PT1581297E - Cateter com componente unitário - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

Cateter com componente unitário

ENQUADRAMENTO A cateterização de uma cavidade do corpo é executada frequentemente em intervenções médicas, quer para introduzir substâncias no corpo, quer para remover substâncias do corpo. Durante muitas destas intervenções, é necessário manter o cateter numa posição relativamente estável para executar a introdução ou remoção desejadas. Com a utilização de cateteres de alimentação enteral (isto é, cateteres que permitem a administração de soluções nutricionais directamente no estômago ou intestinos), por exemplo, é necessário garantir que o cateter não é removido acidentalmente do estômago ou intestino. Isto é verdade, quer durante a administração ou remoção em questão de fluidos, quer durante os períodos de tempo intercalares.

Para garantir que o cateter se mantém na posição adequada, é vulgar usar um balão colocado perto da extremidade distai (doente) da haste do cateter. A insuflação do balão obriga o balão a entrar em contacto com a estrutura anatómica (isto é, a parede do canal ou do estômago) e evita, desta forma, que o cateter se desloque da posição adequada. No caso de alimentação enteral, é formado um estorna conduzindo ao estômago ou ao intestino. 0 cateter é colocado para se estender através do estorna para formar um canal para o estômago ou para os intestinos através do qual as soluções de alimentação enteral podem ser introduzidas. 1 A figura 1 é uma vista lateral de um cateter de balão 10 da técnica anterior, tendo uma cabeça 14 disposta numa extremidade proximal 15. A cabeça 14 contém válvulas (não ilustradas) que regulam o fluxo de fluidos através do cateter de balão 10. A cabeça 14 também evita que o cateter de balão 10 avance completamente através do estorna e para o estômago ou intestino do utilizador.

Para evitar que o cateter 10 seja retirado do estômago/parede do intestino, um balão 18 é colocado ao longo de uma haste de cateter 26. O cateter 10 está ilustrado tendo uma ponta dura opcional 30, que está fixa à haste de cateter 26 numa extremidade distai 17 oposta à cabeça 14. A haste de cateter 26 é feita tipicamente em silicone de grau médico. A ponta dura 30, quando existente, é também feita frequentemente num silicone de grau médico, mas é normalmente configurada para ser tão rígida ou menos rígida do que a haste de cateter 26. O balão 18 é vantajoso, porque permite que a haste de cateter 26 seja inserida no estorna (não ilustrado) enquanto o balão 18 está vazio. Logo que a haste de cateter 26 seja colocada adequadamente no estorna, uma seringa (não ilustrada) é introduzida numa porta lateral 36 da cabeça 14 e um fluido é injectado no balao 18 através de um lúmen (não ilustrado na figura 1) do cateter 10 para insuflar o balão 18. Enquanto o balao 18 permanece insuflado, 0 cateter 10 permanece posicionado adequadamente no estorna. A posição do cateter de balão 10 é mantida desta forma até à sua remoção, se desejado. Se o cateter 10 precisar de ser removido, o balão 18 pode ser esvaziado para que nao interfira com a remoção da haste de cateter 26 e ponta dura 30. 0 tipo de balao 18 ilustrado na figura 1 é moldado em torno do perímetro da haste de cateter 26 para que quando é 2 esvaziado reduza ou se contraia em torno da haste 26, mas seja, mesmo assim, claramente maior do que o diâmetro global do cateter. A fixação do balão 18 à haste de cateter 26 é feita, frequentemente, colando a extremidade proximal 20 do balão e a extremidade distai 22 do balão em posições correspondentes na superfície externa da haste de cateter 26 para formar uma manga proximal 22 e uma manga proximal 34, respectivamente. Estas mangas 32 e 34 são secções longitudinais do balão 18, cujos diâmetros interiores correspondem ao diâmetro exterior da haste 26 nos seus pontos respectivos de fixação ao cateter 10, e têm uma distância entre eles que se aproxima do comprimento do balão vazio 18. As mangas 32 e 34 têm de ter um comprimento suficiente para proporcionar uma vedação estanque e durável entre o balão 18 e a haste de cateter 26.

