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Nossa pesquisa visa analisar a atuação do Brasil no regime internacional de investimentos e fazer um balanço dos efeitos do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e... more
Nossa pesquisa visa analisar a atuação do Brasil no regime internacional de investimentos e fazer um balanço dos efeitos do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e Moçambique. Neste segundo texto para discussão, discorremos sobre as relações entre Brasil e Angola, bem como Brasil e Moçambique, por meio de abordagem inter-relacionada do que chamamos de tripé investimento, financiamento e cooperação. Iniciamos com um panorama sobre as relações Brasil-África desde os anos 2000 e buscamos evidenciar que, após o impulso dado durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve um contínuo enxugamento de recursos destinados ao financiamento e à cooperação com países africanos. Ocorreu também um estreitamento dos objetivos para maior ênfase em comércio e investimentos, bem como maior foco na cooperação na área de defesa. Seguindo o tripé, adentramos mais detalhadamente nas relações do Brasil com Angola e Moç...
The formation of BRICS marks a significant aspect of 21st-century globalization. This has spurred optimism in the Global South about offering an alternative to Western dominance. China has aimed to expand its global presence and... more
The formation of BRICS marks a significant aspect of 21st-century globalization. This has spurred optimism in the Global South about offering an alternative to Western dominance. China has aimed to expand its global presence and influence, framing its relations as 'South-South Cooperation'. Brazil and South Africa are crucial partners within BRICS, receiving significant Chinese investment, loans, and assistance. In this article, we critically examine South-South investments through a comparative analysis of Chinese investments in South Africa and Brazil, focusing on the case studies of the Manaus Industrial Park and the Musina-Makhado Special Economic Zone. Our research employs ethnographic fieldwork and secondary sources to analyze Chinese investments and their socio-environmental impact. We begin with a discussion of globalization and current trends of deglobalization by proposing three dimensions to analyze the role of BRICS. While Chinese investment could offer an alternative to Western financing, a more balanced South-South
O artigo busca apresentar um breve histórico do G20, com foco em momentos cruciais que ajudam a entender seus processos de institucionalização, bem como os momentos de crise pelo qual tal fórum tem passado. Feito isso, serão apresentados... more
O artigo busca apresentar um breve histórico do G20, com foco em momentos cruciais que ajudam a entender seus processos de institucionalização, bem como os momentos de crise pelo qual tal fórum tem passado. Feito isso, serão apresentados os principais pontos da agenda brasileira para o G20 no ano de 2024 focando, particularmente, na discussão sobre participação social e a incidência de diferentes organizações da sociedade civil. Busca-se, com isso, contribuir para uma melhor identificação e contextualização dos dilemas e possibilidades que se colocam para o Brasil nesse contexto.
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Índices Macroeconômicos
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Atividade econômica gráf... Inflação gráficos
OG20eareformadaAFI
Há uma séria lacuna entre o que a arquitetura financeira internacional pode ofertar em sua atual configuração e o que a ordem global demanda para manter sua estabilidade
The Guide to Understanding the G20 is the result of a partnership between the BRICS Policy Center (BPC), Jubileu Sul Brasil (Jubilee South Brazil), and Associação Nacional de ONGs (ABONG, or the National Association of NGOs). A... more
The Guide to Understanding the G20 is the result of a partnership between the BRICS Policy Center (BPC), Jubileu Sul Brasil (Jubilee South Brazil), and Associação Nacional de ONGs (ABONG, or the National Association of NGOs). A collaborative effort with civil society organizations and networks, such as Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (REBRIP, or the Brazilian Network for the Integration of Peoples) and Instituto de Estudos Socioeco- nômicos (INESC, or the Institute of Socioeconomic Studies), among others, this Guide aims to facilitate your journey through the complex universe of the G20, from the time of its creation, during the gradual expansion of its agenda and structure, until now, the year that Brazil holds the rotating pres- idency of the G20. We hope that this Guide will provide useful information on the G20’s dynamics for civil society, the press, and academics, among other stakeholders. Written in easy-to-read language, its goal is to democ- ratize information on the G20 process and terminology. To understand the G20, we sought to establish a pluralist dialogue with various representa- tives of civil society organizations and networks and the academic world and invited them to share their impressions on the tensions in the G20, its limits, and potential.
O Caderno para entender o G20 é resultado da parceria do BRICS Policy Center (BPC) com a rede Jubileu Sul e a Abong. A partir deste Caderno, pro- duzido coletivamente com organizações e redes da sociedade civil, como a ABONG, a Rede... more
O Caderno para entender o G20 é resultado da parceria do BRICS Policy Center (BPC) com a rede Jubileu Sul e a Abong. A partir deste Caderno, pro- duzido coletivamente com organizações e redes da sociedade civil, como a ABONG, a Rede Brasileira Pela Integração dos Povos (REBRIP), Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), entre outras, buscamos facilitar seu per- curso no universo complexo do G20 desde sua criação, passando pela am- pliação da sua agenda e estrutura até o momento atual, quando o G20 se encontra sob a presidência rotativa do Brasil. Esperamos que esse Cader- no seja útil para subsidiar a sociedade civil, a imprensa, acadêmicos, entre outros atores, com informações sobre as dinâmicas do G20. Escrito numa linguagem acessível, seu objetivo é democratizar as informações sobre o processo e gramática do G20. Para entender o G20, buscamos estabelecer um diálogo plural com diversos representantes de redes, organizações da sociedade civil e da academia, convidando-os a partilharem suas impres- sões sobre as tensões, limites e potencialidades do G20.
At the turn of the millennium, the rise of Southern powers and their firms was filled with a sense of positive change and possibility. The advent of the Brazilian mining giant, Vale S.A., in Africa tellingly captured such ideals and... more
At the turn of the millennium, the rise of Southern powers and their firms was filled with a sense of positive change and possibility. The advent of the Brazilian mining giant, Vale S.A., in Africa tellingly captured such ideals and ambitions. Spanning activities from the continent’s Atlantic to Indian coasts, Vale went on to become Brazil’s largest-ever corporate presence in Africa. Yet, over the years, caught up in complex challenges, business underperformances, and socio-environmental controversies, Vale’s operations on the continent have been brought to a halt after nearly two decades (2004–2022). This Special Section reflects on the full cycle (political, environmental, economic, and social) of Vale in Africa, where the expansion of extractive promises and projects by a major Southern multinational turned out to be not so tractable as initially envisioned. This introductory article sets the scene for the Special Section. It provides a background to Vale, offers an overview of its presence in Africa, revisits how its engagement on the continent has been discussed in the literature, and accounts for how this Special Section furthers existing debates. It then describes the empirical and theoretical contributions to emerge from the six articles that make up the collection.
Este artigo analisa o lugar do Brasil nas relações com os países BRICS. Iniciamos com um balanço da trajetória dos BRICS nos últimos 15 anos, mostrando diferentes abordagens sobre o papel do grupo na ordem internacional. Logo, passamos... more
Este artigo analisa o lugar do Brasil nas relações com os países BRICS. Iniciamos com um balanço da trajetória dos BRICS nos últimos 15 anos, mostrando diferentes abordagens sobre o papel do grupo na ordem internacional. Logo, passamos para as relações bilaterais do Brasil com cada parceiro, iniciando com relações mais densas com a China, até as relações ainda pouco exploradas com a África do Sul. Para o Brasil é estratégica a parceria dos BRICS, uma vez que país é membro fundador do grupo, além de ter a China como sua principal parceira comercial. Os BRICS constituem um espaço privilegiado para o Brasil diversificar suas relações internacionais e manter uma relativa autonomia aos centros de poder tradicionais. Ao mesmo tempo, a atual expansão para novos membros consolida a fase geopolítica dos BRICS, apresentando oportunidades e desafios para o Brasil.
