelecem como uma forma privilegiada de normatização da relação entre ser humano e natureza nas cidades, o artigo propõe analisar as transformações empreendidas no processo brasileiro de urbanização (ou desruralização) da metade do século XIX ao início do século XX, com foco na cidade do Rio de Janeiro, então capital do país. Trata-se de analisar como a presença na cidade da natureza no geral e dos animais em particular foram classificados de diferentes maneiras: ora permitidos ora proibidos a partir da dicotomia rural e urbano e conforme os diferentes contextos socioambientais. A partir de referências documentais/iconográficas e de pesquisa bibliográfica em diálogo com os estudos sobre as relações humano-animais foi possível observar como as práticas e atividades que articulam a vida entre humanos e animais são atravessadas por fenômenos multifacetados, que, longe de serem uma resposta objetiva e racional aos problemas da cidade, caracterizam-se como formas de intervenção que atendem aos ideais modernizantes e civilizatórios conformadores das reformas urbanas.
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Considerando que a arquitetura é uma linguagem que desenha na cidade as ideologias de uma cultura, este artigo se inspira em disputas conceituais e filosóficas pela linguagem que têm sido frutíferas nas áreas de antropologia linguística,... more
Considerando que a arquitetura é uma linguagem que desenha na cidade as ideologias de uma cultura, este artigo se inspira em disputas conceituais e filosóficas pela linguagem que têm sido frutíferas nas áreas de antropologia linguística, semiótica e linguística aplicada para questionar a metafísica referencial que jaz no conhecimento sobre arquitetura e urbanismo e que limita a possibilidade de uma criatividade arquitetônica múltipla, política e socialmente engajada. A partir da discussão de exemplos concretos de moradias não convencionais enseja-se a rejeição da normatização dos espaços privados e públicos, a fim de propor uma polissemia do significante casa. Ao discutir esses exemplos contra-hegemônicos, nos propomos a desconstruir a relação normativa da arquitetura com o corpo, o sujeito e a cidade. Entre as conclusões, é sugerido que a normatividade na arquitetura e no urbanismo não é inerente, mas um resultado de inculcação de desejos filosóficos de pureza, disciplinaridade, assertividade referencial e da família hétero-capitalista como modelo e tema orientador dos desejos e das relações sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Casa. Metafísica referencial. Gênero. Decolonialidade. Família.
PALAVRAS-CHAVE: Casa. Metafísica referencial. Gênero. Decolonialidade. Família.
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Resumo Este artigo visa apresentar possibilidades de viradas epistemológicas - ou viradas de mesa, nos termos de Ana Clara Ribeiro (2010) - à luz das teorias feministas, interseccionais e decoloniais, avaliadas segundo nossa experiência... more
Resumo
Este artigo visa apresentar possibilidades de viradas epistemológicas - ou viradas de mesa, nos termos de Ana Clara Ribeiro (2010) - à luz das teorias feministas, interseccionais e decoloniais, avaliadas segundo nossa experiência acadêmica, como indisciplina. Essa é a motivação estrutural que parte de uma observação e vivência sobretudo como professoras e pesquisadoras, a partir de perspectivas entendidas como indisciplina contra a ordem e normas na produção hegemônica do conhecimento. Discutimos a importância e potência das teorias feministas como possíveis viradas metodológicas, como instrumento encarnado na realidade social. Por isso, esse texto apresenta reflexões a partir basicamente de práticas de ensino, buscando compor formas de ensino-aprendizagem atentas ao que estudantes dialogicamente aprendem e nos ensinam, com vistas a refutar práticas de discriminação metódica do ensino ao exercício profissional, seja do ensino-pesquisa-extensão, seja de projeto e planejamento.
Abstract
This article aims to present possibilities of epistemological turnaround, in the terms of Ana Clara Ribeiro (2010) - taking into account feminist, intersectional and decolonial theories, evaluated according to our academic experience, as indiscipline. This is the structural motivation that starts from observation and experiences, above all as teachers and researchers, from perspectives understood as indiscipline against the order and norms in the hegemonic production of knowledge. We discuss the importance and the potential of feminist theories as possible methodological turnaround, as an instrument embodied in social reality. Therefore, this text presents reflections based on teaching practices, seeking to compose forms of teaching-learning that are attentive to what students dialogically learn and teach us, with a view to refuting practices of methodical discrimination from teaching to professional practice, whether from teaching- research-extension, whether of project and planning.
Este artigo visa apresentar possibilidades de viradas epistemológicas - ou viradas de mesa, nos termos de Ana Clara Ribeiro (2010) - à luz das teorias feministas, interseccionais e decoloniais, avaliadas segundo nossa experiência acadêmica, como indisciplina. Essa é a motivação estrutural que parte de uma observação e vivência sobretudo como professoras e pesquisadoras, a partir de perspectivas entendidas como indisciplina contra a ordem e normas na produção hegemônica do conhecimento. Discutimos a importância e potência das teorias feministas como possíveis viradas metodológicas, como instrumento encarnado na realidade social. Por isso, esse texto apresenta reflexões a partir basicamente de práticas de ensino, buscando compor formas de ensino-aprendizagem atentas ao que estudantes dialogicamente aprendem e nos ensinam, com vistas a refutar práticas de discriminação metódica do ensino ao exercício profissional, seja do ensino-pesquisa-extensão, seja de projeto e planejamento.
Abstract
This article aims to present possibilities of epistemological turnaround, in the terms of Ana Clara Ribeiro (2010) - taking into account feminist, intersectional and decolonial theories, evaluated according to our academic experience, as indiscipline. This is the structural motivation that starts from observation and experiences, above all as teachers and researchers, from perspectives understood as indiscipline against the order and norms in the hegemonic production of knowledge. We discuss the importance and the potential of feminist theories as possible methodological turnaround, as an instrument embodied in social reality. Therefore, this text presents reflections based on teaching practices, seeking to compose forms of teaching-learning that are attentive to what students dialogically learn and teach us, with a view to refuting practices of methodical discrimination from teaching to professional practice, whether from teaching- research-extension, whether of project and planning.
