Skip to main content

Magda D . Pucci

Research Interests:
Research Interests:
Research Interests:
Um breve panorama sobre a diversidade da voz no mundo. Texto baseado na comunicação proferida durante a 3ª Jornada de Estudos em Música e Mídia (MUSIMID) sobre as diferentes vozes, timbres, procedimentos vocais, e estilos que existem no... more
Um breve panorama sobre a diversidade da voz no mundo. Texto baseado na comunicação proferida durante a 3ª Jornada de Estudos em Música e Mídia (MUSIMID) sobre as diferentes vozes, timbres, procedimentos vocais, e estilos que existem no mundo.
Publicado no livro Entre Gritos e Sussurros – Sortilégios da Voz Cantada - Editora Letra e Voz
ivro de ficção de Magda Pucci e Heloisa Prieto que tem como base as histórias das músicas do mundo interpretadas pelo Mawaca. A obra Contos Musicais é a emocionante história de Estela Orsi, uma jovem neta de italianos alegres e... more
ivro de ficção de Magda Pucci e Heloisa Prieto que tem como base as histórias das
músicas do mundo interpretadas pelo Mawaca.
A obra Contos Musicais é a emocionante história de Estela Orsi, uma jovem neta de
italianos alegres e barulhentos, que descobre por meio de seus amigos e parentes os
encantos que a música pode trazer à vida de alguém. Na cantina de seus pais, em São
Paulo, ou no bairro da Liberdade, junto de Akira, Giovanna, Carmem Alba e outras
pessoas, Estela aprende como as harmonias de diferentes lugares podem ter efeitos
em seus sentimentos, e como cada cultura se expressa de maneira única através de
seus ritmos e estilos musicais.
Lançado em 2015, o livro vem acompanhado de um CD com as canções citadas nos
contos
Mito Ikolen-Gavião sobre a criação da humanidade adaptado para crianças.  Editora Saraiva /Formato. Lançamento 2015.
Livro para crianças com músicas indígenas dos povos Paiter Suruí, Ikolen-Gavião, Kambeba, Krenak, Kaingang e Xavante. Ilustrações de Joana Resek. Editora Peirópolis, 2015.
Research Interests:
Parte de um contexto sociocultural, a música é uma expressão humana presente em todas as culturas e assim deveria estar também, inserida no cotidiano escolar. Com uma proposta multicultural, Outras terras, outros sons entrelaça música e... more
Parte de um contexto sociocultural, a música é uma expressão humana presente em todas as culturas e assim deveria estar também, inserida no cotidiano escolar. Com uma proposta multicultural, Outras terras, outros sons entrelaça música e educação, abrangendo as três matrizes brasileiras: indígena, portuguesa e africana. Conhecer um pouco da música dessas culturas possibilita o reconhecimento de seus traços na música brasileira. Mas como é difícil se aproximar de culturas diferentes da nossa! Propiciar a formação pela música de outras terras é favorecer o conhecimento de si mesmo, bem como a aceitação das diferenças, o senso crítico e o sentido de pertencimento. É proporcionar, essencialmente, o desenvolvimento humano como um todo. -- No momento em que a música se torna conteúdo obrigatório nas escolas e a cultura indígena e africana deve ser parte da grade curricular, a reedição deste livro se mostra pertinente e poderá se transformar em um suporte pedagógico importante para os educadores. O conteúdo de Outras terras, outros sons pode ser desenvolvido por professores de Música e Educação Artística nas escolas de Educação Infantil, de Ensino Fundamental, assim como em escolas de música. Além de textos para reflexão sobre a música na educação e sobre o multiculturalismo, Outras terras, outros sons apresenta apresenta os aspectos históricos e culturais de cada uma das expressões musicais abordadas e suas referências na música brasileira. Esta nova edição atualiza as sugestões de atividades para a sala de aula, apresenta novas gravações no CD de apoio e propõe alguns novos arranjos no caderno de partituras, que conta com comentários sobre cada música. O educador também encontrará sugestões de: leitura complementar, CDs, DVDs, links interessantes e bibliografia atualizada.
