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A relação entre a humanidade e a natureza nos últimos séculos tem sido orientada pela perspectiva destrutiva ocidental, resultando na recrudescente ameaça a toda a vida na Terra. A Educação Ambiental (EA) emerge a partir deste contexto... more
A relação entre a humanidade e a natureza nos últimos séculos tem sido orientada pela perspectiva destrutiva ocidental, resultando na recrudescente ameaça a toda a vida na Terra. A Educação Ambiental (EA) emerge a partir deste contexto como um campo de discussão polissêmico, visando construir processos educativos atentos à questão ambiental. Recentemente a EA passa por uma ressignificação sociopolítica, pedagógica na tentativa de superar sua difusão superficial, principalmente no contexto escolar. É nesta dinâmica que o presente trabalho se insere, tendo por objetivo discutir a EA sob a ótica do pensar complexo e transdisciplinar e apresentar a ecopedagogia e a ecoformação como construtos teóricos potentes daí emergentes. Trata-se de um estudo teórico, no âmbito da abordagem qualitativa de pesquisa. Notamos que no século XX proposições emergentes na ciência evidenciaram a necessidade de compreender a realidade em sua tessitura, entrelaçamento, contradição e interdependência sob uma ótica holística. A complexidade e a transdisciplinaridade partem deste contexto para propor um pensamento de religação, de abertura paradigmática em relação ao paradigma newtoniano-cartesiano. Estes referenciais implicam em repensar radicalmente a educação escolar diante das necessidades planetárias atuais, dentre elas a EA. Os conceitos de ecopedagogia e ecoformação podem ser pensados neste cenário como teorizações potentes para ressignificar a EA, incluindo, dentre outras questões, a preocupação com o espaço físico das escolas e com o sentido cotidiano destas instituições e das pessoas nelas envolvidas. Por fim, apontamos a necessidade de repensar a escola contemporânea e sinalizamos algumas possibilidades para caminhar nesta direção.
As diferenças culturais existentes na sociedade brasileira pressionam e penetram como nunca antes a educação escolar. Todavia, a escola permanece assentada no paradigma científico newtoniano-cartesiano, erigido na modernidade ocidental... more
As diferenças culturais existentes na sociedade brasileira pressionam e penetram como nunca antes a educação escolar. Todavia, a escola permanece assentada no paradigma científico newtoniano-cartesiano, erigido na modernidade ocidental como parte constitutiva da estrutura de dominação montada desde 1500, a colonialidade do poder. Como via de rompimento com esta realidade é necessário fortalecer a interculturalidade desde epistemologias subalternizadas que ajudem a proceder uma descolonização epistemológica. Neste sentido, o objetivo deste artigo é apontar a potencialidade do paradigma da afrocentricidade para a construção de uma educação intercultural crítica que leve à reinvenção da educação escolar. Interculturalizar a educação implica em reinventar a escola em suas diversas dimensões, incorporando a diferença como constitutiva e não como aditiva. Consiste na abertura epistemológica da educação para a diferença. A partir daí propõe-se que o paradigma da afrocentricidade, enquanto epistemologia subalternizada permite repensar a educação escolar em diversos sentidos. Considerar referenciais de pensamento africano na educação é um processo de abertura intercultural, de descolonização epistemológica, de contrariedade à colonialidade do poder. Ao mesmo tempo é a proposição de outras formas de relação com as diferenças culturais.
A questão das diferenças culturais tem sido foco de muitos estudos educacionais contemporâneos. Busca-se construir uma educação aberta às diferenças, pautada no respeito e na valorização da diversidade, o que exige repensar a formação... more
A questão das diferenças culturais tem sido foco de muitos estudos educacionais contemporâneos. Busca-se construir uma educação aberta às diferenças, pautada no respeito e na valorização da diversidade, o que exige repensar a formação inicial e continuada de professores. Assim, o objetivo deste estudo de caráter teórico (VILAÇA, 2010) é discutir a possibilidade de interculturalizar criticamente a formação de professores. Problematizamos as relações assimétricas produzidas pela colonialidade do poder (QUIJANO, 1992), entendendo as diferenças culturais como criações discursivas (SILVA, 2014) historicamente hierarquizadas em uma educação monocultural (VEIGA-NETO, 2003) que vem sendo fortemente questionada por outros sujeitos e outras pedagogias (ARROYO, 2012). A perspectiva de educação intercultural (CANDAU, 2016) emerge neste contexto propondo uma abertura radical às diferenças (WALSH, 2010), inclusive em estudos sobre a formação de professores (CANEN; XAVIER, 2005; MELO, 2014). Diante desta conjuntura, a proposição feita neste trabalho é que os cursos de licenciatura incluam em seus currículos epistemologias não-ocidentais a fim de interculturalizar radicalmente a formação de professores. Por fim, consideramos que esta proposta é um desafio que impulsiona a criação de outros modos de educar.
