- Cadernos de Campo é a revista dos alunos do programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo. E... moreCadernos de Campo é a revista dos alunos do programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade de São Paulo. Em atividade desde 1991, é atualmente a revista discente mais antiga em circulação no país, participando da formação acadêmica de diversas gerações de antropólogas e antropólogos nos mais variados campos de interesse e atuação da Antropologia Social e Cultural. www.revistas.usp.br/cadernosdevampoedit
- Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da USPedit
A pandemia de Covid-19 impactou o cotidiano de todo mundo. Uma das medidas mais significativas foi o fechamento das escolas, que passaram da presencialidadepara a virtualidade. Nesse contexto, este artigo tem dois objetivos: por um lado,... more
A pandemia de Covid-19 impactou o cotidiano de todo mundo. Uma das medidas mais significativas foi o fechamento das escolas, que passaram da presencialidadepara a virtualidade. Nesse contexto, este artigo tem dois objetivos: por um lado, refletir sobre os desafios enfrentados pelos professores indígenas no ensino da língua Toba/Qom no âmbito da Educação Bilíngue Intercultural na província de Chaco (Argentina), na pandemia. Por outro lado, apresenta se a adaptação de uma estratégia metodológica (a pesquisa) a um ambiente digital, a fim de manter a continuidade no vínculo com nossos interlocutores durante o período de isolamento extremo. Este texto apresenta tanto as decisões metodológicas implícitas na concepção desta pesquisa, como alguns dos resultados obtidos sobre o ensino da língua indígena e o trabalho dos professores durante a pandemia.
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Em 2019 surgiu a ideia de realizar um "Diário de Campo Visual Público". O objetivo inicial era abrir uma conta em uma rede social de compartilhamento de fotografias (Instagram – perfil @diariodecampovisual) e todos os dias postar uma... more
Em 2019 surgiu a ideia de realizar um "Diário de Campo Visual Público". O objetivo inicial era abrir uma conta em uma rede social de compartilhamento de fotografias (Instagram – perfil @diariodecampovisual) e todos os dias postar uma fotografia. Em campo realizado no primeiro semestre de 2019, em Canto do Buriti – PI, sobre curso de vida, foram produzidas e compartilhadas 90 fotografias em 90 dias. Algumas pessoas passaram a acompanhar as fotografias na rede social, como professoras, moradoras da cidade, familiares, alunas, pesquisadoras, meios de comunicação e políticos. Novas perguntas emergiram além da intenção inicial de "compartilhar" ou "devolver" fotografias, mas de torná-las "públicas" em conjunto com a temporalidade da pesquisa com reflexões ainda iniciais sobre o campo, as parentes-interlocutoras e a antropologia num sentido amplo do termo. Esse artigo se propõe a fazer uma reflexão do artesanal processo de realizar um "Diário de Campo Visual Público" na internet e seus dilemas, controvérsias, benesses, limites e potencialidades.
Neste texto proponho uma abordagem ao tratamento público e colectivo do luto por um transfemicídio ocorrido em 2017 na cidade de Córdoba (Argentina), com ênfase em algumas das mobilizações promovidas pela organização ATTTA (Asociación de... more
Neste texto proponho uma abordagem ao tratamento público e colectivo do luto por um transfemicídio ocorrido em 2017 na cidade de Córdoba (Argentina), com ênfase em algumas das mobilizações promovidas pela organização ATTTA (Asociación de Travestis, Transexuales y Transgéneros de Argentina). De uma abordagem etnográfica, tratarei de ações que começaram com a exigência de justiça e a criação de altares no quadro de uma celebração/homem, continuaram com ações de visibilidade para outros homicídios ou episódios de violência e, finalmente, foram complementadas com a exigência de leis abrangentes que prevejam a inclusão, quotas laborais e reparações históricas para as pessoas trans e travestis.
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As regiões caracterizadas pela cisão de limites físicos e simbólicos, as chamadas fronteiras, congregam em si uma diversidade de fenômenos socioculturais dos mais significativos; notadamente para se pensar as tramas relacionais que têm... more
As regiões caracterizadas pela cisão de limites físicos e simbólicos, as chamadas fronteiras, congregam em si uma diversidade de fenômenos socioculturais dos mais significativos; notadamente para se pensar as tramas relacionais que têm lugar nesses espaços. O artigo aborda questões pertinentes ao acesso aos serviços de saúde pública na fronteira, por meio do SUS, de Ponta Porã/ BR e Pedro Juan Caballero/ PY por parte de pessoas indocumentadas. A análise centra-se em categorias específicas, como documentados/ indocumentados, dádivas/ contradádivas, solidariedade/ renúncia e amizade/ inimizade. Os dados etnográficos foram obtidos em trabalho de campo realizados nas cidades de Ponta Porã/BR e Pedro Juan Caballero/PY e compreendem os meses de junho e julho de 2016, junho de 2017 e agosto de 2018. Conclui-se que as redes de solidariedade que funcionam na fronteira Brasil/ Paraguai, operacionalizadas pelas dádivas e contradádivas, são imprescindíveis para o acesso da população local, tanto brasileiros quanto paraguaios, aos serviços de saúde prestados pelo SUS.