Embora a configuração do balão da técnica anterior, ilustrada na figura 1, funcione para manter o cateter de balão 10 na posição adequada dentro do doente, os cateter de balão deste tipo, assim como outros cateteres de balão conhecidos, têm desvantagens. Por exemplo uma desvantagens dos cateteres de balão anteriores é o desconforto para o utilizador. No que diz respeito ao cateter da figura 1, para permitir a introdução do cateter 10, a haste de cateter 26 e, particularmente, a ponta dura 30, têm de ser relativamente rígidas ou firmes para evitar a deformação devido às pressões de introdução. No entanto, esta mesma firmeza torna a ponta distai 30 muitos mais atreita a irritar estruturas anatómicas que entram em contacto com ela. Isto é particularmente verdade no estômago e intestinos, onde as paredes opostas das estruturas anatómicas tendem a colapsar uma sobre a outra durante o esforço físico ou quando a cavidade tem pouco ou nenhum alimento. À medida que a pessoa se desloca, 3 a ponta dura 30 engata repetidamente a estrutura anatómica adjacente (tal como a parede do estômago) e pode levar a irritação e / ou desconforto para o utilizador. Assim, uma vez gue se suspeita gue a presença de uma ponta de cateter dura estendida neste ambiente irrita as superfícies opostas da cavidade do corpo, seria desejável se o doente pudesse ser protegido da exposição à ponta 30.

Assim, existe uma necessidade na técnica de um cateter de balão com uma ponta distai dura isolada das superfícies opostas da cavidade interna do corpo.

Outras desvantagem com os balões da técnica anterior do tipo referido acima é o facto de, se fossem fixos à parte interior da ponta 30, proporcionarem uma restrição indesejável ao fluxo de fluidos através dela.

Embora não tenha sido feito em cateteres anteriores, se a ponta fosse fixa ao interior da haste de cateter, o fluxo seria ainda menor. A redução no fluxo pode resultar na necessidade de um uso mais prolongado do cateter para se obter o nível desejado de fluxo de fluido. Se fosse usado um cateter com uma ponta ou haste mais larga para ultrapassar a guestão de fluxo de fluido, então o estorna através do qual o cateter tem de ser introduzido teria de ser maior, criando desta forma outros problemas, tal como mais tempo para o estorna cicatrizar, assim como a criação de uma maior abertura para a saída do fluido.

Assim, existe a necessidade de um cateter que possa proporcionar um maior nível de fluxo de fluido (quando comparado com dispositivo anteriores) sem a necessidade de uma abertura de estorna maior.

Outra desvantagem ainda dos cateteres da técnica anterior do tipo referido acima é o facto de exigirem geralmente um fabrico separado de várias peças (por exemplo, o cateter, a 4 ponta dura e o balão) , seguidamente a fixação da ponta ao cateter e a uma extremidade do balão e, finalmente, a fixação da segunda extremidade do balão ao cateter. Cada um dos processos de fixação tem sido executado manualmente no passado. Naturalmente, esta operação manual é lenta, dispendiosa e ineficiente. Para além disso, com cada passo adicional num processo existe uma oportunidade de erro e desperdício de produto.

Assim, embora exista a necessidade de cateteres, devido ao número de peças ou elementos individuais que constituem um cateter, e porque estas peças são normalmente montadas à mão, ou pelo menos em passos de montagem únicos, existe a necessidade na arte de um cateter que exija menos montagem e, especificamente, menos montagem manual. A patente WO 00/40289 revela as características do preâmbulo da reivindicação 1.