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O texto "A cidade como extensão da casa: espaços livres e vida cotidiana em habitações de interesse social de Maceió" sintetiza o trabalho do Grupo de Pesquisa "A CIDADE COMO EXTENSÃO DA CASA: sistema de espaços livres e vida cotidiana",... more
O texto "A cidade como extensão da casa: espaços livres e vida cotidiana em habitações de interesse social de Maceió" sintetiza o trabalho do Grupo de Pesquisa "A CIDADE COMO EXTENSÃO DA CASA: sistema de espaços livres e vida cotidiana", que pretende pensar as relações entre o sistema de espaços livres e a vida cotidiana a partir dos conceitos interseccionais entre classe, raça, colonialidade, sexualidade e gênero, por meio da análise da relação entre espaços edificados e espaços livres em diferentes conjuntos de habitação social na cidade de Maceió, Alagoas. Integrantes: Diana Helene Ramos - Coordenador / Vicência Estrela Gomes da Silva - Integrante / Vanessa Dourado Bernardes - Integrante / Eduarda Feitosa Leite - Integrante / Ítalo André Ferreira da Silva - Integrante.
O texto anexo é o resumo expandido da apresentação do grupo de pesquisa no III Colóquio Lote e Quadra, Cidade e Território: espaços livres, redes ecológicas e o direito à paisagem; Inst. promotora/financiadora: EAU-UFF e Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas ligado à Escola de Belas Artes da UFRJ.
O texto anexo é o resumo expandido da apresentação do grupo de pesquisa no III Colóquio Lote e Quadra, Cidade e Território: espaços livres, redes ecológicas e o direito à paisagem; Inst. promotora/financiadora: EAU-UFF e Grupo de Pesquisas Paisagens Híbridas ligado à Escola de Belas Artes da UFRJ.
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A partir de uma releitura feminista, é analisado como as dificuldades de acesso à moradia no Bra- sil, marcadas pela histórica exclusão da terra e do mercado de trabalho das camadas mais pobres, abarcam condições ainda mais dramáticas... more
A partir de uma releitura feminista, é analisado como as dificuldades de acesso à moradia no Bra- sil, marcadas pela histórica exclusão da terra e do mercado de trabalho das camadas mais pobres, abarcam condições ainda mais dramáticas quando se é mulher e piores ainda, quando se é mulher e negra. Por meio de narrativas femininas sobre suas histórias de vida dentro dos movimentos de mora- dia, demonstra-se de que maneira estes se estabe- lecem como um espaço potencializador para seu empoderamento e autonomia: da reestruturação das hierarquias de poder dentro do espaço priva- do e da segurança contra a violência doméstica à reapropriação do espaço público/político, engen- drando uma luta por direito à cidade marcada por segregações de classe, raça e gênero.
Palavras-chave: habitação; gênero; moradia; mo- vimentos sociais; direito à cidade.
Difficulties in access to housing in Brazil, marked by the historical exclusion of the poor from the land and by their difficulties in accessing the labor market, encompass conditions that are even more dramatic when the person is a woman - and even worse conditions when the woman is black. In this scenario, the housing movements, composed mostly of women, establish themselves as a potentializing space for their empowerment and autonomy. This paper will address significant gains women have in their lives when they participate in these social movements, such as the restructuring of power hierarchies within the private space, safety against domestic violence, re-appropriation of the public/political space, among others.
Keywords: housing; genre; home; social movements; right to the city
Palavras-chave: habitação; gênero; moradia; mo- vimentos sociais; direito à cidade.
Difficulties in access to housing in Brazil, marked by the historical exclusion of the poor from the land and by their difficulties in accessing the labor market, encompass conditions that are even more dramatic when the person is a woman - and even worse conditions when the woman is black. In this scenario, the housing movements, composed mostly of women, establish themselves as a potentializing space for their empowerment and autonomy. This paper will address significant gains women have in their lives when they participate in these social movements, such as the restructuring of power hierarchies within the private space, safety against domestic violence, re-appropriation of the public/political space, among others.
Keywords: housing; genre; home; social movements; right to the city
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A partir de uma historia (um “causo”) vivida e reinventada pela autora - a saber: um passeio à região do Lajedo Velho, no sertão da Paraíba - se desenrola um debate sobre o impacto da inserção de tecnologias no território. Por meio das... more
A partir de uma historia (um “causo”) vivida e reinventada pela autora - a saber: um passeio à região do Lajedo Velho, no sertão da Paraíba - se desenrola um debate sobre o impacto da inserção de tecnologias no território. Por meio das questões colocadas pelo geógrafo Mílton Santos acerca dos desdobramentos que envolvem a adoção de meios técnicos-científicos- informacionais, busca-se indagar em que medida o conforto do acesso à água encanada adquirido por uma comunidade carente implica uma série de contradições sobre a maneira como as tecnologias são concebidas, valoradas e assimiladas. Palavras-chave: Paraíba, Tecnologia, Território.
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A queima de uma boneca da filósofa Judith Butler em um ato de repúdio contra a “ideologia de gênero”. O assassinato por crime de ódio de uma militante prostituta em Campinas. O lançamento da versão brasileira do livro “Calibã e a Bruxa:... more
A queima de uma boneca da filósofa Judith Butler em um ato de repúdio contra a “ideologia de gênero”. O assassinato por crime de ódio de uma militante prostituta em Campinas. O lançamento da versão brasileira do livro “Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva”. Três fatos acontecidos no segundo semestre de 2017 que se articulam e nos fazem ver relações entre a demonização das mulheres, sua subjugação a certo espaço da cidade e uma cruzada conservadora com o objetivo de brecar a conquista de direitos; tendo como pano de fundo o uso de símbolos construídos na formação do capitalismo e do patriarcado durante a acumulação primitiva.
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À partir de l’histoire et des représentations du quartier de prostitution Jardim Itatinga et des mobilisations de l’association des prostituées Mulheres Guerreiras, cet article montre comment s’organisent les différents territoires de... more
À partir de l’histoire et des représentations du quartier de prostitution Jardim Itatinga et des mobilisations de l’association des prostituées Mulheres Guerreiras, cet article montre comment s’organisent les différents territoires de prostitution de Campinas dans l’État de São Paulo au Brésil. Les déambulations des prostituées, leurs territorialités, les différents rôles qu’elles endossent ainsi que leurs postures corporelles sont autant de révélateurs d’une organisation urbaine genrée où s’inscrivent la stigmatisation vécue par les travailleuses du sexe et les valeurs morales que ces activités suscitent. Cet article met en lumière le rejet en périphérie des activités liées à la prostitution qui se retrouve ainsi ségréguée, au regard des relations complexes entre ce quartier, le centre-ville et la ville dans son ensemble.
