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  • Topoi. Revista de História, publicação quadrimestral do Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade ... moreedit
O ensaio investiga, numa primeira parte, os principais pontos debatidos nas trinta sessões de interrogatórios do jesuíta Antônio Vieira (1608-1697) no Santo Ofício de Coimbra; numa segunda parte, procura demonstrar que as posições... more
O ensaio investiga, numa primeira parte, os principais pontos debatidos nas trinta sessões de interrogatórios do jesuíta Antônio Vieira (1608-1697) no Santo Ofício de Coimbra; numa segunda parte, procura demonstrar que as posições contrárias têm pressupostos teológicos comuns e que as opiniões de Vieira, diferentemente do que se tem difundido muitas vezes, não podem ser tomadas como protoiluministas ou protoburguesas.
Este artigo avalia os conflitos relacionados às relações amorosas e/ou sexuais ocorridos na cidade do Rio de Janeiro entre1890 e 1930. Baseado na pesquisa dos julgamentos de crimes passionais, propõe uma reflexão sobre as tensões entre os... more
Este artigo avalia os conflitos relacionados às relações amorosas e/ou sexuais ocorridos na cidade do Rio de Janeiro entre1890 e 1930. Baseado na pesquisa dos julgamentos de crimes passionais, propõe uma reflexão sobre as tensões entre os valores dominantes e os padrões culturais das relações de gênero disseminados na sociedade brasileira da época.
O artigo sugere o uso de conceitos e práticas relacionados à retórica como instrumento de análise para pensar a história intelectual do Brasil. História intelectual é tomada em sentido estrito, isto é, como a história de formas... more
O artigo sugere o uso de conceitos e práticas relacionados à retórica como instrumento de análise para pensar a história intelectual do Brasil. História intelectual é tomada em sentido estrito, isto é, como a história de formas discursivas de pensamento, deixando de lado tanto a crítica literária como o que se tem convencionado chamar de nova história cultural. Será feita, de início, breve descrição do estado da história intelectual no país. A seguir será discutida a tradição retórica herdada de Portugal. Ao final, serão sugeridas maneiras de usar esta tradição como chave de leitura para trabalhar textos brasileiros, sobretudo do século XIX.
O artigo analisa a formação da primeira elite senhorial do Rio de Janeiro e de sua economia (séculos XVI e XVII). Ele parte do pressuposto de que tal formação se daria em um contexto marcado por dificuldades em Portugal e no seu Ultramar.... more
O artigo analisa a formação da primeira elite senhorial do Rio de Janeiro e de sua economia (séculos XVI e XVII). Ele parte do pressuposto de que tal formação se daria em um contexto marcado por dificuldades em Portugal e no seu Ultramar. Em meio a este cenário, os conquistadores utilizariam os velhos elementos, porém eficientes, da antiga sociedade lusa: a conquista (de homens e terras), o Senado da Câmara e o sistema de mercês. Como resultado deste processo, teríamos a formação de uma economia de plantation como derivação de uma hierarquia social e econômica que exclui parte dos colonos.
A configuração étnica da população baiana modificou-se bastante de fins do século XVIII para o século seguinte, quando povos islâmicos africanos tornaram-se comuns entre os escravos, em especial a partir dos grandes desembarques de... more
A configuração étnica da população baiana modificou-se bastante de fins do século XVIII para o século seguinte, quando povos islâmicos africanos tornaram-se comuns entre os escravos, em especial a partir dos grandes desembarques de cativos de fala Ioruba. As origens desses muçulmanos podem estar relacionadas ao contexto próprio das áreas
interioranas da Baía de Benin e à jihad do Xeque Usman dan Fodio, fundador do Califado de Sokoto. Este estudo examina o material biográfico disponível, procurando oferecer subsídios adicionais acerca da comunidade muçulmana para, assim, estabelecer mais claramente as ligações entre os padrões de resistência à escravidão na Bahia, que culminaram na insurreição Malê de 1835, e o movimento da jihad no interior da Baía de Benin.
O artigo trata da origem da jurisprudência islâmica maliquita e na especificidade da sua aplicação à escravidão, além da evolução do debate em África envolvendo etnicidade, religião e escravização e de uma análise-síntese do manuscrito... more
O artigo trata da origem da jurisprudência islâmica maliquita e na especificidade da sua aplicação à escravidão, além da evolução do debate em África envolvendo etnicidade, religião e escravização e de uma análise-síntese do manuscrito árabe que encontra-se no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro no Rio de Janeiro. Os tópicos abordados no artigo, originariamente, fazem parte de um contexto consideravelmente mais
amplo, mas podem contribuir de forma positiva para alargar a discussão sobre o estudo da diáspora africana no Brasil
Neste artigo, avalia-se o papel da experiência como um lugar que autoriza o discurso jesuítico sobre as Américas no século XVI. O deslocamento missionário dos inacianos para a América, ao mesmo tempo em que se apresenta como meio... more
Neste artigo, avalia-se o papel da experiência como um lugar que autoriza o discurso jesuítico sobre as Américas no século XVI. O deslocamento missionário dos inacianos para a América, ao mesmo tempo em que se apresenta como meio legitimador de relatos fidedignos sobre a nova terra e seus habitantes, mostra-se, no horizonte dos textos que produz, como princípio teológico que confere seus sentidos e orientações finalistas. São tomados, como casos exemplares disso, escritos de José Acosta e Manuel da Nóbrega, buscando perceber neles, nem tanto as circunstâncias específicas de cada jesuíta, mas o núcleo comum típico de um modus operandi da Companhia de Jesus no Novo Mundo.