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Este artigo propõe um estudo teórico (VILAÇA, 2010) com o objetivo de articular educação das relações étnico-raciais, interculturalidade crítica e complexidade como pressupostos para repensar a docência e a educação escolar. A emergência... more
Este artigo propõe um estudo teórico (VILAÇA, 2010) com o objetivo de articular educação das relações étnico-raciais, interculturalidade crítica e complexidade como pressupostos para repensar a docência e a educação escolar. A emergência da questão das relações étnico-raciais na educação (BRASIL, 2004) tem levado a pensar em outros caminhos e referências. A interculturalidade crítica (WALSH, 2011) emerge então como perspectiva potente para romper as amarras da colonialidade e abrir a educação às diferenças. O pensar complexo (MORIN, 2015) pode ser articulado neste sentido com vistas a romper uma abertura paradigmática que valorize fundamentalmente a diversidade. Consideramos que a articulação destes referenciais pode auxiliar a reconfigurar a formação docente e à docência a fim de elaborar uma educação comprometida com o futuro solidário da humanidade (SUANNO, 2016).
Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos... more
Este artigo tem por finalidade discutir a representação da população negra, especialmente da mulher negra, em imagens de produtos de beleza presentes em comércios do nordeste goiano. Evidencia-se que a presença de estereótipos negativos nestas imagens dissemina um imaginário racista apresentado sob a forma de uma estética racista que camufla a exclusão e normaliza a inferiorização sofrida pelos(as) negros(as) na sociedade brasileira. A análise do material imagético aponta a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento a serem alcançados por meio do uso dos produtos apresentados. O discurso midiático-publicitário dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a esta discussão, sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para uma " descolonização estética " que empodere os sujeitos negros por meio de sua valorização estética e protagonismo na construção de uma ética da diversidade.
O objetivo do presente trabalho é discutir o caráter intercultural e transdisciplinar de práticas contra hegemônicas tecidas em rede no Espaço Cultural Vila Esperança e na Escola Pluricultural Odé Kayodê, na Cidade de Goiás e centrados em... more
O objetivo do presente trabalho é discutir o caráter intercultural e transdisciplinar de práticas contra hegemônicas tecidas em rede no Espaço Cultural Vila Esperança e na Escola Pluricultural Odé Kayodê, na Cidade de Goiás e centrados em valorizar as culturas indígenas e afro-brasileiras. Discutimos redes educativas (ALVES, 2012), complexidade (MORIN, 2002), transdisciplinaridade (MORAES, 2015) e interculturalidade (CANDAU, 2012) para enxergar os cotidianos de modo plural e sensível. Consideramos provisoriamente que as práticas citadas revelam aspectos de interculturalidade e transdisciplinaridade na tessitura de redes educativas. Também notamos que este contexto auxilia a pensar as diferenças culturais como potência criativa para práticas educativas e para a formação humana integral.
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O paradigma newtoniano-cartesiano baseia a escola contemporânea como instituição fundamentalmente excludente. Diante disto, o objetivo deste trabalho é propor o paradigma da complexidade como base para uma escola do futuro que construa... more
O paradigma newtoniano-cartesiano baseia a escola contemporânea como instituição fundamentalmente excludente. Diante disto, o objetivo deste trabalho é propor o paradigma da complexidade como base para uma escola do futuro que construa relações positivas com as diferenças culturais. Para tanto, foi realizada breve revisão de literatura apoiada na abordagem de pesquisa qualitativa, o que possibilitou articular e sistematizar perspectivas de autores que refletem sobre a relação entre escola e cultura, bem como sobre o paradigma da complexidade. O pensar complexo é fundamentalmente aberto à diversidade, permitindo pensar a educação e as escolas do futuro como instituições de humanização dos seres humanos em suas diferenças. Consideramos que a relação profícua com as diferenças não é questão periférica para uma escola do futuro; é sim uma dimensão relevante e urgente em uma educação que emerge do paradigma da complexidade.
Para além da introdução de tecnologias digitais de informação e comunicação no ensino, é preciso repensar a escola e suas concepções. Este artigo discute a Educação 3.0 a partir de uma revisão de literatura e aponta o pensar complexo e... more
Para além da introdução de tecnologias digitais de informação e comunicação no ensino, é preciso repensar a escola e suas concepções. Este artigo discute a Educação 3.0 a partir de uma revisão de literatura e aponta o pensar complexo e transdisciplinar como base paradigmática para pensar uma educação outra, mais ampla, dinâmica e contextualizada, distinta do modelo individualista e transmissivo hegemônico. Trata-se de um estudo teórico realizado a partir da revisão de literatura disponível na internet e indexada no Google Acadêmico. Corrobora a urgência de transgredir fronteiras e reelaborar os modelos educacionais frente ao mundo contemporâneo. A complexidade e a transdisciplinaridade propõem mudanças profundas na educação. A Educação 3.0 aponta para uma escola crítica, adequada aos alunos atuais, incorporando tecnologias digitais e a formação para o trabalho. Trata-se de reconfigurar o sentido e os modos de ser da escola.
