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O trabalho a seguir pretende refletir sobre como o fascismo coopta seguidores a partir da análise da série estadunidense Cobra Kai (2018-). A série foi lançada pela plataforma Youtube Premium (antiga YouTube Red). Derivada da série de... more
O trabalho a seguir pretende refletir sobre como o fascismo coopta seguidores a partir da análise da série estadunidense Cobra Kai (2018-). A série foi lançada pela plataforma Youtube Premium (antiga YouTube Red). Derivada da série de filmes dos anos 1980 Karatê Kid (The Karate Kid), traz os antigos rivais Daniel LaRusso e Johnny Lawrence de volta à memória do público. Ao compreender a série como uma alegoria de como o fascismo ganha voz e chega ao poder, o artigo pretende, através da obra, fazer uma breve análise sobre o momento atual de ascensão de partidos de extrema-direita no séc. XXI.
A proposta deste trabalho é discutir a importância que a temporada ―Malhação: viva a diferença‖ (2017-2018), escrita por Cao Hamburguer, trouxe não só para a história da atração, como para a história da televisão... more
A proposta deste trabalho é discutir a importância que a temporada ―Malhação: viva a diferença‖ (2017-2018),  escrita  por  Cao  Hamburguer,  trouxe  não  só  para  a  história  da  atração,  como  para  a história  da  televisão  brasileira.  Protagonizada  pela  primeira  vez  por  cinco  meninas,  ao  invés  do clássico triângulo amoroso, a temporada discutiu temas relevantes com muita naturalidade e sem cair nas armadilhas que  muitas obras ficcionais que utilizam do chamado mershandisingsocial caem. Ou seja, com seu texto sem parecer forçado ou panfletário.
Considerando a ascensão e a queda do gênero pornochanchada, podemos situar o seu período de agonia ao longo do governo Figueiredo (1978-1985), que coincide com o início da produção de filmes pornográficos no Brasil, período final da... more
Considerando a ascensão e a queda do gênero pornochanchada, podemos situar o seu período de agonia ao longo do governo Figueiredo (1978-1985), que coincide com o início da produção de filmes pornográficos no Brasil, período final da ditadura militar em que o país se encontrava caminhando para sua reabertura política. O objeto deste trabalho é apontar os motivos que levaram a uma transição nos gêneros fílmicos e sua relação com a, até então, censura existente no país.
Este trabalho pretende abordar as relações entre estética e política no movimento da pós-pornografia. Em como a desconstrução da pornografia que “conhecemos” pode dizer outra coisa sobre os corpos sexuados e sobre si mesma.... more
Este trabalho pretende abordar as relações entre estética e política no movimento da pós-pornografia. Em como a desconstrução da pornografia que “conhecemos”  pode  dizer  outra  coisa  sobre  os  corpos  sexuados  e  sobre  si mesma. Pode a pornografia compor uma poética e uma política do sexo? Pode a  mesma  sair  do  lugar  comum  e  objetificador  e  dar  espaço  para  um entendimento e compreensão dos desejos humanos sem tabus ou fetichismos mas  de  maneira  encorajadora  e  naturalizadora do  sexo?  Pode  a  pornografia servir de arauto e contestação política para movimentos de igualdade como o feminismo  e  o  movimento  gay?  Para  William  Ewing,  todas  as  fotografias  do corpo são potencialmente políticas, na medida em que representam valores e atitudes  sociais.  Foucault  afirma  que  as  pessoas  são  constituídas  por tecnologias muito precisas que as definem em termos de gênero, classe social, raça e sexo. A ideia do trabalho será, a partir de relatos e imagens (fotográficas ou em movimento), analisar a importância desse movimento ainda um tanto desconhecido,  para  os  estudos  sobre  política,  comportamento,  sexualidade  e arte.
Mestranda-Unicamp Brasil Trabalho apresentado no encontro nacional da Sociedade Brasileira de estudos do Cinema e Audiovisual (Socine) de 2014 Fortaleza-CE, Brasil. Este trabalho tem como proposta o estudo das relações entre o cinema... more
Mestranda-Unicamp Brasil Trabalho apresentado no encontro nacional da Sociedade Brasileira de estudos do Cinema e Audiovisual (Socine) de 2014 Fortaleza-CE, Brasil.