Através de um estudo do Livro Anteprimeiro da História do Futuro — e dos livros que compõem a História do Futuro — é possível analisarmos os elementos da historiografia nos quais Antonio Vieira estava inserido e talvez encontrarmos pistas... more
Através de um estudo do Livro Anteprimeiro da História do Futuro — e dos livros que compõem a História do Futuro — é possível analisarmos os elementos da historiografia nos quais Antonio Vieira estava inserido e talvez encontrarmos pistas do porquê e dos elementos com que a composição de uma história poderia defendê-lo das questões de que estava sendo acusado na Inquisição.
Este artigo analisa o processo de construção do Estado nacional norte-americano no período anterior à eclosão da Guerra Civil. Da perspectiva aqui esposada, o separatismo foi um elemento fundamental para o processo de construção do estado... more
Este artigo analisa o processo de construção do Estado nacional norte-americano no período anterior à eclosão da Guerra Civil. Da perspectiva aqui esposada, o separatismo foi um elemento fundamental para o processo de construção do estado nacional nos Estados Unidos, principalmente porque a luta pelo controle do estado nacional foi
um importante componente da crise que precedeu o início das hostilidades. Estas questões são exploradas através da análise das relações entre a escravidão e o sistema federal, no contexto da crise do Segundo Sistema Partidário. As discussões aqui apresentadas tomam como ponto de partida os argumentos de contribuições recentes, que analisaram o debate sobre a escravidão e a guerra como componentes importantes do processo de construção do estado nacional norte-americano.
O presente artigo analisa as flutuações dos preços dos escravos recém-desembarcados nas Américas, com ênfase especial para as colônias britânicas do Caribe e para os Estados Unidos. Parte-se do suposto de que os preços podem ajudar a... more
O presente artigo analisa as flutuações dos preços dos escravos recém-desembarcados nas Américas, com ênfase especial para as colônias britânicas do Caribe e para os Estados Unidos. Parte-se do suposto de que os preços podem ajudar a determinar aspectos cruciais da história do tráfico negreiro, tais como a interconexão entre os mercados e as determinações estruturais da oferta e da demanda. Seu material empírico provém de uma base de dados publicada pela Cambridge University Press, em 1999.
O artigo analisa em um quilombo algumas das características das revoltas escravas na Nueva Granada do século XVII, com ênfase para as fugas e os castigos a escravos. Tais escravos postulavam viver como camponeses, como tantos mestiços... more
O artigo analisa em um quilombo algumas das características das revoltas escravas na Nueva Granada do século XVII, com ênfase para as fugas e os castigos a escravos. Tais escravos postulavam viver como camponeses, como tantos mestiços livres de então.
O presente artigo tem como propósito discutir a legislação a respeito de casamentos entre escravos e entre escravos e livres no Brasil do período colonial ao Império. Para tanto, levantou-se o ordenamento legal em vigor até a instauração... more
O presente artigo tem como propósito discutir a legislação a respeito de casamentos entre escravos e entre escravos e livres no Brasil do período colonial ao Império. Para tanto, levantou-se o ordenamento legal em vigor até a instauração da República, procedendo-se à leitura da legislação civil que, até 1916, obedecia ainda às ordenações portuguesas intituladas de Filipinas. Como aquela normatização lusitana fora precedida por duas outras, a Afonsina e a Manuelina, buscou-se fazer uma comparação entre esses vários diplomas legais. Além disso, procedeu-se a uma investigação a respeito do assunto nas normas eclesiásticas, sobretudo nas decisões emanadas do Concílio de Trento e nas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. Tais documentos canônicos concorriam com as disposições civis contidas nas ordenações que disciplinavam o matrimônio no Brasil desde os tempos coloniais e permaneceram influentes mesmo após a Independência. A meta foi conseguir o maior subsídio possível para esclarecer alguns aspectos importantes da instituição matrimonial envolvendo cativos vigente no Brasil até o Império.
O artigo aborda as ambigüidades que envolvem a noção de “liberdade de trabalho” no século XIX, partindo de uma discussão comparativa não apenas sobre a história e a historiografia da escravidão, mas abrangendo a história social, econômica... more
O artigo aborda as ambigüidades que envolvem a noção de “liberdade de trabalho” no século XIX, partindo de uma discussão comparativa não apenas sobre a história e a historiografia da escravidão, mas abrangendo a história social, econômica e institucional do trabalho de um modo geral. Parte-se do princípio de que  uma abordagem deste tipo permite formular de modo mais agudo uma interpretação sobre a experiência coletiva dos trabalhadores livres e escravos, evitando algumas das armadilhas do modelo de “transição” utilizado – muitas vezes acriticamente – pela historiografia no Brasil e nas Américas para explicar a relação entre sujeição e liberdade na esfera do trabalho. Algumas das questões levantadas na primeira parte do trabalho são articuladas na discussão de uma amostra de “contratos de locação de serviços” envolvendo ex-escravos e patrões, registrados nos cartórios de notas da cidade do Desterro entre as décadas de 40 e 80 do século XIX.
A reconquista da cidade de Salvador pelas forças da Monarquia Católica em 1625 foi um grande feito bélico. A abundância de testemunhos, relatos e histórias da batalha são tantos elementos que certificam a importância do acontecido para... more
A reconquista da cidade de Salvador pelas forças da Monarquia Católica em
1625 foi um grande feito bélico. A abundância de testemunhos, relatos e histórias da batalha são tantos elementos que certificam a importância do acontecido para seus contemporâneos. Um exame detido dessa literatura é capaz de mostrar uma oposição, ainda que dissimulada, entre fidalgos portugueses e castelhanos: eles disputavam a proeminência nos feitos bélicos e a honra do desempenho vitorioso. Festejada, narrada e comemorada, a Batalha da Bahia acabou por se transformar num acontecimento revelador de tensões entre fidalgos de Portugal e de Castela, que iria alimentar uma dissensão mais que secular e que viria a tomar corpo em dezembro de 1640.
