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15/05/13 A dimensão comunicativa da estética nas artes eletrônico-digitais | 10 DIMENSÕES A DIMENSÃO COMUNICATIVA DA ESTÉTICA NAS ARTES ELETRÔNICO-DIGITAIS Publicado por dezdimensoes em 01 /09 /2 01 0 · Deixe um comentário (10 Dimensões/Est ét ica ― João Pessoa ― XIII FENART) 2 8.05.2 01 0 (Versão Conferência) A dimensão comunicat iva da est ét ica nas art es elet rônico-digit ais Miguel Gally [1] _________________ Com Kant, a com unicabilidade pressuposta no ajuizam ento do belo torna-se um a dim ensão decisiv a no trabalho de fundam entação da Estética. Hoje, no m undo das artes v isuais, no qual o belo perdeu seu lugar absoluto, a experim entação em torno da com unicabilidade é um a característica m arcante dentro das artes eletrônico-digitais. Nossa proposta é refletir sobre as im plicações quanto à ruptura e/ou continuidade histórica, sobre as peculiaridades, sem elhanças, deslocam entos e distorções entre esses dois m om entos do pensam ento estéticoartístico lev ando em conta o contexto atual de rev isitação da com unicabilidade. _______________________ A proposta do ciclo de conferências “1 0 Dim ensões” está v inculada à necessidade de um a abordagem m últipla para o fenôm eno das artes v isuais. Um a decisão inev itáv el frente ao pluralism o que m arca o m undo contem porâneo. E com o não se pode falar tudo de tudo, porque se corre o risco de não se falar sobre coisa algum a, o foco do ev ento é o m undo das artes v isuais v oltado para a produção que se apropria das tecnologias de transm issão de inform ação e dos recursos eletrônico-digitais disponív eis usando-os com o suporte, com o ponto de partida para criação, experim entação e v isões, m as tam bém com o crítica da própria tecnologia. Trata-se de um canto im enso desse m undo, cuja dim ensão estética é apenas um aspecto. A dim ensão estética, por sua v ez, não é algo hom ogêneo, se lev arm os em conta que se trata de um a disciplina de caráter teórico-epistem ólogico e prático-m oral inv estigada e reinv entada incansav elm ente desde seu surgim ento com Im m anuel Kant no século XVIII. O que quero dizer é que na estética há tam bém v árias dim ensões. Se lev arm os em conta o pensam ento de apenas um filósofo, daquele em direção ao qual todos os outros m odernos se v oltaram para refletir sobre os tem as clássicos dessa disciplina ― penso em Kant ainda ― tem os de considerar pelo m enos três dim ensões fortes: a dim ensão m oral, a dim ensão do prazer e a dim ensão do conhecim ento, não deixando de lado as dim ensões tam bém presentes e articuladas a essas, com o a dim ensão m ístico-religiosa e a dim ensão político-instrum ental. Em Kant, o ajuizam ento do belo é um sentim ento com plexo e que inclui indiretamente todas essas dim ensões, com plexo porque ao m esm o tem po tev e de inicialm ente excluir todas elas para poder se afirm ar com o um a disciplina própria dentro da filosofia e aí ― na ênfase sobre esse m ov im ento de exclusão ― está a fonte m oderna do que posteriorm ente se rotulou de form alism o estético[2]. Dentro desse contexto relacionado ao nascim ento da estética filosófica, escolhem os a dim ensão com unicativ a porque ela perpassa ora m ais explicitam ente ora m enos todas as outras e parece m ais perto do nosso contexto, que apresenta obras que, de algum m odo, rev isitam a com unicabilidade. Penso na arte am biental (H.O), nos happenings e perform ances em geral, m as, sobretudo, em produções m ais recentes que se apóiam sobre as nov as m ídias. Essa rev isitação v ai se consolidando cada v ez m ais com o um a relação não determ inante e suav e com o passado histórico, cada v ez m enos rev olucionária e m ais generosa, rev igorando e reinv entando o poder crítico ― na arte, isso v ai contra a com preensão de que há apenas pastiche e ecletism o cego. Gostaria de lem brar que o tem a “com unicação e estética” pode se m ostrar com o um a arm adilha e, por isso, precisa de um desm em bram ento para ev itar um grande m al entendido, afinal de contas a relação dos tem as com unicação, nov as m ídias, tecnologia e estética é direta e é objeto batido no m