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Casa de Bamba é um local na Argentina em uma área serrana da província de Córdoba. Deve o seu nome a um relato baseado na provável presença de uma pessoa escravizada fugida chamada Bamba, que segundo as diversas narrativas teria residido... more
Casa de Bamba é um local na Argentina em uma área serrana da província de Córdoba. Deve o seu nome a um relato baseado na provável presença de uma pessoa escravizada fugida chamada Bamba, que segundo as diversas narrativas teria residido numa caverna demolida no final de 1800 para abrir caminho ao trem. No presente artigo se indaga sobre a a denominação deste lugar, analisando alternativas impensáveis para o discurso hegemônico tais como a existência de quilombos na Argentina. Levanto também, a necessidade de refletir a partir do presente, integrando os debates que se desenvolvem no Brasil acerca da ressemantização na palavra quilombo, amplamente usada neste país e de uso cotidiano na Argentina, para considerar uma das dimensões do território e sua relação com algumas categorias recentes, como “comunidade ancestral”, utilizada por uma parte dos habitantes de Casa Bamba para caracterizar seu povo.
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Ao apresentar as políticas de ações afirmativas e a atuação da Comissão de Heteroidentificação na Universidade Federal de Goiás (UFG), buscamos alcançar neste ensaio algumas reflexões críticas sobre o racismo estrutural e institucional... more
Ao apresentar as políticas de ações afirmativas e a atuação da Comissão de Heteroidentificação na Universidade Federal de Goiás (UFG), buscamos alcançar neste ensaio algumas reflexões críticas sobre o racismo estrutural e institucional que lança mão de dispositivos de racialidade para assegurar privilégios de raça no acesso à universidade e na sociedade como um todo. Ainda que possam ser identificados avanços consideráveis na aplicação das políticas reparatórias nas universidades, os desafios postos ainda são grandes devido à capacidade de atualização e de sofisticação do racismo à brasileira.
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O artigo apresenta um quadro das iniciativas realizadas no âmbito da política de ações afirmativas no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS/USP) desde 2017. O texto retoma as principais ações... more
O artigo apresenta um quadro das iniciativas realizadas no âmbito da política de ações afirmativas no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS/USP) desde 2017. O texto retoma as principais ações institucionais e estudantis realizadas nos últimos 5 anos e apresenta, em maiores detalhes, os resultados obtidos pela 1ª Pesquisa CoPAF, um estudo sobre a forma como discentes e docentes têm encarado a política de ações afirmativas. Por fim, o artigo apresenta e discute avanços e alguns desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir a continuidade e o amadurecimento institucional e político das ações afirmativas do PPGAS/USP e a projeção de uma maior democratização da pós-graduação na instituição.
Nas últimas década, as universidades públicas de todo o Brasil, tem implementado políticas de ações afirmativas em seus processos seletivos de pós-graduações. O que tem possibilitado uma nova cara a esses cursos, contudo, este processo... more
Nas últimas década, as universidades públicas de todo o Brasil, tem implementado políticas de ações afirmativas em seus processos seletivos de pós-graduações. O que tem possibilitado uma nova cara a esses cursos, contudo, este processo ainda é estranho a muitos deles, pois questões como construção de projetos e o domínio de línguas estrangeiras são os primeiros entraves deste acesso. Com a chegada de novos alunos, surge também novas formas de ampliar a possibilidade de ingresso de tais grupos. Este artigo pretende contribuir e apresentar uma proposta real de democratização do conhecimento e do acesso pleno de grupos minoritários aos cursos de pós-graduação. Portando este artigo relata o surgimento, as inquietações, os processos metodológicos, e os resultados do Coletivo Itéramãxe, que visa através de um programa de mentorias circulares, orí-entar e preparar alunas e alunos aos processos seletivos.