O presente artigo tem por objetivo discutir a significação da História e do Tempo no pensamento político do padre Antônio Vieira. Dono de uma singular habilidade, acima de tudo, o jesuíta empenha-se em atribuir superioridade à monarquia... more
O presente artigo tem por objetivo discutir a significação da História e do Tempo no pensamento político do padre Antônio Vieira. Dono de uma singular habilidade, acima de tudo, o jesuíta empenha-se em atribuir superioridade à monarquia lusitana. Confluindo em aspectos teológicos, retóricos e políticos, há uma missão especial que somente o Estado Português, o único, e nenhum outro mais, pode realizar. Assim, na predição do imortalizado imperador da língua portuguesa, ganha relevo o ‘projeto’ Quinto Impero, no qual a Igreja se manifestará em perfeita conformidade com o desígnio e o potencial que a constituem.
Este artigo focaliza certas incursões dos cronistas quatrocentistas portugueses rumo à definição de valores relativos à conduta dos nobres e governantes. Levando em conta o ganho de importância da produção historiográfica portuguesa do... more
Este artigo focaliza certas incursões dos cronistas quatrocentistas portugueses rumo à definição de valores relativos à conduta dos nobres e governantes. Levando em conta o ganho de importância da produção historiográfica portuguesa do século XV, não só porque passa a ser produzida em língua nacional, mas sobretudo porque passa a ser vista como um instrumento de consolidação de uma certa imagem dos governantes e da governação, o texto mapeia apontamentos dos referidos cronistas acerca das formas de lazer e prazer recomendáveis para os mais elevados membros da sociedade medieval. Tais formas passavam por práticas desportivas e comemorações festivas, mas não podiam fazer esquecer dois aspectos fundamentais na consolidação de uma imagem virtuosa: a contenção e a diligência com os negócios públicos.
O objetivo desse artigo é descrever como se deu o processo de pacificação da Balaiada e, nesse sentido, mostrar como o discurso da ordem inscreveu-se no território do Maranhão. O conceito de território agrega processos próprios do campo... more
O objetivo desse artigo é descrever como se deu o processo de pacificação da Balaiada e, nesse sentido, mostrar como o discurso da ordem inscreveu-se no território do Maranhão. O conceito de território agrega processos próprios do campo da política. Ele envolve a relação de uma sociedade com um espaço determinado. Daí a idéia de cartografia da pacificação. Ao enviar tropas para o Maranhão, o governo criou redes de dominação e circuitos de exploração que garantiram a submissão desse território ao Império do Brasil.
Neste artigo, demonstro a importância histórica de se entender o caráter contingente da associação editorial do nome ‘Shakespeare’ às peças que o monumentalizaram a partir do fólio de 1623. Trata-se de uma forma deliberada de romper com o... more
Neste artigo, demonstro a importância histórica de se entender o caráter contingente da associação editorial do nome ‘Shakespeare’ às peças que o monumentalizaram a partir do fólio de 1623. Trata-se de uma forma deliberada de romper com o cânone autoral romântico, quando muitas peças associadas ao seu nome começaram a ser lidas pelo movimento Sturm und Drang como exemplos excelentes de oposição estética e temática ao paradigma clássico francês. Deste modo, alguns enunciados ou apelativos de valor nos frontispícios das peças impressas e associadas ao nome ‘Shakespeare’ entre 1594 e 1637 deixarão de ser entendidos como se fossem regidos pela preocupação de preservação de uma integridade intelectual-textual individualizada de Shakespeare.
O artigo analisa os arquivos de uma ação penal que foi realizado na vila de Nova Friburgo, província do Rio de Janeiro, em 1850. Os réus eram escravos na fazenda que pertencia ao Comendador Boaventura Ferreira Maciel, a Fazenda Ponte das... more
O artigo analisa os arquivos de uma ação penal que foi realizado na vila de Nova Friburgo, província do Rio de Janeiro, em 1850. Os réus eram escravos na fazenda que pertencia ao Comendador Boaventura Ferreira Maciel, a Fazenda Ponte das Tábuas. Eles foram acusados de matar o ferreiro da fazenda, em uma noite escura e chuvosa, no dia 13 de fevereiro, do mesmo ano. Nos arquivos, há depoimentos interessantes quanto à vida dos escravos no Sudeste do Brasil em meados do século 19.
O artigo identifica algumas tensões e ambigüidades presentes na narrativa de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Analisa o processo de inserção do protagonista Riobaldo Tatarana no mundo de jagunços sertanejos, verificando... more
O artigo identifica algumas tensões e ambigüidades presentes na narrativa de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Analisa o processo de inserção do protagonista Riobaldo Tatarana no mundo de jagunços sertanejos, verificando como o personagem corporifica alguns dilemas cruciais da constituição de uma cultura política republicana no Brasil, especialmente quanto às contradições do papel da escola na formação de uma comunidade cívica brasileira de memória e tradições. Mais, esse artigo postula que Riobaldo Tatarana encarna na narrativa um dos maiores conflitos na constituição de uma cultura política republicana brasileira durante o século XX, aquele do relacionamento entre cultura letrada e o analfabetismo.
