Papers by Kaya Lazarini
Geograficando, Oct 31, 2023
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Booklet of Production Studies Series, 2024
Piquiá de Baixo é um bairro rural do município de Açailândia, estado do Maranhão, no extremo nord... more Piquiá de Baixo é um bairro rural do município de Açailândia, estado do Maranhão, no extremo nordeste da Amazônia brasileira. Cortado pela Estrada de Ferro Carajás, desde meados dos anos 1980 sofre o impacto da atividade siderúrgica implantada na região. Entre os anos de 2012 e 2020, a Associação Comunitária dos Moradores de Piquiá, a rede Justiça nos Trilhos, de Açailândia, e a assessoria técnica Usina, de São Paulo, realizaram o trabalho de produção autogestionária do habitat junto à comunidade afetada pela indústria da mineração. O bairro para o reassentamento passou a se chamar Piquiá da Conquista.
No contexto dos estudos da produção proposto pelo TF/TK, o relato do processo de reassentamento será encarado como um ‘canteiro de reflexões’. Apresentarei o caso em três momentos, contexto – projeto – canteiro, tomando como base as minhas memórias, enquanto arquiteta da Usina responsável pelo projeto e pela obra.
Esse pequeno livro pretende refletir sobre essa história do ponto de vista de uma assessoria técnica que, desde o final dos anos 1980, vem trabalhando com movimentos sociais ligados ao direito à terra e à habitação.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Geograficando, 2023
El objetivo de este artículo es debatir un proceso de producción social del hábitat a partir de l... more El objetivo de este artículo es debatir un proceso de producción social del hábitat a partir de la experiencia del reasentamiento de Piquiá de Baixo, en Açailândia, Maranhão, Brasil, comunidad víctima del impacto de la industria minera vinculada a la empresa Vale S.A. Identificaremos algunos potenciales emancipadores y restricciones que limitaron la autonomía para el reasentamiento de la comunidad. La metodología consiste en realizar un informe con reflexiones críticas fundamentadas en nuestra experiencia como parte del grupo de asesoría técnica a la comunidad, la cual abarcó tres momentos: el primero consistió en la construcción de una solución que permitió la autonomía en la concepción del espacio en el contexto del programa público “Minha Casa, Minha Vida – Entidades”; las actividades para el diseño del proyecto arquitectónico y urbanístico con atención a las cuestiones de género formaron parte del segundo momento; por último, el trabajo autogestivo para la ejecución de la obra. La conclusión nos indica, por un lado, los aspectos en que la potencialidad emancipatoria de la lucha por la producción del espacio ha impactado en el proyecto y generado una forma urbana específica, con el protagonismo de las mujeres. Por otro lado, se señalan las restricciones que limitaron la autonomía, derivadas del conflicto entre las dimensiones técnica y política del trabajo en la obra.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Hábitat y Sociedad, 2023
As estratégias das mulheres dos movimentos sociais que lutam por moradia na América L... more As estratégias das mulheres dos movimentos sociais que lutam por moradia na América Latina diante da pandemia da Covid-19 serão investigadas através de entrevistas semiestruturadas com participantes do Movimento Sem Terra Leste 1 (MST-Leste1), em São Paulo, Brasil, e do Movimiento de Ocupantes e Inquilinos (MOI), em Buenos Aires, Argentina. O trabalho reprodutivo e de cuidado, e seu viés de gênero, classe e raça, foram temas de debate durante a pandemia, e a incapacidade do Estado em resolver as demandas e a crescente situação de vulnerabilidade social levaram ao surgimento de numerosas formas de ajuda mútua em territórios populares. Nos conjuntos habitacionais produzidos pela população organizada com base na autogestão, as redes de solidariedade estruturadas por mulheres, que também foram protagonistas na concepção e produção destes espaços, funcionaram de forma sistemática. As entrevistas demonstram o protagonismo das mulheres diante das demandas reprodutivas, destacando que a dimensão política do cuidado coletivizado, a práxis organizativa com base na autogestão dos movimentos populares e a disponibilidade de espaços comuns foram essenciais para enfrentar a pandemia.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
XX ENANPUR, 2023
O objetivo deste artigo é debater o tema da propriedade da terra, com enfoque nas formas coletiva... more O objetivo deste artigo é debater o tema da propriedade da terra, com enfoque nas formas coletivas de propriedade. Por meio de pesquisas bibliográficas e análise de dados e legislações em fontes primárias, problematizaremos a hegemonia da propriedade privada e sua relação com o planejamento, especificamente a partir do contexto de implementação e consolidação da propriedade da terra no Brasil. Para isso, analisaremos os marcos normativos incidentes sobre a terra, constatando que, desde a Lei de Terras de 1850, a legislação fundiária favoreceu a apropriação privada da terra pública. Em seguida, buscaremos refletir sobre a propriedade coletiva em sua pluralidade de formas, traçando possíveis relações com o conceito de comum, e descrever algumas formas pelas quais Povos e Comunidades Tradicionais exercem e relacionam-se com o território. Por fim, delinearemos um panorama atual da situação fundiária de um dos povos tradicionais, os quilombos, que praticam a relação com o território enquanto forma coletiva de propriedade.