Este artigo discute a configuração da educação escolar no Brasil, com foco na exclusão histórica do negro das salas de aula, no protagonismo negro para o acesso à educação formal e nas diretrizes para a educação das relações... more
Este artigo discute a configuração da educação escolar no Brasil, com foco na exclusão histórica do negro das salas de aula, no protagonismo negro para o acesso à educação formal e nas diretrizes para a educação das relações étnico-raciais. A proposta não é uma narração histórica descritiva, mas a problematização da exclusão racial, tendo como eixo central a constatação de que a escola na forma como existiu e ainda persiste funciona intencionalmente para excluir a diversidade. Aponta-se, assim, para a necessidade de uma descolonização epistemológica, alinhada a paradigmas educacionais emergentes, que levem à reinvenção do sistema escolar.
O presente artigo aponta a necessidade da descolonização e reinvenção escolar, tendo a filosofia africana ubuntu enquanto referencial fértil e potente para uma escola que tenha a diversidade enquanto base, meio e fim educacional. Esta... more
O presente artigo aponta a necessidade da descolonização e reinvenção escolar, tendo a filosofia africana ubuntu enquanto referencial fértil e potente para uma escola que tenha a diversidade enquanto base, meio e fim educacional. Esta necessidade urge a partir da exploração bibliográfica e do questionamento da escola, indicando que o pensamento ocidental moderno é excludente e forjado para a manutenção das várias dimensões de hierarquia características do poder colonialista ainda atuante, inclusive na escolarização.
A formação necessária para o cidadão do século XXI envolve o uso das novas ferramentas tecnológicas num paradigma da complexidade, para o crescimento individual e a transformação social. Entretanto, a escola parece ter dificuldades para... more
A formação necessária para o cidadão do século XXI envolve o uso das novas ferramentas tecnológicas num paradigma da complexidade, para o crescimento individual e a transformação social. Entretanto, a escola parece ter dificuldades para inserir-se neste processo. Este artigo busca discutir a mediação pedagógica com o uso das novas tecnologias, utilizando-se de revisão de literatura e de uma pesquisa realizada com docentes de turmas de quarto ano em escolas públicas do sudeste tocantinense e do nordeste goiano. Considera-se que é preciso atualizar o pensamento sobre a educação e sua relação com a complexidade do mundo, para utilizar as novas tecnologias num processo maior de mudanças nos modos de ensinar e aprender. O foco deve ser a mudança de postura do professor e a transformação da escola para que o educando tenha centralidade no processo educativo.
Resumo: O mundo encontra-se enredado pela colonialidade do poder enquanto estrutura mental há pelo menos 500 anos. Este trabalho se insere neste cenário com a intenção de apresentar estereótipos de negros encontrados em imagens de uma... more
Resumo: O mundo encontra-se enredado pela colonialidade do poder enquanto estrutura mental há pelo menos 500 anos. Este trabalho se insere neste cenário com a intenção de apresentar estereótipos de negros encontrados em imagens de uma pesquisa realizada no nordeste do estado de Goiás. A rede midiático-publicitária em geral, por meio de estereótipos, transforma discursivamente diferenças em défice. Trata-se da reiteração da colonialidade do poder que influencia o imaginário social, podendo levar a atitudes discriminatórias. Para enfrentar este contexto, consideramos potente agir por meio de práticas educativas pautadas na perspectiva decolonial.
Um dos maiores desafios no contexto educacional atual é reinventar as práticas com relação à temática do meio ambiente a partir de uma visão socioambiental. É neste contexto que o presente trabalho se insere, com o objetivo de fomentar um... more
Um dos maiores desafios no contexto educacional atual é reinventar as práticas com relação à temática do meio ambiente a partir de uma visão socioambiental. É neste contexto que o presente trabalho se insere, com o objetivo de fomentar um olhar socioambiental no cenário teórico-prático da educação. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e análise de uma experiência com a metodologia de Instalação Pedagógica. Desta forma, primeiro faz-se uma discussão teórica pertinente à questão, evidenciando a profundidade da mesma por meio da metáfora de visão “selfie” de mundo x visão “panorama” de mundo. Em seguida, analisa-se como caminho potente a metodologia da Instalação Pedagógica, realizada pelos autores no ano de 2014, com foco no estímulo à sensorialidade e na ressignificação do conceito de paisagem e meio ambiente. Por fim, considera-se a necessidade de levantar mais vozes a favor de uma relação socioambiental sustentável, bem como aponta-se algumas questões a serem investigadas posteriormente.