Neste ensaio, busco refletir sobre as inerências do progresso econômico e tecnológico do capitalismo na sociedade contemporânea, considerando, sobretudo, o lado avesso desse progresso, seus rastros, suas faíscas. Com inspiração em... more
Neste ensaio, busco refletir sobre as inerências do progresso econômico e tecnológico do capitalismo na sociedade contemporânea, considerando, sobretudo, o lado avesso desse progresso, seus rastros, suas faíscas. Com inspiração em escritos de Walter Benjamin, faço esta leitura a partir-e através-da imagem alegórica do fogo, despertada a mim em duas passagens pelos canaviais incendiados no interior paulista. Desde essas passagens, outros fragmentos são trazidos neste ensaio a fim de desvendar algumas camadas de sentido possíveis do fogo-possíveis, destarte, desse progresso. Categorias, tais como história, memória e memoricídio entrelaçam as palavras aqui presentes visando ilustrar como esses fragmentos mostram-se arraigados nos escombros que, dialeticamente, acionam a lembrança e o esquecimento. Da mesma forma, mostram-se arraigados às inerências do progresso que, segundo Benjamin, levaria a humanidade rumo à catástrofe.
palavras-chave História. Memória. Progresso. Memoricídio. Esquecimento
palavras-chave História. Memória. Progresso. Memoricídio. Esquecimento
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Este trabalho buscou compreender como a vida religiosa influencia nos modos pelos quais um grupo de Irmãs católicas percebe e vive a doença de Alzheimer. O objetivo foi acompanhar a ontologia múltipla da doença sendo feita, no cotidiano,... more
Este trabalho buscou compreender como a vida religiosa influencia nos modos pelos quais um grupo de Irmãs católicas percebe e vive a doença de Alzheimer. O objetivo foi acompanhar a ontologia múltipla da doença sendo feita, no cotidiano, através das práticas, afetos e silêncios na Residência em que moram. A valorização do pós-morte e da trajetória religiosa traz interpretações próprias para a enfermidade, dissolvendo alguns temores e acolhendo sintomas, numa relação entre doença, velhice, cuidado, gênero e religião. Ao articular duas vertentes analíticas - corporalidade e selfhood -, busco apreender como esses corpos em processo demencial percebem o mundo e atravessam a experiência com a doença quando inseridos em um contexto religioso, e como o meu próprio corpo se deslocou em campo. Por fim, mostro como as imagens – fotografias e desenhos – foram importantes para entrar no mundo tanto da demência quanto da religião, a fim de ver e ouvir o que os silêncios não me deixaram encontrar, no início.
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Este texto objetiva refletir sobre as formas de ocupação do corpo negro nos espaços. Farei isso, a partir de um exercício autoetnográfico que, por meio dos sentidos e sensibilidades suscitados na minha participação de uma visita mediada a... more
Este texto objetiva refletir sobre as formas de ocupação do corpo negro nos espaços. Farei isso, a partir de um exercício autoetnográfico que, por meio dos sentidos e sensibilidades suscitados na minha participação de uma visita mediada a exposição de arte de um artista negro dos Estados Unidos, no Rio de Janeiro. Diante disso, a discussão do texto perpassa sobre as lutas históricas para transformar a ausência e presença, apontando para a utilização do rolezinho como ferramenta política potente na ocupação dos espaços.
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Aproximando-me de iniciativas que têm buscado tensionar os processos excludentes que permeiam a fixidez irrepreensível dos cânones antropológicos, nesse ensaio, proponho um caminho alternativo ao quadro de leituras branco e masculino que... more
Aproximando-me de iniciativas que têm buscado tensionar os processos excludentes que permeiam a fixidez irrepreensível dos cânones antropológicos, nesse ensaio, proponho um caminho alternativo ao quadro de leituras branco e masculino que usualmente caracteriza os primeiros anos de contato com a teoria antropológica na universidade. Apresento uma leitura sobre a obra Mules and Men de Zora Hurston - intelectual negra estadunidense e aluna pouco lembrada de Franz Boas, “pai” da antropologia cultural norte-americana. Partindo da disputa em torno da classificação do livro ao longo do tempo, busco indicar a forma como a obra dialogou com as teorias em voga no período, recuperando eventos e debates que nos permitirão visualizar como o trabalho de Zora Hurston acabou sendo pouco reconhecido pelos antropólogos da época, resultando em um longo período de apagamento de suas contribuições à disciplina.