RESUMO DO INVENTO

Em respostas às dificuldades e problemas referidos acima, foi desenvolvido um componente unitário que possa ser usado com cateteres. O presente invento proporciona um cateter de acordo com a reivindicação 1. O presente invento refere-se a um cateter tendo uma ponta unitária. Mais especificamente, o cateter inclui uma haste alongada e um componente unitário. Ainda mais especificamente, o cateter alongado tem uma extremidade distai, um primeiro lúmen adaptado para comunicação de fluido, um exterior, e um segundo lúmen adaptado para comunicação de fluido com uma cavidade definida pelo exterior da haste e pelo componente 5 unitário. 0 componente unitário inclui uma zona de ponta formada integralmente com uma zona expansível. 0 presente invento pode também proporcionar um cateter de balão tendo uma cabeça com pelo menos duas aberturas; um segmento de cateter estendendo-se da cabeça, o segmento de cateter tendo um primeiro e um segundo lúmen dispostos em comunicação com as pelo menos duas aberturas; e um balão formado por uma manga numa primeira extremidade de um componente unitário, a primeira extremidade fixa ao exterior do segmento de cateter para formar uma primeira manga e uma segunda extremidade do componente unitário tendo uma parte de ponta e estando fixa à extremidade distai do segmento de cateter.

Estas e outras características e vantagens serão vistas a partir da descrição detalhada seguinte dos desenhos e a partir das reivindicações.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Os objectivos, características e vantagens, acima e outros, do invento, serão tornados evidentes a partir de uma consideração da descrição detalhada subsequente apresentada em ligação com os desenhos acompanhantes, nos quais: a figura 1 é uma vista lateral do cateter de balão na técnica anterior, numa configuração insuflada; a figura 2 é uma vista em corte de um forma de realização de um componente unitário feito de acordo com o presente invento, tendo uma parte de ponta e um balão ou parte de revestimento alongado; 6 a figura 3 é uma vista em perspectiva de uma forma de realização de um cateter de balão do presente invento, tendo um balão vazio; a figura 4 é uma vista em perspectiva do cateter de balão da figura 3, com o balão insuflado; a figura 4A é uma ampliação da zona dentro do circulo da figura 4; a figura 5 é uma vista em corte do cateter de balão da figura 3; a figura 5A é uma ampliação da zona dentro do círculo da figura 5; a figura 6 é uma vista em corte do cateter de balão da figura 3, excepto pelo facto da figura 6 mostrar um componente unitário de fixação alternativo ao cateter; a figura 6A é uma ampliação da zona dentro do círculo da figura 6; a figura 7 é uma vista em corte do cateter de balão semelhante ao da figura 6, excepto pelo facto da figura 7 mostrar uma fixação alternativa da extremidade distai da ponta do componente unitário; e a figura 8 é uma vista em corte do cateter de balão semelhante à da figura 6, excepto pelo facto da extremidade proximal do componente unitário estar fixa de forma invertida à haste de cateter. A figura 8 ilustra um arranjo gue não está de acordo com o invento, mas gue foi mantido para facilitar o entendimento de determinadas características do invento.

DESCRIÇÃO DETALHADA DO PRESENTE INVENTO 7

Uma forma de realização do presente invento inclui um componente unitário tendo uma parte de ponta formada integralmente com uma parte de revestimento expansível. A parte de ponta do componente unitário é dura ou rígida. 0 presente invento refere-se a um cateter tendo uma haste alongada e um componente unitário tendo uma zona de ponta formada integralmente com uma zona expansível. A haste alongada deveria ter uma extremidade distai, um primeiro lúmen adaptado para comunicação de fluido, um exterior, e um segundo lúmen adaptado para comunicação de fluido com uma cavidade definida pelo exterior da haste e pelo componente unitário. Deverá ser tomado em consideração que a dimensão e forma da cavidade definida por, ou entre o exterior da haste e a zona expansível do cateter unitário podem ser diferentes.

Tal como é aqui usado, o termo "distai" refere-se à direção do doente, e o termo "proximal" refere-se à direção do médico.