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O movimento social das prostitutas no Brasil tem pautado uma série de temas e debates fundamentais para se (re)pensar gênero e feminismo, sobretudo nas questões relacionadas ao uso da cidade pelas mulheres. A partir do estudo de caso da... more
O movimento social das prostitutas no Brasil tem pautado uma série de temas e debates fundamentais para se (re)pensar gênero e feminismo, sobretudo nas questões relacionadas ao uso da cidade pelas mulheres. A partir do estudo de caso da organização de prostitutas na cidade de Campinas “Associação Mulheres Guerreiras”, apresento nesta comunicação oral os resultados da tese de doutorado “‘Preta, pobre e puta’: a segregação urbana da prostituição em Campinas: Jardim Itatinga”, defendida em 2015 na Instituto de Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro – IPPUR-UFRJ, ganhadora do Prêmio Capes de tese em planejamento urbano e regional. Neste trabalho analiso como este movimento social singular pauta a questão da igualdade feminina no contexto das lutas por direito à cidade e gênero, revisitando e reconstruíndo formas de militar dentro do feminismo. A partir da observação da forma de atuação e manifestação caracterísitica desse movimento organizado, que utiliza, sobretudo, o corpo como plataforma de “profanação” do espaço público - objetivando gerar visibilidade e desconstruir paradigmas relacionados aos direitos sexuais - este movimento atua na desconstrução do “estigma de Puta” (Pheterson, 1986), uma poderosa estrutura de controle sobre todas as mulheres, sobretudo o controle acerca da maneira delas circularem e se apropriarem das cidades.
Research Interests:
Este artigo é fruto de meu estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, CAPES/PSDE), em 2013. Na França uma lei de 2003, conhecida como Lei Sarkosy, criminaliza a prostituta de rua. Antes dessa lei já era... more
Este artigo é fruto de meu estágio doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, CAPES/PSDE), em 2013. Na França uma lei de 2003, conhecida como Lei Sarkosy, criminaliza a prostituta de rua. Antes dessa lei já era proibido abordar clientes em locais públicos de forma ativa e, a partir de então, tornou-se também proibido demonstrar intenção de oferecimento de serviços sexuais. Além dessa lei, o governo francês tem, a cada dia, arrefecido suas políticas abolicionistas em relação à prostituição. No período de meu estágio acompanhei o debate em torno da proposição de uma nova lei pelo partido socialista, com apoio de grupos feministas franceses: a penalização dos clientes de prostitutas. As controvérsias que pude observar em torno dessa questão são muitas. Na França, o debate abolicionista da prostituição versus a sua legalização/regulamentação causa grande polêmica. A maior disputa ocorre entre o movimento feminista francês, majoritariamente de caráter abolicionista, que conta atualmente com influentes dirigentes no governo do país e o movimento social das prostitutas francesas, que a cada dia tem se fortalecido de maneira a se proteger das medidas atuais do poder público. Para melhor compreender essa disputa o artigo busca suas origens, na maneira que a prostituição se distribuí na cidade de Paris, passando pela Revolução Francesa, pela época das Maisons
Closes, pela cruzada abolicionista e pela criação do movimento organizado das prostitutas na França.
Palavras chaves: Prostituição, Feminismo, Segregação Urbana
Closes, pela cruzada abolicionista e pela criação do movimento organizado das prostitutas na França.
Palavras chaves: Prostituição, Feminismo, Segregação Urbana
Research Interests:
The district of Jardim Itatinga, at the city of Campinas (São Paulo / Brazil), was created by the public power in the 60s during the military dictatorship, aiming to concentrate in the same area all activities related to prostitution, in... more
The district of Jardim Itatinga, at the city of Campinas (São Paulo / Brazil), was created by the public power in the 60s during the military dictatorship, aiming to concentrate in the same area all activities related to prostitution, in order to isolate it from the rest of the city. Over time the district has grown and been urbanized, and today is considered the biggest confined prostitution urban zone in Latin America. Among the nearly 2 thousand prostitutes
in the "zona" (the colloquial name for “red light districts” in portuguese), most of them are migrants, coming from around 400 different cities, being less than 5% from Campinas. Thus, the district is constituted as a locality of reference and hosting: establishes itself as a receiver territory for migraters females in search of having better means for life. The choice to work in a house at Jardim Itatinga is due to several factors. The main reason is that segregated from the "normal" city, supported by and hidden in the specialized houses, they can keep secret about their work from their family and acquaintances. The "zona" has an organized system to sustain the profession: houses, beauty salons, shops, exchange of experiences, as well as its local structure all dedicated to the same activity. The prostitution is such a prominent activity in the district that the exceptions, to mark this
difference, have signs on their doors written "family home". Moreover, the Jardim Itatinga is part of a network of information exchange among prostitutes, who circulate between different areas of prostitution in the cities, in search of the best and most profitable places to work. From the analysis of the characteristics of this district of segregation and confinement, but also of hosting and protection, the article arises intersections between gender and territory, from discussing the specifics of female migration network and geographical displacement as the possibility of adopting another identity / sexuality. Would be the "zona" a place to practice another urbanity, opposite the city of family and wife?
in the "zona" (the colloquial name for “red light districts” in portuguese), most of them are migrants, coming from around 400 different cities, being less than 5% from Campinas. Thus, the district is constituted as a locality of reference and hosting: establishes itself as a receiver territory for migraters females in search of having better means for life. The choice to work in a house at Jardim Itatinga is due to several factors. The main reason is that segregated from the "normal" city, supported by and hidden in the specialized houses, they can keep secret about their work from their family and acquaintances. The "zona" has an organized system to sustain the profession: houses, beauty salons, shops, exchange of experiences, as well as its local structure all dedicated to the same activity. The prostitution is such a prominent activity in the district that the exceptions, to mark this
difference, have signs on their doors written "family home". Moreover, the Jardim Itatinga is part of a network of information exchange among prostitutes, who circulate between different areas of prostitution in the cities, in search of the best and most profitable places to work. From the analysis of the characteristics of this district of segregation and confinement, but also of hosting and protection, the article arises intersections between gender and territory, from discussing the specifics of female migration network and geographical displacement as the possibility of adopting another identity / sexuality. Would be the "zona" a place to practice another urbanity, opposite the city of family and wife?
