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Silvio Costa Pereira
  • Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brazil
A partir de dados obtidos por observação participante, o presente estudo visa discutir os efeitos do processo de flexibilização nas redações jornalísticas sobre a produção de imagens, em especial fotográficas. Observou-se uma queda de... more
A partir de dados obtidos por observação participante, o presente estudo visa discutir os efeitos do processo de flexibilização nas redações jornalísticas sobre a produção de imagens, em especial fotográficas. Observou-se uma queda de qualidade, tanto no processo de produção quanto de edição, à qual associamos os cortes de profissionais e a consequente necessidade de trabalhar no modo multitarefa. Buscamos mostrar que, na base da transferência da produção de imagens dos repórteres fotográficos para repórteres de texto, há um fetiche tecnológico que não se sustenta. Conclui-se pelo risco que tais procedimentos acarretam para o Jornalismo quando tornam sua produção mais superficial.
Este trabalho apresenta um levantamento de imagens utilizadas por veículos jornalísticos brasileiros. Um histórico da incorporação de imagens aos relatos jornalísticos é abordado inicialmente. Em seguida discutimos nosso processo de... more
Este trabalho apresenta um levantamento de imagens utilizadas por veículos jornalísticos brasileiros. Um histórico da incorporação de imagens aos relatos jornalísticos é abordado inicialmente. Em seguida discutimos nosso processo de levantamento e análise de dados, que incluiu veículos de grande e pequeno porte em período específico, e uso de ferramentas digitais para localizar as matérias veiculadas e cruzar os dados obtidos. A identificação das imagens foi feita manualmente. A análise dos dados sugere que apesar de um uso expressivo de fotografias, as publicações jornalísticas se valem de diversos tipos de imagens – como prints de tela, frames de vídeo, vídeos, ilustrações, visualização de dados, etc – , muitos dos quais não produzidos no âmbito da profissão e que chegam sem custo às redações.
Este trabalho buscou investigar a sobrevivência da captação analógica de fotografias no jornalismo brasileiro. Nos valemos da busca e observação em perfis de redes sociais bem como da entrevista com alguns profissionais identificados com... more
Este trabalho buscou investigar a sobrevivência da captação analógica de fotografias no jornalismo brasileiro. Nos valemos da busca e observação em perfis de redes sociais bem como da entrevista com alguns profissionais identificados com essa prática. Abordamos o assunto à luz do conceito de slow journalism (LE MASURIER, 2015). Observamos a existência de uma prática geralmente mista (captação digital e analógica); motivações variadas do fotógrafo no uso de filmes, chapas e câmeras; um alto custo e escassez de insumos no mercado brasileiro; e um impacto no processo fotográfico em si, que torna-se mais lento e reflexivo quando comparado ao que se faz com equipamento digital.
Partindo do pressuposto de que o jornalismo nasce visual, o artigo se propõe a traçar um panorama das transformações que ocorrem no uso de iconografias e no design de páginas e telas até chegar à noção contemporânea de Jornalismo Visual.
 O artigo é um recorte da pesquisa doutoral do autor – de caráter etnográfico e focada nas transformações do fotojornalismo no cenário contemporâneo – e aborda os variados modos de captação das fotografias jornalísticas que foram... more
 O artigo é um recorte da pesquisa doutoral do autor – de caráter etnográfico e focada nas transformações do fotojornalismo no cenário contemporâneo – e aborda os variados modos de captação das fotografias jornalísticas que foram observados em campo. Percebemos que a produção de imagens sem nenhuma interferência externa é apenas um entre outros modos possíveis, o que aponta um tensionamento entre a agência do jornalista e de outros atores que influem na construção do significado das imagens.
Este artigo propõe refletir a respeito da relevância do ensino das visualidades no processo de ensino-aprendizagem da produção jornalística, observando o visual-inserido na concepção de uma cultura visual-para além da fotografia. As... more
Este artigo propõe refletir a respeito da relevância do ensino das visualidades no processo de ensino-aprendizagem da produção jornalística, observando o visual-inserido na concepção de uma cultura visual-para além da fotografia. As discussões realizadas se apoiam na relevância das imagens no entendimento de uma produção jornalística consciente do uso de múltiplas linguagens convergentes. A partir de conceitos e discussões teóricas entre as áreas do jornalismo, da cultura visual e do design, visa gerar reflexões de modo a melhorar o ensino da prática jornalística, especialmente no que tange à grade curricular da educação superior, para que os futuros profissionais sejam capazes de criar e analisar criticamente relatos sincréticos que se valham da linguagem visual.