Em formas de realização, o presente invento proporciona um cateter de balão tendo uma cabeça com pelo menos duas aberturas através das quais o fluido pode passar; uma haste de cateter ou segmento estendendo-se da cabeça, a haste de cateter tendo um primeiro e um segundo lúmen, cada um dos lúmens estando disposto em comunicação com pelo menos uma das pelo menos duas aberturas; e um balão formado por um revestimento numa primeira extremidade de um componente unitário, a primeiro extremidade do componente unitário estando fixa ao exterior da haste de cateter para formar uma primeira manga, e uma segunda extremidade do componente unitário tendo uma parte de ponta e estando fixa à extremidade distai da haste de cateter. A manga é tal que irá normalmente colapsar em torno da haste de cateter quando vazia. 8

Será tomado em consideração que, embora seja feita referência a uma parte de revestimento expansível nas reivindicações e na primeira parte da divulgação, o termo parte de manga expansível pode também significar ou incluir, não lhe estando limitado, um balão, um revestimento, um revestimento alongado, uma manga expansível, uma zona ou parte expansível, um elemento insuflável, e quaisquer outros meios adequados de expansão ou semelhantes. No entanto, para facilidade de leitura e entendimento desta divulgação, e não pretendendo estar por esta limitado, o termo parte de manga expansível será de agora em diante referido como um balão. Deverá também tomar-se em consideração que ao longo da revelação é feita referência à insuflação do balão, no entanto, não se pretende que o presente invento esteja limitado apenas à insuflação. Isto é, embora a insuflação seja aqui usada para efeitos de facilidade de leitura e entendimento da divulgação, o termo insuflação destina-se também a significar ou a incluir, não lhe estando limitado, expansão, alargamento, dilatação ou semelhante.

De tomar em consideração que, embora seja feita referência a uma parte de ponta nas reivindicações e na primeira parte da divulgação, o termo parte de ponta pretende significar ou incluir, mas não lhe estando limitado, pontas com todas as formas e dimensões, um elemento de ponta, ponta, zona de ponta, a parte do componente unitário contendo a ponta, e semelhante. No entanto, para facilidade de leitura e entendimento desta divulgação e não pretendendo estar por ela limitado, o termo parte de ponta será de agora em diante referido como uma ponta.

Será agora feita referência aos desenhos, nos quais aos vários elementos do presente invento serão atribuídas identificações numéricas e nos quais o invento será discutido para permitir a quem tem competência na técnica fabricar e usar 9 o invento. Deverá tomar-se em consideração que cada exemplo é proporcionado como forma de explicação do invento, e não como uma limitação do invento. Por exemplo, as caracteristicas ilustradas ou descritas em relação a uma forma de realização podem ser usadas com outra forma de realização para gerar ainda outra forma de realização. Estas e outras modificações e variações estão dentro do âmbito do invento.

Com referência agora à figura 2, esta ilustra um componente unitário 117 tendo uma ponta 119 e um balão 118. A ponta 119 do componente é dura ou rígida, tal como está descrito abaixo. 0 componente unitário 117 da figura 2 é usado normalmente em conjunto com um cateter, tal como um cateter de balão 110 nas figuras 3-8. O cateter 110 inclui uma cabeça proximal 112, uma haste 114 e um componente unitário 117. Com referência agora às figuras 5 e 6, a cabeça 112 tem uma abertura proximal 120 para um lúmen de alimentação 122 dentro da haste 114, para alimentação de bolo, ou para proporcionar outros fluidos e fórmula nutrientes, e semelhantes a um doente (não ilustrado). Embora não exigido, uma válvula anti-refluxo 124, que é normalmente incluída para evitar o refluxo da fórmula nutriente, está ilustrada disposta entre a abertura 120 e o lúmen de alimentação 122. A porta de insuflação 126 está disposta na cabeça 112 e comunica com o lúmen de insuflação 128 que se estende longitudinalmente através da haste 114. O lúmen de insuflação 128 termina ao lado da haste 114 na porta 134 para a cavidade 135 criada pelo balão 118 do componente unitário 117 e pela haste 114, tal como está referido em mais detalhe abaixo. Uma válvula unidireccional 130 pode ser colocada entre a porta de insuflação 126 e o lúmen de insuflação 128. A aplicação de pressão positiva de fluido, tal 10 como com ar ou solução salina, dentro ou no lúmen de insuflação 128 por meio da porta de insuflação 126 pode obrigar o balão 118 do componente unitário 117 da insuflar. A válvula 130 ajuda a prevenir o esvaziamento inadvertido do balão 118. Embora também associado à cabeça 112 existe um tampão 131 para a abertura proximal 120 e um cordão 136 para reter o tampão 131 numa posição pronta. O tampão 131 pode ser introduzido na abertura 120, desta forma reduzindo ou evitando a contaminação quando a abertura 120 não está em utilização. O lúmen de alimentação 122 estende-se longitudinalmente através da haste 114 e termina na extremidade distai 140 da haste 114.