A presente pesquisa reúne algumas reflexões acerca da prática da filantropia e do mutualismo no Brasil, a partir da análise de estatutos e atas de fundação de algumas associações de ajuda mútua do Rio de Janeiro, entre os anos de 1860 e... more
A presente pesquisa reúne algumas reflexões acerca da prática da filantropia e do mutualismo no Brasil, a partir da análise de estatutos e atas de fundação de algumas associações de ajuda mútua do Rio de Janeiro, entre os anos de 1860 e 1889. A partir da análise dessas fontes, pretende-se entender como tais associações se estruturavam; como elas se viam e viam a sociedade na qual se encontravam inseridas; como se processavam as relações entre as associações e o Estado Imperial e entre elas e as outras associações civis existentes; entender as motivações que levavam as pessoas à prática da ajuda mútua; perceber os valores, rituais e crenças que eram compartilhados pelos seus membros; e, por fim, dimensionar o impacto deste processo associativista sobre a cultura cívica em vigor.
Este artigo pretende salientar algumas relações que podem ser estabelecidas entre os dois principais veículos da expansão portuguesa: a fortaleza e o navio. Esses dois espaços de reclusão podem ser entendidos como “instituições totais”,... more
Este artigo pretende salientar algumas relações que podem ser estabelecidas entre os dois principais veículos da expansão portuguesa: a fortaleza e o navio. Esses dois espaços de reclusão podem ser entendidos como “instituições totais”, na forma como as define Erving Goffman, e apresentam profundas semelhanças, principalmente quando se analisam momentos-limite vividos pelos indivíduos, durante os naufrágios e durante as situações de cerco. Para este efeito privilegia-se a presença portuguesa no Oceano Índico, caracterizada pela construção de uma rede de fortalezas sem uma significativa penetração no território.
Este artigo discute o problema da representação histórica, com ênfase no papel desempenhado pela imaginação do sujeito na construção do objeto e do texto da história. Tomando como ponto de partida o conceito de representação-efeito,... more
Este artigo discute o problema da representação histórica, com ênfase no papel desempenhado pela imaginação do sujeito na construção do objeto e do texto da história. Tomando como ponto de partida o conceito de representação-efeito, argumenta-se que o papel da imaginação não deve ser nem descartado, nem superestimado,como por vezes parecem sustentar os envolvidos no debate. Argumenta-se, também, que uma reconsideração do papel da imaginação permite repensar a relação entre texto histórico e seu leitor, tomado como agente ativo de leitura.
O artigo analisa um dos aspectos da ação repressiva do regime militar brasileiro nas Universidades, o funcionamento das Assessorias Especiais de Segurança e Informações – AESI. Com base em documentação inédita o texto coloca em foco a... more
O artigo analisa um dos aspectos da ação repressiva do regime militar brasileiro nas Universidades, o funcionamento das Assessorias Especiais de Segurança e Informações – AESI. Com base em documentação inédita o texto coloca em foco a ação de tais agências, que funcionaram como braço avançado da comunidade de informações nos campi. As AESI exerceram tarefas de vigilância, censura, contrapropaganda e triagem ideológica dos membros da comunidade universitária, o que implicou, às vezes, a demissão de professores e a expulsão de estudantes.
Este estudo trata do desafio que diversos autores brasileiros de ascendência judaica enfrentam ao negarem uma afirmação absolutista de expressão étnica ou identitária que emerge hoje em dia nas discussões sobre pluralidade,... more
Este estudo trata do desafio que diversos autores brasileiros de ascendência judaica enfrentam ao negarem uma afirmação absolutista de expressão étnica ou identitária que emerge hoje em dia nas discussões sobre pluralidade, multiculturalismo e o que é considerado “politicamente correto.” Entre outros temas, o assunto de alteridade é especialmente referido para sublinhar como a expressão literária de autores judeus no Brasil desconstrói o flagrante emprego tradicional de “identidade.” Esta ótica se inspira muito no pequeno livro de aforismos de Leon Wieseltier, Against Identity, [Contra Identidade] e de visões articuladas por outros pensadores como Hannah Arendt, John Stuart Mill, Sigmund Freud, Zygmunt Bauman, Charles Taylor e Edward Said. Aqui a argumentação ou exposição se apropria basicamente de certas obras de ficção de Clarice Lispector e de Samuel Rawet, mas também inclui breves referências a outros escritores judeus no Brasil, como Moacyr Scliar, Cíntia Moscovich, Bernardo Ajzenberg, junto com pensamentos de artistas, scholars, pensadores, e ensaístas internacionais, judeus e não-judeus, a fim de entender principalmente como eles abordam, no seu tratamento ficcional e não-ficcional, a idéia de identidade, pertencimento e alteridade, seja ela étnica, grupal ou individual.
Tradução de Maria Carmelita P. Dias Em artigo publicado na American Historical Review de 2007, “Agency and Diaspora in Atlantic History”, David Eltis, Philip Morgan e David Richardson fazem duas importantes afirmações: 1) que o artigo... more
Tradução de Maria Carmelita P. Dias
Em artigo publicado na American Historical Review de 2007, “Agency and Diaspora in Atlantic History”, David Eltis, Philip Morgan e David Richardson fazem duas importantes afirmações: 1) que o artigo apresenta um modelo novo e superior para a interpretação da formação da cultura “crioula” nas Américas, e 2) que ele desafia a crença de que os africanos tiveram um papel relevante na introdução e tecnologia do cultivo e processamento de arroz nas Américas. Para tais conclusões acerca do cultivo de arroz, os autores baseiam-se principalmente em cálculos a partir do Trans-Atlantic Slave Trade Database, Versão 2 (referida daqui por diante como TSTD2), usando-o como ferramenta para estudar como se distribuíram os africanos escravizados, provenientes de regiões na África onde se cultivava o arroz, nas regiões da América que exportavam arroz para a Europa.