Palavras-chave. propriedade da terra; propriedade coletiva; planejamento da propriedade; territórios quilombolas; preservação ambiental.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
passapalavra, 2022
Este texto procurará olhar para os conflitos no campo, debatendo sobre a permanência da tomada de... more Este texto procurará olhar para os conflitos no campo, debatendo sobre a permanência da tomada de terras como base para relações de produção e exploração predatórias.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
HELENE, Diana; VASCONCELLOS, Bruna M.; MIRANDA, Eva R.; LAZARINI, Kaya; AZEVEDO, Amanda. | A CARTOGRAFIA QUE VIROU TURBANTE: RELAÇÕES ENTRE TECNOLOGIA, CORPO E TERRITÓRIO. In: REVISTA ÍMPETO | MACEIÓ | Nº 12 | DEZ. 2022, 2022
Este artigo apresenta uma sistematização, ou seja, um relato analítico, de um projeto de pesquis... more Este artigo apresenta uma sistematização, ou seja, um relato analítico, de um projeto de pesquisa-ação na área de gênero e design. A motivação política e teórica para desenvolver a pesquisa foi repensar o design a partir de uma perspectiva feminista por meio do resgate de técnicas ancestrais – sistematicamente apagadas pelas ordens coloniais e patriarcais, que historicamente excluem as mulheres, sobretudo aquelas racializadas, do trabalho tecnológico. Inicialmente, o projeto tinha como objetivo analisar o trabalho feminino no canteiro de obras (um espaço hegemonicamente masculinizado) e elaborar um manual que compilasse tecnologias desenvolvidas pelas mulheres nesses espaços. Foram partícipes do projeto, além da equipe de pesquisadoras, um quilombo, no Maranhão, construindo uma cozinha comunitária; um grupo de mulheres da periferia do Rio de Janeiro, trabalhando com redes comunitárias de apoio aos locais de produção coletiva, para enfrentar a pandemia; e um grupo de pescadoras, em Alagoas. A escolha metodológica por instrumentos participativos e da educação popular, inspirados pelo design participativo e pela teoria da sacola, de Le Guin (2021), foram conduzindo a um processo de ressignificação desses objetivos iniciais, das percepções compartilhadas que tínhamos sobre o que é tecnologia e sobre o que é um canteiro de obras, assim como a própria ideia do que é um manual, mudando significativamente o produto final elaborado. A PANA, ao mesmo tempo objeto e conteúdo, tecido de amarrar e manual, é um reflexo da influência das relações e práticas potencialmente transformadoras das mulheres engajadas no processo de investigação: uma relação corporalmente imbricada aos territórios que habitam.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
HELENE. Diana et al. “Um ensaio sobre a urbanização capitalista como tecnologia: colonialidade, racialização e cis-hétero-patriarcado”. In: KLEBA. J; et al; (Org.) Engenharias e outras práticas técnicas engajadas Vol 3: Diálogos interdisciplinares e descoloniais. C. Grande: EDUEPB, 2022 (pp.65-101), 2022
RESUMO. Partimos aqui da premissa de que a urbanização é uma tecnologia. Iniciando o texto com um... more RESUMO. Partimos aqui da premissa de que a urbanização é uma tecnologia. Iniciando o texto com um “causo” vivenciado no sertão da Paraíba, debatemos como as redes de infraestrutura urbana se constituem de técnicas que configuram a forma do ordenamento territorial como parte estruturante de um paradigma branco/colonial/moderno, cis-heteronormativo e capitalista, que conforma a urbanização. Investigamos, portanto, por meio de uma abordagem histórica e crítica, como tal morfologia, de forma estratégica, por meio do seu conteúdo técnico, prioriza algumas ações ao mesmo tempo em que dificulta a realização de outras, a saber: os encontros comunitários e a coletivização. A morfologia da casa capitalista - unifamiliar, monogâmica e heterossexual - enquanto tecnologia, também é explorada, sobretudo na maneira como estabelece mediações entre “fora” e “dentro”, público e privado/doméstico, coletivo e individual. Por fim, trazemos exemplos contra-hegemônicos que debatem essa forma de ordenamento territorial: a experiência dos projetos participativos de mutirões autogeridos e loteamentos habitacionais desenvolvidos por movimentos sociais de luta por moradia brasileiros, como exemplos de tecnologia/prática engajada. Sem perder de vista a superação das relações sistêmicas entre ordenamento territorial e capitalismo, finalizamos demarcando a importância de valorizar ensaios de mundo realizados nas margens que potencializam e permitem atividades coletivas/comunitárias, ao mesmo tempo em que congregam melhorias na vida daqueles/as oprimidos/as, de modo a possibilitar maior tempo de dedicação à auto-organização popular e ao fortalecimento de sua autoconsciência, tendo como horizonte a superação desse sistema.
Palavras chaves: Tecnologia; urbanização; movimentos de luta por moradia; colonialidade; gênero.