Este livro, que contém doze canções de lugares e tempos muito diferentes, é um convite para abrir a cabeça, o coração e os ouvidos a sons vindos de todos os cantos do mundo. Além de realizar essa viagem musical, o leitor conhece as letras... more
Este livro, que contém doze canções de lugares e tempos muito diferentes, é um convite para abrir a cabeça, o coração e os ouvidos a sons vindos de todos os cantos do mundo. Além de realizar essa viagem musical, o leitor conhece as letras das canções (no idioma original, com a tradução para o português), a cultura e algumas lendas de onde elas surgiram. Acompanha um CD com as canções do livro, executadas pelo grupo Mawaca, responsável por desenvolver um trabalho importantíssimo no campo da etnomusicologia.
Resumo As musicalidades indígenas são uma ferramenta poderosa para os indígenas expressarem sua identidade, resistência, lutas e aspirações. Diante da nossa dificuldade de escutar as vozes dos mais de 300 povos no Brasil, discorro sobre... more
Resumo
As musicalidades indígenas são uma ferramenta poderosa para os indígenas expressarem sua identidade, resistência, lutas e aspirações. Diante da nossa dificuldade de escutar as vozes dos mais de 300 povos no
Brasil, discorro sobre importantes aspectos para a desconstrução de estereótipos que seguem a “lógica da ausência”, a fim de aprimorar
nossa compreensão sobre o fazer/saber sonoro-musical originário. A história e a ancestralidade desses povos estão registradas na memória de xamãs, cantores (as) e narradores(as) que transmitem suas cosmopercepções. Muitos artistas indígenas trazem, para os palcos do Brasil e do  mundo, essa memória ancestral, criando uma vibrante cena musical contemporânea em constante transformação, aqui exemplificada
pela cantora Djuena Tikuna.
En este texto, hablo sobre los principales aspectos del arte oral Paiter Suruí de Rondônia, constituida de narrativas míticas, cantos de chamanes (wãwã), canciones del cotidiano, cantos rituales, además de canciones de contacto que forman... more
En este texto, hablo sobre los principales aspectos del arte oral Paiter Suruí de Rondônia, constituida de narrativas míticas, cantos de chamanes (wãwã), canciones del cotidiano, cantos rituales, además de canciones de contacto que forman un intrincado cuerpo sonoro-antropológico. Este repertorio fue investigado a través de diversos talleres desarrollados por la Asociación Gãbgirey con la colaboración de los ancianos conocedores de la memoria oral Paiter y de jóvenes profesores. La parte Suruí del acervo Arampiã, grabada por la antropóloga Betty Mindlin, fue digitalizada, analizada y devuelta a los Paiter Suruí con el propósito de animarlos a reanudar su música, así como comprender su cosmología y también el pasado más reciente desde los primeros contactos iniciados a partir de 1969.
Inventando um gênero literário-textual híbrido – antropofagicamente composto pelo gênero literário/musical erudito denominado rapsódia, que encadeia tradições e estilos literários/musicais heterogêneos diversos, e pelo gênero... more
Inventando um gênero literário-textual híbrido – antropofagicamente composto pelo gênero literário/musical erudito denominado rapsódia, que encadeia tradições e estilos literários/musicais heterogêneos diversos, e pelo gênero literário-musical popular urbano denominado rap, um tipo de canto-poema rimado e rap(idamente) declamado/cantado, inventado por comunidades afro-descendentes de países americanos outrora colonizados –, o propósito que orientou a produção do rap-poema cênico que se segue foi o de proporcionar aos leitor@s/expectador@s experiências performativas de leituras (des)equilibristas ditas (auto)terapêuticas – no sentido wittgensteiniano – e antropofágicas, no sentido do Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade. Visualmente, à semelhança das colagens dadaístas de Kurt Schwitters e Hans Arp, o rap-poema se assemelha a uma colcha de retalhos composta por 17 caixas de aforismos ou de imagens desconexas e aleatoriamente dispostas ao longo das páginas. Por sua vez, tais cai...
This text introduces a brief explanation about the intricate relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia... more
This text introduces a brief explanation about the intricate relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia (Amazonia). Part of the cultural heritage of the Paiter Suruí people can be found at the Arampiã Archive that has recordings collected by anthropologist Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than twenty years. These documents are like “oral-books” of stories of Paiter Suruí life from the past and present. The musicality comes from the Tupi-Mondé language that is rich in onomatopoeias and ideophones, and has exclamations with verbal functions that imitate animals of the forest. The Suruí music shows us that myth is composed not only of fabulous stories, but also by reality. Both are presented through archaic words and metaphorical meanings.