Proponho, neste artigo, o conceito de latência para a compreensão da experiência histórica, nos anos imediatamente posteriores ao fim da II Guerra Mundial. Para recuperá-la, analiso fotografias, cartões postais, anúncios, artigos de... more
Proponho, neste artigo, o conceito de latência para a compreensão da experiência histórica, nos anos imediatamente posteriores ao fim da II Guerra Mundial. Para recuperá-la, analiso fotografias, cartões postais, anúncios, artigos de jornais, textos ficcionais e não ficcionais, memórias pessoais, entre outros. A leitura destas fontes possibilita pensar que, pelo menos desde o fim da guerra, se anunciava um “clima” (stimmung) de latência, isto é, a impressão de que algo intangível estava presente e que conformava o momento histórico. Minha hipótese é que essa transformação na construção social do tempo, implicando uma nova temporalidade, ainda permanece nas culturas ocidentais, neste início do século XXI.
Este artigo consiste em um estudo sobre os modos de enunciação dos Manuais de Ensino para professores de História. Tomando como fontes de pesquisa os livros recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2008 (PNLD2008), o texto... more
Este artigo consiste em um estudo sobre os modos de enunciação dos Manuais de Ensino para professores de História. Tomando como fontes de pesquisa os livros recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático de 2008 (PNLD2008), o texto examina a configuração discursiva desse recurso didático. Os modos de enunciação nos Manuais do Professor são analisados considerando o gênero dos textos, a intenção discursiva dos autores e o modelo de docente; eles também são analisados como práticas de representação do ensino e da aprendizagem.
Este artigo discute as razões e os meios pelos quais o Banco Mundial lançou, no final dos anos 1960, o lema do “combate à pobreza”. Para isso, relaciona a atuação do Banco a fatores externos, ligados às disputas políticas da Guerra Fria e... more
Este artigo discute as razões e os meios pelos quais o Banco Mundial lançou, no final dos anos 1960, o lema do “combate à pobreza”. Para isso, relaciona a atuação do Banco a fatores externos, ligados às disputas políticas da Guerra Fria e às provisões norte-americanas no âmbito do desenvolvimento. O trabalho mostra que instrumentos o Banco utilizou para levar adiante essa divisa; que argumentos lhe deram sustentação, qual direção política assumiu e que limites enfrentou nos anos 1970. Discute como esse lema foi instrumentalizado pelos programas de ajustamento estrutural implementados durante a década de 1980, culminando na gestação de um novo modelo de política social no início da década de 1990, sintonizado com o neoliberalismo.
This article presents, through a provocation to nine historians from different institutions and countries, the impact of the pandemic on their profession and on the field of history. Their reflections were developed from three questions:... more
This article presents, through a provocation to nine historians from different institutions and countries, the impact of the pandemic on their profession and on the field of history. Their reflections were developed from three questions: (1) In what ways has living under the current pandemic affected your historical writing or thinking? Has it brought new questions to the fore or pushed you to rethink some of your past work?; (2) (How) should historians engage in public affairs relating to the current pandemic context? Should historians be involved in policymaking? Is it appropriate for historians to play active roles in the media or should we step back and let our publications speak for themselves?; (3) What historical themes, perspectives, and topics are missing from the historiography published/produced during these pandemic years? What pieces/kinds of work have you most appreciated?
A mídia impressa foi fundamental para a expansão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, por isso, refletimos sobre as representações acerca da cultura impressa, que destacaram seus poderes de influência, instrução e evangelização, com... more
A mídia impressa foi fundamental para a expansão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, por isso, refletimos sobre as representações acerca da cultura impressa, que destacaram seus poderes de influência, instrução e evangelização, com auxílio do colportor. Partimos de referenciais teóricos sobre cultura impressa religiosa e representação para analisar a importância conferida pela igreja aos impressos e aos colportores no século XX. O estudo aponta para a noção de um potencial transformador da “boa” cultura impressa religiosa, como antídoto para a mídia secular supostamente propagadora de pecados.
O estudo procura reconstruir as relações entre poder político, prestígio social e patrimônio de donos de engenho de açúcar e arroz, na região do rio Capim, partindo da atuação de dois integrantes da família Chermont de Miranda nas... more
O estudo procura reconstruir as relações entre poder político, prestígio social e patrimônio de donos de engenho de açúcar e arroz, na região do rio Capim, partindo da atuação de dois integrantes da família Chermont de Miranda nas querelas políticas. Com o objetivo de compreender o exercício do poder dos proprietários de engenhos, a pesquisa também procurou reconstruir a presença de proprietários de terras na região, principalmente no que se refere às ações relacionadas a outros engenhos, embora o foco da análise recaia no engenho Aproaga, muitas vezes noticiado pela imprensa como uma espécie de fortaleza que servia de moradia, prisão, local de tortura e hospedagem.