Un ensayo sobre la urbanización capitalista como tecnología: colonialidad, racialización y cisheteropatriarcado
RESUMEN. Partimos aquí de la premisa de que la urbanización es una tecnología. Comenzando con un "causo" vivido en el interior de Paraíba, se discute cómo las redes de infraestructura urbana están constituidas por técnicas que configuran la forma de planificación territorial como parte estructurante de un paradigma blanco/colonial/moderno, cis-heteronormativo y capitalista que configura la urbanización. Por lo tanto, investigamos, a través de un enfoque histórico y crítico, cómo esa morfología prioriza algunas acciones mientras obstaculiza otras, a saber, las reuniones comunitarias y la colectivización. También se explora aquí la morfología de la casa capitalista -unifamiliar, monógama y heterosexual- como tecnología, especialmente en el modo en que establece mediaciones entre "exterior" e "interior", público y privado/doméstico, colectivo e individual. Por último, traemos ejemplos contrahegemónicos que discuten esa forma de planificación territorial: la experiencia de proyectos participativos de esfuerzos conjuntos autogestionados y subdivisiones habitacionales desarrollados por movimientos sociales brasileños de lucha por la vivienda, como ejemplos de tecnología/práctica comprometida. Sin perder de vista la superación de las relaciones sistémicas entre el ordenamiento territorial y el capitalismo, concluimos resaltando la importancia de valorar los ensayos de mundo realizados en los márgenes que estructuran los espacios y que potencializan y permiten las actividades colectivas/comunitarias, a la vez que aportan mejoras en la vida de los más oprimidos. De esa manera se puede dedicar más tiempo a la autoorganización popular y al fortalecimiento de su autoconciencia, teniendo como horizonte la superación de ese sistema.
Palabras clave: Tecnología; urbanización; movimientos de lucha por la vivienda; colonialidad, Género.
An essay on the capitalist urbanization as technology: coloniality, racialization, and cisheteropatriarcate
ABSTRACT. We start here from the premise that urbanization is a technology. Beginning the text with a “tale” experienced in the backwoods of Paraíba, we discuss how the urban infrastructure networks are made up of techniques that configure the form of territorial planning as a structuring part of a white/colonial/modern, cis-heteronormative, and capitalist paradigm that shapes urbanization. We, therefore, investigate, through a historical and critical approach, how such morphology prioritizes some actions while hindering others, namely community meetings and the collectivization of care tasks. The morphology of the capitalist house - single-family, monogamous, and heterosexual - as a technology is also explored here, especially in the way it establishes mediations between “outside” and “inside,” public and private/domestic, collective and individual. Finally, we bring counter-hegemonic examples that discuss this form of territorial planning: the experience of participatory projects of self-managed mutirões (self-help housing cooperatives) and housing subdivisions developed by Brazilian social movements in the struggle for housing, as examples of engaged technology/practice. Without losing sight of the overcoming of thesystemic relationsbetween land use planning and capitalism, we conclude by highlighting the importance of valuing world trials carried out at the margins that structure spaces and that potentialize and allow collective/community activities while bringing about improvements in the lives of the most downtrodden. This way allows more time for cultivating popular self-organization and strengthening the vulnerables’ self-awareness, having as a horizon the overcoming of this system.
Keywords: Technology; urbanization; housing movement; coloniality; gender.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista Cadernos de Pós-Graduação em Arquitetura, 2021
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
The aim of the present research was to review and translate into a more contemporary programming ... more The aim of the present research was to review and translate into a more contemporary programming language some of the pioneer shape generation programs published in the book The Art of Computer Graphics Programming, from 1987, by William Mitchell, Robin Liggett and Thomas Kvan. The implementation of ten programs from the book was developed by an architecture student under the advice of an architectural design and CAD-programming professor, as part of an initiative to encourage scientific investigation among undergraduate students at the State University of Campinas. Besides being an opportunity to apply her programming skills, the translation of the programs helped the student understanding the possible applications of programming in the process of design.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
REFLEXÕES SOBRE O DIREITO À CIDADE, 2019