Os vários componentes do cateter de balão 110 podem ser feitos em qualquer material adequado, e podem, desejavelmente, ser feitos em materiais bio-compativeis, tais como silicone de grau médico ou semelhante. Tal como acima, as válvulas 124 e 130 podem ser feitas num material adequado qualquer, mas são feitas desejavelmente num polímero adequado, tal como o policarbonato.

Normalmente, para solução das preocupações de fabrico anteriores, os cateteres e as pontas dos dispositivos anteriores eram feitos separadamente e montados posteriormente. Os motivos para o fabrico separado no passado incluíam, mas não lhe estavam limitados, o que era desejável num ou mais casos para a ponta 30 (figura 1) ser feita num material diferente do usado para fabricar o cateter 10 (figura 1) ou, se feita no mesmo material da ponta 30, para apresentar propriedades físicas diferentes (por exemplo como resultado de diferentes condições ou passos de processamento) do cateter 10. Em qualquer caso (isto é, fabricado como uma peça (com o cateter) ou como peças múltiplas), deverá tomar-se em consideração que a ponta 119 (figuras 5 - 7) e haste 114 do presente invento 11 deveriam, desejavelmente, poder suportar pressões de intrdouçao sem dobrar ou deformar. 0 componente unitário 117 do presente invento pode ser feito de várias formas adequadas, incluindo, mas não lhe estando limitado, moldagem por injecção, moldagem por transferência ou imersão. Além disso, o componente unitário 117 pode estar fixo ao cateter 10 através de uma quantidade de formas, incluindo, mas não lhe estando limitado, colagem ou fixação durante um dos processos de moldagem por injecção, moldagem por transferência ou imersão referidos acima. O componente unitário 117 poderia também ser fixo ao cateter 10 por meio de ligação química, tal como ligação por solvente. Tal como está ilustrado nas figuras 5 e 5A, o componente unitário 117 pode estar fixo ao cateter 110 de forma a sobrepor a extremidade distai 140 do cateter 110. A sobreposição pode ser no exterior (figuras 5 e 5A) da haste de cateter 114 ou interior (figuras 6 e 6a) da haste 114. Em alternativa, tal como está ilustrado na figura 7, o componente unitário 117 pode ser fixo, por exemplo, à extremidade 140 da haste de cateter 114 para que haja pouca ou nenhuma sobreposição, e para que se verifique pouca ou nenhuma restrição do lúmen de alimentação 122 no ponto de fixação entre a extremidade distai 121 do componente unitário 117 e a extremidade distai 140 do cateter 110 .

Qualquer uma das formas de fixação do componente unitário 117 à haste de cateter 114 referidas acima evita ainda a restrição indesejável do fluxo associada às pontas da técnica anterior tendo o balão fixo ao interior da ponta (reduzindo desta forma a dimensão da passagem através da ponta que está disponível para comunicação de fluido). Assim, a utilização de um componente unitário 117 (figuras 2-7) pode permitir ao 12 utilizador usar uma ponta 119 (figuras 5-7) tendo uma secção transversal com uma área menor e/ou uma haste de cateter 114 com uma dimensão menor, uma vez que o nível desejado de fluxo de fluido pode ser conseguido em menos tempo nas mesmas condições de utilização, quando comparado com os dispositivos anteriores tendo fixações do balão ao interior da ponta. Deverá ser tomado em consideração que existe um número de vantagens ou benefícios associados à capacidade para usar um cateter tendo um diâmetro de haste menor onde não existirem efeitos adversos como resultado da utilização do cateter com um diâmetro de haste menor.