O regionalismo é a forma pela qual os Estados-nação procuram solucionar questões políticas e econômicas no nível regional, tradicionalmente vinculadas à promoção do livre-comércio e à superação de conflitos interestatais. Para os países... more
O regionalismo é a forma pela qual os Estados-nação procuram solucionar questões políticas e econômicas no nível regional, tradicionalmente vinculadas à promoção do livre-comércio e à superação de conflitos interestatais. Para os países menos desenvolvidos, o regionalismo é percebido como um mecanismo estratégico de desenvolvimento. Diante dos processos de independência, as iniciativas de integração africanas começaram a ser pensadas e fundadas de forma concomitante à formação dos Estados-nação no decorrer do século XX. Isso faz da integração do continente africano um processo particular. Este trabalho faz uma análise do desenho institucional e do grau de institucionalização das principais organizações regionais africanas, enfatizando seus objetivos e seu papel para a integração continental e oferecendo um histórico de criação dos mecanismos de integração que culminaram na formação da União Africana (UA), a principal organização de integração do continente. Aborda, ainda, a instituc...
Este libro reúne los resultados de investigaciones realizadas en el ámbito de dos programas con agendas temáticas y equipos de investigadores que trabajaron colectivamente entre 2012 y 2016: por un lado, el Grupo de Trabajo de CLACSO... more
Este libro reúne los resultados de investigaciones realizadas en el ámbito de dos programas con agendas temáticas y equipos de investigadores que trabajaron colectivamente entre 2012 y 2016: por un lado, el Grupo de Trabajo de CLACSO Cooperación Sur-Sur y Políticas de Desarrollo en América Latina, coordinado por Carlos R. S. Milani; por otro, el Proyecto La Inserción de Rio de Janeiro en las Agendas da Cooperación Sur-Sur Descentralizada de la FAPERJ (Convocatoria número 19/2011 Programa Piensa Rio Apoyo al Estudio de Temas Relevantes y Estratégicos para el Estado de Rio de Janeiro), coordinado por Maria Regina Soares de Lima. Ambos coordinadores son profesores del Instituto de Estudios Sociales y Políticos de la Universidad del Estado de Rio de Janeiro, y actuaron en el sentido de colocar en diálogo agendas de investigación convergentes y de fundamental importancia para a América Latina. Así, los investigadores cuyos trabajos se han compilado en este libro han trabajado conjuntamen...
The formation of the Brazil-Russia-India-China-South Africa (BRICS) network is one of the main features of twenty-first century geopolitics, far exceeding in scope the investment strategy in BRIC economies that was identified by a senior... more
The formation of the Brazil-Russia-India-China-South Africa (BRICS) network is one of the main features of twenty-first century geopolitics, far exceeding in scope the investment strategy in BRIC economies that was identified by a senior Goldman Sachs banker, Jim O’Neill, in 2001. O’Neill may have kick-started this process as part of the standard Goldman Sachs approach to investment ‘churning’ (by 2013 the bank shut down its BRIC fund after poor returns), but it took on a life of its own. In 2006, a meeting between BRIC countries took place on the margins of the United Nations General Assembly. However, it was with the global financial crisis that the economic role of the BRICS gained prominence, especially insofar as financial bailouts and currency printing initially failed to restore growth, leaving the Chinese and Indian economies as drivers of global capitalism. Amidst two decades of unprecedened economic growth and significant political developments across the BRICS regimes, grand claims have been offered about the way BRICS will rebalance the world and ensure good global governance. This essay considers the opposite, namely that a resurgent imperialism is being facilitated by BRICS politics. This functions in three ways. First, global capitalist crisis tendencies are amplified by centrifugal forces emanating from BRICS economies. Second, the neoliberal character of multilateral institutions, especially in the spheres of finance, trade, and climate politics, is also amplified as the BRICS gain a seat at the table. Third, BRICS-based corporations, along with their states acting in a subimperial manner, are vital forces in super-exploitative accumulation within their respective regions and beyond. In our view, the centripetal forces supposedly pulling the world more tightly together through globalization had by 2018 reached their limits, and centrifugal pressures had begun to emerge. The BRICS were now very much part of a world turned upside down, and in many respects driving the process
Neste trabalho, visamos a aprofundar o debate sobre a inserção do Brasil no regime internacional de investimentos, realizando uma análise comparada entre o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) do Brasil e os tratados... more
Neste trabalho, visamos a aprofundar o debate sobre a inserção do Brasil no regime internacional de investimentos, realizando uma análise comparada entre o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) do Brasil e os tratados bilaterais de investimentos (TBIs) de China, África do Sul, Rússia e Índia (demais países do BRICS) com países africanos. Iniciamos com um panorama sobre as relações político-econômicas desses quatro países com os africanos. Logo, discorremos sobre a inserção de cada país do BRICS no regime internacional de investimentos e apresentamos as características dos modelos de TBIs utilizados com países no continente africano. Realizamos um levantamento quantitativo e uma análise qualitativa dos textos dos acordos, para identificar suas principais características. Adicionalmente, apresentamos a atuação desses quatro países do BRICS no sistema internacional de arbitragem e analisamos os casos envolvendo os países africanos e os países do bloco. Ao final, resgatamos as principais características dos ACFIs e realizamos uma análise comparativa entre os modelos utilizados pelos demais países do BRICS, apontando suas diferenças e semelhanças. Concluímos que, apesar de os países do BRICS impulsionarem reformas no regime internacional de investimentos, posicionando-se criticamente sobre os TBIs tradicionais, normalmente estabelecidos por países do Norte global no que tange às relações com países africanos, os quatro países do BRICS aqui analisados utilizam o modelo tradicional de TBI, reforçando suas regras e princípios. Nesse sentido, acabam por reproduzir tratados entre economias assimétricas, que garantem direitos ao investidor estrangeiro em detrimento do interesse público em áreas fundamentais para as sociedades, como meio ambiente, saúde, trabalho e estabilidade macroeconômica. Apenas o ACFI traz um modelo de acordo diferenciado, porém, ele ainda não foi realmente colocado em prática, para que seja testado, aperfeiçoado ou mesmo questionado quanto sua necessidade. Em nossa análise, o Brasil tem um caminho a percorrer e deve buscar promover investimentos com países africanos de forma equilibrada, garantindo que esses investimentos efetivamente contribuam ao desenvolvimento econômico, social e ambiental para as partes envolvidas.
Our selection of chapters for this Handbook sides with the critical tradition among these three strands of political economy. This is not to deny critical scrutiny of research designs, the- oretical elaborations, and findings in the other... more
Our selection of chapters for this Handbook sides with the critical tradition among these three strands of political economy. This is not to deny critical scrutiny of research designs, the- oretical elaborations, and findings in the other traditions. As elaborated above, however, their focus concentrates on increasing the wealth and competitiveness of nations and/or enhancing the allocative efficiency of markets. And although topics addressed in a number of more recent writings in the other two strands do also include environmental concerns, the question of how to overcome structures of economic inequality and power asymmetries beyond mere remedial action against egregious forms of poverty does not figure in their agenda. But our preference for the critical tradition is not based on normative grounds alone. Its openness to other social sciences and sensitivity towards societal inequalities without neglecting either interstate rival- ries or individual agency promises a more holistic approach and therefore more convincing insights into political economies.