Em uma noite de 2005, um grupo de famílias se reuniu diante do edifício em que moravam, no centro... more Em uma noite de 2005, um grupo de famílias se reuniu diante do edifício em que moravam, no centro da cidade de São Paulo. O objetivo era a organização diante do risco de serem expulsas de suas casas, caso uma ordem de despejo fosse cumprida. Antes de virar moradia, aquele edifício de cinco andares estava abandonado havia 10 anos, até que as famílias sem ter onde morar resolveram abrir suas portas e fazer daquele espaço vazio seus lares. Para começar, era preciso limpar a sujeira, retirar os entulhos e verificar possíveis riscos que um edifício abandonado pode trazer. Seguiu-se a tarefa de deixá-lo habitável, com a reforma das instalações elétricas, hidráulicas, na medida das possibilidades financeiras. Cada família ocupou um espaço pequeno nos andares e, em cada piso, organizaram uma lavanderia e um banheiro coletivos. O espaço do térreo foi destinado a usos diversos, como sala para assembleias, cursos de reforço escolar para crianças, alfabetização de adultos, cozinha comunitária, horta vertical e ateliê de costura. Assim, 79 famílias fizeram seus lares. Para isso, precisaram se organizar para a gestão cotidiana do espaço: cada dia, uma pessoa era responsável pela limpeza das áreas coletivas, como os banheiros, corredores, lavanderia etc. Denominaram Ocupação Plínio Ramos, nome da própria rua, localizada próxima à estação da Luz. Não era mais um prédio, não era mais um objeto construído inanimado: se tratava agora de uma ocupação, com vida, nome e história. Ali, as famílias conseguiam morar próximo ao local de trabalho, aos espaços culturais (Pinacoteca, Museu da Língua Portuguesa, Sala São Paulo, entre muitos outros), a parques, a bons hospitais e boas escolas. Ali, conseguiam se juntar para realizar o que não conseguiriam fazer isoladamente, como os cursos de reforço escolar, a cozinha comunitária etc. De alguma forma, a luta por morar se relacionava com a luta pelo direito à saúde, à cultura, à educação, ao lazer, à renda para viver. Naquela noite, dia 15 de agosto de 2005, já haviam se passado 2 anos e 8 meses de ocupação. As famílias estavam ansiosas, com a expectativa de que, no dia seguinte, a tropa de choque poderia retirá-los à força seus lares. Reuniram-se, pensaram como poderiam resistir, articularam com advogados, imprensa e apoiadores. E pintaram faixas. Uma delas, pano branco sobre o asfalto e tinta vermelha: Direito à Cidade.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
urbânia, 2014
Este texto busca problematizar o projeto arquitetônico nos contextos de luta dos movimentos socia... more Este texto busca problematizar o projeto arquitetônico nos contextos de luta dos movimentos sociais, quando questões como autogestão, participação, direito à cidade e tecnologia entram em cena como um único processo. No nosso caso, o centro da ação é a construção da moradia e da cidade, direitos negligenciados no contexto que vivemos. A Usina, assessoria técnica a movimentos sociais e comunidades organizadas, tem procurado colaborar junto a esses sujeitos políticos na construção de alternativas à cidade atual, através da prática de novas relações sociais no processo de luta por moradia. Tais práticas estão diretamente relacionadas à autogestão, conceito que pode ser entendido como um tipo de práxis social histórica que demonstrou a necessidade não apenas de participação objetiva (manual) e subjetiva (intelectual) nos processos de tomadas de decisão, mas uma forma de reconciliação entre as dimensões de decisão, planejamento e execução dos processos de produção da vida social. O que se busca é a emancipação política e, assim, a constituição do sujeito como agente de transformação social. Este arcabouço surge no momento histórico relacionado à redemocratização do Brasil, quando há intensa mobilização popular em torno da necessidade de construir um novo Estado em contraponto à ditadura militar, com a ampliação das relações democráticas e participativas. No atual contexto as questões são distintas, porém igualmente dramáticas: políticas neoliberais comandadas pelo mercado, com limitado planejamento público e menor participação popular. Assim, defender e praticar a autogestão na construção da moradia e da cidade hoje é um contraponto ao modelo ortodoxo e hegemônico de produção pública (como o extinto BNH e a CDHU) e de concessão privada, como o recente programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. O que significa participar ou compartilhar um saber quando estamos falando de projeto arquitetônico e urbanístico? Como problematizar o projeto, e, portanto, a determinação de qualidade num cenário de pragmatismo, de urgência, da necessidade imediata que a moradia representa para muitas famílias de baixa renda? Este é um dos grandes desafios quando iniciamos um processo que, ao final, será a moradia daquele grupo. Como discutir a cidade, ou o que seria mais amplo, se o que interessa naquele momento é o mais imediato, a casa? O desafio é, a partir desta necessidade imediata e tendo ela no centro da ação, problematizar o fato da moradia ser uma urgência: seu acesso é negado também pela distância entre o morador e o produtor. Nestes termos, faz sentido (prática e teoricamente) a luta pela autogestão e pela participação direta, a começar pela defesa do direito à cidade (Henry Lefèbvre), a crítica à estrutura de poder vertical e hierárquica, a igualdade radical (David Harvey), o compartilhamento do saber técnico como bem social, a emancipação política, a solidariedade e a construção de um bem comum. Não se trata apenas de participação mas de construção conjunta de outra forma de relação social e política, na qual assessorias técnicas e população organizada se encontrem num diálogo, sem negar suas diferenças, mas compartilhando essas diferenças. Este é o tema deste artigo: a metodologia de participação no projeto arquitetônico - uma das etapas do processo de apropriação do conhecimento através da autogestão que realizamos em parceria com os movimentos sociais.