Este artigo parte da percepção de que há um renovado interesse, por parte dos jovens, por processos e equipamentos da era pré-digital. A partir disso buscamos identificar e discutir os usos que vem sendo feitos. Observamos um processo de... more
Este artigo parte da percepção de que há um renovado interesse, por parte dos jovens, por processos e equipamentos da era pré-digital. A partir disso buscamos identificar e discutir os usos que vem sendo feitos. Observamos um processo de hibridação entre os processos químicos e digitais, o que sugere que não está havendo uma retomada do que era feito nos séculos XIX e XX, mas sim que tais processos nunca morreram, e hoje precisam ser vislumbrados dentro de uma perspectiva ecológica (SCOLARI, 2015).
O presente artigo tem por objetivo discutir o uso de fotografias como provas documentais. A partir de revisão bibliográfica analisamos a construção dessa compreensão, e em seguida apresentamos algumas visões acerca das possibilidades... more
O presente artigo tem por objetivo discutir o uso de fotografias como provas documentais. A partir de revisão bibliográfica analisamos a construção dessa compreensão, e em seguida apresentamos algumas visões acerca das possibilidades expressivas da fotografia. Para além de contextualizá-las, nossa linha de raciocínio busca ir além desta dicotomia, posto que as imagens fotográficas possuem potenciais documentais e expressivos que precisam ser construídos pelo fotógrafo e acionados pelo observador dentro de um determinado contexto, bem como estarão atravessados por influências institucionais/culturais de uma época e local, pela memória e por crenças. Nesse sentido qualquer conhecimento que se possa obter delas é construído por uma rede complexa de relações, não sendo dado a priori nem tampouco fixo.
Partindo de um estudo sobre a produção de fotografias e vídeos em redações, o presente artigo discute a expansão do uso de imagens pelo jornalismo. Situa-se a condição da fotografia como a primeira imagem a ganhar status informativo junto... more
Partindo de um estudo sobre a produção de fotografias e vídeos em redações, o presente artigo discute a expansão do uso de imagens pelo jornalismo. Situa-se a condição da fotografia como a primeira imagem a ganhar status informativo junto ao campo do jornalismo. Discute-se o uso de imagens técnicas como 'provas' e argumenta-se pela inadequação de tal entendimento. Situa-se o momento atual com a descrição de algumas das transformações observadas na pesquisa de campo. A partir desta argumentação, e dentro do contexto de uma cultura visual, compreende-se que as mudanças nos processos de acesso e uso de imagens, de ampliação dos formatos de apresentação dos relatos jornalísticos, de hibridação entre os diversos tipos de imagens, e de realocação de funções profissionais apontam para um horizonte no qual as diversas visualidades estão começando a ser trabalhadas de modo integrado nos processos jornalísticos.
Este capítulo apresenta alguns aspectos-chave da pesquisa que vimos realizando a respeito do desenvolvimento do fotojornalismo na região que hoje compreende o estado de Mato Grosso do Sul. Fomos movidos tanto pela curiosidade em conhecer... more
Este capítulo apresenta alguns aspectos-chave da pesquisa que vimos realizando a respeito do desenvolvimento do fotojornalismo na região que hoje compreende o estado de Mato Grosso do Sul. Fomos movidos tanto pela curiosidade em conhecer a história do jornalismo regional, como pelo grande vácuo que há em pesquisas sobre a fotografia e o fotojornalismo em terras sul-mato-grossenses. Assim, de modo um pouco diverso aos demais trabalhos deste livro, partimos para examinar e compreender primeiro a origem e, nesse momento, apenas citar referências a trabalhos que registram períodos recentes. Nesse sentido, pretendemos atuar como estímulo a novas pesquisas, ao destacar vazios que precisam ser explorados por aqueles que se interessem em estudar os usos e costumes ligados à fotografia e ao fotojornalismo nas cidades que hoje compõem o estado de Mato Grosso do Sul.
Construída tanto na captura quanto na edição, a fotografia little planet ou tiny planet (lp/tp) é uma imagem sintetizada a partir de uma foto 360, que também é sintética (pois costurada a partir de duas ou mais fotografias retangulares).... more
Construída tanto na captura quanto na edição, a fotografia little planet ou tiny planet (lp/tp) é uma imagem sintetizada a partir de uma foto 360, que também é sintética (pois costurada a partir de duas ou mais fotografias retangulares). Sua estética é portanto engendrada a partir da interação entre humanos e não humanos. Tais imagens geram possibilidades de comunicação visual que não são nem realistas nem abstratas. E por isso nos ajudam a pensar o próprio status da fotografia no mundo digital.