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Este ensaio gráfico é resultado de vasta pesquisa acerca da frutífera associação entre antropologia e desenho. Mas mesmo antes do trabalho junto a teorias que ajudaram a situar o desenho no trabalho etnográfico, minhas mãos sempre me... more
Este ensaio gráfico é resultado de vasta pesquisa acerca da frutífera associação entre antropologia e desenho. Mas mesmo antes do trabalho junto a teorias que ajudaram a situar o desenho no trabalho etnográfico, minhas mãos sempre me levaram a mobilizar as linhas desenhadas como forma de conhecer o mundo e manifestar as sínteses das minhas experiências. Muito embora de maneira intermitente, expressões gráficas apareciam aqui e ali ao longo de minha trajetória escolar, mesmo na graduação em Ciências Sociais, e o papel dos mestreprofessores que motivaram essa prática foi também fundamental. Mas foi ao longo da etnografia e das pesquisas para a dissertação, com incentivo do meu orientador prof. Dr. Rafael Devos, que a coordenação entre desenho e antropologia passou a ganhar mais corpo e reflexão. O maior desafio desse projeto diz respeito à mobilização do corpo para empreender os movimentos e a disciplina necessários para compor os desenhos. Tendo a escrita como prática central da formação escolar, a resistência em ficar diante de uma prancheta de desenho foi um obstáculo que constantemente houvera que ser transposto. Não apenas diante de uma prancheta, como o próprio desenho no caderno de campo durante as incursões à paisagem. Mesmo inclinado a desenhar, e ter certa familiaridade com a habilidade, não posso deixar de registrar como escrever demandou menos esforço corporal do que desenhar. Mais do que cumprir com o compromisso que, em meu íntimo, firmei com o projeto proposto, eu queria me esforçar em, aos poucos, atravessar essas barreiras corporais e exercitar o desenho não apenas como maneira de representar a paisagem analisada, mas, mais do que isso, para ajudar a abrir canais perceptivos para as potencialidades que o desenhar tinham a oferecer para minha formação como antropólogo e, antes disso, como habitante da paisagem. Além disso, foi criando mais corpo a sensação de que a linguagem a partir dos desenhos propiciam maneiras bastante particulares de tratamento das experiências etnográficas, e eu ansiava em me arriscar e experimentar essas experiências.
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O ensaio reflete sobre a prática de editora científica, realizada pela autora ao longo de 12 anos em duas revistas científicas no campo da bioética no Brasil. Apresenta em linhas gerais sugestões aspectos pessoais e profissionais... more
O ensaio reflete sobre a prática de editora científica, realizada pela autora ao longo de 12 anos em duas revistas científicas no campo da bioética no Brasil. Apresenta em linhas gerais sugestões aspectos pessoais e profissionais considerados importantes ao exercício da função. Objetiva fornecer elementos para que estudantes das áreas das Ciências Sociais possam conhecer e optar por esta atividade. palavras-chave Ciências Sociais. Comunicação Acadêmica. Editor Científico. Periódico. Pesquisa de Campo. The field of scientific publishing abstract The essay reflects on the practice of scientific publisher, carried out by the author over 12 years in two scientific journals in the field of bioethics in Brazil. In general, it presents suggestions for personal and professional aspects considered important to the exercise of the function. It aims to provide elements so that students in the areas of Social Sciences can get to know and choose this activity. keywords Social Sciences. Scholarly Communication. Scientific Editor.
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Desde sua formulação como método, a etnografia foi se constituindo e transformando, adaptando-se aos diferentes contextos disciplinares e de uso que vislumbravam a descrição de fenômenos sociais a partir de uma perspectiva qualitativa.... more
Desde sua formulação como método, a etnografia foi se constituindo e transformando, adaptando-se aos diferentes contextos disciplinares e de uso que vislumbravam a descrição de fenômenos sociais a partir de uma perspectiva qualitativa. Uma das formas contemporâneas de uso da etnografia é sua aplicação no contexto de pesquisas mercadológicas e de avaliação de políticas públicas, por exemplo. Neste texto pretendo expor minha trajetória pessoal como antropóloga, dentro e fora da academia, com o objetivo de mostrar como as experiências de trabalho de campo nos dois contextos complementaram minha formação. A ênfase está nas formas de uso da etnografia nestas searas do mercado do trabalho, destacando alguns cruzamentos, encontros e desencontros entre os usos dentro e fora do contexto acadêmico.
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Este artigo discute como se dá o cotidiano do trabalho de um antropólogo no parlamento. A partir de reflexões de tom etnográfico de experiências do trabalho na equipe técnica do Deputado Distrital Fábio Félix (PSOL – DF) na Câmara... more
Este artigo discute como se dá o cotidiano do trabalho de um antropólogo no parlamento. A partir de reflexões de tom etnográfico de experiências do trabalho na equipe técnica do Deputado Distrital Fábio Félix (PSOL – DF) na Câmara Legislativa do Distrito Federal, discuto o impacto da trajetória de formação em antropologia na feitura de documentos legislativos e na maneira de encarar o jogo político. As distintas maneiras de conceber relevância política, valorar os temas e contar histórias são discrepâncias que produzem estranhamentos no antropólogo que atuam no parlamento. Em síntese, no que pese as diferenças entre fazer etnografias e produzir leis, encarar o parlamento sem levar tão a sério a brincadeira é uma conciliação possível para seguir fazendo as duas coisas.
