Skip to main content
Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas ao ensino de línguas no Brasil, levando em consideração estudos sobre o pensamento decolonial e os estudos críticos, inspirados por Freire (1997, 2002), aqui considerado... more
Resumo: Este artigo tem como objetivo discutir questões relacionadas ao ensino de línguas no Brasil, levando em consideração estudos sobre o pensamento decolonial e os estudos críticos, inspirados por Freire (1997, 2002), aqui considerado fundamental por sua abordagem humana e emancipatória. Inicialmente apresentamos três teóricos dos estudos decoloniais: Mignolo (2018), Quijano (2005) e Sousa Santos (2007). Discutimos como suas ideias nos fazem repensar o trabalho do professor de línguas, ressignificando suas práticas e propondo uma educação menos eurocêntrica, mais próxima das realidades locais. Enfatizamos a importância da desconstrução de mitos socialmente construídos sobre língua, com base em Makoni e Pennycook (2007) e, por fim, explicamos como Paulo Freire contribui para essa linha de pensamento, reforçando o discurso dos teóricos decoloniais. Concluímos o artigo, fazendo uma breve síntese do que foi discutido e propondo uma formação de professores que não se limite ao ensino das línguas em si, mas que se abra para uma discussão maior sobre o que é ser professor de línguas na atualidade. Palavras-chave: ensino de línguas, pensamento decolonial, estudos críticos. Introdução Entendemos como práticas decoloniais aquelas que derivam do ato de "decolonizar" e que se baseiam numa perspectiva crítica emancipatória. Essas práticas contribuem para um novo entendimento de língua que se difere daquele criado na Modernidade, quando se acreditou que ela só se legitimaria, se fosse pura. Como referências para essa linha de pensamento, apontamos três nomes: Mignolo (2018), Quijano (2005) e Sousa Santos (2007).
RACISMO ESTRUTURAL E O BRASIL O Brasil de 2020 será lembrado pela extrema visibilidade das desigualdades sociais, aprofundadas e complexificadas historicamente perpetuadas por meio das estruturas racistas que se sustentam com mito da... more
RACISMO ESTRUTURAL E O BRASIL O Brasil de 2020 será lembrado pela extrema visibilidade das desigualdades sociais, aprofundadas e complexificadas historicamente perpetuadas por meio das estruturas racistas que se sustentam com mito da democracia racial (GOMES, 2005) e da meritocracia (SCHLESENER, 2016), além de outros valores neofascistas. Estamos testemunhando uma pandemia e um pandemônio (D'AVILA; VIDAL MELO um campo do conhecimento altamente transdisciplinar e se ocupar de questões relacionadas às linguagens, seus usos e usuários, pode contribuir para a compreensão do 1 RESIDENTE. El Futuro es Nuestro./0000 Ahora tienen suerte los que nunca tienen suerte Y los que murieron podrán Las cartas me hablan de lo lindo y de lo feo Tus manos las leo y te cuento lo que veo Están son mis predicciones pa' que no nos tropecemos El futuro es nuestro cuando ya lo conocemos (Residente RACISMO ESTRUTURAL E O BRASIL DE 2020 O Brasil de 2020 será lembrado pela extrema visibilidade das desigualdades sociais, aprofundadas e complexificadas durante o governo bolsonarista. São desigualdades historicamente perpetuadas por meio das estruturas racistas que se sustentam com mito da democracia racial (GOMES, 2005) e da meritocracia (SCHLESENER, 2016), além de outros valores neofascistas. Estamos testemunhando uma pandemia e um VIDAL MELO; LOPES, 2020). A Linguística Aplicada, por ser um campo do conhecimento altamente transdisciplinar e se ocupar de questões relacionadas às linguagens, seus usos e usuários, pode contribuir para a compreensão do RESIDENTE. El Futuro es Nuestro. Puerto Rico: Sony, 2017. Disponível https://www.youtube.com/watch?v=0LvolzpC2I4>. Acesso em: 12 set. 2020. Ahora tienen suerte los que nunca tienen suerte Y los que murieron podrán evitar la muerte Las cartas me hablan de lo lindo y de lo feo Tus manos las leo y te cuento lo que veo Están son mis predicciones pa' que no nos tropecemos El futuro es nuestro cuando ya lo conocemos (Residente / Calle 13) 1. O Brasil de 2020 será lembrado pela extrema visibilidade das desigualdades sociais, durante o governo bolsonarista. São desigualdades historicamente perpetuadas por meio das estruturas racistas que se sustentam com base no mito da democracia racial (GOMES, 2005) e da meritocracia (SCHLESENER, 2016), além de outros valores neofascistas. Estamos testemunhando uma pandemia e um LOPES, 2020). A Linguística Aplicada, por ser um campo do conhecimento altamente transdisciplinar e se ocupar de questões relacionadas às linguagens, seus usos e usuários, pode contribuir para a compreensão do Rico: Sony, 2017. Disponível em:
Resumo: Neste trabalho, objetivamos apresentar resultados de pesquisas e propostas de atuação de integrantes do Núcleo Parceiro de Belo Horizonte e Região, filiado ao Projeto Nacional de Formação de Professores nas Teorias dos Novos... more