Partindo de pesquisa empírica junto a profissionais de três veículos, discute-se o processo de enxugamento dos postos de editor de fotografia em periódicos diários, onde as imagens passam a ser selecionadas ou por um dos fotógrafos, que... more
Partindo de pesquisa empírica junto a profissionais de três veículos, discute-se o processo de enxugamento dos postos de editor de fotografia em periódicos diários, onde as imagens passam a ser selecionadas ou por um dos fotógrafos, que acumula a função de editor, ou por repórteres e redatores. Nesse ambiente, a pré-seleção feita pelos próprios fotógrafos ganha relevância. E a edição feita por profissionais focados no texto parece retroceder a usos ingênuos e meramente ilustrativos.
A migração do jornalismo impresso para o online introduziu o uso de sistemas de publicação de conteúdo (CMS), que tanto facilitam a publicação de conteúdos quanto limitam a distribuição de elementos visuais ao que estiver incorporado em... more
A migração do jornalismo impresso para o online introduziu o uso de sistemas de publicação de conteúdo (CMS), que tanto facilitam a publicação de conteúdos quanto limitam a distribuição de elementos visuais ao que estiver incorporado em sua programação. Discutimos as consequências que tais sistemas podem trazer para a produção de narrativas fotojornalísticas a partir de duas matérias publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, bem como da observação participante e de entrevistas realizadas em três redações brasileiras. Um uso pobre das limitadas possibilidades dos sistemas foi notado e pode ser associado ao perfil dos profissionais que realizam a publicação via CMS. Os sistemas também podem estar contribuindo para uma aceleração do processo produtivo e para a generalização da crença de que todos podem publicar conteúdo em qualquer linguagem, independente do conhecimento da gramática específica, o que pode estar levando a um empobrecimento das narrativas jornalísticas visuais. A criação de CMSs a partir das necessidades e da linguagem jornalísticas, bem como a incorporação de jornalistas de imagem no processo de edição e publicação são sugeridos.
Partindo de um debate acerca da possibilidade/impossibilidade de manipulação das imagens jornalísticas, o artigo discute a posição do retrato dentro da produção visual do jornalismo contemporâneo. Buscando ampliar a dicotomia entre... more
Partindo de um debate acerca da possibilidade/impossibilidade de manipulação das imagens jornalísticas, o artigo discute a posição do retrato dentro da produção visual do jornalismo contemporâneo. Buscando ampliar a dicotomia entre imagens flagrantes e produzidas, propomos as noções de caça, coleta, agricultura e construção como alegorias dos modos de produção fotojornalísticos, aqui aplicados à questão do retrato. Discutimos as características próprias do retrato jornalístico, trazendo exemplos de veículos da imprensa brasileira e da pesquisa de campo doutoral que realizamos. Concluímos ressaltando os aspectos diferenciais da produção dos retratos jornalísticos e relacionando a aceitação ou não de intervenção a determinados modos de criação.
Versão revisada e ampliada do artigo apresentado na SBPJor 2017, que discute como as imagens técnicas são abordadas nos cursos de Jornalismo que se estabelecem a partir das Diretrizes Curriculares de 2013, seja no viés da produção, seja... more
Versão revisada e ampliada do artigo apresentado na SBPJor 2017, que discute como as imagens técnicas são abordadas nos cursos de Jornalismo que se estabelecem a partir das Diretrizes Curriculares de 2013, seja no viés da produção, seja no da reflexão teórica. Publicado no livro "O ensino de jornalismo sob as Novas Diretrizes" (Editora Insular, 2018).
O artigo aborda a produção jornalística com fotos e vídeos 360º do site G1. A busca por imersão em narrativas visuais, bem como o desenvolvimento de tecnologias que a possibilitam são situados historicamente. Os principais conceitos... more
O artigo aborda a produção jornalística com fotos e vídeos 360º do site G1. A busca por imersão em narrativas visuais, bem como o desenvolvimento de tecnologias que a possibilitam são situados historicamente. Os principais conceitos ligados ao jornalismo em Realidade Virtual (RV), como imersão e presença, são discutidos. O mapeamento da produção do G1 é apresentado, seguido da análise de suas características. O estudo constata mudança no padrão de produção e navegação ao longo dos anos, uma ainda pequena sensação de imersão devido ao uso de formatos mais narrativos que participativos/sensoriais, mas também a importância dos experimentos produzidos.