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As Slut Walks começaram no ano de 2011 em Toronto, Canadá, e se espalharam rapidamente. Em função da internet a notícia da realização da primeira marcha correu o mundo, fazendo mais de 200 cidades a reproduzirem poucas semanas depois. No... more
As Slut Walks começaram no ano de 2011 em Toronto, Canadá, e se espalharam rapidamente. Em função da internet a notícia da realização da primeira marcha correu o mundo, fazendo mais de 200 cidades a reproduzirem poucas semanas depois. No Brasil, ganharam o nome de “Marcha das Vadias” e aconteceram em cerca de 30 cidades diferentes. Segundo Jessica Valenti os protestos se espalharam de forma viral e tornaram-se, em poucos meses, “the most successful feminist action of the past 20 years”.
Uma das características mais interessante das Slut Walks é que tanto sua organização, quanto sua reprodução acontece de forma descentralizada, com a internet como meio de propagação, organização e repercussão. Muitos protestos contemporâneos têm base na popularização das recentes tecnologias de informação e comunicação: a internet aliada a aparelhos celulares multi-funções, máquinas fotográficas e filmadoras, tem construído uma gama de conteúdos digitais que estão em constante troca, contraposição e retroalimentação em redes sociais, blogs, etc. Por essa razão, esse artigo se utiliza dos discursos construídos pelos participantes e ativistas das marchas por meio da internet, bem como sua reverberação neste meio, na reivindicação de uma nova relação entre o corpo da mulher e a cidade.
As lutas de libertação das mulheres tem historicamente o caráter da escala do corpo: do controle de fertilidade às políticas de aborto, punições às violências sexuais e outras invasões ao corpo da mulher sem consentimento, maneiras de se vestir, mutilação/alterações corporais marcadas pelo gênero, chegando aos lugares que o corpo da mulher pode acessar na escala urbana, saindo do âmbito “doméstico”, para as ruas.
Uma das características mais interessante das Slut Walks é que tanto sua organização, quanto sua reprodução acontece de forma descentralizada, com a internet como meio de propagação, organização e repercussão. Muitos protestos contemporâneos têm base na popularização das recentes tecnologias de informação e comunicação: a internet aliada a aparelhos celulares multi-funções, máquinas fotográficas e filmadoras, tem construído uma gama de conteúdos digitais que estão em constante troca, contraposição e retroalimentação em redes sociais, blogs, etc. Por essa razão, esse artigo se utiliza dos discursos construídos pelos participantes e ativistas das marchas por meio da internet, bem como sua reverberação neste meio, na reivindicação de uma nova relação entre o corpo da mulher e a cidade.
As lutas de libertação das mulheres tem historicamente o caráter da escala do corpo: do controle de fertilidade às políticas de aborto, punições às violências sexuais e outras invasões ao corpo da mulher sem consentimento, maneiras de se vestir, mutilação/alterações corporais marcadas pelo gênero, chegando aos lugares que o corpo da mulher pode acessar na escala urbana, saindo do âmbito “doméstico”, para as ruas.
Research Interests: Social Movements, Gender Studies, Women's Studies, Gender History, Urban Planning, and 12 moreUrbanism, Feminism(s), Planejamento Urbano, Movimentos sociais, Urbanismo, Gender violence and urban planning, Slutwalk, SlutWalk Protest, Antiglobalization Social Movements, Gender and Urbanism, Marcha Das Vadias, and Latin American feminisms
A partir das características peculiares da história da urbanização de Campinas (São Paulo - Brasil) o artigo levanta questões acerca das práticas de planejamento urbano e suas contradições. A cidade de Campinas se caracteriza por uma... more
A partir das características peculiares da história da urbanização de Campinas (São Paulo - Brasil) o artigo levanta questões acerca das práticas de planejamento urbano e suas contradições. A cidade de Campinas se caracteriza por uma formação territorial
corporativa e fragmentada, além de se constituir como um entroncamento nodal de vias de circulação rodoferroviárias. A implantação da ferrovia no final do século XIX, a industrialização, a periferização e a abertura dos novos eixos e entroncamentos
rodoviários são fatores que consolidaram vetores específicos de valorização e desvalorização do solo urbano. É em função e ao longo destas vias de circulação que se agregam grandes blocos dispersos de ocupações informais, condomínios fechados e conglomerados comerciais, permeados por grandes vazios urbanos. O estabelecimento do eixo dos trilhos como limite para o centro norteou as políticas públicas e os agentes privados na instalação das atividades “puras” e “impuras” no tecido da cidade. Este limite foi reforçado ao longo do século XX com a abertura das rodovias que cortam o território campineiro, marcando seu modo de expansão urbana. Propondo compreender essa urbanização, foram destacados como exemplares três marcos urbanos que caracterizam a divisão sócio espacial de Campinas em momentos distintos de sua história, separando as partes valorizadas e desvalorizadas do território campineiro: a Vila Industrial, que se
colocou historicamente como um primeiro limite entre centro e periferia (1870); a zona de prostituição periférica Jardim Itatinga (1967), criada durante a primeira grande expansão
(e fragmentação) da cidade a terrenos distantes da cidade urbanizada; e a consolidação desse tipo de urbanização periférica, com a criação de enclaves urbanos elitizados na
região norte da cidade, um grande número de condomínios fechados e conglomerados comerciais de alta classe, cujo maior expoente é o Parque Dom Pedro Shopping (2002).
corporativa e fragmentada, além de se constituir como um entroncamento nodal de vias de circulação rodoferroviárias. A implantação da ferrovia no final do século XIX, a industrialização, a periferização e a abertura dos novos eixos e entroncamentos
rodoviários são fatores que consolidaram vetores específicos de valorização e desvalorização do solo urbano. É em função e ao longo destas vias de circulação que se agregam grandes blocos dispersos de ocupações informais, condomínios fechados e conglomerados comerciais, permeados por grandes vazios urbanos. O estabelecimento do eixo dos trilhos como limite para o centro norteou as políticas públicas e os agentes privados na instalação das atividades “puras” e “impuras” no tecido da cidade. Este limite foi reforçado ao longo do século XX com a abertura das rodovias que cortam o território campineiro, marcando seu modo de expansão urbana. Propondo compreender essa urbanização, foram destacados como exemplares três marcos urbanos que caracterizam a divisão sócio espacial de Campinas em momentos distintos de sua história, separando as partes valorizadas e desvalorizadas do território campineiro: a Vila Industrial, que se
colocou historicamente como um primeiro limite entre centro e periferia (1870); a zona de prostituição periférica Jardim Itatinga (1967), criada durante a primeira grande expansão
(e fragmentação) da cidade a terrenos distantes da cidade urbanizada; e a consolidação desse tipo de urbanização periférica, com a criação de enclaves urbanos elitizados na
região norte da cidade, um grande número de condomínios fechados e conglomerados comerciais de alta classe, cujo maior expoente é o Parque Dom Pedro Shopping (2002).