Neste sentido, o processo é uma prática conjunta e, portanto, depende de um contexto de organização popular anterior a esta parceria.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
The aim of the present research was to review and translate into a more contemporary programming ... more The aim of the present research was to review and translate into a more contemporary programming language some of the pioneer shape generation programs published in the book The Art of Computer Graphics Programming, from 1987, by William Mitchell, Robin Liggett and Thomas Kvan. The implementation of ten programs from the book was developed by an architecture student under the advice of an architectural design and CAD-programming professor, as part of an initiative to encourage scientific investigation among undergraduate students at the State University of Campinas. Besides being an opportunity to apply her programming skills, the translation of the programs helped the student understanding the possible applications of programming in the process of design.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, 2008
No dia 13 de abril de 2007, na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, os últimos exemplare... more No dia 13 de abril de 2007, na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, os últimos exemplares habitacionais com arquitetura de tipologia ferroviária/fabril, singulares e representativos, foram demolidos para dar lugar à nova rodoviária da cidade a ser inaugurada no ano próximo. Duas dessas construções foram poupadas e se transformarão em museu! O objetivo deste texto elaborado por um grupo de alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, é o de registrar e noticiar a ação de demolição das casas da Vila Riza, no bairro da Vila Industrial de Campinas, para fomentar reflexões à respeito da preservação do patrimônio ferroviário e industrial da cidade.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
HELENE, Diana.; LAZARINI, Kaya.; ANDREOTTI, Maria Beatriz.A gestão dos cuidados tem gênero, raça e classe: as zonas de sacrifício da Covid-19 nas cidades brasileiras. Cadernos de Pós-Graduação emArquitetura e Urbanismo,São Paulo, v. 21, n.1, p. 28-43, 2021. DOI 10.5935/cadernospos.v21n1p28-43, 2021
Resumo: O artigo pretende discutir como se organizam as atividades e hierarquias da gestão da vid... more Resumo: O artigo pretende discutir como se organizam as atividades e hierarquias da gestão da vida cotidiana e como essas atividades se refletem e se distribuem no território, a partir da sobreposição da dinâmica imposta pelas restrições da pandemia. Considerando-se a intersecção entre gênero, raça e classe, o trabalho combina informações relativas à conformação urbana atual e letalidade da Covid-19, em que se observam maiores taxas de contaminação e mortalidade nas periferias urbanas. Revela, dessa forma, o estabelecimento de zonas de sacrifício da Covid-19 na morfologia urbana brasileira e uma crise na gestão dos cuidados e da reprodução da vida, nas quais as mulheres têm um papel central. Em contrapartida, a situação atual demonstra a importância das pautas levantadas pelos movimentos de luta por moradia e Reforma Urbana, como espaços possíveis para repensar as cidades e a organização popular. Palavras Chave: Cuidado; Covid-19; Gênero; Classe; Raça.
Abstract: The article intends to discuss how activities and hierarchies of daily life management are organized, and how these activities are reflected and distributed in the territory, from the overlapping of the dynamics imposed by pandemic restrictions. Considering the intersection between gender, race and class, this paper combines information related to the current urban conformation and lethality of Covid-19, where higher rates of contamination and mortality are observed in the urban peripheries. Thus, it reveals the establishment of Covid-19 sacrifice zones in Brazilian urban morphologyand a crisis in the management of care and life reproduction, in which women play a central role. In contrast, the current situation demonstrates the importance of the guidelines raised by the movements of struggle for housing and Urban Reform, as possible spaces to rethink the cities and popular organization. Keywords: Care; Covid-19; Gender; Class; Race.
Resumen: A partir de la dinámica de superposición impuesta por las restricciones de la pandemia, el artículo tiene por objeto examinar la forma en que se organizan las actividades y las jerarquías de la gestión de la vida cotidiana, y de que manera esas actividades se reflejan y se distribuyen en el territorio. Teniendo en cuenta la intersección entre género, raza y clase, el documento combina información relacionada con la actual conformación urbana y la letalidad de Covid-19, donde se observan mayores tasas de contaminación y mortalidad en las periferias urbanas. De esa manera, revela el establecimiento de zonas de sacrificio Covid-19 en la morfología urbana brasileña y una crisis en la gestión del cuidado y la reproducción de la vida, en la que las mujeres desempeñan un papel central. En contraste, la situación actual demuestra la importancia de las agendas planteadas por los movimientos de lucha por la vivienda y la Reforma Urbana, como posibles espacios para repensar las ciudades y la organización popular. Palabras Clave: Cuidado; Covid-19; Género; Clase; Raza.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Conference Presentations by Kaya Lazarini
HELENE, Diana; LAZARINI, Kaya. “Autonomie et émancipation: les femmes dans les mobilisations pour le droit au logement” In: Colloque Perspectives féministes sur le logement des femmes. UQAM, Montreal, 2018., 2018
Pendant la fin de la dictature militaire du Brésil, les mouvements sociaux pour la réforme urbain... more Pendant la fin de la dictature militaire du Brésil, les mouvements sociaux pour la réforme urbaine se sont multipliés et ont conduit une lutte historique pour la transformation de l'espace urbain, notamment dans la plus grande ville brésilienne, São Paulo. Dans ce contexte, les mobilisations pour le droit au logement, où il y a un nombre remarquable de femmes, se caractérisent par des revendications pour le droit à un logement de qualité, bien situé dans l'espace urbain et avec sécurité d'occupation, demandes intrinsèquement liées aux questions de genre.
Au-delà de l'association du genre féminin à l'espace domestique, d'autres facteurs mobilisent les femmes en tant que principaux défenseurs du droit au logement. Circonscrites à la position de celles qui s'occupent quotidiennement des enfants et des autres, l'espace de la maison gagne beaucoup plus d'importance que pour le genre masculin. En outre, pour les femmes, le logement n'est pas seulement un abri, mais un espace essentiel de protection. La question de la propriété, voire de la garantie d'occupation, est fondamentale, non seulement pour réparer les inégalités historiques et structurelles entre hommes et femmes, mais aussi pour garantir la protection contre la violence urbaine et domestique.
