Magda D . Pucci
Magda Pucci (b.1964) is a Brazilian musician – arranger, composer, and singer – and an independent researcher about musics of the world and Brazilian indigenous cultures. She is graduated in Music (Conducting) at the University of São Paulo. She has a Master in Anthropology at PUC-SP and a Ph.D. in Artistic Research at Leiden University in the Netherlands. As the musical director and founder of Mawaca – a São Paulo-based musical group – she produced 5 CDs and 4 DVDs and toured to more than 8 countries and within Brazil. The group was awarded the PPM Prize in 2017 and 2019. She is author of books related to indigenous subjects and music education and works as a music educator giving music workshops. Magda was an invited teacher in post-graduation and extension courses at UNICAMP, UNESPAR, and UFGD. She has been working in musical projects in collaboration with indigenous communities such as Kayapó, Guarani Kaiowa, Huni-Kuin, Paiter Surui, and others. She also worked in social projects with children from ONGs and directed a group of refugees based in São Paulo. She has published articles at Música Popular, Vibrant, ABEM journals.She has been an International Council of Traditional Music - ICTM member since 2013 and colaborates at Latin American and Caribbean Studies Study Group. She is also Sao Paulo Coordinator of Forum Latinoamericano de Educación Musical. Her interests include cultural musicology, Amazonian indigenous music, world music pedagogy, applied or participatory ethnomusicology, community music, artistic research, performance, indigenous anthropology.
Supervisors: Joep Boers and Wim van der Meer
Phone: 5511992684065
Supervisors: Joep Boers and Wim van der Meer
Phone: 5511992684065
less
InterestsView All (110)
Uploads
Books by Magda D . Pucci
Publicado no livro Entre Gritos e Sussurros – Sortilégios da Voz Cantada - Editora Letra e Voz
músicas do mundo interpretadas pelo Mawaca.
A obra Contos Musicais é a emocionante história de Estela Orsi, uma jovem neta de
italianos alegres e barulhentos, que descobre por meio de seus amigos e parentes os
encantos que a música pode trazer à vida de alguém. Na cantina de seus pais, em São
Paulo, ou no bairro da Liberdade, junto de Akira, Giovanna, Carmem Alba e outras
pessoas, Estela aprende como as harmonias de diferentes lugares podem ter efeitos
em seus sentimentos, e como cada cultura se expressa de maneira única através de
seus ritmos e estilos musicais.
Lançado em 2015, o livro vem acompanhado de um CD com as canções citadas nos
contos
Papers by Magda D . Pucci
As musicalidades indígenas são uma ferramenta poderosa para os indígenas expressarem sua identidade, resistência, lutas e aspirações. Diante da nossa dificuldade de escutar as vozes dos mais de 300 povos no
Brasil, discorro sobre importantes aspectos para a desconstrução de estereótipos que seguem a “lógica da ausência”, a fim de aprimorar
nossa compreensão sobre o fazer/saber sonoro-musical originário. A história e a ancestralidade desses povos estão registradas na memória de xamãs, cantores (as) e narradores(as) que transmitem suas cosmopercepções. Muitos artistas indígenas trazem, para os palcos do Brasil e do mundo, essa memória ancestral, criando uma vibrante cena musical contemporânea em constante transformação, aqui exemplificada
pela cantora Djuena Tikuna.
music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are
part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia
(Amazonia). Part of the cultural heritage of the Paiter Suruí people can be
found at the Arampiã Archive that has recordings collected by anthropologist
Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than twenty
years. These documents are like “oral-books” of stories of Paiter Suruí life from
the past and present. The musicality comes from the Tupi-Mondé language
that is rich in onomatopoeias and ideophones, and has exclamations with
verbal functions that imitate animals of the forest. The Suruí music shows us
that myth is composed not only of fabulous stories, but also by reality. Both are
presented through archaic words and metaphorical meanings.
Keywords: Paiter Suruí, Rondônia, ethnomusicology, indigenous oral tradition"
Publicado no livro Entre Gritos e Sussurros – Sortilégios da Voz Cantada - Editora Letra e Voz
músicas do mundo interpretadas pelo Mawaca.
A obra Contos Musicais é a emocionante história de Estela Orsi, uma jovem neta de
italianos alegres e barulhentos, que descobre por meio de seus amigos e parentes os
encantos que a música pode trazer à vida de alguém. Na cantina de seus pais, em São
Paulo, ou no bairro da Liberdade, junto de Akira, Giovanna, Carmem Alba e outras
pessoas, Estela aprende como as harmonias de diferentes lugares podem ter efeitos
em seus sentimentos, e como cada cultura se expressa de maneira única através de
seus ritmos e estilos musicais.