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Las luchas por la liberación de la mujer históricamente han tenido la escala del cuerpo: desde políticas de control de la fertilidad al aborto, la forma de vestir y el lugar en el que el cuerpo puede acceder en las ciudades: saliendo de... more
Las luchas por la liberación de la mujer históricamente han tenido la escala del cuerpo: desde políticas de control de la fertilidad al aborto, la forma de vestir y el lugar en el que el cuerpo puede
acceder en las ciudades: saliendo de la "casa" a la calle, que es el espacio de poder y dominio masculino. En las ciudades, un conjunto de representaciones y creencias en relación al cuerpo
femenino ha obligado a las mujeres a cubrirse, salvaguardarse y vigilarse, o sufrir las consecuencias. Las Marchas de las Putas (Slut Walks) empezaron en 2010 en Canadá. Durante una charla de seguridad en un campus universitário en Toronto, un oficial de policía dijo que las mujeres deberían dejar de vestirse como putas en las calles para evitar violaciones. Frente a esta declaración, las
mujeres de la ciudad realizaron la primera "Slut Walk", con el fin de dejar claro que la violación es siempre culpa del agresor, y no de la manera de vestirse o comportarse, ni tampoco de los lugares
que las mujeres frecuentan en la ciudad. Luego, la marcha se replicó rápidamente en miles de ciudades, sobretodo con las redes cibernéticas, para su divulgación y organización hasta su repercusión en la sociedad. La propuesta del texto es explorar este conflicto - cuerpo femenino y ciudad - que resultó en la manera explosiva de como estas marchas se alastraron por el mundo, mediante una investigación vía Internet y con las mujeres
organizadoras de la marcha en São Paulo e Campinas (Brasil)."
acceder en las ciudades: saliendo de la "casa" a la calle, que es el espacio de poder y dominio masculino. En las ciudades, un conjunto de representaciones y creencias en relación al cuerpo
femenino ha obligado a las mujeres a cubrirse, salvaguardarse y vigilarse, o sufrir las consecuencias. Las Marchas de las Putas (Slut Walks) empezaron en 2010 en Canadá. Durante una charla de seguridad en un campus universitário en Toronto, un oficial de policía dijo que las mujeres deberían dejar de vestirse como putas en las calles para evitar violaciones. Frente a esta declaración, las
mujeres de la ciudad realizaron la primera "Slut Walk", con el fin de dejar claro que la violación es siempre culpa del agresor, y no de la manera de vestirse o comportarse, ni tampoco de los lugares
que las mujeres frecuentan en la ciudad. Luego, la marcha se replicó rápidamente en miles de ciudades, sobretodo con las redes cibernéticas, para su divulgación y organización hasta su repercusión en la sociedad. La propuesta del texto es explorar este conflicto - cuerpo femenino y ciudad - que resultó en la manera explosiva de como estas marchas se alastraron por el mundo, mediante una investigación vía Internet y con las mujeres
organizadoras de la marcha en São Paulo e Campinas (Brasil)."
Research Interests:
Este trabalho reúne um estudo acerca da criação do bairro de prostituição Jardim Itatinga, na periferia da cidade de Campinas, interior de São Paulo. O bairro foi criado estrategicamente nos anos 60 pelo poder público, com objetivo de... more
Este trabalho reúne um estudo acerca da criação do bairro de prostituição Jardim Itatinga, na periferia da cidade de Campinas, interior de São Paulo. O bairro foi criado estrategicamente nos anos 60 pelo poder público, com objetivo de concentrar todas as atividades ligadas a prostituição da cidade, garantindo seu zoneamento fora do espaço urbano consolidado. Atualmente, o bairro é considerado a maior zona urbana de prostituição da América Latina. Além da atividade nas ruas e calçadas existem dezenas de boates, casas de show erótico, pequenos motéis, bares e prostíbulos onde trabalham mulheres e travestis. Dados do Centro de Saúde do Jardim Itatinga indicam que cerca de 2 mil profissionais do sexo trabalham no local. Nesta comunicação parto da hipótese que a criação do Jardim Itatinga - enquanto reorganização e isolamento da prostituição do espaço público, produzindo um território confinado, controlado e segregado – configura o reflexo de uma ordem moral e disciplinadora. Para análise será utilizada a bibliografia acerca da criação desse bairro, junto com relatos contados por prostitutas, que acumulei no meu trabalho na Associação de Profissionais do Sexo de Campinas (Ass. Mulheres Guerreiras) de 2006 a 2009.
Research Interests:
"Esse artigo pretende levantar dados sobre a criação da zona de prostituição Jardim Itatinga, na periferia da cidade de Campinas, interior de São Paulo. O interesse por essa história acontece em função de uma peculiaridade do bairro: o... more
"Esse artigo pretende levantar dados sobre a criação da zona de prostituição Jardim Itatinga, na periferia da cidade de Campinas, interior de São Paulo. O interesse por essa história acontece em função de uma peculiaridade do bairro: o Jardim Itatinga foi criado estrategicamente nos anos 60 pelo poder público, com objetivo de concentrar numa área periférica, todas as atividades ligadas a prostituição da cidade, garantindo seu zoneamento fora do espaço urbano consolidado. Ou seja, sua criação foi diferente da
maioria das zonas de meretrício que, por diversas razões, concentram “naturalmente” a atividade: o confinamento violento da prostituição no Jardim Itatinga foi planejado. Portanto, parto do pressuposto que a invenção do Jardim Itatinga - enquanto reflexo de uma ordem moral e disciplinadora – exemplifica a atuação planejada da organização urbana na produção de territórios confinados, estigmatizados e marginais."
maioria das zonas de meretrício que, por diversas razões, concentram “naturalmente” a atividade: o confinamento violento da prostituição no Jardim Itatinga foi planejado. Portanto, parto do pressuposto que a invenção do Jardim Itatinga - enquanto reflexo de uma ordem moral e disciplinadora – exemplifica a atuação planejada da organização urbana na produção de territórios confinados, estigmatizados e marginais."