Analiso a participação do médico Belisário Penna no golpe de Estado de 1930. Investigo a trajetória de Penna como médico e homem público nos anos finais da década de 1920. Discuto sua aproximação com Getúlio Vargas, a repercussão da... more
Analiso a participação do médico Belisário Penna no golpe de Estado de 1930. Investigo a trajetória de Penna como médico e homem público nos anos finais da década de 1920. Discuto sua aproximação com Getúlio Vargas, a repercussão da tomada de poder em impressos periódicos, as correspondências recebidas e de que modo ocorreu a sua entrada no cargo de diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública, no Governo Provisório. Em particular, apresento um sanitarista que propunha por meio de uma “consciência sanitária” um Brasil integrado regionalmente, centralizado politicamente e administrativamente e capaz de viabilizar uma reforma nacional na saúde pública
El artículo analiza las trayectorias militantes del argentino Envar El Kadri y del francés François Gèze como casos testigo de las conexiones que confluyeron desde la radicalización de amplios sectores de la izquierda internacional en... more
El artículo analiza las trayectorias militantes del argentino Envar El Kadri y del francés François Gèze como casos testigo de las conexiones que confluyeron desde la radicalización de amplios sectores de la izquierda internacional en torno a 1968 a la férrea defensa de los derechos humanos a principios de los ochenta. Si aún en 1975 ambos actores compartían un discurso antimperialista y apoyaban procesos revolucionarios, en pocos años, tanto El Kadri como Gèze se posicionaron claramente en la defensa de los derechos humanos, repudiando a la dictadura argentina. Desde una perspectiva de historias conectadas, el trabajo demuestra que el pasaje del apoyo de la violencia revolucionaria a la estricta denuncia humanitaria internacional no fue un fenómeno exclusivamente latinoamericano. Por el contrario, encarnó un proceso de transformación del clima político global que se manifestó con sus particularidades en distintas latitudes.
Os sistemas de trocas, vendas e transmissões de roupas de segunda mão formam práticas que podem ser reconhecidas na longa duração histórica. No início do século XX, esses sistemas foram confrontados com as formas de consumo que acionavam... more
Os sistemas de trocas, vendas e transmissões de roupas de segunda mão formam práticas que podem ser reconhecidas na longa duração histórica. No início do século XX, esses sistemas foram confrontados com as formas de consumo que acionavam os produtos novos como testemunhos da modernidade. Este artigo parte do clássico episódio dos experimentos chefiados por Emílio Ribas, no ano de 1903, para se chegar ao estudo dos medos e dos usos que as pessoas fizeram das indumentárias de segunda mão. O argumento aqui apresentado é que as populações, perante os diferentes saberes em disputa, num período demarcado pelo encontro entre várias epidemias e de expansão do capitalismo industrial, produziram novas apreensões sobre as roupas utilizadas por outrem, revigorando a conexão entre saúde e novidade. Essa apreensão impulsionou a cultura de consumo baseada no descarte, na cidade de São Paulo, no período entre 1900 e 1914.
O presente artigo aborda as dinâmicas de reprodução de capital nos investimentos no mercado de aluguéis de moradias coletivas na Santa Ifigênia, bairro central de São Paulo, durante a epidemia de febre amarela que atingiu algumas regiões... more
O presente artigo aborda as dinâmicas de reprodução de capital nos investimentos no mercado de aluguéis de moradias coletivas na Santa Ifigênia, bairro central de São Paulo, durante a epidemia de febre amarela que atingiu algumas regiões do Brasil nas décadas finais do século XIX. Nos centramos principalmente na atuação de Carlo Gilardi, investidor urbano do mercado de aluguéis, imigrante proveniente da região de Piemonte, Itália, para explorar as relações entre a colonialidade, as epidemias e as estratégias de controle urbano da população urbana despossuída. Os discursos sobre as aglomerações urbanas são analisados a partir do cruzamento de fontes primárias, especialmente o relatório de inspeção dos cortiços elaborado por uma comissão designada pelo poder público em 1893, pedidos da Série Obras Particulares e registros de transações fundiárias.
Este artigo examina os discursos de Jair Bolsonaro nos primeiros meses da pandemia de coronavírus no Brasil postos a público no programa Live da Semana, protagonizado pelo presidente em seu canal do YouTube. Argumentamos que o tratamento... more
Este artigo examina os discursos de Jair Bolsonaro nos primeiros meses da pandemia de coronavírus no Brasil postos a público no programa Live da Semana, protagonizado pelo presidente em seu canal do YouTube. Argumentamos que o tratamento discursivo empregado por Bolsonaro à epidemia foi francamente amparado no uso de procedimentos atenuadores, estratégia retórica que busca controlar os efeitos de sentido dos atos de linguagem, imprimindo tons menos peremptórios a alguma asserção potencialmente ameaçadora. Nesse espaço de enunciação, projetado para interlocutores com quem ele compartilha uma identidade ideológica, Bolsonaro intensifica laços político-afetivos de intimidade capazes de minimizar e normalizar o contágio e as mortes ocorridas pela pandemia, isentando o governo federal de responsabilidade.
Este artigo analisa a incidência da febre amarela no Nordeste brasileiro no ano de 1926 e os seus desdobramentos científicos. Após a epidemia, foram realizadas inspeções em cidades nas quais ocorreram surtos, no intuito de refutar a... more
Este artigo analisa a incidência da febre amarela no Nordeste brasileiro no ano de 1926 e os seus desdobramentos científicos. Após a epidemia, foram realizadas inspeções em cidades nas quais ocorreram surtos, no intuito de refutar a existência da amarílica. Além disso, com o redirecionamento das atividades da Fundação Rockefeller, foi criado o laboratório da febre amarela, em Salvador, em 1928. Utilizam-se como fontes correspondências, relatórios e diários da Fundação Rockefeller e jornais brasileiros para compreender as especificidades da epidemia. O evento de 1926 foi de grande importância para o desenvolvimento da saúde internacional e influenciou estratégias e ações no controle da amarílica.