Research Interests:
La presencia de la antropología en los museos tiene una larga tradición, tanto en las tradiciones hegemónicas como subalternas de la disciplina. Desde finales del siglo XX, el tratamiento de las colecciones de "los otros" de la... more
La presencia de la antropología en los museos tiene una larga tradición, tanto en las tradiciones hegemónicas como subalternas de la disciplina. Desde finales del siglo XX, el tratamiento de las colecciones de "los otros" de la modernidad, históricamente ligado a la experticia de los antropólogos, ha sido objeto de cuestionamiento crítico desde distintos lugares, tanto académicos como no-académicos. Este texto presenta una mirada personal sobre esos asuntos para proponer una forma específica de hacer y pensar la antropología en los museos.
palabras clave Museos. Profesionalización de la antropología. Trayectorias profesionales.
palabras clave Museos. Profesionalización de la antropología. Trayectorias profesionales.
Research Interests: Antropología and Museos
Falar sobre o Congresso Nacional como campo de atuação profissional de antropólogas/os, exige discorrer brevemente sobre as representações sobre a antropologia nos discursos parlamentares e o crescente espaço técnico e político ocupado... more
Falar sobre o Congresso Nacional como campo de atuação profissional de antropólogas/os, exige discorrer brevemente sobre as representações sobre a antropologia nos discursos parlamentares e o crescente espaço técnico e político ocupado pela antropologia no processo legislativo , mesmo num contexto político adverso para as populações por ela tradicionalmente estudadas. Nesse processo, importante também identificar as etnografias que tem o Parlamento como objeto e o que estão debatendo
Research Interests:
Este artigo discorrerá sobre o campo da antropologia digital a partir da compreensão de suas origens e das personagens que tem contribuído à construção teórica e prática desta disciplina. Serão explorados os diversos campos onde o papel... more
Este artigo discorrerá sobre o campo da antropologia digital a partir da compreensão de suas origens e das personagens que tem contribuído à construção teórica e prática desta disciplina. Serão explorados os diversos campos onde o papel da antropologia digital é fundamental para explicar fenômenos sociais, culturais e tecnológicos. Também será proposta uma reflexão sobre o questionamento da disciplina para compreender o emprego da antropologia digital no campo laboral, tendo como exemplo o caso colombiano e as descobertas que sobre isso apresenta a "pesquisa sobre mercado de trabalho da antropologia na Colômbia" desenvolvido por Antropolab.
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O objetivo desse texto é tecer algumas relações que explicitam a construção de uma imaginação política em torno da pandemia deslanchada pelo novo coronavírus, mas que não se limita a ele, projetando-se em direção a outros imaginários no... more
O objetivo desse texto é tecer algumas relações que explicitam a construção de uma imaginação política em torno da pandemia deslanchada pelo novo coronavírus, mas que não se limita a ele, projetando-se em direção a outros imaginários no que tenho chamado de imaginação político-viral. Para início de conversa, portanto, é importante marcar que imaginação, aqui, não é tomada algo ilusório, mas sim como uma forma de consciência que aponta para caminhos reflexivos do próprio sujeito social.
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O texto efetua um breve balanço de tendências no governo Bolsonaro em relação ao meio ambiente, povos e terras indígenas e de comunidades tradicionais a partir de desenvolvimentos recentes na Amazônia e desde uma perspectiva histórica.
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O presente artigo diz respeito aos conhecimentos sobre os seres que nossa ciência biológica classifica como “aves” entre os Kujubim (Rondônia), a partir de suas práticas e perspectivas intelectuais, materiais e semióticas. Sendo assim,... more
O presente artigo diz respeito aos conhecimentos sobre os seres que nossa ciência biológica classifica como “aves” entre os Kujubim (Rondônia), a partir de suas práticas e perspectivas intelectuais, materiais e semióticas. Sendo assim, partindo das relações entre bichos-de-pena e os Kujubim, pretendo demonstrar como opera uma matriz classificatória entre o grupo, isto é, as operações intelectuais e práticas envolvidas nestas “classificações”, explorando como o conhecimento desses seres se constitui, se adquire e os organiza em determinadas categorias. Neste sentido, através do modo como os Kujubim se relacionam com as “aves”, pretendo contribuir para os estudos animais (DEMELLO, 2012; BEVILAQUA & VANDER VELDEN, 2016) partindo da seguinte questão: o que a análise do “sistema” de classificação dos Kujubim acerca das “aves” revela sobre as relações semióticas entre humanos e animais? E, ainda, o que essas relações podem nos revelar sobre os aspectos das próprias classificações e como elas se fundamentam?