Mining and extractive industries are usually presented as significant contributors to national economies. Yet, empirical and analytical studies developed throughout the 20th century have revealed the limits and challenges that they must... more
Mining and extractive industries are usually presented as significant contributors to national economies. Yet, empirical and analytical studies developed throughout the 20th century have revealed the limits and challenges that they must deal with to ensure long-term economic growth. More recently, some works have focused on the territorial aspects and conflicts at the subnational scale, involving specific social groups around extractive projects (Graulau, 2008; Saes & Bisht, 2020; Santos & Milanez, 2020). In this chapter, we argue that despite the risks of resource-based growth, the emergence of neoliberalism and the economic rise of Asia have driven the restructuring of nation-states and public policies, which in turn has deepened the dependence on extractivism in several Latin American countries. This dynamic has resulted in new and complex territorial impacts and conflicts. It presents new challenges to the economic critiques formulated between the 1950s and the 1990s such as structuralism, dependence theory and the resource curse, among others, opening up a space for the construction of new paradigms that sought to complement such critiques as well as question some of their proposed solutions, including the development discourse itself. This chapter is organized into three main parts. We begin by briefly describing the main schools of thought on extractivism and economic development in the 20th century. Then, we address the main issues involving the economic and political context of mining in Latin America at the beginning of the 21st century, providing examples of public policies in the extractive sector. We conclude with a synthesis of new conceptual propositions on 'post-extractivism' and 'post-development', based on recent Latin American intellectual debates. Our analysis is based on our experience as academics with participatory research in extractivism and mining in Brazil and Latin America, as well as in international networks on mining multinationals in Brazil, Mozambique and Canada, of which the Articulação Internacional de Atingidos e Atingidas pela Vale [International Articulation of those Affected by Vale] is a major example. 1 Although focused on Latin America, the debates presented here are applicable to other regions that experience the expansion of the mineral frontier, either to meet the infrastructure demands of emerging countries (Edwards et al., 2014; Rubbers, 2020) or to ensure the energy transition of countries of consolidated industrialization (Bazilian, 2018; Church & Crawford, 2020). In our view, despite the alleged legitimacy of extractive-oriented activities (mainly generated by promises of employment, infrastructure and modernization), the territorial nature of conflicts that emerged from them reveal the limitations of natural resource-based growth, and challenge social movements and academics to rethink the relationship between nature, society and economy.
Brazil and South Africa have become major partners of China in their respective regions, as well as in the BRICS and other multilateral arenas. They are also among the main recipients of Chinese loans and foreign direct investment. Thus,... more
Brazil and South Africa have become major partners of China in their respective regions, as well as in the BRICS and other multilateral arenas. They are also among the main recipients of Chinese loans and foreign direct investment. Thus, this has become an increasingly important topic of analytical research and case study work, as the economic footprint of China in Africa and Latin America has grown exponentially over the last two decades. The BRICS Policy Center, of the Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro, and of the School of Government, of the University of the Western Cape, have researched and compared Chinese investments in both South Africa and Brazil to respond to the following questions. What are main characteristics of Chinese investments in the two countries? What are the specific government policies and state institutions that sustain and facilitate them, and what socioenvironmental and labor dynamics have been generated in the territories where Chinese projects are implemented? The results are presented in three different reports: two contain the findings of extensive research carried out on each country, Brazil and South Africa; the present report focuses on the main similarities and differences in Chinese investments and bilateral diplomatic relations with both countries, as illustrated through specific case studies on Brazil and South Africa’s special economic zones.
This report is part of the project “The political economy of South-South relations: a com- parative analysis of China’s investments in Brazil and South Africa”, which is based on the col- laboration of researchers from the BRICS Policy... more
This report is part of the project “The political economy of South-South relations: a com- parative analysis of China’s investments in Brazil and South Africa”, which is based on the col- laboration of researchers from the BRICS Policy Center at the Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro and the School of Government at the University of the Western Cape, with the
support of the Karibu Foundation. We aim to investigate and compare Chinese investments in two other BRICS countries: South Africa and Brazil. The questions that guide this research are: to what extent can South-South investments generate new potential for regional and national development based on fairer and more sustainable social and environmental grounds? Or, on the contrary, to what extent do South-South investments reproduce the traditional internation- al division of labour and practices of natural resource and labour exploitation, while generating new asymmetries? We aim to identify the main characteristics of Chinese investments in the two countries; the specific government public policies and state institutions that sustain and facilitate them, and the socioenvironmental and labour dynamics that were generated in terri- tories where Chinese projects have been or are being implemented.
The focus of this report is Chinese investments in Brazil. We begin by presenting data on the evolution and main characteristics of Chinese investments from 2010 to the present day, fol- lowed by our findings on financing, credit and trade. Next, we discuss political-diplomatic rela- tions between China and Brazil and the main public policies designed to facilitate and promote foreign direct investment in the country from the time of the Dilma Rousseff administration (2011-2016) to the governments of Michel Temer (2016-2018) and Jair Bolsonaro (2019-2022). We have crossed information to assess the extent to which, if any, diplomatic visits and public policies have facilitated the entrance of Chinese investors in each sector. Finally, we examine a case study on the factories of Chinese manufacturing companies in the Special Economic Zone of Manaus, specifically in the Manaus Industrial Pole, located in the Amazon region.
In this paper, we offer an assessment of almost 20 years of Vale’s operation in Mozambique through the lenses of the International Articulation of those Affected by Vale (IAAV). Based on literature review, documental analysis, fieldwork,... more
In this paper, we offer an assessment of almost 20 years of Vale’s operation in Mozambique through the lenses of the International Articulation of those Affected by Vale (IAAV). Based on literature review, documental analysis, fieldwork, and participatory research, we analyzed IAAV’s main repertoires of action: international meetings and caravans, the “Unsustainability Reports” and the annual interventions in the company’s annual shareholders assembly. We argue that IAAV is an unprecedented experience of articulation among civil society organizations and social movements to monitor and confront a corporation from the “global South”. Our case shed light to the role played by social movements and NGOs as political translators. International diffusion is not taken as an automatic and mechanic process, but as a multi-actor process that involves a hard, contingent, and powerful political work of building cross-border alliances. It requires a permanent work of perception alignment, (re) interpretation, and translation, which must be more investigated. The interactions between Brazilian and Mozambicans organizations since 2010 reinforced similarities of local realities in both countries; created com- mon interests and objectives; fostered the exchange of ideas and knowledge; produced several research outputs, reports, and campaigns; and boosted other spaces of cooperation and solidarity.
Nossa pesquisa visa analisar a atuação do Brasil no regime internacional de investimentos e fazer um balanço dos efeitos do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e... more
Nossa pesquisa visa analisar a atuação do Brasil no regime internacional de investimentos e fazer um balanço dos efeitos do Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e Moçambique. Neste segundo texto para discussão, dis- corremos sobre as relações entre Brasil e Angola, bem como Brasil e Moçambique, por meio de abordagem inter-relacionada do que chamamos de tripé investimento, financiamento e coopera- ção. Iniciamos com um panorama sobre as relações Brasil-África desde os anos 2000 e buscamos evidenciar que, após o impulso dado durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve um contínuo enxugamento de recursos destinados ao financiamento e à cooperação com países africanos. Ocorreu também um estreitamento dos objetivos para maior ênfase em comércio e investimentos, bem como maior foco na cooperação na área de defesa. Seguindo o tripé, adentramos mais detalhadamente nas relações do Brasil com Angola e Moçambique, no que tange a comércio e investimentos, crédito e financiamento, assim como a cooperação técnica e ajuda ao desenvolvimento. Nossa análise pretendeu atualizar pesquisas anteriores e dar o quadro mais recente sobre as conjunturas política, econômica e social na qual se inserem os investimentos brasileiros. Por fim, trouxemos um balanço das entrevistas realizadas com atores-chave em Angola e Moçambique. As entrevistas buscaram extrair suas análises e perspectivas sobre os processos de desenvolvimento econômico em seus países, o papel do investimento estrangeiro e os efeitos dos acordos de facilitação e proteção de investimentos, situando o ACFI e as relações com o Brasil nesse cenário. Apesar de esse acordo ser visto como um modelo menos restritivo do que os tradicionais tratados bilaterais de investimentos (TBIs), encontramos evidências de que este não é suficiente para promover investimentos entre os países envolvidos. Para isso, seria necessário garantir um ambiente econômico e político estável para os investidores tanto no Brasil quanto em Angola e Moçambique, bem como retomar uma diplomacia econômica para melhor troca de experiências e conhecimento mútuo.