Lançado em 2015, o livro vem acompanhado de um CD com as canções citadas nos
contos
As musicalidades indígenas são uma ferramenta poderosa para os indígenas expressarem sua identidade, resistência, lutas e aspirações. Diante da nossa dificuldade de escutar as vozes dos mais de 300 povos no
Brasil, discorro sobre importantes aspectos para a desconstrução de estereótipos que seguem a “lógica da ausência”, a fim de aprimorar
nossa compreensão sobre o fazer/saber sonoro-musical originário. A história e a ancestralidade desses povos estão registradas na memória de xamãs, cantores (as) e narradores(as) que transmitem suas cosmopercepções. Muitos artistas indígenas trazem, para os palcos do Brasil e do mundo, essa memória ancestral, criando uma vibrante cena musical contemporânea em constante transformação, aqui exemplificada
pela cantora Djuena Tikuna.
music and narrative, speech and chant, voice and myth, which together are
part of the poetical art of the Paiter Suruí, an indigenous people from Rondônia
(Amazonia). Part of the cultural heritage of the Paiter Suruí people can be
found at the Arampiã Archive that has recordings collected by anthropologist
Betty Mindlin, who has been working with the Paiter for more than twenty
years. These documents are like “oral-books” of stories of Paiter Suruí life from
the past and present. The musicality comes from the Tupi-Mondé language
that is rich in onomatopoeias and ideophones, and has exclamations with
verbal functions that imitate animals of the forest. The Suruí music shows us
that myth is composed not only of fabulous stories, but also by reality. Both are
presented through archaic words and metaphorical meanings.
Keywords: Paiter Suruí, Rondônia, ethnomusicology, indigenous oral tradition"
Destaque para as músicas So perewatxé e Koi txangaré dos Paiter Surui, Tamota Moriorê dos Kayapó; Matsã Kawa dos Huni Kuin, Canção Kayapó além de composições de Magda Pucci (Asurini e Tupari) revelando parte da enorme diversidade musical dos povos indígenas, pouco conhecida do público brasileiro.
agricultura à prática musical e à educação musical, podemos compreender
melhor o que vivenciamos hoje: uma situação de poucas alternativas de
escuta, uma limitação do gosto, um achatamento estético, uma padronização
ensurdecedora, que segue na contramão de uma grande diversidade -
ferramenta fundamental para o desenvolvimento da natureza e da vida.
Enquanto a monocultura devasta a terra, na música ela cria um deserto de
ideias. Pensando que o Brasil é fruto da presença de diversos grupos humanos
com culturas diversas, torna-se necessário propor novas escutas e uma
revitalização da práxis musical. Como essa diversidade pode ser desenvolvida
em sala de aula, usando o acesso à informação que a globalização nos fornece?
Em um país com mais de 250 povos indígenas que falam mais de 180
línguas, não podemos nos conceber como monocultural, e sim de muitas
culturas que se somam, se diferenciam e são geradoras de uma sociedade complexa e múltipla. O ser humano não é uma experiência única, são experiências diversas.Quando falamos de biodiversidade, nos lembramos dos vários sábios indígenas e cientistas que pensaram a floresta não apenas um lugar para se explorar e dali tudo tirar, pois ela é um ecossistema que precisa se manter vivo para que nós possamos viver nela, respirar livremente.
O livro Cantos da Floresta apresenta referências primordiais no estudo das músicas indígenas abordando expressões de nove grupos: Guarani, Ikolen-Gavião, Kambeba, Kaingang, Krenak, Paiter Suruí, Yudjá e Xavante e povos do Rio Negro. São 336 páginas fartamente ilustradas com 250 fotos, antigas e novas, que contam desde os primórdios das pesquisas etnográficas até os dias atuais com o protagonismo indígena. Abarca aspectos não apenas puramente musicais, mas também questões ligadas às línguas, como breves explanações sobre os mais expressivos rituais indígenas, aspectos da cultura material como grafismo, adereços, objetos e também brincadeiras realizadas pelas crianças indígenas. Além das explicações sobre instrumentos e sobre as músicas, há partituras com as transcrições de cada uma das músicas selecionadas.
O livro é acompanhado de um CD composto por 27 músicas dos nove povos indígenas abordados no livro cuja seleção foi feita de forma cuidadosa para realizar atividades de escuta e práticas musicais. Esses áudios também podem ser ouvidos via QR Code ou no site do projeto (em processo).
Além do livro-CD, faz parte do projeto a criação de uma plataforma virtual com sugestões de diversas propostas didáticas para que o professor possa incluir elementos da cultura indígena nas suas atividades incluindo transcrições das músicas selecionadas em partituras. O site apresenta também dicas de leituras; sites interessantes; links com vídeos e áudios que complementam as informações contidas no livro
O texto compara a monocultura na agricultura com uma situação similar na música e no ensino musical. Destaca os problemas da monocultura musical, como limitações de escolha, restrições de gosto e padronização. Argumenta a favor da diversidade musical, enfatizando a importância de reconhecer e valorizar diferentes culturas. Conclui destacando a interconexão entre a humanidade e a natureza, ressaltando a necessidade de preservar a diversidade em ambos os contextos.