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Corpos são fabricados em performances simbólicas, envolvendo comportamento restaurado, Kraft (afecções) e uma Weltanschauung performada e dinâmica. Foco no aspecto comunicacional de corpos em trabalho de campo com o Grupo Sonhus Teatro... more
Corpos são fabricados em performances simbólicas, envolvendo comportamento restaurado, Kraft (afecções) e uma Weltanschauung performada e dinâmica. Foco no aspecto comunicacional de corpos em trabalho de campo com o Grupo Sonhus Teatro Ritual (Goiânia – GO, 2016-2017). A performance de minha observação participante envolveu aprendizado no corpo. Propus o conceito corpo-símbolo, com Weltanschauung, e além da dicotomia corpo e mente. Percepções são aqui tomadas como ações, assim como discursos o são. Tais corpos buscam transformam o meio e este artigo busca: a) mostrar vantagens de um aporte performativo de análise e b) expandir maneiras de se entender corpos e comunicação.
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Com o advento de terapias antirretrovirais altamente ativas que reduziram doenças oportunistas e mortalidade associadas ao HIV desde meados dos anos 90, reconfigurando o cenário de respostas políticas e de saúde à epidemia de HIV,... more
Com o advento de terapias antirretrovirais altamente ativas que reduziram doenças oportunistas e mortalidade associadas ao HIV desde meados dos anos 90, reconfigurando o cenário de respostas políticas e de saúde à epidemia de HIV, “aderência” a tratamentos tornou-se uma questão central nas abordagens médico-institucionais. Nesse contexto, as organizações da sociedade civil têm desempenhado um papel significativo na coordenação com agências e agências de cooperação internacional. Este artigo analisa os significados e significados expressos por ativistas da Rede Argentina de Jovens e Adolescentes Positivos (RAJAP) da Região Metropolitana de Buenos Aires (AMBA) em torno de tratamentos de longo prazo, apresentando também como o problema de "aderência” é debatida em diferentes atividades institucionais. Para esta pesquisa foi implementada uma abordagem etnográfica com participação em atividades em rede, entrevistas com ativistas e análise de fontes secundárias.
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Este artigo problematiza as relações entre doença, tempo, socialidade, emoção e prática estatal no campo do HIV/aids a partir da interlocução com pessoas que vivem com HIV/aids num grupo fechado no Facebook. Faz-se isso ao analisar a... more
Este artigo problematiza as relações entre doença, tempo, socialidade, emoção e prática estatal no campo do HIV/aids a partir da interlocução com pessoas que vivem com HIV/aids num grupo fechado no Facebook. Faz-se isso ao analisar a socialidade no grupo, com destaque à confiança na cronificação da infecção pelo HIV e às postagens que denunciavam a intensificação do desmonte da política brasileira de aids decorrentes de ações governamentais. Tais postagens geraram ‘tretas’ entre membros do grupo. Seguir as ‘tretas’ para compreender suas gramáticas política e emocional permitiu interpretar os significados atribuídos pelos interlocutores às políticas públicas de saúde, o que possibilitou analisar o lugar do Estado nessas políticas. O aspecto mais relevante dos resultados deste estudo sublinha o modo como o Estado exerce seu poder por meio da produção de saberes, discursos, práticas, políticas públicas e tecnologias que visam a amenizar experiências de sofrimento, a prolongar a vida, a prevenir doenças e mortes, sem, contudo, destacar a própria dependência de suas ações para que isso se efetive e se mantenha; de maneira que as propostas de intervenção estatal envolvidas na administração e enfrentamento da epidemia de HIV/aids podem, intencionalmente ou não, intensificar experiências de sofrimento social.
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Entrevista com Axel Kroeger and Francoise Barbira-Freedman
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Este dossiê é organizado por três pesquisadoras do campo de estudos da antropologia digital, que vêm, desde pelo menos 2006, realizando pesquisas, participando de grupos de trabalho, mesas e seminários nos principais eventos nacionais 1 e... more
Este dossiê é organizado por três pesquisadoras do campo de estudos da antropologia digital, que vêm, desde pelo menos 2006, realizando pesquisas, participando de grupos de trabalho, mesas e seminários nos principais eventos nacionais 1 e internacionais 2 da área de Antropologia, bem como publicando os resultados de suas pesquisas nessa área em livros e periódicos científicos
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O artigo apresenta um panorama dos desafios enfrentados por etnógrafos que buscam entender atividades envolvendo a internet explorando tanto princípios metodológicos quanto estratégias práticas chegar a um acordo com a definição de sites... more
O artigo apresenta um panorama dos desafios enfrentados por etnógrafos que buscam entender atividades envolvendo a internet explorando tanto princípios metodológicos quanto estratégias práticas chegar a um acordo com a definição de sites de campo, as conexões entre online e offline e a natureza mutável da experiência corporificada. Os exemplos são extraídos de uma ampla gama de configurações, incluindo etnografias de instituições científicas, televisão, mídia social e redes locais de presentes.