RESUMO Nesta comunicação, realizamos uma breve análise sobre os principais aspectos da arte oral Paiter Suruí de Rondônia, constituída de narrativas míticas, cantigas de pajé, canções do cotidiano, cantos rituais além de canções-relatos... more
RESUMO Nesta comunicação, realizamos uma breve análise sobre os principais aspectos da arte oral Paiter Suruí de Rondônia, constituída de narrativas míticas, cantigas de pajé, canções do cotidiano, cantos rituais além de canções-relatos de contato que formam um intricado corpo sonoro-antropológico. Esse repertório foi pesquisado ao longo de oficinas desenvolvidas pela Associação Gãbgirey com a colaboração dos mestres conhecedores da memória oral Paiter e de jovens professores. A parte Suruí do acervo Arampiã, gravada pela antropóloga Betty Mindlin, foi digitalizada, analisada e devolvida aos Paiter Suruí com o intuito de incentivá-los a retomar sua música assim como compreender sua cosmologia assim como o passado mais recente desde os primeiros contatos iniciados a partir de 1969. Palavras-chave: Paiter Suruí de Rondônia, música indígena brasileira, tradição oral, arquivos sonoros, Etnomusicologia. Paiter Surui Oral Art-Reflection of the history of a people from Rondônia. ABSTRACT In this communication, I discuss the main aspects of the Paiter Suruí Oral Art, consisting of mythical narratives, shaman sounds, daily ditties, ritual music, and testimony-songs that integrate an intricate sound-anthropological body. Their repertoire was researched along workshops organized by Gãbgirey Association with the collaboration of the master's connoisseurs of the oral memory Paiter and indigenous young teachers. The Paiter part of Arampiã Collection, recorded by the anthropologist Betty Mindlin, was digitized, analyzed and returned to the Paiter Suruí, in order to encourage them to remember their musicality as well as to understand their cosmology and the more recent past after the contact in 1969.
Resumo: Neste novo milênio, diante da globalização e com os avanços tecnológicos, podemos facilmente entrar em contato com as mais variadas culturas do mundo e ouvir músicas que não poderíamos sequer imaginar décadas atrás. Sendo o... more
Resumo: Neste novo milênio, diante da globalização e com os avanços tecnológicos, podemos facilmente entrar em contato com as mais variadas culturas do mundo e ouvir músicas que não poderíamos sequer imaginar décadas atrás. Sendo o Brasil, um país multicultural, ainda se percebe uma resistência em desenvolver práticas musicais que contemplem os diversos gêneros e estilos musicais existentes no país. Esse artigo apresenta algumas questões referentes às dificuldades de inserção nas escolas brasileiras desses repertórios, em particular os das músicas indígenas. Comenta a pesquisa em andamento sobre as músicas de alguns povos indígenas e a sua aplicação em sala de aula, assim como o desenvolvimento de materiais didáticos. Palavras chave: Músicas indígenas, educação musical, multiculturalismo A música, como uma das expressões artísticas humanas, é utilizada pelo homem para falar de si, do seu grupo social, de sua realidade e de suas impressões sobre o mundo que o cerca. Ela não existe por si mesma, pois sempre está inserida num contexto sociocultural. As ideias sobre música do etnomusicólogo Bruno Nettl, em artigo resultado da conferência realizada no 29º Congresso da International Society of Musical Education (ISME) em Shanghai, confirma a concepção da música inserida em contextos únicos, desmistificando a ideia de que ela é uma linguagem universal: A música pode ser universal ao ser humano, mas contrariamente ao poeta Longfellow, a música não é uma linguagem universal do homem, mas, ao invés disso, é um grupo de linguagens diferentes ou, talvez melhor dizendo, sistemas de comunicação,
Resumo: Conhecer músicas de outras culturas do mundo é porta de entrada para desenvolver um universo sonoro amplo e estimular o respeito e o convívio entre diferentes formas de pensar. Ao criar o grupo Mawaca e me enveredar por canções em... more