La historia de la viruela en Argentina, peligrosa enfermedad infecciosa y epidémica, se estudia a través de las diversas políticas públicas desde el siglo XIX al XX. Se enlaza a la enfermedad y a su principal terapia, la vacuna, que... more
La historia de la viruela en Argentina, peligrosa enfermedad infecciosa y epidémica, se estudia a través de las diversas políticas públicas desde el siglo XIX al XX. Se enlaza a la enfermedad y a su principal terapia, la vacuna, que involucra las prácticas médicas y el derecho al uso individual del cuerpo, frente al significado social y colectivo inmerso en la inmunización universal. También se analiza la relación entre los gobiernos de diverso signo político y la comunidad internacional frente a la producción de vacunas y las campañas de vacunación desde su implementación hasta la erradicación de la enfermedad.
Este artigo propõe uma análise sobre a questão da doença e da morte nas representações artísticas em coleções de pintura de Belém do Pará entre o final do século XIX e início do século XX. Para isso, propõe uma leitura transversal a... more
Este artigo propõe uma análise sobre a questão da doença e da morte nas representações artísticas em coleções de pintura de Belém do Pará entre o final do século XIX e início do século XX. Para isso, propõe uma leitura transversal a partir de questões impostas no presente, na pandemia de covid-19, como recurso heurístico comparativo. Trata-se, portanto, de estabelecer um diálogo entre presente e passado por meio das imagens, potências, reverberações, registros discursivos e exposições museológicas. Assim, doenças retratadas na pintura, como o câncer e a tuberculose, vistas no quadro das epidemias da belle-époque, são agora analisadas não somente no quadro das comorbidades da pandemia do tempo presente, mas também como repertório cognitivo da própria história e da memória das imagens na Amazônia.
Esse artigo apresenta, a partir de uma provocação a nove historiadoras e historiadores de diferentes instituições e países, o impacto da pandemia sobre o seu ofício e sobre o campo da história. As suas reflexões foram desenvolvidas a... more
Esse artigo apresenta, a partir de uma provocação a nove historiadoras e historiadores de diferentes instituições e países, o impacto da pandemia sobre o seu ofício e sobre o campo da história. As suas reflexões foram desenvolvidas a partir de três perguntas: (1) De que maneiras viver sob a pandemia atual afetou seus escritos ou sua reflexão histórica? Isso trouxe novas questões à tona ou o incentivou a repensar alguns de seus trabalhos anteriores?; (2) (Como) os historiadores devem se envolver nos assuntos públicos relacionados ao contexto pandêmico atual? Os historiadores devem se envolver na formulação de políticas públicas? É apropriado que os historiadores desempenhem papéis ativos na mídia ou devemos recuar e deixar que nossas publicações falem por si mesmas?; (3) Que temas históricos, perspectivas e tópicos estão ausentes na historiografia publicada / produzida durante esses anos de pandemia? Quais textos ou tipos de trabalho você mais apreciou?
O artigo apresenta as principais questões e os desafios da história e dos historiadores na análise das epidemias e pandemias. Aborda a importância da produção histórica brasileira e latino-americana nesse campo para a compreensão das... more
O artigo apresenta as principais questões e os desafios da história e dos historiadores na análise das epidemias e pandemias. Aborda a importância da produção histórica brasileira e latino-americana nesse campo para a compreensão das epidemias como fenômenos globais e suas tendências atuais. Discute a pandemia de COVID-19 na geração de demandas crescentes por análises históricas das epidemias do passado e conclui apresentando os artigos do dossiê.
O presente artigo argumenta que uma série inédita de crônicas de autoria de José Lins do Rego (1901-1957) contribui para compreender importantes aspectos da vida social e política do Rio de Janeiro, então capital da República, durante as... more
O presente artigo argumenta que uma série inédita de crônicas de autoria de José Lins do Rego (1901-1957) contribui para compreender importantes aspectos da vida social e política do Rio de Janeiro, então capital da República, durante as décadas de 1940 e 1950. Os milhares de microtextos publicados pelo romancista nordestino no jornal O Globo, em coluna intitulada Conversa de lotação, nunca lançados em livro pelo escritor, revelam o cotidiano do Distrito Federal sob a ótica intersubjetiva de seus habitantes. A base para tanto são as interações diárias do cronista com os passageiros de um meio de transporte coletivo, característico da cidade em meados do século XX, em seu translado da Zona Sul para o Centro da cidade. A seleção de artigos aqui reproduzida procura ser uma amostra das questões debatidas nessa espécie de espaço público transitório, o veículo lotação, por intermédio de seus cidadãos-passageiros. Para efeito de recorte de uma produção bastante extensa, enfocamos dois ângulos principais: de um lado, o debate nacional em torno das eleições para a presidência da República, em outubro de 1950; de outro, os problemas de âmbito municipal, relativos ao crescimento urbano da cidade no princípio daquele decênio, a partir dos relatos capturados pela crônica de Lins do Rego, acerca dos engarrafamentos e de outros transtornos vivenciados pela população no dia a dia da cidade do Rio de Janeiro.