In the late 2000s, the emergence of the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa) gave rise to expectations of an alternative for the countries of the Global South in relation to the traditional powers. In this paper, we... more
In the late 2000s, the emergence of the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa) gave rise to expectations of an alternative for the countries of the Global South in relation to the traditional powers. In this paper, we investigate international investment agreements between the BRICS and Latin America and the Caribbean (LAC). We seek to identify to what extent the BRICS can promote changes in the international investment regime or, on the contrary, reinforce the traditional model of foreign investment protection. To this end, we investigated LAC's political-economic relations with each BRICS country through document analysis of their models of agreements and secondary data analysis of investment, trade, and credit flows, as well as social and environmental conflicts. We conclude that, although some of the BRICS have promoted important innovations in their investment agreements, the models used by each member with their Latin American counterparts mostly reproduce (except for Brazil) the traditional model. Further, the bloc's economic relations with LAC have largely reinforced the region's role as an exporter of raw materials, reproducing asymmetric relations of dependency. Therefore, LAC-BRICS relations, despite representing a geopolitical counterpoint, are limited in contributing to a socially just and sustainable development process.
For over a decade China has supplanted Europe as the principal stimulus for the production and export of soy from Brazil, overwhelmingly in the form of whole beans rather than meal. Medium-term projections, whether from the United States... more
For over a decade China has supplanted Europe as the principal stimulus for the production and export of soy from Brazil, overwhelmingly in the form of whole beans rather than meal. Medium-term projections, whether from the United States Department of Agriculture (USDA) or Brazil's Ministry of Agriculture, Livestock and Supply (MAPA), suggest that this dynamic will continue, while China's Ministry of Agriculture and Rural Affairs (MARA) forecasts are somewhat more modest. In this article, a range of new factors are taken into account, which point to a more uncertain future. These include: Brazil's alignment in the US-China trade war and the tensions this is creating both diplomatically and within the soy sector itself; the measures China is adopting to diversify its agricultural commodity supply bases; China's increasing commitment to global climate goals; the impact of food innovation and consumer trends on global meat consumption; and the policies China is putting into place to increase domestic capacity. All these factors, it is argued, may call into question the current dynamism of the Brazil-China soy nexus over the medium term, with the unintended consequence of easing of the pressure on Brazil's fragile Cerrados and Amazon ecosystems.
Este artigo examina a reconfiguração do poder internacional desde o fim da Guerra Fria, incorporando dimensões cruciais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Acompanhamos a evolução das posições relativas ocupadas por Estados Unidos,... more
Este artigo examina a reconfiguração do poder internacional desde o fim da Guerra Fria, incorporando dimensões cruciais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Acompanhamos a evolução das posições relativas ocupadas por Estados Unidos, União Europeia (UE), China, Japão, Índia, Rússia, Brasil e Coreia do Sul na economia global entre 1990 e 2020 em três dimensões: dinamismo produtivo-medido por participação relativa no produto interno bruto (PIB) mundial calculado por paridade de poder de compra (PPC); dinamismo científico e tecnológico-medido por participação relativa na autoria de artigos publicados em revistas internacionais indexadas; e dinamismo de inovação-medido por participação relativa no registro de patentes no mundo. Para medir e avaliar as mudanças estruturais em curso, adaptamos os índices de Rae e Taylor e de Laakso e Taagepera, comumente usados para aferir graus de fragmentação em sistemas políticos, elaborar índices de concentração/dispersão de poder relativo em cada dimensão e indicar o número e a composição de "potências relativas" no seu âmbito. Os resultados evidenciam a erosão do poder relativo das "potências tradicionais" (Estados Unidos, Europa e Japão), a ascensão acelerada da China e a emergência de novas "potências relevantes" (com destaque para a Índia e a Coreia do Sul), mas com graus diferenciados de difusão/concentração conforme a dimensão considerada. Reforçam a compreensão de que capacidades nacionais em CT&I se tornaram um vetor central da reconfiguração do poder mundial.
Africa, despite the natural wealth of its resources remains still at low development levels compared to the rest of the world. Given the importance of exports as a key factor for the economic development of African countries, we... more
Africa, despite the natural wealth of its resources remains still at low development levels compared to the rest of the world. Given the importance of exports as a key factor for the economic development of African countries, we investigate whether international trade can create growth opportunities or whether there are "inherent weaknesses" that hinder this process. This paper presents and analyzes the foreign trade statistics of African countries, during the period 1995-2020. The topic is approached by analyzing recent trends and indicators of trade using the most up-to-date data from valid databases. The paper concludes that the structure of trade and in particular, the low export performance and the high export concentration in primary and natural resources (internal factors), combined with the volatility of the prices of these products in the international markets (external factors), make it extremely difficult for African economies to grow through international trade. In addition, Africa's participation in international production, as assessed by indicators that determine its position in the Global Value Chains, creates limited opportunities for technological upgrades, which is a critical factor in the development process.
Research Interests:
 A China tem papel central no regime internacional de investimentos como país emissor e anfitrião de investimento externo direto. Ela também é o primeiro país em maior número de tratados bilaterais de investimentos. Neste artigo,... more
 A China tem papel central no regime internacional de investimentos como país emissor e anfitrião de investimento externo direto. Ela também é o primeiro país em maior número de tratados bilaterais de investimentos. Neste artigo, analisamos os tratados da China com países da América Latina e Caribe e as principais características de suas relações comerciais, financeiras e de investimento. Buscamos questionar em que medida a China pode se tornar uma parceira alternativa para as economias da região e se o país contribui para promover inovações no modelo de TBI vigente.
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) atingiu todos os países do mundo, impactando os sistemas de saúde e atingindo as economias, desde as bases produtivas nacionais até as cadeias de produção e comércio mundiais. Com isso, a pandemia... more
A pandemia do novo coronavírus (COVID-19) atingiu todos os países do mundo, impactando os sistemas de saúde e atingindo as economias, desde as bases produtivas nacionais até as cadeias de produção e comércio mundiais. Com isso, a pandemia vem reposicionando o papel das políticas públicas e dos Estados-nacionais, uma vez que capacidades estatais em saúde precisaram ser fortalecidas e programas econômicos e sociais precisaram ser desenvolvidos para resgatar empresas e empregos. O objetivo deste trabalho é verificar, de forma preliminar, como os países que compõem os BRICS, afora o Brasil, têm enfrentado a pandemia, apontando algumas tendências comuns em suas abordagens. Metodologicamente, buscamos identificar convergências e diferenças nas ações dos governos de cada país BRICS no que tange às medidas de contenção da doença, políticas relacionadas à economia e aos empregos, bem como iniciativas de cooperação internacional. Concluímos com possíveis lições que podem ser extraídas destas ...