O objetivo do presente artigo é evidenciar a necessidade de estratégias para a positivação da imagem do negro desde a Educação Infantil. Para tanto, faz-se contextualização e problematização teórico-prática de um projeto em educação das... more
O objetivo do presente artigo é evidenciar a necessidade de estratégias para a positivação da imagem do negro desde a Educação Infantil. Para tanto, faz-se contextualização e problematização teórico-prática de um projeto em educação das relações étnico-raciais realizada pelo autor no nordeste goiano durante o período de Estágio Supervisionado no ano de 2014. Na análise desta experiência destacam-se potenciais e dificuldades, levando a repensar a educação escolar para que o trabalho com esta questão tenha centralidade no ato educativo e alinhe-se a uma pedagogia complexa e antirracista nesta região e na sociedade brasileira.
Este artigo discute a representação do negro em imagens presentes nos comércios do nordeste goiano. Tem por objetivo evidenciar que tais imagens pertencem e convergem com uma ampla rede midiático-publicitária ao reforçarem a ideia de... more
Este artigo discute a representação do negro em imagens presentes nos comércios do nordeste goiano. Tem por objetivo evidenciar que tais imagens pertencem e convergem com uma ampla rede midiático-publicitária ao reforçarem a ideia de inferioridade do negro e contribuírem para que o racismo mantenha-se como filtro de aceitação social no capitalismo-consumismo atual. Os dados utilizados para tanto foram obtidos em etapa exploratória de uma pesquisa apoiada pelo Programa de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Estadual de Goiás (PBIC/UEG – 2013/14) e analisados no cruzamento com referenciais teóricos. Os resultados reiteram o caráter racista da sociedade capitalista, que sustenta por meios imagéticos, estereótipos construídos historicamente. Para superar este problema é preciso que diversas frentes atuem para desconstruir ideias errôneas e para valorizar a imagem do negro.
Este trabalho insere-se nas discussões sobre a necessidade de repensar a escola fundada na modernidade. Tem-se por objetivo apresentar a boniteza dos espaços da Escola Pluricultural Odé Kayodê. Para tanto realizamos uma breve discussão de... more
Este trabalho insere-se nas discussões sobre a necessidade de repensar a escola fundada na modernidade. Tem-se por objetivo apresentar a boniteza dos espaços da Escola Pluricultural Odé Kayodê. Para tanto realizamos uma breve discussão de referenciais que impulsionam a reinventar a educação escolar, especialmente no âmbito da Rede Internacional de Escolas Criativas. Problematizamos a configuração tradicional do espaço físico da escolarização e pontuamos a necessidade de reconstruí-lo com vistas a promover uma educação pautada pela boniteza. Apresentamos fotografias de uma escola que insere em sua dimensão espacial traços estéticos importantes vinculados a sua proposta educativa. Consideramos então a potência de reconfigurar a arquitetura das escolas com vistas a potencializarem a criatividade.
O agitado contexto social contemporâneo tem levantado, especialmente por meio de movimentos sociais (GOHN, 2013), a importância de se discutir as diferenças culturais. A contraposição à lógica monocultural do ocidente permite criar... more
O agitado contexto social contemporâneo tem levantado, especialmente por meio de movimentos sociais (GOHN, 2013), a importância de se discutir as diferenças culturais. A contraposição à lógica monocultural do ocidente permite criar práticas outras que abracem a pluralidade de modos de ser, estar e pensar no mundo (SANTOS, 2009). Neste sentido, o objetivo do presente trabalho é discutir o caráter intercultural e transdisciplinar de práticas contra hegemônicas tecidas em rede no interior de Goiás. Para tanto, trazemos reflexões e imagens do Espaço Cultural Vila Esperança e da Escola Pluricultural Odé Kayodê, situados na cidade de Goiás e centrados em valorizar as culturas indígenas e afro-brasileiras. Traçamos bases teóricas na noção de redes educativas (ALVES, 2012), na complexidade (MORIN, 2002), na transdisciplinaridade (MORAES, 2015) e na interculturalidade (CANDAU, 2012) para enxergar os cotidianos de modo plural e sensível, tentando religar suas dimensões e expressar um pouco de suas vivências. Assim, consideramos provisoriamente que as práticas citadas revelam aspectos de interculturalidade e transdisciplinaridade na tessitura de redes educativas. Também notamos que este contexto auxilia a pensar as diferenças culturais como potência criativa para práticas educativas e para a formação humana integral.