Resumo: Conhecer músicas de outras culturas do mundo é porta de entrada para desenvolver um universo sonoro amplo e estimular o respeito e o convívio entre diferentes formas de pensar. Ao criar o grupo Mawaca e me enveredar por canções em mais de 20 línguas percebi o quão rico é o processo de ser " o outro " , buscando reproduzir as diversas expressões sonoras daqui e dacolá, entender as dificuldades e facilidades, as diferenças e similaridades entre o que os elementos musicais que eu conheço e os que eu quero conhecer, buscando localizar os contextos para depois recriar para outras plateias. Esse repertório multicultural, pesquisado e reinventado pelo Mawaca, teria utilidade em salas de aula? Tem condições de ampliar o repertório já utilizado pelos educadores musicais? Proponho atividades com Soran Bushi, uma canção japonesa, que apresenta uma multiplicidade de situações interdisciplinares que podem envolver crianças de diferentes idades. Palavras-chave: repertório multicultural; educação musical multicultural; músicas do mundo
RESUMO: Esse artigo visa apontar algumas possibilidades sobre a presença da voz indígena na música popular brasileira, baseadas em diversos exemplos sonoros com destaque para os registros da Missão de Pesquisas Folclóricas organizada por... more
RESUMO: Esse artigo visa apontar algumas possibilidades sobre a presença da voz indígena na música popular brasileira, baseadas em diversos exemplos sonoros com destaque para os registros da Missão de Pesquisas Folclóricas organizada por Mário de Andrade. O que mais chama atenção é a qualidade nasal – advinda da língua Nheengatu amplamente usada no Brasil até o século XVIII, tendo influenciado a sonoridade do cateretê, da catira, do cururu (antigos), das modas de viola e outros gêneros da cultura popular. A voz gutural presente nos torés do Nordeste e a voz miúda e escorregadia das cantigas de ninar indígenas (mukuru), ainda ecoam nos cantares maternos atuais, mesmo mesclados à influência ibérica. Destaca-se também o uso do falsete presente na música caipira, e de recursos como suspiros, interjeições, onomatopeias, glissandos – herança advinda da arte oral xamânica indígena que repercutiu na contação de 'causos'. ABSTRACT: This article aims to point out some possibilities of the presence of Indigenous voice in Brazilian popular music, based on various musical examples highlighting the Missão das Pesquisas Folclóricas recordings, organized by Mário de Andrade. What draws more attention is the nasal quality – arising from the language Nheengatu widely used in Brazil until the eighteenth century that influenced the sound of the cateretê, the catira and the cururu (old style) moda de viola and other genres of popular culture. The slippery and nasal voice of Indigenous lullabies (mukuru) still echoes in current maternal singing even merged the Iberian influence. The use of falsetto also appears in 'música caipira'; mainly in the sertanejo duets (country music). Some vocal features as interjections, onomatopoeia, glissandos show Indigenous shamanic oral art that resonated in the 'causos' storytelling.
Research Interests:
"This text introduces a brief explanation about the intricate relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia... more
"This text introduces a brief explanation about the intricate relation between
music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are
part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia
(Amazonia). Part of the cultural heritage of the Paiter Suruí people can be
found at the Arampiã Archive that has recordings collected by anthropologist
Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than twenty
years. These documents are like “oral-books” of stories of Paiter Suruí life from
the past and present. The musicality comes from the Tupi-Mondé language
that is rich in onomatopoeias and ideophones, and has exclamations with
verbal functions that imitate animals of the forest. The Suruí music shows us
that myth is composed not only of fabulous stories, but also by reality. Both are
presented through archaic words and metaphorical meanings.
Keywords: Paiter Suruí, Rondônia, ethnomusicology, indigenous oral tradition"
Research Interests:
Research Interests:
Registro em video do show Rupestres Sonoros com Mawaca gravado ao vivo no Auditório Ibirapuera em 2009. Esse espetáculo é uma homenagem aos indígenas com sua rica diversidade musical e relaciona em uma ‘arqueologia musical’ inspiradas... more
Registro em video do show  Rupestres Sonoros com Mawaca gravado ao vivo no Auditório Ibirapuera em 2009. Esse espetáculo é uma homenagem aos indígenas com sua rica diversidade musical e relaciona em uma ‘arqueologia musical’ inspiradas nas imagens rupestres brasileiras. O show ganhou participações especiais de Carlinhos Antunes e Marcos Xuxa Levy, produtor do CD Rupestres Sonoros.