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As áreas centrais das aglomerações urbanas contemporâneas são peças-chave para análise e compreensão dos inúmeros conflitos sociais constituintes da sociedade capitalista atual. O centro da cidade de São Paulo, apesar de dotado de uma... more
As áreas centrais das aglomerações urbanas contemporâneas são peças-chave para análise e compreensão dos inúmeros conflitos sociais constituintes da sociedade capitalista atual. O centro da cidade de São Paulo, apesar de dotado de uma complexa rede de infra-estrutura e serviços, encontra-se subutilizado, perfurado por uma infinidade de vazios. São milhares de imóveis desocupados na área central da cidade. As classes sociais menos favorecidas ocupam as ruínas desses edifícios abandonados numa operação de reconquista do espaço urbano do qual são constantemente excluídas, num processo de reivindicação da cidade. No entanto, a propriedade permanece protegida pelo Estado, e seus ocupantes são despejados através de ações de reintegração de posse. A observação de todos esses deslocamentos de forças demonstra, segundo Arantes Neto, uma série de territórios interpenetrados em confronto, que constituem no espaço urbano uma Guerra dos Lugares1. A partir desse conceito, pretende-se compreender como os espaços urbanos residuais centrais são gerados, quem os ocupa, de que forma são ocupados, e como acontece sua posterior desarticulação. Para o desenvolvimento da pesquisa foi delimitado como recorte analítico quatro ocupações de edifícios abandonados localizadas no bairro da Luz, centro da cidade de São Paulo: Ed. Plínio Ramos, Ed. Prestes Maia, Ed. Paula Souza e Ed. São Vito.
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Este artigo faz uma reflexão sobre os problemas das políticas públicas face as emergentes necessidades da população, a partir de um relato de experiência. Situada a intensificação do processo de urbanização no Brasil e as especificidades... more
Este artigo faz uma reflexão sobre os problemas das políticas públicas face as emergentes necessidades da população, a partir de um relato de experiência. Situada a intensificação do processo de urbanização no Brasil e as especificidades de uma metrópole interiorana – Campinas – observa-se como a carência de políticas públicas urbanas e habitacionais e a presente ação do capital imobiliário trazem características marcantes para a conformação de uma cidade. Em respostas a estes e a outros fatos, um movimento social de luta por moradia (MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) auxiliada por um coletivo de arquitetos e urbanistas e outras entidades, promove uma ação de ocupação de uma gleba vazia de 78 mil metros quadrados na região sudeste da cidade de Campinas, que chega a reunir cerca de 3.000 pessoas buscando melhores condições de moradia e acesso urbano . Por meio do relato desse processo, o artigo pretende compreender as questões de conflito que sofrem as metrópoles contemporâneas.
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O texto consiste em uma análise comparada entre os processo históricos que levaram a construção de um bairro periférico exclusivo para o meretrício, o “Jardim Itatinga”, e o estudo etnográfico das profissionais do sexo que ainda trabalham... more
O texto consiste em uma análise comparada entre os processo históricos que levaram a construção de um bairro periférico exclusivo para o meretrício, o “Jardim Itatinga”, e o estudo etnográfico das profissionais do sexo que ainda trabalham na área central da cidade, de maneira a estabelecer as diferentes sensações de segregação e confinamento sofridas pelas prostitutas nestes espaços. De que forma as alternativas de permanência que são construídas nesses territórios se dirigem a regras na relação entre corpo e cidade, bem como que representações e negociações se estabelecem no espaço urbano de maneira que essas prostitutas não sejam discriminadas, segregadas e expulsas. A comparação entre as mulheres que trabalham no centro e as mulheres confinadas no Jardim Itatinga tenta compreender como o espaço da cidade e as relações que nele se estabelecem podem refletir na constituição da identidade.
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O artigo busca entender as relações estabelecidas entre as ocupações de prédios abandonados nas áreas centrais da cidade de São Paulo e a rua, baseado em anotações de campo “áudio-visuais”. Ao observar detalhadamente as gravações... more
O artigo busca entender as relações estabelecidas entre as ocupações de prédios abandonados nas áreas centrais da cidade de São Paulo e a rua, baseado em anotações de campo “áudio-visuais”. Ao observar detalhadamente as gravações realizadas ao longo de diversos meses de acompanhamento dessas ocupações se observou uma grande relação entre os prédios ocupados e seu entorno, principalmente no uso dos espaços limítrofes entre a rua e os edifícios. No encontro do espaço privado das casas e a rua, se constituem diversas mediações entre o público e o intimo estabelecendo espaços limiares aonde pode-se observar diversas relações sociais entre as ocupações e a cidade.
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"A análise parte dos processo históricos de construção do bairro de meretrício “Jardim Itatinga”, para o confronto com o estudo etnográfico das profissionais do sexo que trabalham em outra área, no centro da cidade, de maneira a... more
"A análise parte dos processo históricos de construção do bairro de meretrício “Jardim Itatinga”, para o confronto com o estudo etnográfico das profissionais do sexo que trabalham em outra área, no centro da cidade, de maneira a estabelecer as diferentes sensações de segregação e confinamento sofridas pelas prostitutas no espaço urbano. Quais as alternativas de permanência são construídas nesses territórios, bem como que representações e negociações se estabelecem na cidade para poderem realizar seu oficio e não serem discriminadas, segregadas e expulsas. A comparação entre as prostitutas do centro e as prostitutas confinadas no Jardim Itatinga tenta
compreender as implicações que as diversas maneiras de se habitar a cidade podem refletir na constituição da identidade."
compreender as implicações que as diversas maneiras de se habitar a cidade podem refletir na constituição da identidade."