A educação escolar no modo que se organiza convencionalmente tem sido fortemente questionada na contemporaneidade quanto a sua relevância. Destaca-se a necessidade de repensar a escolarização, o que inclui a valorização de experiências... more
A educação escolar no modo que se organiza convencionalmente tem sido fortemente questionada na contemporaneidade quanto a sua relevância. Destaca-se a necessidade de repensar a escolarização, o que inclui a valorização de experiências alternativas que tem crescido no contexto brasileiro recente. Além disto, emerge a compreensão de que os horizontes de mudança na educação precisam se dar de modo mais profundo e sólido, a partir de uma transição paradigmática. Neste cenário, o estudo teórico aqui apresentado tem como objetivo discutir a emergência da Rede Internacional de Escolas Criativas – RIEC a partir dos referenciais da complexidade e da transdisciplinaridade. Entendemos que não basta mudar a superficialidade das práticas educacionais, mas é preciso refundar suas bases por meio de uma abertura paradigmática. Assim, apresentamos a complexidade e a transdisciplinaridade e sua influência em estudos educacionais, colocando novas pautas e indicadores potentes para repensar a escola de modo que seja humanizada, tecnológica, inovadora, ecológica, criativa, flexível, centrada no desenvolvimento integral do estudante e da sociedade. Neste sentido, discutimos como a RIEC vem empreendendo esta tarefa ao reconhecer e potencializar práticas e escolas criativas na perspectiva do pensar transcomplexo. Mencionamos o Instrumento para Valorar o Desenvolvimento Criativo de Instituições Educativas – VADECRIE como possibilidade de orientação na identificação e construção de uma educação distinta da que é atualmente hegemônica. Por fim, consideramos que a RIEC e o VADECRIE não podem ser tomados de forma superficial e classificatória, mas como propostas de repensar a educação em modos plurais de constituição e não na definição de um modelo único de escola como superior.
O arquivo diz respeito aos  Anais do Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão na Graduação do Câmpus de Campos Belos (SEPEG). Nele, estão os resumos expandidos do II SEPEG, realizado em Campos Belos.
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A educação contemporânea tem sido interpelada pelas diferenças culturais. Calcada no paradigma newtoniano-cartesiano a escola mostra-se incapaz de estabelecer relações positivas com a diversidade, pois sua própria essência é excludente. O... more
A educação contemporânea tem sido interpelada pelas diferenças culturais. Calcada no paradigma newtoniano-cartesiano a escola mostra-se incapaz de estabelecer relações positivas com a diversidade, pois sua própria essência é excludente. O presente trabalho se insere neste contexto apontando a necessidade de romper com os fundamentos do modelo atual de educação escolar. Tem como objetivo apresentar a construção da pesquisa “Pensar complexo, transdisciplinar e intercultural em uma escola com indícios de práticas criativas e inovadoras”. Para tanto, evidenciamos algumas motivações da pesquisa, seus pressupostos metodológicos e alguns resultados teóricos parciais que indicam a possibilidade de repensar a educação a partir da articulação de complexidade, transdisciplinaridade e interculturalidade crítica. Notamos convergências entre estas perspectivas no que se refere, dentre outra aspectos, à promoção da dialogicidade e do intercâmbio na constituição de identidades e culturas, à preocupação com a superação das assimetrias de poder entre as diferenças culturais, à valorização do ser humano, especialmente o “outro” e à necessidade de compreendê-lo com sensibilidade humana e abertura empática.
O presente trabalho se insere no contexto polissêmico das discussões acerca das diferenças socioculturais na sociedade e na educação brasileiras, marcadas por assimetrias de poder (CANDAU, 2010; 2014; SODRÉ, 2012). Neste contexto, o... more
O presente trabalho se insere no contexto polissêmico das discussões acerca das diferenças socioculturais na sociedade e na educação brasileiras, marcadas por assimetrias de poder (CANDAU, 2010; 2014; SODRÉ, 2012). Neste contexto, o objetivo é pensar a educação para a diversidade étnico-racial (CAVALLEIRO, 2001; GOMES e SILVA, 2011; ABRAMOWICZ e GOMES, 2010) a partir do pensamento complexo (MORIN, 2000; MORIN, 2003; MORIN, CIURANA e MOTTA, 2003) e da ecologia de saberes (SANTOS, 2009; MORAES, 2014), considerando a compreensão sobre práticas educativas transdisciplinares, ecoformadoras e criativas (SUANNO, 2010; 2014; SUANNO et al, 2010) daí emergentes. Argumenta-se que o pensamento complexo e a ecologia de saberes dão abertura e espaço central às diversidades, promovendo uma relação fértil e retroativa com a educação para a diversidade étnico-racial. A partir das discussões propostas, considera-se a urgente necessidade de reinventar a escola, fundamentando-a num pensamento complexo que considera a diversidade, bem como propõe-se investigar a relação entre Escolas Criativas (ZWIEREWICZ e TORRE, 2009) e diversidade étnico-racial, realimentando as discussões já existentes acerca destas questões.