Destaque para as músicas So perewatxé e Koi txangaré dos Paiter Surui, Tamota Moriorê dos Kayapó; Matsã Kawa dos Huni Kuin, Canção Kayapó além de composições de Magda Pucci (Asurini e Tupari) revelando parte da enorme diversidade musical dos povos indígenas, pouco conhecida do público brasileiro.
Em seu segundo CD, o grupo MAWACA mapeia as artérias do coração brasileiro e lança no mercado um trabalho com músicas que unem as tradições africana, portuguesa, indígena, árabe, japonesa e italiana em arranjos fortes e totalmente... more
Em seu segundo CD, o grupo MAWACA mapeia as artérias do coração brasileiro e lança no mercado um trabalho com músicas que unem as tradições africana, portuguesa, indígena, árabe, japonesa e italiana em arranjos fortes e totalmente acústicos.
Soundtrack for Lusiadas theatre play with Mawaca and orchestra. 2001
Research Interests:
First Mawaca CD
Research Interests:
Research Interests:
Mawaca CD and DVD with music from gypsy peoples, haitian, mexican peoples. Inquilinos do Mundo é um projeto que homenageia os povos que migram de um lado para outro, aqueles que precisam sair de seu local de origem para tentar outras... more
Mawaca CD and DVD with music from gypsy peoples, haitian, mexican peoples. Inquilinos do Mundo é um projeto que homenageia os povos que migram de um lado para outro, aqueles que precisam sair de seu local de origem para tentar outras possibilidades de vida em outro lugar ou simplesmente aqueles que são nômades por natureza.
Mawaca CD with indigenous songs from Amazonia. 2009
This dissertation presents the imbricated relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, that together, are part of the poetical art from the Paiter Suruí, a indigenous people from Rondônia (Amazonia). Part of the... more
This dissertation presents the imbricated relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, that together, are part of the poetical art from the Paiter Suruí, a indigenous people from Rondônia (Amazonia). Part of the cultural heritage of Suruí people can be found at the Arampiã Archive that has recordings collected by the anthropologist Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than 20 years. Those documents are like oral-books of histories from the Suruí life from the past and present. This dissertation focuses on the varied forms and vocal expressions of the Suruí in the realm of Anthropology, Ethnomusicology, Etnopoetics and Orality Studies. The musicality comes from the language Tupi-Mondé that is rich in onomatopoeias and ideophones, besides exclamations that have verbal functions that imitates animals of the forest. The Suruí people music shows us that myth is not only the fabulous stories, but also the reality. Both are presented though archaic words and metaphorical meanings revealing a complex situation in their way of life
A arte oral Paiter Suruí de Rondônia é constituída de narrativas míticas, cantigas de pajé e cantos rituais inspirados em movimentos sociais, formando um intricado corpo sonoro-antropológico que hoje compreende o Acervo Suruí, gravado... more
A arte oral Paiter Suruí de Rondônia é constituída de narrativas míticas, cantigas de pajé e cantos rituais inspirados em movimentos sociais, formando um intricado corpo sonoro-antropológico que hoje compreende o Acervo Suruí, gravado pela antropóloga Betty Mindlin desde a década de 1980. As múltiplas formas de oralidade dos Suruí têm uma musicalidade característica da língua Tupi-Mondé, rica em onomatopeias e ideofones, além de exclamações com função de verbo que imitam bichos da floresta e movimentos de seres do outro mundo. Com esses elementos, os Suruí recriam momentos da história mítica Paiter e revelam que nem todo mito é fábula, pois a realidade está sempre presente em metáforas e palavras arcaicas. A voz é o centro da expressão Suruí, e é ela que conduz o amplo espectro sonoro, que exige uma análise mais do que estritamente musical. Este trabalho discute a intrincada relação entre a música e a narrativa, entre a fala e o canto e entre a voz e o mito que, juntos, compõem a arte poética Paiter Suruí. Em função da riqueza da vocalidade Suruí, sua análise se apoia também em elementos da Sociolinguística, da Etnopoesia e de estudos da oralidade, além da Antropologia. da Etnomusicologia e da