Tal como está ilustrado nas figuras 3 - 7, o componente unitário 117 está concebido para que pelo menos uma parte do balão 118 do componente unitário 117 possa ser invertido em torno ou à volta de uma parte da ponta 119 do componente unitário 117.

Como foi referido acima, uma vez que a composição e/ou características físicas do cateter 110 e da ponta 119 podem variar, assim também podem variar a composição e/ou as características físicas de uma ou mais partes ou zonas do componente unitário 117. Isto é, por exemplo, o componente unitário 117 terá uma espessura, no entanto a espessura, assim como o peso, forma, ou densidade de uma ou mais partes do componente unitário, podem variar. Mais especificamente, por exemplo, a parte do componente unitário 117 incluindo a ponta 119 podem ter propriedades diferentes (por exemplo dureza, espessura, elasticidade, densidade, etc.) da parte do componente 117, incluindo o balão 118.

Além disso, dentro de cada zona ou parte do componente unitário 117, as propriedades e/ou características do componente podem variar. Por exemplo, a ponta 119 pode ser 13 cónica e/ou a parte do componente unitário 117 tendo o balão 118 pode ser mais expansível ou elástica numas áreas do que noutras. De tomar em consideração que, embora as zonas ou partes do componente unitário 117 sejam, nalguns casos referidos aqui separadamente, fazem parte, de facto, de um componente, o componente unitário 117. De tomar em consideração que, embora as zonas possam ser referidas genericamente como zonas separadas, não existe, de facto, uma linha rígida no que diz respeito a onde começa acaba uma zona ou parte e termina outra. Assim, aquilo que pode ser referido como zona de transição, em que uma parte ou zona podem apresentar as propriedades e/ou características de duas zonas, pode ser encontrado no componente unitário 117. Pode mesmo encontrar-se uma zona de transição dentro de uma parte de um componente unitário 117. Por exemplo, na parte de um componente unitário 117 contendo um balão 118 tendo diferentes níveis de elasticidade, existirá uma zona de transição entre as áreas que apresenta níveis de elasticidade diferentes.

Tal como está ilustrado nas figuras 2 - 4, o componente unitário 117 tem uma extremidade 121 (figura 2) adjacente à parte do componente unitário 117 tendo a ponta 119 e uma segunda extremidade 123 adjacente à parte do componente unitário 117 que tem o balão 118. A extremidade 123 do balão 118 que pode ser invertida em torno de pelo menos parte da ponta 119 pode ser fixa à haste de cateter 114 (figuras 3, 3A, 4 e 4A) numa variedade de formas adequadas. Por exemplo, a extremidade 123 pode ser fixa ao exterior da haste 114, tal como está ilustrado nas figuras 3, 3A, 4 e 4A. Nas formas de realização nas quais a extremidade 123 se fixa ao exterior do cateter 110, a extremidade 123 pode ser fixa de modo a formar, por exemplo, um manga 132 (figuras 3, 3A, 4 e 4A) , ou pode ser 14 fixa de uma forma invertida, tal como está ilustrado na figura 8, e tal como está discutido na patente geralmente atribuída US 2004-0106901 Al (pedido de patente US n° de série 10/307,057), intitulado "CATHETER HAVING A BALLOON MEMBER INVERTEDLY ATTACHED THERETO", arquivado em nomes de Letson et al., em 30 de Novembro de 2002 (Attorney docket n° 18,477).