Esta nota procura apresentar informações e identificar elementos importantes que possam subsidiar a construção de uma agenda de discussões e negociações bilaterais entre Brasil e Gana, abordando os seguintes temas: (i) visão geral da... more
Esta nota procura apresentar informações e identificar elementos importantes que possam subsidiar a construção de uma agenda de discussões e negociações bilaterais entre Brasil e Gana, abordando os seguintes temas: (i) visão geral da economia de Gana; (ii) comércio exterior do país; (iii) investimento estrangeiro no país; e (iv) relações comerciais com o Brasil, incluindo a identificação de oportunidades de expansão do comércio e impactos de um acordo de livre comércio entre os países. Os números evidenciam que o Brasil possui um nível muito baixo de integração com Gana. Os fluxos de comércio e de investimentos são reduzidos, as importações são concentradas em cacau e registraram volumes decrescentes nos últimos anos e as exportações – embora razoavelmente diversificadas – são de baixo valor total. Os números mostram também que Gana é uma economia dinâmica, conta com um ambiente favorável aos negócios e apresenta grande espaço para crescer de forma rápida nas próximas décadas, espec...
O artigo objetiva apresentar o marxismo como teoria das Relações Internacionais. Para isso, trazemos algumas das premissas básicas e aspectos metodológicos relevantes da leitura de Marx. Logo, fazemos um breve balanço do amplo debate... more
O artigo objetiva apresentar o marxismo como teoria das Relações Internacionais. Para isso, trazemos algumas das premissas básicas e aspectos metodológicos relevantes da leitura de Marx. Logo, fazemos um breve balanço do amplo debate sobre a natureza do Estado e as relações de classes. Para isso, nos baseamos em dois expoentes clássicos do marxismo no século XX, Antonio Gramsci e Nicos Poulantzas. Por fim, procuramos apresentar os reflexos da metodologia marxiana e do debate sobre a relação entre Estado e classes sociais, e Estado e sociedade civil, para as formulações teóricas das Relações Internacionais, trazendo as ideias centrais de dois de seus expoentes, Robert W. Cox e Leo Panitch. Estes autores trabalham os conceitos de hegemonia, império e a ideia de ‘internacionalização do Estado’, que consideramos uma categoria original da teoria crítica e marxista para as Relações Internacionais. Espera-se poder contribuir com agendas de pesquisa inovadoras e críticas nas Relações Intern...
O artigo apresenta uma discussão sobre os processos de institucionalização e expansão do BRICS ao longo de suas nove cúpulas, destacando duas áreas temáticas: (i) economia política internacional – particularmente desenvolvimento... more
O artigo apresenta uma discussão sobre os processos de institucionalização e expansão do BRICS ao longo de suas nove cúpulas, destacando duas áreas temáticas: (i) economia política internacional – particularmente desenvolvimento internacional; e (ii) segurança internacional. A hipótese é a de que o BRICS vem passando por um processo de adensamento institucional, cuja maior expressão foi a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e do Arranjo Contingente de Reservas (ACR). Nesse processo, embora os temas de segurança internacional ganhem importância crescente, isso se deve às transformações na geopolítica do capitalismo contemporâneo. Além disso, há também um concomitante processo de outreach do BRICS. Nesse contexto, distintos padrões de adensamento institucional do arranjo podem ser notados. Concluiu-se que tanto o destaque das questões de segurança internacional quanto o processo de outreach com relação a outros países sofre uma influência direta do país que hospeda a cúpula...
Surgido a partir de conferências internacionais no início deste século, os BRICS ganharam importância política e econômica após a crise mundial de 2008, quando passaram a ser vistos como um polo alternativo a hegemonia dos EUA e da... more
Surgido a partir de conferências internacionais no início deste século, os BRICS ganharam importância política e econômica após a crise mundial de 2008, quando passaram a ser vistos como um polo alternativo a hegemonia dos EUA e da Europa. Neste artigo, todavia se questiona o suposto papel contra hegemônico dos BRICS. Em termos políticos, sua agenda não vem sendo de confrontação, mas sim a de reivindicar “um lugar à mesa” junto às potências ocidentais. Enfim, buscam um lugar apropriado à sua dimensão econômica nas instâncias de concerto global. De todo modo, iniciativas como a de criação do Novo Banco de Desenvolvimento e uma política de cooperação internacional diferenciada representam pontos de disputa entre os BRICS e os polos de poder tradicionais. Mas isso está longe de significar uma real alternativa para uma ordem mundial mais justa. Além disso, entre os países membros existem não só convergências. As próprias relações entre os BRICS e deles com outros países do Sul global se...
Posfácio - Marxismo e Relações Internacionais: Um breve balanço
A política externa brasileira, a partir de 2003, apresentou uma notória curva em direção ao aprofundamento e à expansão das relações com outros países e regiões “do Sul global”. Nesse contexto, o continente africano ganhou importância... more
A política externa brasileira, a partir de 2003, apresentou uma notória curva em direção ao aprofundamento e à expansão das relações com outros países e regiões “do Sul global”. Nesse contexto, o continente africano ganhou importância para as relações internacionais do Brasil. O objetivo do artigo é avançar na compreensão da participação do setor empresarial na cooperação brasileira em Moçambique. Os resultados demonstram que as empresas e seus projetos privados se mesclam nos territórios. Examinaremos o caso do corredor logístico de Nacala, interseção das principais e maiores iniciativas de cooperação e de investimento de empresas brasileiras em Moçambique. O cenário construído nos mostra um tabuleiro no qual a cooperação Sul-Sul e, dentro dela, a cooperação brasileira, não podem ser compreendidas sem serem considerados sua relação com os interesses e investimentos empresariais, o jogo de poder com outros países e as políticas de instituições multilaterais como o Banco Mundial.
O relativo declínio econômico das atuais potências na geoeconomia mundial acentuou a noção de que estamos em meio a um processo de mudança, com a ascensão das chamadas economias emergentes, conhecidas pelo acrônimo BRICS. Quais são os... more
O relativo declínio econômico das atuais potências na geoeconomia mundial acentuou a noção de que estamos em meio a um processo de mudança, com a ascensão das chamadas economias emergentes, conhecidas pelo acrônimo BRICS. Quais são os determinantes de um desenvolvimento diferenciado dos BRICS frente às potências centrais, aos demais países periféricos, e entre os próprios integrantes do grupo? O seu ritmo de desenvolvimento é sustentado no longo prazo? Quais são os seus entraves e o impacto da sua ascensão para a governança econômica global? Partimos da premissa de que, na era do conhecimento, ciência, tecnologia e inovação…
O uso dos conceitos de hegemonia e imperialismo é intercalado na literatura de Relações Internacionais para explicar uma ordem internacional hierárquica sob dominação de uma potência. O termo "imperialismo" é utilizado em geral... more
O uso dos conceitos de hegemonia e imperialismo é intercalado na literatura de Relações Internacionais para explicar uma ordem internacional hierárquica sob dominação de uma potência. O termo "imperialismo" é utilizado em geral por marxistas, enfatizando o elemento da coerção, que, diferentemente do imperialismo clássico, hoje se dá de forma opaca e indireta. Já "hegemonia" é usado de forma ampla por teóricos críticos, realistas e institucionalistas, enfatizando elementos do consenso, como regras, normas e instituições internacionais. O período de dominação dos EUA é caracterizado por ambos os termos.
A crise financeira de 2008 teve impactos significativos no capitalismo global, sendo um de seus reflexos na estrutura da governança global a constituição e evolução do G-20. Neste contexto, o objetivo do artigo é analisar tais mudanças e,... more
A crise financeira de 2008 teve impactos significativos no capitalismo global, sendo um de seus reflexos na estrutura da governança global a constituição e evolução do G-20. Neste contexto, o objetivo do artigo é analisar tais mudanças e, em especial, as posições de quatro dos principais atores nas cúpulas do G-20, a saber: Estados Unidos, China, Alemanha e Brasil.