O artigo aborda as aproximações entre imagens técnicas estáticas (fotografia) e dinâmicas (cinema/vídeo), buscando pontos de contato que não diluam suas especificidades. A discussão parte das diferentes possibilidades e usos de impressos... more
O artigo aborda as aproximações entre imagens técnicas estáticas (fotografia) e dinâmicas (cinema/vídeo), buscando pontos de contato que não diluam suas especificidades. A discussão parte das diferentes possibilidades e usos de impressos e telas como suporte para as imagens bidimensionais, especialmente no jornalismo. Argumenta-se pela diferenciação entre estáticas e fantasmagóricas, pela manutenção das características fotográficas e pela especificidade da representação temporal.
O foco deste artigo é o processo de construção de sentido em fotografias esféricas. Utilizamos a semiótica greimasiana como base teórica, e tomamos uma fotografia esférica utilizada em contexto jornalístico como objeto empírico. A partir... more
O foco deste artigo é o processo de construção de sentido em fotografias esféricas. Utilizamos a semiótica greimasiana como base teórica, e tomamos uma fotografia esférica utilizada em contexto jornalístico como objeto empírico. A partir dos panoramas do século XVIII, diferenciamos as imagens esféricas das planas, e as situamos no contexto digital atual. Nossas conclusões apontam para a centralidade da experiência fragmentada, do (re)enquadramento dinâmico e da autonomia do observador/usuário no processo de construção de sentido em fotografias esféricas.
Neste artigo realizamos o mapeamento dos usos contemporâneos das imagens técnicas em produtos jornalísticos, com vistas a reconhecer as transformações que vêm ocorrendo em seus modos de uso, independente do suporte midiático adotado.... more
Neste artigo realizamos o mapeamento dos usos contemporâneos das imagens técnicas em produtos jornalísticos, com vistas a reconhecer as transformações que vêm ocorrendo em seus modos de uso, independente do suporte midiático adotado. Observamos que a influência da internet no surgimento de um ecossistema de circulação de imagens, a convergência tecnológica de câmeras que fotografam e filmam e a facilidade de edição no suporte digital são vetores importantes na constituição dos modos contemporâneos de produzir jornalismo com imagens técnicas, bem como no surgimento de novas categorias fotojornalísticas. A partir da observação e análise de alguns produtos, discutimos a transformação do conceito  de Fotojornalismo para que possa englobar todas as imagens técnicas, e não mais apenas aquelas estáticas usadas nos meios impressos. (Este artigo, feito na virada de 2015 para 2016, inspirou a produção de 'Uma proposta de categorização do fotojornalismo contemporâneo', apresentado no Congresso da Intercom de 2016. Os dois textos dialogam e funcionam de modo complementar. O presente artigo foi publicado no livro 'Gêneros e formatos no ciberjornalismo', da Editora Insular, 2016).
O presente artigo parte da constatação da sobrevivência do discurso da fotografia como espelho do real para problematizar o uso das imagens técnicas no jornalismo. Argumenta-mos pela impossibilidade de uma relação objetiva e neutra tanto... more
O presente artigo parte da constatação da sobrevivência do discurso da fotografia como espelho do real para problematizar o uso das imagens técnicas no jornalismo. Argumenta-mos pela impossibilidade de uma relação objetiva e neutra tanto do lado dos emissores, quanto do meio fotográfico e mesmo dos sujeitos receptores. Longe de compreender tal cenário como uma impossibilidade de se produzir discursos que se aproximem o suficiente do ocorrido no mundo, discutimos possibilidades de fazê-lo levando em conta as condições apresentadas, e apontamos a transparência como importante fator de um método intersubjetivo que busque aproximar o máximo possível a realidade da percepção da realidade.
Neste artigo, discute-se de que formas o ciberjornalismo está se apropriando expressivamente das tecnologias de produção de Realidade Virtual, analisando aspectos conceituais como a imersão, as imagens técnicas e a Realidade Virtual, e... more
Neste artigo, discute-se de que formas o ciberjornalismo está se apropriando expressivamente das tecnologias de produção de Realidade Virtual, analisando aspectos conceituais como a imersão, as imagens técnicas e a Realidade Virtual, e fazendo um breve recorrido sobre iniciativas recentes desse tipo de produção de conteúdo em alguns exemplos no ciberjornalismo latino-americano, norte-americano e europeu. A metodologia inclui revisão bibliográfica e estudo exploratório de produções que se destacam até este momento, maio de 2016, em periódicos online de referência. Autores como Vilém Flusser, Arlindo Machado, André Parente e Philippe Dubois são elencados na discussão conceitual. Artigo apresentado no 16 Congresso da Associação Latino-americana de pesquisadores da Comunicação, ALAIC, em outubro de 2016.