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A vida pasteurizada, o consumo depressivo, o tédio culpado da falta de tempo, a fartura e a carência devorando-se uma a outra. Será possível qualquer outra resposta, será possível a arquitetura? A tentativa proposta consiste, para tanto,... more
A vida pasteurizada, o consumo depressivo, o tédio culpado da falta de tempo, a fartura e a carência devorando-se uma a outra. Será possível qualquer outra resposta, será possível a arquitetura? A tentativa proposta consiste, para tanto, realizar uma estratégia potencializadora, dando subsídios arquitetônicos para um processo social existente, através da criação de uma arquitetura-tática. A idéia é a apropriação de espaços residuais da máquina imobiliária, estruturas urbanas com potencialidade inerte: os esqueletos das construções inacabadas. E o devir “morar” como preenchimento escolhido para estruturação. A habitação como microcosmo de desmaterialização da exclusão urbana.
A intervenção é conceitual, um tipo de reforma, reciclagem e
readequação de uma estrutura urbana desacordada. Porém despertando para uma outra possibilidade de arquitetura: uma ação simbólica de degeneração do aparelho, um tipo de antropofagia urbana através da metareciclagem : ingerindo o bolorento e cuspindo o desconhecido. O inutilizado dá margem para uma nova, para uma outra, para o transbordamento do inusitado.
A intervenção é conceitual, um tipo de reforma, reciclagem e
readequação de uma estrutura urbana desacordada. Porém despertando para uma outra possibilidade de arquitetura: uma ação simbólica de degeneração do aparelho, um tipo de antropofagia urbana através da metareciclagem : ingerindo o bolorento e cuspindo o desconhecido. O inutilizado dá margem para uma nova, para uma outra, para o transbordamento do inusitado.
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Uma batalha na Rua Plínio Ramos, centro de São Paulo, foi notícia nos jornais e telejornais do país do dia 15/08/2005. As 79 famílias que ocupavam há 2 anos e 7 meses o edifício abandonado Plinio Ramos, receberam ordem de despejo e foram... more
Uma batalha na Rua Plínio Ramos, centro de São Paulo, foi notícia nos jornais e telejornais do país do dia 15/08/2005. As 79 famílias que ocupavam há 2 anos e 7 meses o edifício abandonado Plinio Ramos, receberam ordem de despejo e foram expulsas da ocupação pela força tática da polícia militar. A ação violenta dos policiais transformou a rua em um campo de guerra, e esse tumulto foi exposto e televisionado em diversos meios de informação. Sobre a fachada do prédio, faixas com mensagens de protesto faziam pano de fundo das reportagens televisivas. Coladas no edifício antes da desocupação e já esperando essa possível exposição, tentava-se divulgar a injustiça contra os moradores que habitavam o edifício, abandonado há mais de 7 anos.
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The History and representation of Jardim Itatinga red light district appoint to how is the organization of different prostitution territories in the city of Campinas, state of São Paulo, Brazil. The “Zona” was planned by the public... more
The History and representation of Jardim Itatinga red light district appoint to how is the organization of different prostitution territories in the city of Campinas, state of São Paulo, Brazil. The “Zona” was planned by the public authorities in the 60’s and since then has become the area of prostitution in the city. This segregation policy has resulted in the persecution of prostitutes, that, despite of that, continue working outside the area. Among the prostitute’s protection and permanence strategies, the most expressive is the foundation of the Association Mulheres Guerreiras, located in downtown Campinas. The thesis examines the tensions, conflicts, tactics and strategies face the interventions of urban planning by a social group historically stigmatized, and with a strong presence in central urban areas. Are objects of attention in this thesis the prostitutes’ circulation in different locations of prostitution in Campinas, their strategies for the establishment of “places” of permanence in spaces not officially planned for their presence, their networks and connections with other “deviant” peers and, most of all, their tactics of resistance to the expulsion and struggle for recognition. It seeks to understand how the particular dispute that focuses on prostitution it’s structured in the political and physical spaces of the cities. Finally, it intends to display a gendered urban organization justified sometimes by sanitarian, economic or moral discourses, and whose history registers a constant tension between the official urban planning and the city’s inhabitants, with their claims to exist inside it.
Key Words: Urban Segregation; Prostitution; Gender; Jardim Itatinga; Campinas/SP.
Resumo (em português):
A história e as representações acerca do bairro de prostituição Jardim Itatinga demostram como se organizam diferentes territórios prostitucionais na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. A “Zona” foi planejada pelo poder público, na década de 1960, e, desde então, tornou-se o lugar da prostituição na cidade. Essa política de segregação resultou na perseguição das prostitutas que, contudo, persistem trabalhando fora dali. Entre suas estratégias de proteção e permanência, a mais expressiva é a fundação da Associação Mulheres Guerreiras, localizada no centro da cidade. A tese examina, portanto, as tensões, os conflitos, as táticas e as estratégias de um grupo social historicamente estigmatizado e com forte presença em áreas urbanas centrais, face às intervenções do planejamento urbano. Sua circulação nos diferentes locais de prostituição em Campinas, suas estratégias para o estabelecimento de “pontos” de permanência em espaços não planejados oficialmente para sua presença, suas redes e articulações com outros pares “desviantes” e, principalmente, suas táticas de resistência à expulsão e luta por reconhecimento são objetos de atenção. Busca-se compreender como se estrutura, nos espaços físicos e políticos da cidade essa disputa particular – marcada por recortes de classe, de raça e especialmente de gênero – que tem a prostituição como foco de interesse. Pretende-se, por fim, possibilitar o vislumbramento de uma organização urbana generificada que se justifica em discursos ora sanitários, ora econômicos, ora morais e cuja história registra a constante tensão entre o planejamento urbano oficial e os habitantes da cidade, com suas reivindicações pelo direito a nela existirem.
Palavras-chave: Segregação Urbana. Prostituição. Gênero. Jardim Itatinga. Campinas- sp.
Key Words: Urban Segregation; Prostitution; Gender; Jardim Itatinga; Campinas/SP.