Resumo: A teoria crítica de Robert W. Cox se consolidou como uma das principais críticas metodológicas às teorias tradicionais das Relações Internacionais. Neste artigo, apresentamos as principais contribuições de Cox através das... more
Resumo: A teoria crítica de Robert W. Cox se consolidou como uma das principais críticas metodológicas às teorias tradicionais das Relações Internacionais. Neste artigo, apresentamos as principais contribuições de Cox através das categorias de estrutura histórica (capacidades materiais, ideias e instituições), forças sociais e hegemonia. Em nossa visão, o método coxiano da estrutura histórica e sua análise sobre as diferentes forças sociais que incidem sobre a realidade social e internacional fornecem um instrumental importante para analisar as transformações em curso na ordem mundial. Esse instrumental nos convida a enxergar além dos Estados nacionais e instituições, trazendo o olhar para as forças sociais em disputa. Partindo das formulações de Cox, apresentaremos uma intepretação das relações entre China e América Latina e Caribe. Mostramos que, apesar de romper com a onipresença das potências tradicionais e gerar expectativas de relações mais horizontais, a inserção de multinacionais chinesas na região também é fonte de conflitos. Estes vêm sendo de natureza socioambiental, levando ao questionamento sobre o próprio modelo de desenvolvimento adotado por países latino-americanos, baseado nas indústrias extrativas e infraestruturas a elas vinculadas. Palavras-chave: Teorias das Relações Internacionais; Robert W. Cox; investimento externo direto; China; América Latina e Caribe. Abstract: Robert W. Cox’s critical theory has been consolidated as one of the main methodological critiques of traditional theories of International Relations. In this article, we present Cox’s main contributions through the categories of historical structure (material capacities, ideas and institutions), social forces and hegemony. In our view, the Coxian method of historical structure, and his analysis of the different social forces that affect social and international reality, provide an important instrument to analyze the ongoing transformations in the world order. This instrument invites us to look beyond national states and international institutions to the social forces in dispute. Based on Cox’s formulations, we present an interpretation of the relations between China and Latin America and the Caribbean. We show that, despite breaking with the omnipresence of the traditional powers and generating expectations of more horizontal relations, the insertion of Chinese multinationals in the region is also a source of conflicts. These have been of a socioenvironmental nature, leading to questions about the very development model adopted by Latin American countries, based on extractive industries and related infrastructures. Keywords: International Relations Theory; Robert W. Cox; foreign direct investment; China; Latin America and the Caribbean.
Este trabalho resulta do projeto A agenda externa do Brasil para a África: avaliações e propostas, no qual se analisa a atuação do Brasil no regime internacional de facilitação e proteção de investimentos, a fim de realizar um balanço dos... more
Este trabalho resulta do projeto A agenda externa do Brasil para a África: avaliações e propostas, no qual se analisa a atuação do Brasil no regime internacional de facilitação e proteção de investimentos, a fim de realizar um balanço dos efeitos do novo Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e Moçambique. Neste texto, apresentam-se: o contexto histórico de surgimento dos tratados bilaterais de investimentos; as crescentes críticas de natureza política, econômica e social sobre os efeitos dos tratados sobre as políticas públicas dos países signatários, bem como o contexto atual de reformas dos modelos de acordo, no qual se insere o ACFI do Brasil; e a inserção dos países africanos no regime internacional de investimentos, com seu enquadramento legislativo doméstico, bilateral e regional para facilitação e proteção do investimento estrangeiro. Por fim, fornece-se um panorama sobre as políticas públicas relevantes ao inve...
A análise de Antonio Gramsci sobre a sociedade civil, bem como seu estudo do papel dos intelectuais na sociedade e o conceito de hegemonia, foram, há muito, reconhecidos como uma das mais originais e importantes características de sua... more
A análise de Antonio Gramsci sobre a sociedade civil, bem como seu estudo do papel dos intelectuais na sociedade e o conceito de hegemonia, foram, há muito, reconhecidos como uma das mais originais e importantes características de sua teoria política em Cadernos do Cárcere. Estudiosos debateram extensamente as diferenças e semelhanças entre os conceitos de sociedade civil de Hegel e de Gramsci, se estes representariam um significativo afastamento do pensamento marxista tradicional e o lugar que ocupam (ou deveriam ocupar) na história da filosofia política.
Research Interests:
Resumo: A teoria crítica de Robert W. Cox se consolidou como uma das principais críticas metodológicas às teorias tradicionais das Relações Internacionais. Neste artigo, apresentamos as principais contribuições de Cox através das... more
Resumo: A teoria crítica de Robert W. Cox se consolidou como uma das principais críticas metodológicas às teorias tradicionais das Relações Internacionais. Neste artigo, apresentamos as principais contribuições
de Cox através das categorias de estrutura histórica (capacidades materiais, ideias e instituições), forças sociais e hegemonia. Em nossa visão, o método coxiano da estrutura histórica e sua análise sobre as diferentes forças sociais que incidem sobre a realidade social e internacional fornecem um instrumental importante para analisar as transformações em curso na ordem mundial. Esse instrumental nos convida a enxergar além dos Estados nacionais e instituições, trazendo
o olhar para as forças sociais em disputa. Partindo das formulações de Cox, apresentaremos uma intepretação das relações entre China e América Latina e Caribe. Mostramos que, apesar de romper com a onipresença das potências tradicionais e gerar expectativas de relações mais horizontais, a inserção de multinacionais chinesas na região também é fonte de conflitos. Estes vêm sendo de natureza socioambiental, levando ao questionamento sobre o próprio modelo
de desenvolvimento adotado por países latino-americanos, baseado nas indústrias extrativas e infraestruturas a elas vinculadas. Palavras-chave: Teorias das Relações Internacionais; Robert W. Cox; investimento externo direto; China; América Latina e Caribe.

Abstract: Robert W. Cox’s critical theory has been consolidated as one of the main methodological critiques of traditional theories of International Relations. In this article, we present Cox’s main contributions through the categories of historical structure (material capacities, ideas and institutions), social forces and hegemony. In our view, the Coxian method of historical structure, and his analysis of the different social forces that affect social and international reality, provide an important instrument to analyze the ongoing transformations in the world order. This instrument invites us to look beyond national states and international institutions to the social forces in dispute. Based on Cox’s
formulations, we present an interpretation of the relations between China and Latin America and the Caribbean. We show that, despite breaking with the omnipresence of the traditional powers and generating expectations of more horizontal relations, the insertion of Chinese multinationals in the region is also a source of conflicts. These have been of a socioenvironmental nature, leading to questions about the very development model adopted by Latin American countries, based
on extractive industries and related infrastructures. Keywords: International Relations Theory; Robert W. Cox; foreign direct investment; China; Latin America and the Caribbean.
What has historically been the role of the nonwestern semiperiphery (what was it expected to do and what did it really do) and how has this role changed in recent years? In their article “Moving toward Theory for the 21st Century: The... more
What has historically been the role of the nonwestern semiperiphery (what was it expected to do and what did it really do) and how has this role changed in recent years? In their article “Moving toward Theory for the 21st Century: The Centrality of Nonwestern Semiperiphery to World Ethnic/Racial Inequality”, Wilma Dunaway and Donald Clelland provide important contributions to the efforts to rethink global inequalities and the potential to transform the capitalist world-system. Presenting a wealth of data compiled in graphs and tables, the article aims to decenter analysis of global ethnic/racial inequality by bringing the nonwestern semiperiphery to the foreground. In their examination of the rise of the nonwestern semiperiphery, the authors question the popular “global apartheid model”, which identifies “white supremacy” as the sole cause of global ethnic/racial inequality. Their goal is to demonstrate that the nonwestern semiperiphery intensifies and exacerbates ethnic and racial ...