Palavras-chave
Narrativas imersivas; Realidade Virtual (RV); Panorama; Fotografia; Ciberjornalismo.
Research Interests:
Neste artigo, discute-se de que formas o ciberjornalismo está se apropriando expressivamente das tecnologias de produção de Realidade Virtual, analisando aspectos conceituais como a imersão, as imagens técnicas e a Realidade Virtual, e... more
Neste artigo, discute-se de que formas o ciberjornalismo está se apropriando expressivamente das tecnologias de produção de Realidade Virtual, analisando aspectos conceituais como a imersão, as imagens técnicas e a Realidade Virtual, e fazendo um breve recorrido sobre iniciativas recentes desse tipo de produção de conteúdo em alguns exemplos no ciberjornalismo latino-americano, norte-americano e europeu. A metodologia inclui revisão bibliográfica e estudo exploratório de produções que se destacam até este momento, maio de 2016, em periódicos online de referência. Autores como Vilém Flusser, Arlindo Machado, André Parente e Philippe Dubois são elencados na discussão conceitual.
Resumo: Se algumas décadas atrás acompanhávamos os acontecimentos da cidade pelas janelas de casa, hoje, com o crescimento urbano, vemos a cidade pelas telas de nossos computadores, tablets e smartphones. Partindo de tal constatação, o... more
Resumo: Se algumas décadas atrás acompanhávamos os acontecimentos da cidade pelas janelas de casa, hoje, com o crescimento urbano, vemos a cidade pelas telas de nossos computadores, tablets e smartphones. Partindo de tal constatação, o presente artigo questiona se a flânerie vivenciada há dois séculos atrás nas ruas de Paris de alguma forma sobreviveria hoje nas andanças virtuais que fazemos através de nossos dispositivos digitais. Nosso percurso é teórico, e busca compreender os traços essenciais da flanerie para em seguida discutir suas possibilidades de existência na produção e, principalmente, no consumo de narrativas jornalísticas e documentais, especificamente aquelas que se valem de ambientes virtuais imersivos.
Neste artigo apresentamos um levantamento dos tipos de imagens fotojornalísticas sob a perspectiva das suas matrizes de linguagem, propondo uma desvinculação das subáreas baseadas no suporte de veiculação. A discussão apresentada sugere... more
Neste artigo apresentamos um levantamento dos tipos de imagens fotojornalísticas sob a perspectiva das suas matrizes de linguagem, propondo uma desvinculação das subáreas baseadas no suporte de veiculação. A discussão apresentada sugere que o fotojornalismo é um fornecedor de imagens técnicas para o jornalismo. Do ponto de vista metodológico, realizamos um mapeamento de produções jornalísticas contemporâneas que se valem de imagens técnicas e suas derivações. Tais imagens constituem a maior parte da matriz visual utilizada pelo campo jornalístico, e são divididas em três tipos. Concluímos que algumas categorias têm um potencial de perda da relação indicial com o referente a partir das operações numéricas efetuadas, apontando desafios para os profissionais que buscam produzir discursos visuais sobre a realidade.
Resumo: O presente artigo apresenta conclusões preliminares de um projeto de pesquisa centrado na história do fotojornalismo em Mato Grosso do Sul. Neste relato focalizamos o uso de fotografias nas páginas dos três principais jornais... more
Resumo: O presente artigo apresenta conclusões preliminares de um projeto de pesquisa centrado na história do fotojornalismo em Mato Grosso do Sul. Neste relato focalizamos o uso de fotografias nas páginas dos três principais jornais diários da cidade de Campo Grande (MS) entre 1930 e 1969, período em que não havia na cidade profissionais atuando no âmbito do que Sousa (2004) considera fotojornalismo moderno. O trabalho busca identificar os tipos de imagens veiculadas, bem como a mudança no uso deles ao longo do tempo. Procura ainda reconhecer as principais características que marcam o uso das fotografias usadas nos diários, e também identificar as possíveis origens das imagens publicadas. A metodologia empregada abrange pesquisa bibliográfica e documental, bem como análise qualitativa e quantitativa de um corpus selecionado. Conclui-se por um uso bastante disseminado de retratos fechados no rosto, por uma dependência de fontes externas para imagens de cunho mais informativo, e por uma associação direta ou indireta com o trabalho de fotógrafos comerciais.