Tradução do artigo de Christine Hine feito por Carolina Parreiras e Beatriz accioly Lins
Tradução do artigo de Christine Hine feito por Carolina Parreiras e Beatriz accioly Lins
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Considerando que a dicotomia online/offline não é capaz de contemplar as articulações e experiências de gênero e sexualidade em rede, uma vez que as fronteiras entre material/virtual podem se mesclar e repercutir entre si, este artigo... more
Considerando que a dicotomia online/offline não é capaz de contemplar as articulações e experiências de gênero e sexualidade em rede, uma vez que as fronteiras entre material/virtual podem se mesclar e repercutir entre si, este artigo discute o fazer etnográfico a partir da revisão de pesquisas de gênero e sexualidade em diálogo com a Antropologia da Ciência e da Tecnologia. O objetivo central deste artigo é refletir sobre as possibilidades etnográficas que vêm sendo empregadas a partir do debate das redes de produção de ciências, tecnologias e saberes que propiciam a produção de gêneros e sexualidades e, portanto, de novos corpos e sujeitos. No intuito de mapear o que vem sendo discutido mais recentemente no cenário nacional, essa pesquisa teve foco nos anais de dois grandes eventos brasileiros (ReACT e RBA). Mais de 50 trabalhos foram identificados e analisados. Temas como hormonização e transsexualidade, experiências de maternidade, ciberfeminismos e ativismo nas redes, experiências relacionadas ao HIV, entre outros, foram bastante frequentes, e algumas abordagens etnográficas também foram identificadas. Assim, buscamos refletir sobre os desafios e caminhos possíveis para o fazer etnográfico cada vez mais tecnologicamente situado.
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Neste artigo trago um relato acerca da metodologia do trabalho de campo realizado no Tinder, aplicativo para celular que proporciona a busca afetivo-sexual on-line, quando da minha pesquisa para o Mestrado em Antropologia com usuários e... more
Neste artigo trago um relato acerca da metodologia do trabalho de campo realizado no Tinder, aplicativo para celular que proporciona a busca afetivo-sexual on-line, quando da minha pesquisa para o Mestrado em Antropologia com usuários e usuárias do aplicativo. Assim como na prática etnográfica analógica, a etnografia em contextos digitais apresenta desafios, alguns dos quais próprios às relações estabelecidas através de tais ambientes, conforme vivenciei durante o fluxo da pesquisa, que envolveu a circulação por três capitais do país. Assim, discuto aspectos particularmente marcantes do percurso de campo que se relacionam, em grande medida, aos modos de fazer característicos dos usos desses aplicativos e que podem esbarrar em questionamentos sobre ética da pesquisa. palavras-chave Etnografia. Metodologia. Fluxos on-line e off-line. Intimidade.
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Este artigo tem como base a pesquisa desenvolvida entre 2017 e 2018 com o propósito de entender como os atuais processos de disputa política em torno da significação de categorias de violências sexuais, de gênero e trotes têm sido... more
Este artigo tem como base a pesquisa desenvolvida entre 2017 e 2018 com o propósito de entender como os atuais processos de disputa política em torno da significação de categorias de violências sexuais, de gênero e trotes têm sido apropriados e representados pela mídia hegemônica brasileira. Para isso, foi analisada a construção da narrativa midiática desses casos nas faculdades paulistas, principalmente na Faculdade de Medicina, que foram alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em 2014. A repercussão midiática desses casos promoveu a nomeação pública de certas práticas como estupro, abuso e violência sexuais, práticas que, pouco tempo antes não eram necessariamente significadas desta forma. Buscou-se discutir não apenas os resultados obtidos, mas também estratégias possíveis para utilização do digital como campo de pesquisa antropológica e a construção de um arquivo digital como base de dados.
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Na última década a internet tem ocupado um espaço importante na sociabilidade brasileira. Ainda que marcada por assimetrias e desigualdades no acesso e no uso pleno das plataformas, dispositivos e recursos do digital, tem se mostrado como... more
Na última década a internet tem ocupado um espaço importante na sociabilidade brasileira. Ainda que marcada por assimetrias e desigualdades no acesso e no uso pleno das plataformas, dispositivos e recursos do digital, tem se mostrado como propulsor para ideias e discussões. O processo inclui a difusão e popularização de mídias digitais, como o podcast. Este artigo discute mais especificamente as possibilidades de utilização do podcast na experiência de divulgação e comunicação científica em antropologia. Partimos da experiência de produção do podcast Observantropologia para avaliar dois aspectos: a circularidade entre mídias que constituem parte de uma rede sociotécnica, e a presença do digital como mobilizador de afetos nas e a partir das mídias.