eio teórico das artes. dezdimensoes.wordpress.com/2010/09/01/a-dimensao-comunicativa-da-estetica-nas-artes-eletronico-digitais/ 1/5 15/05/13 1) A dimensão comunicativa da estética nas artes eletrônico-digitais | 10 DIMENSÕES Não irem os seguir os passos da Estética da Com unicação, inv estigando o conjunto sensív el e perceptiv o (aesthesis) ligado ao processo com unicativ o nas esferas da arte, da política, do lazer, da educação e da form ação, ou das relações públicas, do direito, e que influencia fortem ente condicionando nosso im aginário e/ou m obilizando nossas em oções, etc.; nessa com preensão, tem -se a estética entendida originariam ente, ou seja, com o percepção, enquanto ocupada com um a inv estigação sobre qual o seu lugar e qual sua im portância no processo de intercâm bio de inform ação. O que a estética da com unicação propõe com isso é, elim inando o belo com o núcleo, analisar a percepção e as em oções dentro do processo com unicativ o. Da m inha parte, entretanto, estou pensando que, elim inando o belo com o núcleo, a dim ensão com unicativ a da estética é ev idenciada. A estética da com unicação priv ilegia a dim ensão do prazer, da percepção, da em oção, etc.; nossa abordagem pensa a estética com o tendo v árias dim ensões, e enfatiza sua dim ensão com unicativ a; ou seja, daqui para frente com unicação será entendida m ais com o princípio de com unicabilidade presente dentro da estética que se ocupou com o belo, m as que foi e esta sendo retem atizado num m undo no qual o belo não é m ais critério para experim entação da arte ― em últim a instância, trata-se de pensar a com unicação m enos com o processo m ediado ou de v eiculação e m ais com o experim entação de conexões. Voltarei a isso m ais detalhadam ente. 2) Portanto, não se trata de entender com unicação com o troca de inform ação, seja de um a perspectiv a linear (passiv a ou ativ am ente) ou em rede, nem tam pouco entender a obra de arte com o m eio de com unicação; A nossa questão é a seguinte: a dim ensão com unicativ a da estética nas obras eletrônico-digitais está ligada à presença de um princípio ou tipo de com unicabilidade perpassado de m aneira em butida nas experiências que elas proporcionam . Só que isso não é com pletam ente nov o e nos rem ete ao nascim ento da estética no século XVIII, se pensarm os que para Kant comunicação & sent iment o do belo e sent iment o do belo & art e estão intim am ente relacionados. Com o pensar, portanto, essa relação quando o sentim ento do belo perde a centralidade, com o v incular: comunicação &sentim ento do belo e sentim ento do belo & art e. 1 . I. Comunicação e sensus communis aestheticus no pensament o kant iano Na época do Kant hav ia um grande problem a, enfrentado por v ários estetas, que era o seguinte: com o pensar a univ ersalidade do gosto sendo este algo da ordem subjetiv a e independente de regras e prescrições? Se hoje, essa questão parece pouco im portante, porque já relativ izam os coisas m ais com plicadas que o gosto e o gosto relativ izado acabou serv indo de argum ento no uso cotidiano da linguagem para garantir m ais liberdade indiv idual em áreas para além da arte, no fim do século XVIII, a busca por essa univ ersalidade era um a questão decisiv a. Visav a, em últim a instância, fundar um a liberdade univ ersal, ou seja, não a liberdade de um indiv íduo, m as a liberdade para todos os hom ens a partir de sua própria hum anidade, sem recursos m ísticos ou religiosos ou fanatism os. Mergulhado nesse contexto, Kant estav a profundam ente interessado em pensar a univ ersalidade do gosto, ou seja, a univ ersalidade de um sentim ento que alcançam os indiv idualm ente, de m aneira priv ada e direta (im ediata), m as que com unicam os ou com partilham os (mitteilen) com todos os hum anos. Em alem ão, o v erbo mitteilen, se for traduzido ao pé da letra, diz com partilhar, m as é o m esm o v erbo utilizado hoje em dia para os sentidos de: “com unicar”, “notificar” e “inform ar”. O interessante é que para Kant, com unicar é partilhar algo com e no caso da estética é part ilhar um sentimento com toda a humanidade. Se por um lado, tem -se um partilhar discursiv