Cette communication vise à discuter des questions liées à la présence des femmes dans les mobilisations pour le droit au logement dans la ville de São Paulo: comment leur participation dans ces mouvements sociaux contribue à leur empowerment politique, économique et sociale, et comment cela se reflète dans la planification des politiques publiques liées au logement.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Kaya Lazarini
No contexto dos estudos da produção proposto pelo TF/TK, o relato do processo de reassentamento será encarado como um ‘canteiro de reflexões’. Apresentarei o caso em três momentos, contexto – projeto – canteiro, tomando como base as minhas memórias, enquanto arquiteta da Usina responsável pelo projeto e pela obra.
Esse pequeno livro pretende refletir sobre essa história do ponto de vista de uma assessoria técnica que, desde o final dos anos 1980, vem trabalhando com movimentos sociais ligados ao direito à terra e à habitação.
Palavras-chave. propriedade da terra; propriedade coletiva; planejamento da propriedade; territórios quilombolas; preservação ambiental.
Palavras chaves: Tecnologia; urbanização; movimentos de luta por moradia; colonialidade; gênero.
Un ensayo sobre la urbanización capitalista como tecnología: colonialidad, racialización y cisheteropatriarcado
RESUMEN. Partimos aquí de la premisa de que la urbanización es una tecnología. Comenzando con un "causo" vivido en el interior de Paraíba, se discute cómo las redes de infraestructura urbana están constituidas por técnicas que configuran la forma de planificación territorial como parte estructurante de un paradigma blanco/colonial/moderno, cis-heteronormativo y capitalista que configura la urbanización. Por lo tanto, investigamos, a través de un enfoque histórico y crítico, cómo esa morfología prioriza algunas acciones mientras obstaculiza otras, a saber, las reuniones comunitarias y la colectivización. También se explora aquí la morfología de la casa capitalista -unifamiliar, monógama y heterosexual- como tecnología, especialmente en el modo en que establece mediaciones entre "exterior" e "interior", público y privado/doméstico, colectivo e individual. Por último, traemos ejemplos contrahegemónicos que discuten esa forma de planificación territorial: la experiencia de proyectos participativos de esfuerzos conjuntos autogestionados y subdivisiones habitacionales desarrollados por movimientos sociales brasileños de lucha por la vivienda, como ejemplos de tecnología/práctica comprometida. Sin perder de vista la superación de las relaciones sistémicas entre el ordenamiento territorial y el capitalismo, concluimos resaltando la importancia de valorar los ensayos de mundo realizados en los márgenes que estructuran los espacios y que potencializan y permiten las actividades colectivas/comunitarias, a la vez que aportan mejoras en la vida de los más oprimidos. De esa manera se puede dedicar más tiempo a la autoorganización popular y al fortalecimiento de su autoconciencia, teniendo como horizonte la superación de ese sistema.
Palabras clave: Tecnología; urbanización; movimientos de lucha por la vivienda; colonialidad, Género.
An essay on the capitalist urbanization as technology: coloniality, racialization, and cisheteropatriarcate
ABSTRACT. We start here from the premise that urbanization is a technology. Beginning the text with a “tale” experienced in the backwoods of Paraíba, we discuss how the urban infrastructure networks are made up of techniques that configure the form of territorial planning as a structuring part of a white/colonial/modern, cis-heteronormative, and capitalist paradigm that shapes urbanization. We, therefore, investigate, through a historical and critical approach, how such morphology prioritizes some actions while hindering others, namely community meetings and the collectivization of care tasks. The morphology of the capitalist house - single-family, monogamous, and heterosexual - as a technology is also explored here, especially in the way it establishes mediations between “outside” and “inside,” public and private/domestic, collective and individual. Finally, we bring counter-hegemonic examples that discuss this form of territorial planning: the experience of participatory projects of self-managed mutirões (self-help housing cooperatives) and housing subdivisions developed by Brazilian social movements in the struggle for housing, as examples of engaged technology/practice. Without losing sight of the overcoming of thesystemic relationsbetween land use planning and capitalism, we conclude by highlighting the importance of valuing world trials carried out at the margins that structure spaces and that potentialize and allow collective/community activities while bringing about improvements in the lives of the most downtrodden. This way allows more time for cultivating popular self-organization and strengthening the vulnerables’ self-awareness, having as a horizon the overcoming of this system.
Keywords: Technology; urbanization; housing movement; coloniality; gender.
Neste sentido, o processo é uma prática conjunta e, portanto, depende de um contexto de organização popular anterior a esta parceria.
Abstract: The article intends to discuss how activities and hierarchies of daily life management are organized, and how these activities are reflected and distributed in the territory, from the overlapping of the dynamics imposed by pandemic restrictions. Considering the intersection between gender, race and class, this paper combines information related to the current urban conformation and lethality of Covid-19, where higher rates of contamination and mortality are observed in the urban peripheries. Thus, it reveals the establishment of Covid-19 sacrifice zones in Brazilian urban morphologyand a crisis in the management of care and life reproduction, in which women play a central role. In contrast, the current situation demonstrates the importance of the guidelines raised by the movements of struggle for housing and Urban Reform, as possible spaces to rethink the cities and popular organization. Keywords: Care; Covid-19; Gender; Class; Race.