Resumo (em português):
A história e as representações acerca do bairro de prostituição Jardim Itatinga demostram como se organizam diferentes territórios prostitucionais na cidade de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. A “Zona” foi planejada pelo poder público, na década de 1960, e, desde então, tornou-se o lugar da prostituição na cidade. Essa política de segregação resultou na perseguição das prostitutas que, contudo, persistem trabalhando fora dali. Entre suas estratégias de proteção e permanência, a mais expressiva é a fundação da Associação Mulheres Guerreiras, localizada no centro da cidade. A tese examina, portanto, as tensões, os conflitos, as táticas e as estratégias de um grupo social historicamente estigmatizado e com forte presença em áreas urbanas centrais, face às intervenções do planejamento urbano. Sua circulação nos diferentes locais de prostituição em Campinas, suas estratégias para o estabelecimento de “pontos” de permanência em espaços não planejados oficialmente para sua presença, suas redes e articulações com outros pares “desviantes” e, principalmente, suas táticas de resistência à expulsão e luta por reconhecimento são objetos de atenção. Busca-se compreender como se estrutura, nos espaços físicos e políticos da cidade essa disputa particular – marcada por recortes de classe, de raça e especialmente de gênero – que tem a prostituição como foco de interesse. Pretende-se, por fim, possibilitar o vislumbramento de uma organização urbana generificada que se justifica em discursos ora sanitários, ora econômicos, ora morais e cuja história registra a constante tensão entre o planejamento urbano oficial e os habitantes da cidade, com suas reivindicações pelo direito a nela existirem.
Palavras-chave: Segregação Urbana. Prostituição. Gênero. Jardim Itatinga. Campinas- sp.
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Pendant la fin de la dictature militaire du Brésil, les mouvements sociaux pour la réforme urbaine se sont multipliés et ont conduit une lutte historique pour la transformation de l'espace urbain, notamment dans la plus grande ville... more
Pendant la fin de la dictature militaire du Brésil, les mouvements sociaux pour la réforme urbaine se sont multipliés et ont conduit une lutte historique pour la transformation de l'espace urbain, notamment dans la plus grande ville brésilienne, São Paulo. Dans ce contexte, les mobilisations pour le droit au logement, où il y a un nombre remarquable de femmes, se caractérisent par des revendications pour le droit à un logement de qualité, bien situé dans l'espace urbain et avec sécurité d'occupation, demandes intrinsèquement liées aux questions de genre.
Au-delà de l'association du genre féminin à l'espace domestique, d'autres facteurs mobilisent les femmes en tant que principaux défenseurs du droit au logement. Circonscrites à la position de celles qui s'occupent quotidiennement des enfants et des autres, l'espace de la maison gagne beaucoup plus d'importance que pour le genre masculin. En outre, pour les femmes, le logement n'est pas seulement un abri, mais un espace essentiel de protection. La question de la propriété, voire de la garantie d'occupation, est fondamentale, non seulement pour réparer les inégalités historiques et structurelles entre hommes et femmes, mais aussi pour garantir la protection contre la violence urbaine et domestique.
Cette communication vise à discuter des questions liées à la présence des femmes dans les mobilisations pour le droit au logement dans la ville de São Paulo: comment leur participation dans ces mouvements sociaux contribue à leur empowerment politique, économique et sociale, et comment cela se reflète dans la planification des politiques publiques liées au logement.
Au-delà de l'association du genre féminin à l'espace domestique, d'autres facteurs mobilisent les femmes en tant que principaux défenseurs du droit au logement. Circonscrites à la position de celles qui s'occupent quotidiennement des enfants et des autres, l'espace de la maison gagne beaucoup plus d'importance que pour le genre masculin. En outre, pour les femmes, le logement n'est pas seulement un abri, mais un espace essentiel de protection. La question de la propriété, voire de la garantie d'occupation, est fondamentale, non seulement pour réparer les inégalités historiques et structurelles entre hommes et femmes, mais aussi pour garantir la protection contre la violence urbaine et domestique.
Cette communication vise à discuter des questions liées à la présence des femmes dans les mobilisations pour le droit au logement dans la ville de São Paulo: comment leur participation dans ces mouvements sociaux contribue à leur empowerment politique, économique et sociale, et comment cela se reflète dans la planification des politiques publiques liées au logement.
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É com muita alegria que compartilhamos o lançamento online do nosso e-book "O papel da arquitetura e urbanismo diante do Covid-19: construindo conhecimento". O livro pode ser baixado gratuitamente no site da editora EDUFAL:... more
É com muita alegria que compartilhamos o lançamento online do nosso e-book "O papel da arquitetura e urbanismo diante do Covid-19: construindo conhecimento". O livro pode ser baixado gratuitamente no site da editora EDUFAL: http://edufal.com.br/.../o-papel-da-arquitetura-e.../. A publicação é uma sistematização de variadas mesas de debate que organizamos durante o período de isolamento da pandemia, com divers@s convidad@s que realizaram artigos depois dos nossos encontros virtuais como Zaida Muxi, Raquel Rolnik, Paulo Tavares, Gabriela Leandro Gaia e Regina Dulce.
Agradecemos imensamente a parceria e dedicação de tod@s autor@s e parceir@s para a construção dessa obra coletiva, que vai ficar como registro de uma fase difícil e cheia de incertezas, mas também marcada por muita colaboração e vontade de estar junt@os, mesmo distantes, na tentativa de pensar a Arquitetura e Urbanismo a partir de outras perspectivas ❤
Aproveitamos o momento para fazer uma singela mulheragem a Profa. Vilma Villarouco, que infelizmente partiu antes do lançamento do livro, mais uma vítima de Covid-19. Que uma parte da sua importante produção como pesquisadora da área seja perpetuada com essa publicação, viva de alguma forma entre nós.
Muito obrigada!!!
Diana Helene, Juliana Oliveira e Manuella Marianna Andrade
Comissão organizadora
Agradecemos imensamente a parceria e dedicação de tod@s autor@s e parceir@s para a construção dessa obra coletiva, que vai ficar como registro de uma fase difícil e cheia de incertezas, mas também marcada por muita colaboração e vontade de estar junt@os, mesmo distantes, na tentativa de pensar a Arquitetura e Urbanismo a partir de outras perspectivas ❤
Aproveitamos o momento para fazer uma singela mulheragem a Profa. Vilma Villarouco, que infelizmente partiu antes do lançamento do livro, mais uma vítima de Covid-19. Que uma parte da sua importante produção como pesquisadora da área seja perpetuada com essa publicação, viva de alguma forma entre nós.
Muito obrigada!!!
Diana Helene, Juliana Oliveira e Manuella Marianna Andrade
Comissão organizadora