Os tratados bilaterais de investimento (TBIs) surgiram no período pós-Segunda Guerra Mundial, mas proliferaram nos anos 1990, alcançando quase todos os países do mundo. Questionamentos quanto à efetividade dos TBIs para aumentar o fluxo... more
Os tratados bilaterais de investimento (TBIs) surgiram no período pós-Segunda Guerra Mundial, mas proliferaram nos anos 1990, alcançando quase todos os países do mundo. Questionamentos quanto à efetividade dos TBIs para aumentar o fluxo de investimentos e seu efeito sobre políticas públicas de interesse social e ambiental levaram muitos países a reformular seus parâmetros. Nesse contexto, surge o modelo brasileiro de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), assinado inicialmente junto a países africanos. Neste trabalho, apresentamos o contexto de criação e o conteúdo dos ACFIs por meio de uma análise dos acordos com Angola e Moçambique, comparando-os com os demais TBIs destes países. Argumentamos que o início do ACFI com os países africanos, em 2015, refletiu interesses estratégicos do governo brasileiro naquele momento, bem como o histórico da atuação de empresas multinacionais brasileiras, que enfrentaram disputas e conflitos. O ACFI traz aspectos inovadores que atenuam os elementos críticos dos TBIs tradicionais, porém sua implementação precisará ser acompanhada para que tenha efeitos positivos no sentido de investimentos social e ambientalmente responsáveis, tal como o modelo brasileiro se propõe.
Este trabalho resulta do projeto A agenda externa do Brasil para a África: avaliações e propostas, no qual se analisa a atuação do Brasil no regime internacional de facilitação e proteção de investimentos, a fim de realizar um balanço dos... more
Este trabalho resulta do projeto A agenda externa do Brasil para a África: avaliações e propostas, no qual se analisa a atuação do Brasil no regime internacional de facilitação e proteção de investimentos, a fim de realizar um balanço dos efeitos do novo Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) para os investimentos brasileiros em Angola e Moçambique. Neste texto, apresentam-se: o contexto histórico de surgimento dos tratados bilaterais de investimentos; as crescentes críticas de natureza política, econômica e social sobre os efeitos dos tratados sobre as políticas públicas dos países signatários, bem como o contexto atual de reformas dos modelos de acordo, no qual se insere o ACFI do Brasil; e a inserção dos países africanos no regime internacional de investimentos, com seu enquadramento legislativo doméstico, bilateral e regional para facilitação e proteção do investimento estrangeiro. Por fim, fornece-se um panorama sobre as políticas públicas relevantes ao investimento estrangeiro em Angola e Moçambique, mostrando um quadro comparativo do ACFI assinado com o Brasil e os demais tratados bilaterais de investimentos em vigor em cada um desses países.
Following a summary of the basic argument of the book The Making of Global Capitalism: The Political Economy of American Empire, SPE presents an interview with one of its authors, Leo Panitch-the last he gave before his untimely death.... more
Following a summary of the basic argument of the book The Making of Global Capitalism: The Political Economy of American Empire, SPE presents an interview with one of its authors, Leo Panitch-the last he gave before his untimely death. Leo addresses the current political situation in the United States, the impact the Trump administration had on the global order, and the strategic challenges facing socialists and the Left in general.
What will stand in opposition to a Biden-administration imperialism, whose toxic ideology only replaces Trump’s “paleo- conservative” nationalism with the Obama- style fusion of neoliberalism and neocon- servatism? Much hope was invested... more
What will stand in opposition to a Biden-administration imperialism, whose toxic ideology only replaces Trump’s “paleo- conservative” nationalism with the Obama- style fusion of neoliberalism and neocon- servatism? Much hope was invested in the Latin American “Pink Tide” but it faded after Hugo Chavez’s 2013 death (with Ven- ezuela’s subsequent Maduro government surviving but suffering enormously from U.S. sanctions, whereas Bolivia’s Move- ment Towards Socialism returned to power in 2020 after a coup backed by Trump and lithium-dependent battery producer Elon Musk). Since then, notwithstanding serious crises, the Brazil-Russia-India-China-South Africa (BRICS) network has been of central interest in twenty-first-century international political economy.
Esta entrevista – promovida pela rede Relações Internacionais e Marxismo (RIMA), em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e o podcast Chutando a Escada – foi realizada em 6 de novembro de 20201, após a eleição... more
Esta entrevista – promovida pela rede Relações Internacionais e Marxismo (RIMA), em parceria com o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e o podcast Chutando a Escada – foi realizada em 6 de novembro de 20201, após a eleição presidencial americana, que foi considerada a mais importante das úl- timas décadas. Panitch soube celebrar a derrota eleitoral de Trump, tendo em mente os limites da vitória de Joe Biden, tanto em termos do contínuo (e contra- ditório) papel imperial dos EUA, quanto em termos da possibilidade de superar a decadência social interna vivida pela classe trabalhadora estadunidense. Ele nos adverte que a tentativa de restauração da hegemonia ideológica do império informal, por uma presidência democrata, não será uma tarefa fácil. Ele também
nos ajuda a enxergar além da superfície desses processos, olhando para o potencial de algumas das forças sociais de esquerda, trazidas pelas mesmas contra- dições que tornaram possível o Trumpismo, ajudando-nos a buscar a esperança para além do caos mais visível. Interessado e profundamente informado sobre a situação política no Brasil, Panitch foi capaz de enquadrá-la nos termos de sua análise, mas sempre nos convidando e estimulando a desenvolver nosso próprio entendimento sobre nossas singularidades. Suas análises sempre mostraram o cuidado para conter alarmismos, evitar conclusões rápidas, e buscar sobriedade e lucidez.
A pandemia de COVID-19 reposicionou o papel das políticas públicas e dos Estados-na-cionais. Objetivamos verificar como os BRICS, afora o Brasil, enfrentaram a pandemia na sua primeira fase. Para isso, comparamos as medidas de contenção... more
A pandemia de COVID-19 reposicionou o papel das políticas públicas e dos Estados-na-cionais. Objetivamos verificar como os BRICS, afora o Brasil, enfrentaram a pandemia na sua primeira fase. Para isso, comparamos as medidas de contenção do coronavírus, incenti-vo à economia e cooperação internacional. Concluímos com possíveis lições para o Brasil.

Abstract: The COVID-19 pandemic has repositioned the role of public policies and nation-states. We intended to verify how the BRICS, besides Brazil, have faced the first months of the pandemic. For that, we compared measures to contain the coronavirus, boost their economy , and international cooperation. We conclude with possible lessons for Brazil. Resumen La pandemia de COVID-19 reposicionó el papel de las políticas públicas y de los estados-nación. Nuestro objetivo era comprobar cómo los países BRICS, aparte de Brasil, afrontaron la pande-mia en su primera fase. Para ello, comparamos las medidas de contención del coronavirus, incen-tivo a la economía y cooperación internacional. Concluimos con posibles lecciones para Brasil. Palabras clave: Pandemia. BRICS. Cooperación internacional. Políticas públicas.