O presente artigo aborda a importância, limites e dificuldades de trabalho com rádios escolares, a partir de um projeto de extensão universitária. Protagonizada por acadêmicos do curso de Jornalismo a partir de solicitação da escola, que... more
O presente artigo aborda a importância, limites e dificuldades de trabalho com rádios escolares, a partir de um projeto de extensão universitária. Protagonizada por acadêmicos do curso de Jornalismo a partir de solicitação da escola, que vislumbrava a utilização de equipamento presente no instituição e a realização de atividades lúdicas e profissionalizantes junto aos estudantes, o trabalho buscou promover discussões sobre o papel da mídia na sociedade e a formação de professores para atuar com mídias.
Resumo: Este artigo reflete a respeito da produção e uso de mídias audiovisuais na educação para jovens e adultos, a partir de uma experiência concreta, e tendo como base teórica os estudos de mídia-educação e a compreensão das mídias... more
Resumo: Este artigo reflete a respeito da produção e uso de mídias audiovisuais na educação para jovens e adultos, a partir de uma experiência concreta, e tendo como base teórica os estudos de mídia-educação e a compreensão das mídias como artefatos culturais contemporâneos, operados coletiva ou individualmente, e que tanto influenciam quanto recebem influência das pessoas com as quais se comunicam ou colocam em comunicação.
Este artigo traz dados a respeito da produção fotojornalística de dois cadernos de variedades dos diários Correio do Estado (Campo Grande / MS) e Estado de S. Paulo (São Paulo / SP). Buscamos, a partir deles, refletir a respeito do uso... more
Este artigo traz dados a respeito da produção fotojornalística de dois cadernos de variedades dos diários Correio do Estado (Campo Grande / MS) e Estado de S. Paulo (São Paulo / SP). Buscamos, a partir deles, refletir a respeito do uso das imagens jornalísticas nestes espaços, que abordam temáticas ligadas à artes e espetáculos, culinária, moda, saúde e comportamento. A divisão de gêneros fotojornalísticos proposta por Jorge Pedro Sousa foi utilizada como ponto de partida para a catalogação das imagens encontradas. Trabalho apresentado ao GP Fotografia do Intercom 2013.
Este artigo apresenta um relato crítico da experiência de produção de um vídeo com alunos da turma de alfabetização de jovens e adultos. A produção se deu em um contexto de estímulo ao uso das ferramentas informatizadas e do consumo... more
Este artigo apresenta um relato crítico da experiência de produção de um vídeo com alunos da turma de alfabetização de jovens e adultos. A produção se deu em um contexto de estímulo ao uso das ferramentas informatizadas e do consumo crítico das mídias, e buscou recuperar a história de vida que levou os alunos a parar e voltar, anos depois, a estudar.
O presente artigo é um resumo da pesquisa de mestrado do autor, que mapeou atividades de mídia­-educação feitas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. Em um primeiro momento foi realizado um mapeamento geral que identificou os... more
O presente artigo é um resumo da pesquisa de mestrado do autor, que mapeou atividades de mídia­-educação feitas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. Em um primeiro momento foi realizado um mapeamento geral que identificou os trabalhos realizados em 83 escolas das redes estadual, municipal e particular, colhendo algumas de suas características. A partir desses dados foram escolhidas três escolas nas quais, através de entrevistas, observação participante e o uso de formulários, aprofundamos o conhecimento a respeito dos usos, dificuldades e soluções relacionados às atividades com, sobre e/ou através das mídias no ambiente escolar. A pesquisa mostra a importância de que professores e gestores compreendam que os processos de mídia-­educação devem levar em conta tanto o uso (consumo), quanto a análise crítica (leitura) e o uso como meio de expressão (produção) dos meios de comunicação. Ressalta também a necessidade de uma formação teórico-­prática dos professores, a partir de, entre outros elementos, as expectativas e usos que eles mesmos já possuem das mídias.