o baseado em um a linguagem (v erbal, form al, etc.), de onde brota o term o usado por ele sensus communis logicus e a partir do qual se pode defender um a univ ersalidade objetiv a, tem -se tam bém um partilhar não discursiv o baseado num sentim ento, sensus communis aestheticus. Esse sentido com um estético é o fundam ento de um a generalização que faz às v ezes de univ ersalidade objetiv a no dom ínio subjetiv o e do sentim ento. Mas o que significa e quais são as im plicações da descoberta e fundam entação de um sentim ento univ ersal? Para a estética, significou seu nascim ento com o disciplina filosófica, seguindo as exigências m odernas de autonom ia e cam po/objeto próprio, legitim ando inclusiv e sua inclusão com o parte do currículo das univ ersidades e das escolas (ginásios da Alem anha do século XIX). Mas, para nós, resta ainda um a pergunta prim ordial: enfim , com o Kant defende ou m esm o exige com o um dev er que outras pessoas tenham o m esm o sentim ento que eu tenho quando dezdimensoes.wordpress.com/2010/09/01/a-dimensao-comunicativa-da-estetica-nas-artes-eletronico-digitais/ 2/5 15/05/13 A dimensão comunicativa da estética nas artes eletrônico-digitais | 10 DIMENSÕES ajuízo algo belo? Ora, se pensarm os que esse juízo tem origem no objeto ou julga o objeto, essa suposição fracassa rapidam ente, afinal as pessoas não são as m esm as. A inv estida de Kant, no entanto, está baseada na descoberta de um sentim ento que tem um a origem em um jogo entre a liberdade da faculdade da im aginação e a capacidade de legislar da faculdade do entendim ento, jogo sem v encedores (sem determ inação) e colocado em m archa pela form a do objeto quando intuído. Fundar o ajuizam ento de gosto ou do belo sobre um a relação entre as faculdades perm itiu a Kant pressupor um a generalização subjetiv a (no lugar de um a univ ersalidade objetiv a, própria do conhecim ento discursiv o), porque tais faculdades são as m esm as acionadas em decorrência de um uso objetiv o, com o intuito determ inar um objeto. Se esse uso discursiv o perm ite um a troca univ ersal de inform ações sobre esse conhecim ento, tornando-se assim um conteúdo aceitáv el ou recusáv el, pode-se pressupor que do ponto de v ista subjetiv o, ou seja, reflexiv o, haja pelo m enos um a generalização no lugar daquela univ ersalidade necessária do uso objetiv o das m esm as faculdades. O que Kant pressupõe, em últim a instância, é que representam os objetos da m esm a m aneira, em bora sejam os diferentes uns dos outros. Há um m esm o processo de representar baseado na presença das m esm as faculdades [seja quando se representa objetos percebidos pelos cinco sentidos (percepção), seja enquanto sentim ento, seja ainda, no caso do belo, quando se tem um a percepção refletida, por ser um sentim ento cuja origem rem ete às faculdades, um sentim ento cuja peculiaridade é ser generalizáv el]. A com unicação desse sentim ento se torna possív el justam ente por causa da pressuposição em todos daquelas faculdades que perm item v islum brar um sentido/sentim ento com um de origem cognitiv a (diferente do sentido de origem perceptiv a). Trata-se, portanto, do sensus communis aestheticus, pressuposto para que um a com unicação seja explicáv el. A com preensão kantiana de com unicação tem um forte aspecto de troca de inform ação quando se pensa a com unicação discursiv a, m as tam bém de partilha de um sentim ento de m aneira não discursiv a. O sentido com um em Kant perm ite que pessoas diferentes realm ente part ilhem algo e est ejam de acordo sobre o que sentem indiv idualm ente sem precisar explicar ou m esm o conv encer um a a outra. Do m eu ponto de v ista, há algo aqui que tem sido rev isitado por algum as obras de arte de origem tecnológica ou baseadas em nov as m ídias. Eu explico. 