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Os conceitos de hegemonia e imperialismo são usados por autores representantes dos três principais paradigmas das Relações Internacionais (realismo, institucionalismo e marxismo) de formas diferentes, muitas vezes para explicar o mesmo: o... more
Os conceitos de hegemonia e imperialismo são usados por autores representantes dos três principais paradigmas das Relações Internacionais (realismo, institucionalismo e marxismo) de formas diferentes, muitas vezes para explicar o mesmo: o estabelecimento de uma determinada ordem internacional sob dominação de uma potência. Algumas vezes “dominação”, “império” e “hegemonia” são usados de maneira intercalada, sem diferenciação; em outras, os mecanismos e meios com os quais a ordem dominante é estabelecida e mantida se distinguem, diferenciando uma ordem hegemônica de uma imperial. Alguns autores enfatizam os elementos do “consenso” na construção e manutenção da ordem, outros colocam à frente as diferentes formas de “coerção”. Ambas caracterizações da ordem mundial podem ser tratadas de forma positiva (como uma liderança benévola) ou negativa (uma imposição de poder e subordinação de uns frente a outros), dependendo das visões de mundo e do posicionamento de cada autor.
Neste trabalho, mostramos um panorama geral dos investimentos da China em outros três países dos BRICS, Brasil, África do Sul e Índia. Em nossa leitura, os BRICS configuram um marco do início do século XXI e geraram a expectativa de... more
Neste trabalho, mostramos um panorama geral dos investimentos da China em outros três países dos BRICS, Brasil, África do Sul e Índia. Em nossa leitura, os BRICS configuram um marco do início do século XXI e geraram a expectativa de construção de uma ordem mundial diferenciada à ordem baseada nos EUA como potência hegemônica. Consideremos que a capacidade real de os BRICS moldarem uma nova ordem mundial com bases mais justas foi limitada. Mostramos que, apesar de terem construído, na última década, diferentes espaços de cooperação e instituições comuns, a relação entre os BRICS é assimétrica, tendo em vista particularmente o peso econômico da China. Esta ascende enquanto uma potência econô- mica global em termos de comércio, investimentos, capacidade produtiva e tecnologia, se expandindo para outros países e regiões do mundo, dentre elas as regiões historicamente superexploradas no Sul Global: a África, América Latina e a Ásia.
Nesta pesquisa, buscamos evidenciar alguns padrões gerais da inserção dos investimentos chineses no Brasil, África do Sul e Índia, mostrando as principais empresas e bancos investidores, volumes de investimentos e setores prioritários, empresas e instituições locais parceiras, o arcabouço político e jurídico que facilita o investimento chinês em cada um desses países, bem como possíveis impactos sociais, ambientais e trabalhistas que possam estar envoltos nesses projetos. Longe de poder esgotar o tema, tendo em vista a dinâmica dos investimentos chineses e a complexidade de cada dos países, o trabalho procurou dar pistas e levantar informações que possam indicar aspectos e tendências relevantes.
Research Interests:
Research Interests:
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Given the growing importance of multinational corporations and financial institutions from the BRICS - Brazil, Russia, India, China and South Africa - operating in Africa, the study was in- tended to carry out a first collection of data... more
Given the growing importance of multinational corporations and financial institutions from the BRICS - Brazil, Russia, India, China and South Africa - operating in Africa, the study was in- tended to carry out a first collection of data and information related to investment protection agreements involving the BRICS and African countries, with the aim of analyzing Bilateral Investments Treaties (BITs) from the perspective of political economy. We asked ourselves how the BRICS countries behave under the international invest- ment regime and more specifically, in Africa.
Research Interests:
Tendo em vista a ampliação da atuação de multinacionais e instituições financeiras dos países BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – no continente africano, a presente pesquisa objetivou fazer um levantamento... more
Tendo em vista a ampliação da atuação de multinacionais e instituições financeiras dos países BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – no continente africano, a presente pesquisa objetivou fazer um levantamento inicial de dados sobre os acordos de pro- teção de investimento dos BRICS com países africanos, procurando fornecer uma leitura dos Tratados Bilaterais de Investimentos (TBI) a partir da econo- mia política. Questionamo-nos, assim, como se comportam os países BRICS no regime internacional de investimentos e, especificamente, com a África.
Research Interests:
This paper discusses the role of the BRICS financial institution, questioning the capacity of the New Development Bank, in providing a new model of development finance. I start by a critical review on the role of the BRICS countries as... more
This paper discusses the role of the BRICS financial institution, questioning the capacity of the New Development Bank, in providing a new model of development finance. I start by a critical review on the role of the BRICS countries as investors in other ‘developing countries’ of the Global South. Then, I discuss the creation of the New Development Bank, its main focus on infrastructure and energy projects, and its policy of strengthen national systems of environmental and social protection. I argue that the BRICS capacity of providing an alternative to the existing Bretton Woods institutions is limited. BRICS leaders affirm that the NDB intends to be complementary, and not opposed to the World Bank. Credits provided by BRICS countries, specially China, do not impose conditionalities, yet may generate new structures of South-South indebtments, reinforcing the same development model based on commodities export. Finally, despite the nationalist approach of the NDB, projects financed by the bank might generate social and environment impacts, for which the it does not hold accountable.
Ao chegarem nos territórios, a cooperação e investimentos privados se mesclam e se confundem. O Corredor de Desenvolvimento de Nacala em Moçambique é elucidativo desse processo, revelando, de um lado, o protagonismo das empresas e,... more
Ao chegarem nos territórios, a cooperação e investimentos privados se mesclam e se confundem. O Corredor de Desenvolvimento de Nacala em Moçambique é elucidativo desse processo, revelando, de um lado, o protagonismo das empresas e, de outro, a complementaridade das políticas de cooperação com os investimentos privados. A infraestrutura e logística vem ganhando destaque nas agendas das instituições financeiras internacionais (como o Banco Mundial), de fóruns e instâncias intergovernamentais (como o G8 e os BRICS) e de organizações internacionais (como o Fórum Econômico Mundial e a União Africana), que vêm enfatizando a centralidade dos corredores logísticos e de desenvolvimento. Para essa pesquisa, nos apoiamos nas contribuições de David Harvey (2005; 2007), que destaca que investimentos em infraestrutura promovem deslocamentos espaço-temporais para solucionar temporariamente crises de sobre-acumulação, bem como de Saskia Sassen (2016), que aponta para uma nova ‘geografia da extração’, tendo à frente as corporações transnacionais, promovendo a inserção dos territórios em circuitos corporativos globais. A partir dessas pistas teóricas, procuramos avançar no entendimento da relação que se estabelece entre o setor empresarial e a cooperação brasileira em Moçambique. Este revela a complexa relação estabelecida entre Estado, políticas públicas e empresas na atuação internacional do Brasil. O Corredor de Nacala constitui peça indispensável para a viabilização do principal projeto de cooperação brasileira na área da agricultura, o ProSavana, e local privilegiado para as estratégias empresariais da mineradora Vale e da Mitsui. Ao longo do corredor, os investimentos e a cooperação favorecem a consolidação de cadeias globais de valor interligadas aos mercados internacionais. Nesse sentido, argumentamos que a presença do Brasil (enquanto um país BRICS) em Moçambique responde a uma lógica de disputa por recursos naturais e acesso a mercados, numa competição de cunho imperialista, que se desloca nos tempos recentes para a África.
Research Interests:
Rooted Globalism provides an in-depth ethnographic analysis of Latin American capitalist elites of Arab descent who are key promoters of trade and invest- ment between Arab and Latin American countries. In the book, Kevin Funk traces Arab... more
Rooted Globalism provides an in-depth ethnographic analysis of Latin American capitalist elites of Arab descent who are key promoters of trade and invest- ment between Arab and Latin American countries. In the book, Kevin Funk traces Arab immigration to the region and the historical, political, social, and economic developments of this relationship. In a field dominated by quantita- tive analysis, Funk’s ethnographic approach offers a fresh perspective on the often-overlooked subject of the rise of political and economic elites in the Global South, challenging assumptions about the subject in both academia and the media.