Resumo: Neste trabalho, objetivamos apresentar resultados de pesquisas e propostas de atuação de integrantes do Núcleo Parceiro de Belo Horizonte e Região, filiado ao Projeto Nacional de Formação de Professores nas Teorias dos Novos Letramentos e Multiletramentos, coordenado pela Profa. Dra. Walkyria Monte Mór e pelo Prof. Dr. Lynn Mario Trindade Menezes de Souza. Primeiramente faremos uma rápida retrospectiva da área de formação de professores e discutiremos questões voltadas para o ensino crítico de línguas, já que este tem sido o foco das pesquisas realizadas pelo núcleo. Depois, serão discutidos trabalhos realizados por membros do núcleo envolvendo a formação inicial de professores, a formação continuada e o ensino de línguas dentro da perspectiva da educação para as relações étnico-raciais, buscando desenvolver um senso de responsabilidade em relação a questões críticas em nossa sociedade atual. Nos três casos, as pesquisas e propostas foram sempre realizadas dentro da perspectiva crítica para o ensino de línguas, perspectiva essa adotada pelo Projeto Nacional. Por fim, concluímos o texto argumentando que os programas de formação de professores precisam criar espaços para os professores repensarem suas práticas e desenvolverem novas atitudes e perspectivas que lhes permitam atuar criticamente pela construção de sociedades menos injustas e menos desiguais. Palavras-chave: Formação de professores. Ensino crítico de línguas. Justiça social. Abstract: In this paper, we aim to present research results and proposals for practice put forward by members of the Partner Nucleus of Belo Horizonte and Region, affiliated to the National Project for Teacher Development in the Theories of New Literacies and Multiliteracies, coordinated by Prof. Walkyria Monte Mór and Prof. Lynn Mario Trindade Menezes de Souza. First, we will do a quick retrospective of the area of teacher education and discuss issues related to critical language teaching, since these have been the focus of the research carried out by the nucleus. Then we will discuss research and practices carried out by core members involving pre-service teacher education, in-service teacher education and language teaching from the perspective of education for ethnic-racial relations, seeking to develop a sense of responsibility for critical issues in our society. In all three cases, research and proposals were always carried out within the critical perspective for language teaching, a perspective adopted by the National Project. Finally, we conclude the text by arguing that teacher development programs need to create spaces for teachers to rethink their practices and develop new attitudes and perspectives that enable them to act critically by building less unjust and less unequal societies.
pages 36-45
This chapter explains why I have decided to work with critical perspectives.
Resumo: Neste trabalho, objetivamos apresentar resultados de pesquisas e propostas de atuação de integrantes do Núcleo Parceiro de Belo Horizonte e Região, filiado ao Projeto Nacional de Formação de Professores nas Teorias dos Novos... more
Resumo: Neste trabalho, objetivamos apresentar resultados de pesquisas e propostas de atuação de integrantes do Núcleo Parceiro de Belo Horizonte e Região, filiado ao Projeto Nacional de Formação de Professores nas Teorias dos Novos Letramentos e Multiletramentos, coordenado pela Profa. Dra. Walkyria Monte Mór e pelo Prof. Dr. Lynn Mario Trindade Menezes de Souza. Primeiramente faremos uma rápida retrospectiva da área de formação de professores e discutiremos questões voltadas para o ensino crítico de línguas, já que este tem sido o foco das pesquisas realizadas pelo núcleo. Depois, serão discutidos trabalhos realizados por membros do núcleo envolvendo a formação inicial de professores, a formação continuada e o ensino de línguas dentro da perspectiva da educação para as relações étnico-raciais, buscando desenvolver um senso de responsabilidade em relação a questões críticas em nossa sociedade atual. Nos três casos, as pesquisas e propostas foram sempre realizadas dentro da perspectiva crítica para o ensino de línguas, perspectiva essa adotada pelo Projeto Nacional. Por fim, concluímos o texto argumentando que os programas de formação de professores precisam criar espaços para os professores repensarem suas práticas e desenvolverem novas atitudes e perspectivas que lhes permitam atuar criticamente pela construção de sociedades menos injustas e menos desiguais. Palavras-chave: Formação de professores. Ensino crítico de línguas. Justiça social. Abstract: In this paper, we aim to present research results and proposals for practice put forward by members of the Partner Nucleus of Belo Horizonte and Region, affiliated to the National Project for Teacher Development in the Theories of New Literacies and Multiliteracies, coordinated by Prof. Walkyria Monte Mór and Prof. Lynn Mario Trindade Menezes de Souza. First, we will do a quick retrospective of the area of teacher education and discuss issues related to critical language teaching, since these have been the focus of the research carried out by the nucleus. Then we will discuss research and practices carried out by core members involving pre-service teacher education, in-service teacher education and language teaching from the perspective of education for ethnic-racial relations, seeking to develop a sense of responsibility for critical issues in our society. In all three cases, research and proposals were always carried out within the critical perspective for language teaching, a perspective adopted by the National Project. Finally, we conclude the text by arguing that teacher development programs need to create spaces for teachers to rethink their practices and develop new attitudes and perspectives that enable them to act critically by building less unjust and less unequal societies.