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O livro de Segato, como bem sintetizado no título, reúne oito ensaios produzidos pela professora em diferentes momentos de sua carreira. Nessa edição, as leitoras e leitores contam também com um prefácio pensado para o Brasil junto à... more
O livro de Segato, como bem sintetizado no título, reúne oito ensaios produzidos pela professora em diferentes momentos de sua carreira. Nessa edição, as leitoras e leitores contam também com um prefácio pensado para o Brasil junto à introdução, intitulada “Colonialidade do poder e antropologia por demanda”, seguida dos ensaios. Assinalamos também que a obra conta com uma nota produzida pelas tradutoras: Danú Gontijo e Danielli Jatobá.
O humanismo parece um traço óbvio e insistente, já que somos humanos e desse horizonte (transcendental) não existe fuga, muito menos redenção-ao menos é assim que a história é contada. Estaríamos presos em uma eterna malha interpretativa,... more
O humanismo parece um traço óbvio e insistente, já que somos humanos e desse horizonte (transcendental) não existe fuga, muito menos redenção-ao menos é assim que a história é contada. Estaríamos presos em uma eterna malha interpretativa, subordinando tudo aos nossos olhos curiosos, como se o humano não fosse apenas uma espécie como outra qualquer, mas a própria possibilidade de sentido (a única possibilidade). Já o resto, aquilo que sobra da equação ontológica, de cadeiras até pássaros no céu, passando por carros, prédios, cães e gatos, é reduzido a uma simples carcaça de matéria sem forma, vagando por um mundo insignificante, apenas governado por Newton e suas leis mecânicas e frias. Como bem lembrou o filósofo Graham Harman (2017), ressoando o "Jamais Fomos Modernos" de Bruno Latour, esse modelo clássico de pensar apresenta uma ontologia dividida em duas partes: 50% reservada apenas aos humanos e 50% reservada a todo o resto. Ao humano foi dado o privilégio não apenas de possuir uma ontologia toda sua, o que já é uma conquista enorme, e uma vaidade fora do comum, como também um privilégio muito maior: definir os demais espaços ontológicos, tendo como referência seus próprios critérios. Até em religiões como o cristianismo, traços humanistas aparecem o tempo todo. O humano não é apenas apresentado como se fosse uma criatura qualquer, um simples organismo produzido por mãos divinas, mas algo de especial, muito mais nobre. Ao contrário dos animais, Adão foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27), carregando um pouco do divino dentro de si, ao mesmo tempo que produz uma diferença ontológica intransponível. "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra" (Gênesis 1:26). Além disso, esse divino improvisado, esse pedaço de matéria celestial, foi produzido no sexto dia, coroando a criação, assim como recebeu o privilégio de nomear tudo aquilo que seus olhos eram capazes de ver, principalmente os animais que encontrava pelo caminho.
Research Interests:
O lançamento de The Mushroom at the End of The World (TSING 2015) popularizou o nome de Anna Lownhaupt Tsing entre os círculos antropológicos e estabeleceu mais um marco para uma antropologia multiespecífica, se tornando leitura... more
O lançamento de The Mushroom at the End of The World (TSING 2015) popularizou o nome de Anna Lownhaupt Tsing entre os círculos antropológicos e estabeleceu mais um marco para uma antropologia multiespecífica, se tornando leitura importante em nosso tempo contemporâneo combalido pela mudança ambiental. Sua proposta de acompanhar os cogumelos matsutake em florestas perturbadas pela presença humana no Japão, no sudeste asiático e na costa pacífica estadunidense ofereceu uma rica etnografia destas paisagens multiespecíficas e suas cadeias globais, entregue em uma escrita cuidadosa e reflexiva.
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Resenha Traduzindo a África Queer (2018) reúne um conjunto diverso de traduções realizadas pelo grupo Pós-Colonialidade, Feminismos e Epistemologias Anti-hegemônicas (FEMPOS/UNILAB), e organizadas por Caterina Rea, Clarisse Goulart... more
Resenha
Traduzindo a África Queer (2018) reúne um conjunto diverso de traduções realizadas pelo grupo Pós-Colonialidade, Feminismos e Epistemologias Anti-hegemônicas (FEMPOS/UNILAB), e organizadas por Caterina Rea, Clarisse Goulart Paradis e Izzie Madalena Santos Amancio. O esforço de apresentar parte da coletânea original, o Queer African Reader, para o público brasileiro é louvável por diversas razões.
Traduzindo a África Queer (2018) reúne um conjunto diverso de traduções realizadas pelo grupo Pós-Colonialidade, Feminismos e Epistemologias Anti-hegemônicas (FEMPOS/UNILAB), e organizadas por Caterina Rea, Clarisse Goulart Paradis e Izzie Madalena Santos Amancio. O esforço de apresentar parte da coletânea original, o Queer African Reader, para o público brasileiro é louvável por diversas razões.