Teoria da Linguagem. A pesquisa trata ainda das formas de catalogação, organização e uso desse acervo sonoro na educação bilíngue Suruí, de cujo processo de transcrição e tradução os próprios índios têm participado ativa e efetivamente. Finalmente, cumpre notar que essa iniciativa é fundamental para a revitalização da própria cultura do povo Suruí, que vem sofrendo grandes mudanças desde a época do primeiro contato com os brancos. This dissertation presents the imbricated relation between music and narrative, speech and chant, voice and myth, that together, are part of the poetical art from the Paiter Suruí, a indigenous people from Rondônia (Amazonia). Part of the cultural heritage of Suruí people can be found at the Arampiã Archive that has recordings collected by the anthropologist Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than 20 years. Those documents are like oral-books of histories from the Suruí life from the past and present. This dissertation focuses on the varied forms and vocal expressions of the Suruí in the realm of Anthropology, Ethnomusicology, Etnopoetics and Orality Studies. The musicality comes from the language Tupi-Mondé that is rich in onomatopoeias and ideophones, besides exclamations that have verbal functions that imitates animals of the forest. The Suruí people music shows us that myth is not only the fabulous stories, but also the reality. Both are presented though archaic words and metaphorical meanings revealing a complex situation in their way of life
Ao conectarmos conceitos de monocultura e pluricultura da agricultura à prática musical e à educação musical, podemos compreender melhor o que vivenciamos hoje: uma situação de poucas alternativas de escuta, uma limitação do gosto,... more
Ao conectarmos conceitos de monocultura e pluricultura da
agricultura à prática musical e à educação musical, podemos compreender
melhor o que vivenciamos hoje: uma situação de poucas alternativas de
escuta, uma limitação do gosto, um achatamento estético, uma padronização
ensurdecedora, que segue na contramão de uma grande diversidade -
ferramenta fundamental para o desenvolvimento da natureza e da vida.
Enquanto a monocultura devasta a terra, na música ela cria um deserto de
ideias. Pensando que o Brasil é fruto da presença de diversos grupos humanos
com culturas diversas, torna-se necessário propor novas escutas e uma
revitalização da práxis musical. Como essa diversidade pode ser desenvolvida
em sala de aula, usando o acesso à informação que a globalização nos fornece?
Em um país com mais de 250 povos indígenas que falam mais de 180
línguas, não podemos nos conceber como monocultural, e sim de muitas
culturas que se somam, se diferenciam e são geradoras de uma sociedade complexa e múltipla. O ser humano não é uma experiência única, são experiências diversas.Quando falamos de biodiversidade, nos lembramos dos vários sábios indígenas e cientistas que pensaram a floresta não apenas um lugar para se explorar e dali tudo tirar, pois ela é um ecossistema que precisa se manter vivo para que nós possamos viver nela, respirar livremente.
Conhecer musicas de outras culturas do mundo e porta de entrada para desenvolver um universo sonoro amplo e estimular o respeito e o convivio entre diferentes formas de pensar. Ao criar o grupo Mawaca e me enveredar por cancoes em mais de... more
Conhecer musicas de outras culturas do mundo e porta de entrada para desenvolver um universo sonoro amplo e estimular o respeito e o convivio entre diferentes formas de pensar. Ao criar o grupo Mawaca e me enveredar por cancoes em mais de 20 linguas percebi o quao rico e o processo de ser "o outro", buscando reproduzir as diversas expressoes sonoras daqui e dacola, entender as dificuldades e facilidades, as diferencas e similaridades entre o que os elementos musicais que eu conheco e os que eu quero conhecer, buscando localizar os contextos para depois recriar para outras plateias. Esse repertorio multicultural, pesquisado e reinventado pelo Mawaca, teria utilidade em salas de aula? Tem condicoes de ampliar o repertorio ja utilizado pelos educadores musicais? Proponho atividades com Soran Bushi, uma cancao japonesa, que apresenta uma multiplicidade de situacoes interdisciplinares que podem envolver criancas de diferentes idades.