Este trabalho tem como proposta o estudo das relações entre o cinema feito na indústria cinematográfica chamada de Boca do Lixo, no final da década de 70 e início da de 80, e o cenário político e social em que o Brasil estava vivendo. O período foi marcado pelo início do processo de redemocratização do país, contando com a caducação do Ato Institucional de número 5 (AI-5). 1 Este ato, como se sabe, foi o símbolo e o motor de um endurecimento da censura, instituída com o início do governo militar, em 1964, acarretando numa diminuição significativa da produção cultural brasileira no período em que vigorou. 2 O fim do AI-5 pode ser, portanto, visto como um indício de um "abrandamento" desde órgão, fiscal de toda a produção cultural brasileira. Ao encararmos a utilização de filmes como fontes históricas, podemos ter uma ideia mais aprofundada sobre a relação entre a pornochanchada e o período em que existiu. Avellar (1980) afirma que a mesma seria uma "irmã gêmea" da censura. Irmãs com comportamento opostos, mas ainda irmãs. 3 Marc Ferro (2010) declara que os filmes foram conquistando seu espaço como fontes históricas, com o passar do tempo. Apesar de Ferro entender como fontes históricas da sétima arte filmes com certo "apelo histórico", ou filmes documentários, o cinema desta torna-se, para nós, pesquisadores, uma fonte, pois, por ser um agente ativo em seu tempo de duração, nos mostra um diálogo mais do que claro com o período político e histórico de sua existência. Ferro afirma que: Essa intervenção do cinema se exerce por meio de um certo número de modos de ação que tornam o filme eficaz, operatório. Sem dúvida, essa capacidade está ligada, à sociedade que produz o filme e àquela que o recebe, que o recepciona. Persiste o fato de que além do ajustamento de dificuldades não cinematográficas (condições de
Sobre o gênero Exploitation (ou exploração, em português), podemos compreender a produção de qualquer filme que tente ter sucesso financeiro explorando alguma tendência momentânea, um gênero específico (com valor de choque), ou um assunto... more
Sobre o gênero Exploitation (ou exploração, em português), podemos compreender a produção de qualquer filme que tente ter sucesso financeiro explorando alguma tendência momentânea, um gênero específico (com valor de choque), ou um assunto escabroso. Os temas explorados nesses filmes dialogam exclusivamente com sexo ou violência. Os filmes do gênero, pertencente ao Paracinema 1 , também são conhecidos no imaginário popular como "filmes B" (produções geralmente de baixo orçamento). Apesar da marginalidade com que são tratados, esses filmes, às vezes atraem atenção da crítica e são cultuados por muitos fãs 2. Alguns, como A noite dos mortos vivos (1968) 3 , definem tendências e se tornam historicamente importantes, transcendendo o gênero no qual se inscrevem. No caso do clássico de Romero, temos uma produção gore que inaugura o sub-gênero de zumbis, e que acima de tudo é um filme com um ácido comentário sobre sociedade americana da época, dialogando diretamente com os traumas da Guerra do Vietnam e com os EUA em luta pelos direitos civis dos negros.
APESAR DE VIVERMOS em uma sociedade onde somos bombardeados com conteúdos eróticos o tempo todo, na qual o corpo e o sexo são expostos, comercializados e alvos de uma constante exploração imagética, o ato sexual em si ainda é um tema tabu... more
APESAR DE VIVERMOS em uma sociedade onde somos bombardeados com conteúdos eróticos o tempo todo, na qual o corpo e o sexo são expostos, comercializados e alvos de uma constante exploração imagética, o ato sexual em si ainda é um tema tabu e enfrenta diver-sos tipos de censura ao ser levado às telas de cinema. Ao adaptarmos o ponto de vista de Marc Ferro (1992), no qual compreendemos o cinema como a represen-tação de uma realidade que engloba a sociedade, não seria o cinema pornográfi co uma projeção dos tabus e fantasias veladas que mantemos sobre a ima-ginação e a realização do sexo? Por conta disso, quais são os motivos que levam o pornô a ser mais passível de ojeriza? Antes de chegarmos na chamada golden age of porn americana, precisamos compreender o trajeto em que o cinema erótico e explícito trilhou. Assim, primeira-mente, precisamos entender melhor o que é pornogra-fi a e, consequentemente, o que a difere do erotismo. Porém, como a questão é complexa e não dá para se dis-cutir esmiuçadamente em apenas um trabalho, será feita somente uma breve apresentação. Para María