Resumen: A partir de la dinámica de superposición impuesta por las restricciones de la pandemia, el artículo tiene por objeto examinar la forma en que se organizan las actividades y las jerarquías de la gestión de la vida cotidiana, y de que manera esas actividades se reflejan y se distribuyen en el territorio. Teniendo en cuenta la intersección entre género, raza y clase, el documento combina información relacionada con la actual conformación urbana y la letalidad de Covid-19, donde se observan mayores tasas de contaminación y mortalidad en las periferias urbanas. De esa manera, revela el establecimiento de zonas de sacrificio Covid-19 en la morfología urbana brasileña y una crisis en la gestión del cuidado y la reproducción de la vida, en la que las mujeres desempeñan un papel central. En contraste, la situación actual demuestra la importancia de las agendas planteadas por los movimientos de lucha por la vivienda y la Reforma Urbana, como posibles espacios para repensar las ciudades y la organización popular. Palabras Clave: Cuidado; Covid-19; Género; Clase; Raza.
Conference Presentations by Kaya Lazarini
Au-delà de l'association du genre féminin à l'espace domestique, d'autres facteurs mobilisent les femmes en tant que principaux défenseurs du droit au logement. Circonscrites à la position de celles qui s'occupent quotidiennement des enfants et des autres, l'espace de la maison gagne beaucoup plus d'importance que pour le genre masculin. En outre, pour les femmes, le logement n'est pas seulement un abri, mais un espace essentiel de protection. La question de la propriété, voire de la garantie d'occupation, est fondamentale, non seulement pour réparer les inégalités historiques et structurelles entre hommes et femmes, mais aussi pour garantir la protection contre la violence urbaine et domestique.
Cette communication vise à discuter des questions liées à la présence des femmes dans les mobilisations pour le droit au logement dans la ville de São Paulo: comment leur participation dans ces mouvements sociaux contribue à leur empowerment politique, économique et sociale, et comment cela se reflète dans la planification des politiques publiques liées au logement.
No contexto dos estudos da produção proposto pelo TF/TK, o relato do processo de reassentamento será encarado como um ‘canteiro de reflexões’. Apresentarei o caso em três momentos, contexto – projeto – canteiro, tomando como base as minhas memórias, enquanto arquiteta da Usina responsável pelo projeto e pela obra.
Esse pequeno livro pretende refletir sobre essa história do ponto de vista de uma assessoria técnica que, desde o final dos anos 1980, vem trabalhando com movimentos sociais ligados ao direito à terra e à habitação.
Palavras-chave. propriedade da terra; propriedade coletiva; planejamento da propriedade; territórios quilombolas; preservação ambiental.
Palavras chaves: Tecnologia; urbanização; movimentos de luta por moradia; colonialidade; gênero.
Un ensayo sobre la urbanización capitalista como tecnología: colonialidad, racialización y cisheteropatriarcado
RESUMEN. Partimos aquí de la premisa de que la urbanización es una tecnología. Comenzando con un "causo" vivido en el interior de Paraíba, se discute cómo las redes de infraestructura urbana están constituidas por técnicas que configuran la forma de planificación territorial como parte estructurante de un paradigma blanco/colonial/moderno, cis-heteronormativo y capitalista que configura la urbanización. Por lo tanto, investigamos, a través de un enfoque histórico y crítico, cómo esa morfología prioriza algunas acciones mientras obstaculiza otras, a saber, las reuniones comunitarias y la colectivización. También se explora aquí la morfología de la casa capitalista -unifamiliar, monógama y heterosexual- como tecnología, especialmente en el modo en que establece mediaciones entre "exterior" e "interior", público y privado/doméstico, colectivo e individual. Por último, traemos ejemplos contrahegemónicos que discuten esa forma de planificación territorial: la experiencia de proyectos participativos de esfuerzos conjuntos autogestionados y subdivisiones habitacionales desarrollados por movimientos sociales brasileños de lucha por la vivienda, como ejemplos de tecnología/práctica comprometida. Sin perder de vista la superación de las relaciones sistémicas entre el ordenamiento territorial y el capitalismo, concluimos resaltando la importancia de valorar los ensayos de mundo realizados en los márgenes que estructuran los espacios y que potencializan y permiten las actividades colectivas/comunitarias, a la vez que aportan mejoras en la vida de los más oprimidos. De esa manera se puede dedicar más tiempo a la autoorganización popular y al fortalecimiento de su autoconciencia, teniendo como horizonte la superación de ese sistema.
Palabras clave: Tecnología; urbanización; movimientos de lucha por la vivienda; colonialidad, Género.
An essay on the capitalist urbanization as technology: coloniality, racialization, and cisheteropatriarcate
ABSTRACT. We start here from the premise that urbanization is a technology. Beginning the text with a “tale” experienced in the backwoods of Paraíba, we discuss how the urban infrastructure networks are made up of techniques that configure the form of territorial planning as a structuring part of a white/colonial/modern, cis-heteronormative, and capitalist paradigm that shapes urbanization. We, therefore, investigate, through a historical and critical approach, how such morphology prioritizes some actions while hindering others, namely community meetings and the collectivization of care tasks. The morphology of the capitalist house - single-family, monogamous, and heterosexual - as a technology is also explored here, especially in the way it establishes mediations between “outside” and “inside,” public and private/domestic, collective and individual. Finally, we bring counter-hegemonic examples that discuss this form of territorial planning: the experience of participatory projects of self-managed mutirões (self-help housing cooperatives) and housing subdivisions developed by Brazilian social movements in the struggle for housing, as examples of engaged technology/practice. Without losing sight of the overcoming of thesystemic relationsbetween land use planning and capitalism, we conclude by highlighting the importance of valuing world trials carried out at the margins that structure spaces and that potentialize and allow collective/community activities while bringing about improvements in the lives of the most downtrodden. This way allows more time for cultivating popular self-organization and strengthening the vulnerables’ self-awareness, having as a horizon the overcoming of this system.