O presente artigo reúne observações de duas pesquisas sobre mídia-educação realizadas em escolas de ensino fundamental de Florianópolis. A primeira enfoca as representações e usos que adolescentes fazem da internet. A segunda mapeou... more
O presente artigo reúne observações de duas pesquisas sobre mídia-educação realizadas em escolas de ensino fundamental de Florianópolis. A primeira enfoca as representações e usos que adolescentes fazem da internet. A segunda mapeou criticamente os 'usos' (uso como ferramenta pedagógica, uso para análise ou leitura crítica, e uso como forma de expressão) de diversas mídias, nas escolas particulares e públicas do município. Em sua concepção teórica, ambas compreendem os alunos como elementos ativos nas relações comunicativas, seja com os professores, com os pais, com os colegas, ou mesmo com os meios de comunicação. Os dados observados permitem concluir que, entre os adolescentes pesquisados, e dentro do contexto das novas tecnologias de informação e comunicação, a internet não apenas exerce um grande fascínio como também é dominada com relativa facilidade até mesmo por aqueles que não a utilizam cotidianamente. As observações também evidenciam que não há passividade na recepção das mensagens veiculadas na internet. Para os adolescentes investigados, a internet é sinônimo de comunicação e espaço de lazer, usos geralmente considerados inadequados nas escolas. Apesar da capacidade que demonstram no manuseio do teclado, do mouse, dos softwares, jogos de estratégia e outros, estes adolescentes geralmente não ultrapassam a barreira do consumo dos conteúdos da mídia. Por parte dos professores, foi observada uma lacuna na formação no que diz respeito ao uso pedagógico e crítico das mídias disponíveis. Neste sentido, dificuldades técnicas podem levá-los a evitar o uso das salas informatizadas, ou então a fazer uso limitado de tais recursos. Foram também observadas algumas limitações teóricas. A maioria dos professores tem pouco domínio da área da comunicação, o que dificulta a promoção de atividades que consigam ir além do simples uso das tecnologias. No uso de outras mídias, tais como jornais, rádios e vídeo, a maioria destas observações continua válida: o uso como ferramenta para 'leitura' do mundo é mais comum do que como forma de 'escrita' sobre o mundo, e também é notável a dificuldade da maioria dos professores em entrelaçar os elementos didáticos desejados com uma leitura crítica da mídia utilizada. Buscando ampliar o repertório de possibilidades de trabalho com mídias nas escolas, a segunda pesquisa propõe uma análise dos usos a partir dos conceitos-chave propostos por Bazalgette.
A partir de dois livros constituídos de histórias narradas por estudantes de escolas de Florianópolis, o autor busca analisar algumas relações entre textos orais e escritos.
A presente pesquisa mapeou atividades de mídia­-educação que vem sendo feitas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira consistiu em um mapeamento geral que teve por objetivo... more
A presente pesquisa mapeou atividades de mídia­-educação que vem sendo feitas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. O estudo foi realizado em duas etapas. A primeira consistiu em um mapeamento geral que teve por objetivo identificar os trabalhos realizados, assim como conhecer algumas de suas características. Nessa primeira aproximação obtivemos retorno de 83 escolas das redes estadual, municipal e particular. A partir desses dados foram escolhidas três escolas nas quais, através de entrevistas, observação e o uso de formulários, aprofundamos a observação a respeito dos usos, dificuldades e soluções relacionados às atividades com, sobre e/ou através das mídias no ambiente escolar. A pesquisa mostra a importância de que professores e gestores compreendam que os processos de mídia-­educação devem levar em conta tanto o uso (consumo), quanto a análise crítica (leitura) e o uso como meio de expressão (produção) dos meios de comunicação. Ressalta também a necessidade de uma formação teórico-­prática dos professores, a partir de, entre outros elementos, as expectativas e usos que eles mesmos já possuem das mídias. A análise dos dados está embasada em uma compreensão das mídias como artefatos culturais contemporâneos, operados coletiva ou individualmente, que tanto influem quanto recebem influência das pessoas com as quais se comunicam ou colocam em comunicação. Por isso enxergamos alunos e professores, gestores, pais e outras pessoas como receptores ativos e potenciais emissores de mensagens diretas ou mediadas.