Research Interests:
Research Interests:
This article explores how language education can align with education about race relations in order to challenge the race-based beliefs that permeate Brazilian society. It focuses on facts about language teaching that can help us answer... more
This article explores how language education can align with education about race relations in order to challenge the race-based beliefs that permeate Brazilian society. It focuses on facts about language teaching that can help us answer questions such as: does race matter in language teaching?  If so, why does it matter? What role does race play in learning/teaching dynamics? Reflecting on these questions can be a starting point for creating
learning opportunities that focus on race relations in an EFL (English as a Foreign Language) classroom. I will examine some possible answers or thoughts that can contribute to the  conversation about education on race  relations in Brazil.
Research Interests:
ABSTRACT This paper focuses on the pertinence of Action Research as a practical tool in the enhancement of language teachers' autonomy. We report on the results achieved after a year of collaborative action research undertaken by... more
ABSTRACT

This paper focuses on the pertinence of Action Research as a practical tool in the enhancement of language teachers' autonomy. We report on the results achieved after a year of collaborative action research undertaken by teachers enrolled in a Teacher Education Continuing Program and point out the steps taken throughout this initiative. We conclude by reflecting on the insights gained through this experience and additionally point out adaptations and new directions that might be pursued in the search for teachers' autonomy along their careers.

Key-words: teacher autonomy; action research; continuing education; collaborative action.
The text examines English as a Foreign Language textbooks and the possibilities they bring for racial education (critical race education, critical race literacy) within the Brazilian racial context.
This work focuses on the concept of Collaborative Dialogue based on Freire's and Vygostky's work. The cognitive and political dimensions of Collaborative Dialogue practices in teacher education and empowerment are emphasized, as... more
This work focuses on the concept of Collaborative Dialogue based on Freire's and Vygostky's work. The cognitive and political dimensions of Collaborative Dialogue practices in teacher education and empowerment are emphasized, as Collaborative Dialogue is seen as a form of interaction that can foster autonomous and collaborative development for teachers. KEYWORDS: teacher education; collaborative dialogue; reflective teaching 0. Conceituando o Diálogo Colaborativo Baseando-me nos trabalhos de Wink e Putney (2002), Vygotsky (1987), Chang e Wells (1989) e Freire (1970), revisados em Jorge (2005) conceituei o Diálogo Colaborativo (DC) como um meio pelo qual, através do uso da linguagem, da colaboração e da negociação de sentidos, os participantes criam um conhecimento comum, próprio a um determinado espaço de intersubjetividade, vinculado a uma realidade sociocultural e que pode ser apropriado pelo indivíduo para construções de novos sentidos. Também em Jorge (2005), afirmo que para que uma interação seja efetivamente um DC é necessário que haja entre os participantes a intenção, mais ou menos abstrata ou explícita, de solucionar um problema. Além disso, o diálogo colaborativo, como o concebo, não pode ser retórico ou ritualizado, não pode ser constituído em uma relação marcadamente hierárquica ou assimétrica entre os participantes, de forma que possa ser um encontro em consonância com a idéia freireana de co-laboração, na qual a pronúncia do mundo é uma construção coletiva. Finalmente, o diálogo colaborativo apresenta os valores de comunidade, busca pelo conhecimento e pela verdade, pela unidade e pelo respeito, de acordo com as discussões de Muir e Blake (1999). Situando o DC como um meio de promoção de aprendizagem, retomo a idéia segundo a qual, na abordagem sociocultural, os processos
ntegrante da Coleção Cultura Negra e Identidades, este livro propõe ao docente uma postura pedagógica mais responsável, que privilegie o diálogo intercultural e supere preconceitos e estereótipos. Para isso, as autoras mostram ao... more
ntegrante da Coleção Cultura Negra e Identidades, este livro propõe ao docente uma postura pedagógica mais responsável, que privilegie o diálogo intercultural e supere preconceitos e estereótipos. Para isso, as autoras mostram ao professor e à professora as contribuições das Literaturas africanas e afro-brasileira na prática pedagógica.
O universo literário africano como ferramenta para a efetivação da Lei nº 10.639/03 é o cerne deste livro que parte da necessidade de uma educação da diferença para apresentar aos leitores quais são as pesquisas que caminham nesse sentido no campo educacional e chamar a atenção para a importância de investir na educação como direito social.