Keywords: Technology; urbanization; housing movement; coloniality; gender.
Neste sentido, o processo é uma prática conjunta e, portanto, depende de um contexto de organização popular anterior a esta parceria.
Abstract: The article intends to discuss how activities and hierarchies of daily life management are organized, and how these activities are reflected and distributed in the territory, from the overlapping of the dynamics imposed by pandemic restrictions. Considering the intersection between gender, race and class, this paper combines information related to the current urban conformation and lethality of Covid-19, where higher rates of contamination and mortality are observed in the urban peripheries. Thus, it reveals the establishment of Covid-19 sacrifice zones in Brazilian urban morphologyand a crisis in the management of care and life reproduction, in which women play a central role. In contrast, the current situation demonstrates the importance of the guidelines raised by the movements of struggle for housing and Urban Reform, as possible spaces to rethink the cities and popular organization. Keywords: Care; Covid-19; Gender; Class; Race.
Resumen: A partir de la dinámica de superposición impuesta por las restricciones de la pandemia, el artículo tiene por objeto examinar la forma en que se organizan las actividades y las jerarquías de la gestión de la vida cotidiana, y de que manera esas actividades se reflejan y se distribuyen en el territorio. Teniendo en cuenta la intersección entre género, raza y clase, el documento combina información relacionada con la actual conformación urbana y la letalidad de Covid-19, donde se observan mayores tasas de contaminación y mortalidad en las periferias urbanas. De esa manera, revela el establecimiento de zonas de sacrificio Covid-19 en la morfología urbana brasileña y una crisis en la gestión del cuidado y la reproducción de la vida, en la que las mujeres desempeñan un papel central. En contraste, la situación actual demuestra la importancia de las agendas planteadas por los movimientos de lucha por la vivienda y la Reforma Urbana, como posibles espacios para repensar las ciudades y la organización popular. Palabras Clave: Cuidado; Covid-19; Género; Clase; Raza.
Au-delà de l'association du genre féminin à l'espace domestique, d'autres facteurs mobilisent les femmes en tant que principaux défenseurs du droit au logement. Circonscrites à la position de celles qui s'occupent quotidiennement des enfants et des autres, l'espace de la maison gagne beaucoup plus d'importance que pour le genre masculin. En outre, pour les femmes, le logement n'est pas seulement un abri, mais un espace essentiel de protection. La question de la propriété, voire de la garantie d'occupation, est fondamentale, non seulement pour réparer les inégalités historiques et structurelles entre hommes et femmes, mais aussi pour garantir la protection contre la violence urbaine et domestique.
Cette communication vise à discuter des questions liées à la présence des femmes dans les mobilisations pour le droit au logement dans la ville de São Paulo: comment leur participation dans ces mouvements sociaux contribue à leur empowerment politique, économique et sociale, et comment cela se reflète dans la planification des politiques publiques liées au logement.
implantou-se a monocultura do eucalipto, intensificando os danos ambientais.
Esta poderia ser mais uma entre inúmeras histórias de tantas comunidades expulsas de suas terras, que têm se dado em muitos lugares da América Latina. Porém a comunidade do Piquiá de Baixo está desenhando outros caminhos. Primeiro convenceu a sociedade sobre a
imprescindibilidade de seu reassentamento. Lutou e conquistou uma área, desapropriada por interesse social, adequada para abrigar todas as famílias longe da poluição. Viu reconhecido o direito de contratar uma assessoria técnica própria, para poder debater e construir o projeto das casas e do bairro. Atualmente, a comunidade segue lutando pelos recursos para a construção, em regime de autogestão. Para além de mais um caso de resistência e luta de uma comunidade, o Piquiá de Baixo demonstra que é fundamental resistir ao desenvolvimentismo neoextrativista, ao mesmo tempo em que é urgente lutar por políticas públicas autônomas e populares.
Authors:
FAU/Ufal: Diana Helene, Eva Rolim, Flávia Araújo, Bruna Oliveira e Mayara Silva.
Batuque (empresa júnior de design da FAU/Ufal):
Alanna Barros, Beatriz Ramos, Fernanda Rodrigues, Luiza Amorim, Victor Lobo.
CTEC/Ufal: Jessica Lima.
NIDES/UFRJ: Amanda Azevedo
UFABC: Bruna Vasconcellos
FAU/USP: Kaya Lazarini
Porto de Pedras, AL: Gedilza Holanda da Silva Mendonça (Preta) e Jovina Ferreira Lopes.
Quilombo Santa Rosa dos Pretos, MA: Josiclea (Zica) Pires da Silva e Josiane Pires da Silva.
Serra da Misericórdia, RJ: Sandra Regina da Silva, Vanessa Geraldino Gomes e Ana Paula Santos.