De tomar em consideração que a dimensão do cateter 110, assim como o comprimento (insuflado e vazio) do balão 118 podem variar de acordo com a dimensão e forma da cavidade do corpo (não ilustrado) onde o cateter 110 será usado e a natureza da matéria a ser passada através do cateter 110. Isto é, nalguns casos pode ser desejável usar cateteres 110 tendo hastes 114 maiores e/ou mais largas do que noutras formas de realização. Além disso, tal como será examinado em mais detalhe abaixo, o balão 118 do cateter 110 pode ser concebido para ter uma determinada dimensão e/ou forma em qualquer uma ou em ambas das suas configurações, insuflada ou vazia.

Também deverá ser tomado em consideração que o comprimento do balão 118, assim como o ponto ao longo da haste 114 na qual a extremidade 123 do balão 118 está fixa, pode afectar a forma do balão resultante. Outra maneira adequada de controlar a forma do balão insuflado resultante 118 inclui anéis anulares, tais como os identificados com 160, 160 ' e 160" na figura 2. Outra maneira de controlar o formato do balão insuflável inclui, mas não lhe está limitado, a imersão rotativa, feita normalmente na indústria dos preservativos para criar um filme uniforme. Outras maneiras também adequadas de controlar a forma do balão resultante incluem, mas não lhe estão limitadas, as discutidas nas patentes US n° 6,264,621 BI para Willis et al.

Embora o invento tenha sido descrito em detalhe em relação às suas formas de realização especificas, quem tem competência 15 na técnica, após adquirir o entendimento do invento, pode facilmente conceber alterações a, variações de, e equivalentes às formas de realização descritas. Pretende-se que o presente invento inclua estas modificações e variações como estando dentro do âmbito das reivindicações anexas.

Lisboa, 20 de Agosto de 2012. 16

Claims (8)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Cateter (110) compreendendo: uma haste alongada (114), e um componente (117) tendo uma zona de ponta dura ou rígida (119) e uma zona expansível (118), a zona de ponta sendo mais dura ou mais rígida do que a zona expansível do componente, no qual a haste (114) compreende uma extremidade distai (140), um primeiro lúmen (122) concebido para uma comunicação de fluido, um exterior, e um segundo lúmen (128) concebido para uma comunicação de fluido com uma cavidade definida pelo exterior da haste e pelo componente unitário; no qual a zona de ponta do componente está fixa à extremidade distai da haste; e no qual a zona expansível (118) do componente (117) se estende distalmente da zona de ponta (119) do componente (117), e de seguida proximalmente para uma fixação proximal do cateter; e no qual a zona expansível está fixa ao exterior da haste para formar um balão, caracterizado por o componente (117) ser um componente unitário formado numa peça única com a zona expansível (118).
2. 2. Cateter de acordo com a reivindicação 1, no qual a dimensão e forma da cavidade definida pelo exterior da haste e pela zona expansível do cateter unitário são variáveis. 1
3. 3. Cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a zona de ponta do componente unitário está fixa à haste de forma a sobrepor uma extremidade distai (140) da haste de cateter.
4. 4. Cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, no qual a zona de ponta do componente unitário está fixa à haste de tal forma que não existe sobreposição com a extremidade da haste de cateter.
5. 5. Cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual o componente unitário é formado por moldagem por injecção, por moldagem por transferência ou por imersão.
6. 6. Cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual a zona de ponta é mais dura ou mais rígida do que a haste de cateter.
7. 7. Cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, no qual pelo menos uma parte de zona da ponta é cónica.
8. 8. Cateter de balão compreendendo: uma cabeça tendo pelo menos duas aberturas; e o cateter de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes estendendo-se a partir da cabeça; 2 no qual a zona expansível do componente unitário é um revestimento, uma primeira extremidade (123) do componente unitário estando fixa ao exterior do cateter para formar uma primeira manga e uma segunda extremidade (121) do componente unitário tendo a parte de ponta estando fixa à extremidade distai do cateter, o balão colapsando em torno do cateter quando não está insuflado. Lisboa, 20 de Agosto de 2012. 3