Elvira Benítez, em Nas redes do sexo (2009), defi nir o que é pornografi a e o que é erotismo é um território nebuloso. Defi nir a diferença entre esses con-ceitos passa por juízos de valores e avaliações sobre comportamentos morais. Para a antropóloga, "retirar a imagem de um contexto estigmatizado e colocá-la em outro, valorizado ou legítimo, ou argumentar que uma imagem transcende o tipicamente sexual pos-suindo 'algo a mais' artística ou culturalmente, são possibilidades para fugir da censura e evitar o rótulo de pornografi a" (BENITEZ, 2009: 20). Ou seja, parafra-seando o escritor e cineasta Alain Robbe-Grillet, "a por-nografi a é o erotismo dos outros". Em O olhar pornô (2012), o pesquisador Nuno Cesar de Abreu aponta que na literatura tanto a pornografi a quanto o erotismo nos remetem a ideia de segredo, de secreto, sendo ambos uma espécie de revelação de algo que não deveria ser exposto. Para o pesquisador, ambos os conceitos parecem estar sempre juntos ou contidos um no outro, se referindo à sexualidade e às interdições sociais e se expressado pela transgressão. As tentativas de separá-los têm se mostrado inúteis por conta dos dois sempre estarem presentes quando o as-sunto é a sexualidade e suas representações, projetan-dose em um campo de contradições e ambiguidades e seu posicionamento entre o admissível e o inadmissível, fl utuar entre tempo e espaço. Para a cientista social e fi lósofa Eliane Robert Moraes, o erotismo e a pornografi a são sinônimos. Eliane, que tem como objeto central de sua carreira a literatura erótica, em uma entrevista concedida para a revista eletrônica fe-minista Geni 1 (2013), afi rma que a única diferença entre o erotismo e a pornografi a é a ausência de combustível para a imaginação de quem o está consumindo. Uma di-ferença estética, na qual a pornografi a acaba sendo por-tadora de um didatismo no pior sentido, pois não ensina. Benitez (2009) aponta que existe uma difi culdade em delimitar os signos acerca do que deve ser interpreta-do como pornográfi co ou como erótico. As fronteiras entre eles, havendo uma, é algo impreciso, por não depender somente da natureza e do funcionamento fi lmecultura I º semestre I textos para internet
O livro O olhar pornô: a representação do obsceno no cinema e no vídeo, de Nuno Cesar Pereira de Abreu, nasceu da dissertação de mestrado (de mesmo título) do autor, defendida no ano de 1994, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da... more
O livro O olhar pornô: a representação do obsceno no cinema e no vídeo, de Nuno Cesar Pereira de Abreu, nasceu da dissertação de mestrado (de mesmo título) do autor, defendida no ano de 1994, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade de São Paulo (USP). A obra nos traz um panorama da produção e do consumo da pornografia em imagens em movimento. Ou, como o próprio título apresenta, no cinema e no vídeo. Por palavras dele próprio o livro pretende indagar sobre "a evolução da representação cinematográfica da sexualidade até a sua formatação no videocassete pornográfico, processo que se inscreve no universo da comunicação, da indústria cultural e da história social" (12). O livro foi lançado em 1996 e, é importante frisar, esta resenha é sobre sua segunda edição, publicada em 2012. Tomando como gancho o primeiro parágrafo, começarei a falar do que difere entre as edições: o cyberporn. Como o livro foi lançado em 1996, muita coisa mudou no universo da pornografia em movimento. Nesses quase 20 anos de intervalo entre as edições a internet adentrou em lares do mundo inteiro se popularizando de uma forma quase que democrática e universal, além de facilitar sua difusão e consumo, fazendo com que públicos que antes tinham
Artigo publicado em forma de capítulo no livro coletânea "Cinema, Representação e Relações de Gênero", produzido pelo Grupo de Pesquisa de Cinema da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), organizado... more
Artigo publicado em forma de capítulo no livro coletânea "Cinema, Representação e Relações de Gênero", produzido pelo Grupo de Pesquisa de Cinema da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), organizado pelos pesquisadores Luiza Lusvarghi, Luíza Alvim e Gênio Nascimento.

O artigo, pretende analisar, problematizar e refletir sobre a representação negra no audiovisual brasileiro através da comédia erótica do período das Pornochanchadas, "Como é boa a nossa empregada" (2013) que, já na época recebeu críticas negativas por seu teor racista.