1 . O exercício comunicacional nas art es elet rônico-digit ais em Visorama e Pedralume: pont os de divergência/convergência frent e à posição de Kant A com unidade estética pensada por Kant a partir de um a pressuposição de um sentido com um (sensus aestheticus) a todos os hom ens parece ser rev isitada com a exploração da com unicabilidade em Visorama e Pedralume. Há, nessas duas obras, um a proposta de radicalização dentro do contexto da estética (porque estão ligadas à contem plação) quanto ao tem a da com unicação: para Kant, a existência de um a com unidade estética poderia ser pressuposta porque nos com unicam os, porque conseguim os trocar inform ações (e, sobretudo, porque o conhecim ento é possív el de m aneira objetiv a), ou seja, a univ ersalidade da estética depende da eficiência da sua capacidade de com unicar; e com Visorama e Pedralume, a com unicação se encontra em questão com o m era troca de inform ações sendo explorada com o um ev ento de conexão e com unhão, m as no qual há tam bém part ilha de algo (espaço) e algum acordo (em dar e assumir t al espacialidade) [o conteúdo é/está tam bém ligado a essa experim entação?]. Mais precisam ente, explora-se aí o seguinte: que tipo de com unicação efetiv am ente está presente no acontecim ento da obra de arte baseada em nov as tecnologias? E qual a relação com a com unicação não discursiv a e estética pensada por Kant? Antes de prosseguir, gostaria de lem brar que o resgate histórico prom ov ido por um a rev isitação tal qual v erem os não pretende suplantar, m as absorv er; não pretende rev olucionar, m as incorporar. Aí reside sua generosidade, porque se trata de um a relação não determ inante com o passado histórico, porque não pretende suplantá-lo recusando-o com o inútil. Generosa, ainda, porque é paciente e atenta em reav iv ar idéias pouco desenv olv idas. Em Visorama, o que se v ê dentro do binóculo tem perado com im agens digitais e que tem de ser m anipulado por um único espectador, é v isto, ao m esm o tem po, por todos que estão presentes na sala de exposição atrav és da projeção da im agem v ista e m anipulada v ia binóculo. O artista, então, cria as condições de operativ idade da obra, um dezdimensoes.wordpress.com/2010/09/01/a-dimensao-comunicativa-da-estetica-nas-artes-eletronico-digitais/ 3/5 15/05/13 A dimensão comunicativa da estética nas artes eletrônico-digitais | 10 DIMENSÕES espectador interage e cria um a seqüência usando os recursos da m áquina e os dem ais espectadores v êem o que um espectador v iu. Cabe notar que o espectador que m anipula o binóculo não v ê a im agem projetada enquanto usa o binóculo; v ê apenas a im agem dentro do binóculo. O som é partilhado por todos sem interferências por parte do espectador. A experiência artística presente nesta obra, do ponto de v ista da dim ensão com unicativ a, acontece em duas instâncias, a) quando o binóculo é usado e b) quando os espectadores observ am a im agem projetada. Ou seja, enquanto conexão ou interativ idade direta entre artista e binóculo operado por um espectador ou enquanto conexão ou interativ idade indireta, observ ação por parte dos dem ais espectadores (ou seja, contem plativ a, enquanto apreciação ou não do cotidiano). Mais um aspecto a ressaltar é o seguinte: a presença do artista perm anece no processo, ele não é elim inado, e dá lugar ao espectador de m aneira m oderada, porque o espectador que opera o binóculo não aprecia a obra com o os dem ais, e estes não operam o binóculo escolhendo o que e com o v er. Poderíam os dizer que se trata de um a com unicação em rede e até m esm o tentar enquadrá-la na tradição da arte telem ática, m as o recurso repetido do dar lugar gerando condições para isso m e parece um a prov ocação para pensarm os a com unicação de um a m aneira am pla dentro desse processo de criação. Outra obra, que eu considero interessante para pensar a com unicabilidade na estética é Pedralume(2 008) de Gilbertto Prado. Aí, tem os um a pedra feita de leds azuis que se encontra em um a sala de exposição, m as conectada v ia web a seu site, no qual internautas podem deixar m ensagens que serão exibidas em projeção próxim a à pedra, na sala. Essas luzes acendem e brilham gradualm ente conform e a proxim idade física da(o) internauta, ou seja, conform e a distância do endereço IP de origem do internauta e o local de exibição da pedra azul de leds: quanto m ais perto, m ais brilho, quanto m ais longe, m enos brilho. Há ainda um atraso proposital entre o acender e o acesso ao site. O espectador