Esse artigo visa apontar algumas possibilidades sobre a presença da voz indígena na música popular brasileira, baseadas em diversos exemplos sonoros com destaque para os registros da Missão de Pesquisas Folclóricas organizada por Mário de... more
Esse artigo visa apontar algumas possibilidades sobre a presença da voz indígena na música popular brasileira, baseadas em diversos exemplos sonoros com destaque para os registros da Missão de Pesquisas Folclóricas organizada por Mário de Andrade. O que mais chama atenção é a qualidade nasal – advinda da língua Nheengatu amplamente usada no Brasil até o século XVIII, tendo influenciado a sonoridade do cateretê, da catira, do cururu (antigos), das modas de viola e outros gêneros da cultura popular. A voz gutural presente nos torés do Nordeste e a voz miúda e escorregadia das cantigas de ninar indígenas (mukuru), ainda ecoam nos cantares maternos atuais, mesmo mesclados à influência ibérica. Destaca-se também o uso do falsete presente na música caipira, e de recursos como suspiros, interjeições, onomatopeias, glissandos – herança advinda da arte oral xamânica indígena que repercutiu na contação de ‘causos’.
O projeto Cantos da Floresta, elaborado por Magda Pucci, diretora musical do Mawaca e Berenice de Almeida, educadora musical, engloba um livro-referência, um CD e um site focado exclusivamente em conteúdos indígenas, desde aspectos... more
O projeto Cantos da Floresta, elaborado por Magda Pucci, diretora musical do Mawaca e Berenice de Almeida, educadora musical, engloba um livro-referência, um CD e um site focado exclusivamente em conteúdos indígenas, desde aspectos essenciais desse universo até as artes sonoras. Trata-se do primeiro livro sobre músicas indígenas com enfoque didático voltado para professores, educadores musicais e interessados em geral.

O livro Cantos da Floresta apresenta referências primordiais no estudo das músicas indígenas abordando expressões de nove grupos: Guarani, Ikolen-Gavião, Kambeba, Kaingang, Krenak, Paiter Suruí, Yudjá e Xavante e povos do Rio Negro. São 336 páginas fartamente ilustradas com 250 fotos, antigas e novas, que contam desde os primórdios das pesquisas etnográficas até os dias atuais com o protagonismo indígena. Abarca aspectos não apenas puramente musicais, mas também questões ligadas às línguas, como breves explanações sobre os mais expressivos rituais indígenas, aspectos da cultura material como grafismo, adereços, objetos e também brincadeiras realizadas pelas crianças indígenas. Além das explicações sobre instrumentos e sobre as músicas, há partituras com as transcrições de cada uma das músicas selecionadas.

O livro é acompanhado de um CD composto por 27 músicas dos nove povos indígenas abordados no livro cuja seleção foi feita de forma cuidadosa para realizar atividades de escuta e práticas musicais. Esses áudios também podem ser ouvidos via QR Code ou no site do projeto (em processo).

Além do livro-CD, faz parte do projeto a criação de uma plataforma virtual com sugestões de diversas propostas didáticas para que o professor possa incluir elementos da cultura indígena nas suas atividades incluindo transcrições das músicas selecionadas em partituras. O site apresenta também dicas de leituras; sites interessantes; links com vídeos e áudios que complementam as informações contidas no livro
The text compares monoculture in agriculture to a similar situation in music and music education. It highlights issues with musical monoculture, such as limited choices, taste restrictions, and standardization. The argument favors musical... more
The text compares monoculture in agriculture to a similar situation in music and music education. It highlights issues with musical monoculture, such as limited choices, taste restrictions, and standardization. The argument favors musical diversity, emphasizing the importance of recognizing and valuing different cultures. It concludes by highlighting the interconnectedness between humanity and nature, emphasizing the need to preserve diversity in both contexts.

O texto compara a monocultura na agricultura com uma situação similar na música e no ensino musical. Destaca os problemas da monocultura musical, como limitações de escolha, restrições de gosto e padronização. Argumenta a favor da diversidade musical, enfatizando a importância de reconhecer e valorizar diferentes culturas. Conclui destacando a interconexão entre a humanidade e a natureza, ressaltando a necessidade de preservar a diversidade em ambos os contextos.