Um dos principais desafios enfrentados pela educação escolar contemporânea têm sido a relação com as diferenças culturais. Historicamente a educação brasileira foi projetada para uma pequena parte da população, excluindo sujeitos negros e... more
Um dos principais desafios enfrentados pela educação escolar contemporânea têm sido a relação com as diferenças culturais. Historicamente a educação brasileira foi projetada para uma pequena parte da população, excluindo sujeitos negros e indígenas. A democratização do acesso à escola ocorrida em fins do século XX resultou na entrada de sujeitos advindos de diversos contextos socioculturais. Todavia, a escolarização ainda permanece assentada no paradigma da modernidade ocidental, fundamentalmente excludente. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo problematizar a proposta de educação intercultural e o paradigma da complexidade e algumas de suas possíveis articulações. Traz resultados ainda iniciais da pesquisa “Pensar complexo, transdisciplinar e intercultural em uma escola com indícios de práticas criativas e inovadoras”, desenvolvida no âmbito do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Educação, Linguagem e Tecnologias da Universidade Estadual de Goiás Câmpus de Ciências Sócio-Econômicas e Humanas. Para tanto, realiza-se revisão de literatura pertinente. A partir daí, consideramos que a interculturalidade crítica preocupa-se em fundar outro conhecimento, outra sociedade, outras instituições sociais nas quais a diferença seja um aspecto constitutivo e não aditivo, superando a escolarização alinhada ao paradigma científico ocidental e hegemônico. Para estabelecer uma nova forma de pensar, agir e sentir com relação à realidade das diferenças culturais, numa perspectiva intercultural, é necessária uma mudança paradigmática que permita compreender a complexidade e a pluralidade como incorporação e não como exclusão, abrindo espaço ao paradigma da complexidade que também incorpora a positiva preocupação com a diversidade cultural. Assim, consideramos que há complexidade na interculturalidade, bem como há interculturalidade no pensamento complexo.
Amplos, variados e profundos são os questionamentos que atravessam a construção da educação escolar brasileira. Reduzir as discussões é impossibilitar emergências. Este trabalho se insere na permanência do debate, na fusão, com o objetivo... more
Amplos, variados e profundos são os questionamentos que atravessam a construção da educação escolar brasileira. Reduzir as discussões é impossibilitar emergências. Este trabalho se insere na permanência do debate, na fusão, com o objetivo de discutir possíveis religações entre a proposta de educação intercultural e o pensar complexo e transdisciplinar na educação. Para tanto, em abordagem qualitativa (ANDRÉ e LÜDKE, 2004), fez-se breve exploração de literatura pertinente a fim de estabelecer conexões iniciais entre os referenciais pesquisados. Fundamentalmente conectada a uma proposta de descolonização (MALDONADO-TORRES, 2009; SANTOS, 2009; GROSFOGUEL, 2009; WALSH, 2007), a perspectiva intercultural na educação propõe repensar multidimensionalmente a escola e até mesmo reinventá-la (CANDAU, 2010a; 2012; 2014; FLEURI, 2003; 2006; SODRÉ, 2012). O pensar complexo e transdisciplinar na educação parte da crítica ao caráter reducionista e fragmentário da ciência moderna ocidental e centra-se no sujeito humano em sua multidimensionalidade, promovendo uma ética de respeito e religação (MORIN, 2003; 2007; 2015; MORIN, CIURANA e MOTTA, 2003; MORAES, 2014; 2015; SUANNO, J. H. 2010; 2014; ALVES, 2014; SUANNO, M. V. R. 2015). A partir de breves apontamentos sobre estas questões, consideramos possível pensar uma educação complexa, transdisciplinar e intercultural como tríade religada: na crítica ao modelo científico e social da modernidade ocidental; na proposição da legitimação de epistemologias subalternas numa ecologia de saberes; na incorporação da dialogicidade e intercâmbio na constituição de identidades e culturas; na compreensão sobre a multidimensionalidade e complexidade dos indivíduos e seus grupos socioculturais; na preocupação com a superação de assimetrias de poder nas relações socioculturais; na ponderação sobre o valor do “outro” e a necessidade de compreendê-lo com sensibilidade e empatia; na concepção da diversidade como princípio fundante da vida e da realidade. Resta aprofundar estas conexões na busca por uma educação que seja humana e atenta às relações de poder sociocultural.