na exposição da pedra v ê apenas a pedra e seus leds lentam ente acedendo e apagando conform e os acessos dos internautas (eu fiquei por quase um a hora para v er m udanças!). Os internautas não v êm a pedra, nem a im agem dela em tem po real. Até aqui sem elhante com Visorama, pois entre o artista e os espectadores na sala de exibição, há um terceiro, o internauta ou aquele que opera o binóculo. O conteúdo das im agens em Visorama e a crítica a um a interativ idade m ecânica e v eloz que reproduz nosso cotidiano term inam sendo quase um pretexto para que se exercite a coexistência equilibrada dos continentes do espectador (div idido em dois grupos) e do artista nessa análise v ia com unicabilidade. Se, por um lado, a troca de inform ações pode caracterizar um m odo de com unicação, no qual esse dar lugar não é priv ilegiado, por outro lado, a com unicação exige m ais do que poder receber ou env iar dados v ia um m édium , interpretando-os ou não; exige tam bém e sobretudo um esforço de aproxim ação, no qual tolerância, escuta, paciência são requeridos. Kant pensou essa aproxim ação desde a pressuposição da existência das m esm as faculdades, pensou na univ ersalização de um procedim ento cognitiv o dessas faculdades pressupostas. Se hoje um a tal univ ersalização pode soar totalitária ou m esm o im positiv a, por outro lado, é altam ente dem ocrática a idéia de que se possa com partilhar algo univ ersalm ente de m odo não-discursiv o. O que a arte (eletrônico-digital) term ina exercitando em seu processo de criação, acredito, é com o pode hav er com partilham ento e com unicação entre continentes distintos sem necessariam ente usar os recursos de qualquer linguagem (discursiv a, corporal, v isual, sonora, etc.) que suponha a troca de inform ação com o algo central, e sem a pretensão de se tornar, a arte m esm a, um a linguagem (passív el de um a gram ática, com um a sintaxe, etc.). O exercício de conexão, aqui aparentem ente form al e v azio, no fundo é um exercício de dar e assum ir lugar, um a com unicação com fortes laços v oltados para a espacialidade O que se partilha entre os continentes do espectador e do artista é o espaço físico da obra, é o espaço da/para a criativ idade e a m anutenção da abertura desse espaço, que é reforçada pela flexibilidade e equilíbrio de forças dos continentes env olv idos. O exercício com unicacional lev ado a cabo por tais obras explora a com unicação com o um ev ento de encontro e construção do conteúdo propriam ente a ser com unicado, ou seja, as obras não carregam consigo apenas um a inform ação (seja ela um significado, expressão, sentim ento, etc.) a ser transm itida, m as um a prov ocação para a construção de um event o comunicacional espacial e por isso especial, um ev ento de dar e assum ir lugar gerando as condições para isso. *** dezdimensoes.wordpress.com/2010/09/01/a-dimensao-comunicativa-da-estetica-nas-artes-eletronico-digitais/ 4/5 15/05/13 A dimensão comunicativa da estética nas artes eletrônico-digitais | 10 DIMENSÕES [1] Professor Colaborador do Program a de Pós-Graduação em Filosofia da Univ ersidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Bolsista Pesquisador do Conselho Nacional de Desenv olv im ento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenador do Projeto de Pesquisa “Apropriações da Estética Clássica (XVIII) para a Filosofia da Arte Contem porânea” junto à Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (FAPERN). Currículo Com pleto: http://lattes.cnpq.br/0186938954124031. E-m ail: gally @terra.com .br. [2] Para m ais detalhes sobre a com posição das dim ensões Hedônica/Prazer, Cognitiv a/Conhecim ento e da Moral, v er: GALLY , Miguel. O am biente do belo e o pluralism o nas artes v isuais: para um a atualização da “Crítica da Faculdade de Julgar Estética” de Im m anuel Kant (Tese de Doutorado, UFRJ, 2 007 ), Capítulos II (pp.7 9 ss), III, IV, V e o anexo I (p.1 9 3 ); texto na íntegra no sítio Dom ínio Público do Gov . Federal: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action= &co_obra= 88384 dezdimensoes.wordpress.com/2010/09/01/a-dimensao-comunicativa-da-estetica-nas-artes-eletronico-digitais/ 5/5