O presente estudo busca compreender as transformações que vêm ocorrendo nos processos de captação, edição e produção de relatos jornalísticos a partir de fotografias e vídeos, tendo por objetivo geral revisar o conceito de fotojornalismo... more
O presente estudo busca compreender as transformações que vêm ocorrendo nos processos de captação, edição e produção de relatos jornalísticos a partir de fotografias e vídeos, tendo por objetivo geral revisar o conceito de fotojornalismo a partir da análise do processo de produção e uso de imagens técnicas. Tomamos como objeto empírico o trabalho dos profissionais do jornalismo que produzem e editam fotografias e vídeos, e/ou que constroem relatos a partir desse material. Realizamos uma pesquisa de caráter qualitativo, que se valeu de revisão bibliográfica, mapeamento de objetos da cibercultura, observação de campo e entrevistas semi-estruturadas. As noções de imagens complexas (CATALÀ), sobrevivências (WARBURG), ecologia dos meios (SCOLARI), bem como o entendimento da impossibilidade de separação entre sujeito e objeto (LATOUR) são fundamentais a esse trabalho. Discutimos compreensões a respeito da fotografia e localizamos alterações no fazer jornalístico relacionadas aos relatos sincréticos produzidos com imagens técnicas. Enxergamos a fotografia entre o expressivo e o documental, entre o dispositivo técnico e a subjetividade humana, entre o estático e a impressão de movimento. A pesquisa nos leva a compreender o fotojornalismo como subárea do jornalismo visual, embora vejamos como necessário que profissionais e veículos passem a adotar um entendimento complexo a respeito da fotografia para que isso se efetive de modo amplo. Concluímos também que a intensa aceleração no ritmo de trabalho e o enxugamento de postos e funções têm potencial para empobrecer a produção dos relatos, minando a força do jornalismo dentro da cultura  contemporânea, e que na transição da cultura imagética para a visual está em processo um descolamento entre o fotojornalismo e a função de fotojornalista.
Este livro apresenta as reflexões derivadas de uma pesquisa mapeou atividades de mídia-educação realizadas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. O estudo foi feito em duas etapas. A primeira consistiu em um mapeamento geral... more
Este livro apresenta as reflexões derivadas de uma pesquisa mapeou atividades de mídia-educação realizadas em escolas de Ensino Fundamental de Florianópolis. O estudo foi feito em duas etapas. A primeira consistiu em um mapeamento geral que teve por objetivo identificar os trabalhos realizados, assim como conhecer algumas de suas características. A partir desses dados foram escolhidas três escolas onde foi aprofundada a observação a respeito dos usos, dificuldades e soluções relacionados às atividades com, sobre e/ou através das mídias no ambiente escolar.
A pesquisa mostra a importância de que professores e gestores compreendam que os processos de mídia-educação devem levar em conta tanto o uso (consumo), quanto a análise crítica (leitura) e o uso como meio de expressão (produção) dos meios de comunicação. Ressalta também a necessidade de uma formação teórico-prática dos professores, a partir de, entre outros elementos, as expectativas e usos que eles mesmos já possuem das mídias.
A análise dos dados está embasada em uma compreensão das mídias como artefatos culturais contemporâneos, operados coletiva ou individualmente, que tanto influem quanto recebem influência das pessoas com as quais se comunicam ou colocam em comunicação. Por isso alunos e professores, gestores, pais e outras pessoas são compreendidos como receptores ativos e potenciais emissores de mensagens diretas ou mediadas.
Research Interests:
Desde que o termo ‘fotojornalismo’ foi criado, no início do século XX, fotojornalistas sempre captaram fotografias, sendo eles praticamente os únicos profissionais a produzi-las no contexto da prática jornalística. Neste ambiente, fotos... more
Desde que o termo ‘fotojornalismo’ foi criado, no início do século XX, fotojornalistas sempre captaram fotografias, sendo eles praticamente os únicos profissionais a produzi-las no contexto da prática jornalística. Neste ambiente, fotos eram voltadas aos veículos impressos, vídeo à TV e áudio ao rádio e à televisão, e em todas as empresas de mídia cada jornalista tinha uma função específica.

Mas já desde o fim do século XX, e principalmente a partir do início do século XXI, repórteres passam a fotografar; fotojornalistas começam a gravar vídeos e entrevistar; fotografias são obtidas de vídeos; redações são enxugadas; redes sociais passam a ser fonte de informação sonora, escrita e imagética; veículos jornalísticos se valem de fotos e vídeos feitos por amadores e câmeras de segurança; não é mais possível dizer, a olho nu, se uma imagem foi manipulada; fotografias e vídeos extrapolam os limites do quadro e podem ser vistos omnidirecionalmente… Tudo isso vem sendo impulsionado a partir de mudanças sociais, tecnológicas e culturais mais profundas, que vêm provocando alterações nas práticas e funções de diversas profissões, incluindo o jornalismo.