A educação insere-se como prática social na vida humana. Busca e é buscada para a formação de sujeitos para o enfrentamento da vida e do mundo. Assim, é fulcral tomar as problemáticas contemporâneas a fim de promover uma educação viva, na... more
A educação insere-se como prática social na vida humana. Busca e é buscada para a formação de sujeitos para o enfrentamento da vida e do mundo. Assim, é fulcral tomar as problemáticas contemporâneas a fim de promover uma educação viva, na vida e para a vida em sua sustentabilidade diante das gritantes problemáticas socioambientais. Neste sentido, o presente trabalho tem por finalidade discutir as ideias de ecoformação e ecopedagogia e algumas de suas possíveis repercussões sobre a educação escolar. Realizou-se exploração bibliográfica de cunho qualitativo (ANDRÉ e LÜDKE, 2004) e trechos de alguns projetos político-pedagógicos foram brevemente problematizados a fim de mobilizar a discussão. Na perspectiva do pensar complexo e transdisciplinar na educação afirma-se a necessidade de ensinar a viver, promovendo a formação da cidadania planetária nos sujeitos, o que abrange seus pensamentos e atitudes alinhadas à sustentabilidade (MORIN, 2011; 2015; MORIN, CIURANA e MOTTA, 2003; MORAES, 2014; 2015; SUANNO, J. H. 2014; SUANNO, M. V. R. 2014). A ecoformação (SUANNO, J. H. 2014; SILVA, 2008) e a ecopedagogia (GUTIERREZ e PRADO, 2013), ancoradas na complexidade e na transdisciplinaridade, movem questionamentos, reflexões e proposições de uma educação alinhada à formação do cidadão planetário, que é atento às questões políticas, sociais, culturais, econômicas, ambientais, enfim planetárias. A partir desta discussão são apontados alguns possíveis caminhos e questionamentos para que a escolarização, em seus moldes de políticas públicas, projetos político-pedagógicos, gestão pedagógico-administrativo-espaço-temporal, organização curricular e práticas pedagógicas, seja reinterpretada como espaço de organicidade, de vida e promoção da vida, isto é, de sustentabilidade.
Na contemporaneidade explodem questões para a educação escolar, colocando sérios questionamentos sobre seus modos de organização e resultados. Surgem propostas de repensar a escola e alterar suas características. Neste cenário o objetivo... more
Na contemporaneidade explodem questões para a educação escolar, colocando sérios questionamentos sobre seus modos de organização e resultados. Surgem propostas de repensar a escola e alterar suas características. Neste cenário o objetivo deste trabalho é discutir a movimentação social contemporânea, feita por diversos agentes, em torno da inovação educacional. Para tanto, realizamos um estudo teórico discutindo referenciais que tem mostrado a urgência de reinventar a escola e, por outro lado, a emergência de novas práticas e possibilidades educacionais. Evidenciamos elementos correlacionados que vão criando uma movimentação social relativa à pauta da inovação educacional, mesmo que não consigamos definir um movimento social específico nesta direção. Consideramos a potência desta realidade, mas ressaltamos a necessidade de aprofundar as análises sobre a questão, para que a inovação não seja mera reprodução de uma escola presa à lógica do capital.
A humanidade enfrenta atualmente as consequências do desenvolvimento insustentável promovido durante a história. No Brasil, o avanço da devastação do Cerrado preocupa a manutenção da vida global e individual ao mesmo tempo em que agride a... more
A humanidade enfrenta atualmente as consequências do desenvolvimento insustentável promovido durante a história. No Brasil, o avanço da devastação do Cerrado preocupa a manutenção da vida global e individual ao mesmo tempo em que agride a subjetividade dos sujeitos nos grandes centros e também em pequenas cidades. Por este motivo, é necessário pensar a educação tendo como um dos eixos centrais a promoção da sustentabilidade. Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo discutir a possibilidade de uma educação estética socioambiental com o humano multidimensional. Para tanto, consideramos que a visão sobre o meio ambiente, historicamente predatória, tem de ser (re)construída sob uma ótica socioambiental. Além disto, ao refletir sobre a multidimensionalidade do ser humano a partir de uma perspectiva complexa e transdisciplinar, apontamos a via estética como caminho potente para a (re)construção de visões sobre o meio ambiente. Como possibilidade metodológica alinhada a estas considerações, apresentamos a experiência com Instalações Pedagógicas no contexto cerratense do nordeste goiano e indicamos sua utilização na Educação Básica.
O propósito de humanizar e emancipar por meio da educação escolar, no contexto brasileiro, se contrapõe à histórica desvalorização da diversidade cultural e étnico-racial do país. Na escolarização em geral considera-se o " diferente "... more
O propósito de humanizar e emancipar por meio da educação escolar, no contexto brasileiro, se contrapõe à histórica desvalorização da diversidade cultural e étnico-racial do país. Na escolarização em geral considera-se o " diferente " como " inferior " , perpetuando assimetrias de poder. Diante disto, este trabalho tem como objetivo evidenciar a possibilidade de articulação entre a perspectiva de interculturalidade crítica e o paradigma da complexidade na construção de uma educação fundamentalmente aberta às diferenças culturais, incluindo a diversidade étnico-racial. Para tanto, realizamos uma breve revisão da literatura pertinente publicada desde o início do século XXI, indicando relações a serem posteriormente mais aprofundadas. É recrudescente a pressão de movimentos sociais, políticas públicas e diretrizes curriculares para que a escola reconheça, respeite, valorize e promova a diversidade em seus diversos sentidos. A proposta de educação das relações étnico-raciais emerge neste contexto com a intenção de reeducar o contato historicamente negativo entre sujeitos e grupos de diferente pertencimento étnico-racial, especialmente negros, indígenas e brancos. Daí a necessidade de novas referências, novos caminhos e novas pedagogias que fujam ao paradigma newtoniano-cartesiano da modernidade ocidental, incorporem a diversidade como valor positivo e trabalhem contra a discriminação. Neste sentido, argumenta-se que a perspectiva de interculturalidade crítica afirma, responde e amplia ao desafio colocado pela proposta de educação das relações étnico-raciais por problematizar as relações entre as culturas e representar uma lógica outra para a educação, uma radical abertura às diferenças culturais como condição constitutiva e não aditiva da humanidade, da sociedade e de suas instituições. Mas para construir uma educação intercultural que aceita as diferenças como riqueza é necessária uma mudança de paradigma científico, a ultrapassar a ciência excludente da modernidade. Propõe-se, portanto, a reflexão sobre a educação escolar desde a ótica do paradigma da complexidade em seu caráter de basilar abertura à diversidade étnico-racial e cultural humana complementar e enriquecedora de uma unidade fundamental e planetária. Por fim considera-se que, sem a pretensão de esgotar a discussão, a revisão literária indica que a articulação de interculturalidade crítica e paradigma da complexidade é uma possibilidade de afirmar, ampliar e aprofundar a reeducação das relações étnico-raciais no sentido de construir uma educação escolar aberta às diferenças culturais em todas as suas dimensões e matizes.
O presente texto discute um dos aspectos da pesquisa sobre “A invisibilidade do negro nos produtos culturais e a formação de um imaginário social racista”. O objetivo é evidenciar a desvalorização estética do negro nas imagens de produtos... more
O presente texto discute um dos aspectos da pesquisa sobre “A invisibilidade do negro nos produtos culturais e a formação de um imaginário social racista”. O objetivo é evidenciar a desvalorização estética do negro nas imagens de produtos de beleza e argumentar que isto atinge também seu valor enquanto sujeito. Para tanto serão analisadas, em abordagem qualitativa, imagens de produtos de beleza obtidas em pesquisa de campo em comércios do nordeste goiano. Os resultados apontam a desvalorização estética do negro, especialmente da mulher negra, e a idealização da beleza e do branqueamento alcançados por meio do uso dos produtos. Isto atrela-se ao cenário social mais amplo, em que as características estéticas do sujeito configuram-se historicamente como marcas de discriminação e opressão. Desta forma, o discurso imagético dos produtos de beleza rememora e legitima a prática de uma ética racista construída e atuante no cotidiano. Frente a esta discussão sugere-se que o trabalho antirracismo, feito nos diversos espaços sociais, considere o uso de estratégias para sensibilização da sociedade e empoderamento dos sujeitos negros por meio da valorização estética dos mesmos.
Considerada no contexto da vida e da produção intensa e necessária de Edgar Morin, a obra “Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação” é, na verdade, uma revitalização acerca de todas as suas construções na defesa de um pensamento... more
Considerada no contexto da vida e da produção intensa e necessária de Edgar Morin, a obra “Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação” é, na verdade, uma revitalização acerca de todas as suas construções na defesa de um pensamento complexo e pertinente, agora aplicada, embora não reduzida, à educação. Além disto, ser evidente nas temáticas abordadas, o texto é intencionalmente, em linguagem e percurso, uma revelação da vida teórica do autor, quiçá uma demonstração eloquente sobre a arte de viver. Pois, de certa forma, superar não apenas o que se ensina, mas também o que se aprende, faz parte da vida histórica deste autor.
Research Interests:
Publicação integrante do e-book "DIDÁTICA, ESCOLA E POLÍTICA: nenhum direito a menos" lançado com trabalhos apresentados no VII EDIPE em Goiânia.
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Este texto tem por objetivo apresentar a filosofia africana ubuntu como perspectiva potente na construção de uma educação aberta à diversidade em suas bases, meios e fins. Para isto, apresentamos na primeira parte do texto uma discussão... more
Este texto tem por objetivo apresentar a filosofia africana ubuntu como perspectiva potente na construção de uma educação aberta à diversidade em suas bases, meios e fins. Para isto, apresentamos na primeira parte do texto uma discussão sobre a colonialidade do poder e o pensamento moderno abissal como pilares de sustentação da escola hegemônica ocidental e pontuamos a necessidade de reinvenção profunda da escola diante da diversidade. Em seguida, apresentamos a filosofia africana ubuntu como possibilidade nesta direção. Por fim, imaginamos cenários e deixamos questões para continuar o debate aqui iniciado.