No século XVII, o fenômeno monetário era central para o entendimento da economia, notadamente no Mundo Ibérico, onde os fluxos de metais americanos exigiam uma posição sobre seu impacto nas atividades mercantis e produtivas, e na sua... more
No século XVII, o fenômeno monetário era central para o entendimento da economia, notadamente no Mundo Ibérico, onde os fluxos de metais americanos exigiam uma posição sobre seu impacto nas atividades mercantis e produtivas, e na sua articulação com o comércio ultramarino e a gestão das economias coloniais. Este trabalho procura entender os impasses da política monetária filipina para o reino e o Império de Portugal. A União de 1580 manteve, além das “leis, estilos, liberdades, isenções, casa Real e ofícios” da Coroa portuguesa, a moeda com cunho português. Assim, Filipe II permitia que o seu direito exclusivo (regalia) de cunhar a moeda fosse interpretado na mesma chave da conservação da identidade econômica e jurídica de Portugal. Durante todo o período, os Filipes não alteraram o valor da moeda portuguesa, estabilizando o câmbio do real em relação às outras unidades de conta europeias. A chegada em grande quantidade da prata americana, por outro lado, permitia a expansão do meio circulante de Castela, que acabou, no período, intoxicando o meio circulante português. Esse arranjo instável coloca as bases para a transformação que se seguirá no período da Restauração, com sucessivas mutações monetárias.
A obra do médico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues é tradicionalmente enquadrada nos moldes de um discurso cientificista, típico do fi nal do século XIX, marcado pelo racialismo dogmático, importado e adaptado ao cenário nacional.... more
A obra do médico e antropólogo Raimundo Nina Rodrigues é tradicionalmente enquadrada nos moldes de um discurso cientificista, típico do fi nal do século XIX, marcado pelo racialismo dogmático, importado e adaptado ao cenário nacional. Este artigo problematiza tal panorama, comum aos estudos do pensamento social brasileiro, e desloca a herança intelectual rodrigueana da esfera de um darwinismo-social exacerbado, do típico determinismo racial, para áreas de estudos antagônicas. Tomando como eixo de reflexão textos seus sobre antropologia cultural e psicologia gregária, o objetivo é abrir caminhos pouco explorados pela historiografia, a partir da adoção, pelo médico maranhense, de leituras da chamada escola evolucionista-social e também da sociologia tardiana. O contato e o acomodamento de propostas que divergiam do conteúdo oitocentista paradigmático fizeram do conjunto da obra de Nina Rodrigues – em especial o recorte da problemática racial – um objeto intrincado, arquétipo do momento tensionado em que viviam as ciências de seu tempo.
A tempestade ocupou lugar de destaque nos contos de Edgar Allan Poe, especialmente por se tratar de um fenômeno conveniente à produção de um locus horrendus, um lugar tenebroso por meio do qual seria possível despertar em seus leitores os... more
A tempestade ocupou lugar de destaque nos contos de Edgar Allan Poe, especialmente por se tratar de um fenômeno conveniente à produção de um locus horrendus, um lugar tenebroso por meio do qual seria possível despertar em seus leitores os efeitos pretendidos. No entanto, antes do movimento romântico do século XIX, o incidente marítimo, enquanto tópica, mostrou-se recorrente em diferentes gêneros retórico-poéticos, especialmente nos exemplares épicos. Pretende-se, nesse artigo, mapear algumas descrições de tempestades para, em seguida, termos condições de analisar a maneira como Poe imitou essa tradição para a elaboração de um conto em particular, intitulado "Manuscrito encontrado em uma garrafa" ("Manuscript found in a bottle"), publicado em 1833.
No século XIX, as relações de compadrio instituídas pela Igreja Católica e formalizadas pelo batismo favoreciam a união entre indivíduos e famílias. Além do sentido relacional, os escravos da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de... more
No século XIX, as relações de compadrio instituídas pela Igreja Católica e formalizadas pelo batismo favoreciam a união entre indivíduos e famílias. Além do sentido relacional, os escravos da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Albuquerque utilizaram-se estrategicamente desse sacramento. De acordo com a documentação paroquial, o batismo poderia servir para atingir objetivos que variavam de escravizado para escravizado e conforme os padrinhos escolhidos para os seus filhos. Este artigo discute as relações construídas ou intensificadas por escravos dessa freguesia, pertencente à província de Mato Grosso, Império do Brasil, mas em fronteira litigiosa, no período anterior à sua ocupação pelas tropas de Solano Lopez, durante a Guerra do Paraguai contra a Tríplice Aliança.
Este artigo analisa o movimento de independência e autonomia dos religiosos da Congregação da Índia Oriental, na tentativa de ruptura com a casa mãe da Província de Portugal da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, no ano de 1638. O uso... more
Este artigo analisa o movimento de independência e autonomia dos religiosos da Congregação da Índia Oriental, na tentativa de ruptura com a casa mãe da Província de Portugal da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, no ano de 1638. O uso de armas pelos religiosos sublinhou a violência da revolta. A década de 1630 correspondeu a anos de tensões para os agostinhos do Oriente com ressonâncias nos centros de poderes régio e eclesiástico em Goa, Lisboa, Madri e Roma. Parte-se da leitura de códices, com vasta documentação gerada no âmbito da burocracia da Congregação de Propaganda Fide em Roma, acrescida de um conjunto de missivas entre o vice-reinado do Estado da Índia e o centro de Madri. A reflexão desdobra-se em três segmentos: a ação missionária agostiniana no Oriente; as conjunturas imperiais da década 1630 e as instituições agostinianas em Goa; e o levantamento de junho de 1638
Este artigo tem como objetivo compreender os sentidos simbólicos da roupa no começo da República brasileira, enfocando a fantasia carnavalesca de diabo, que ganhou popularidade no século XIX e foi praticamente abolida no século XX. Para... more
Este artigo tem como objetivo compreender os sentidos simbólicos da roupa no começo da República brasileira, enfocando a fantasia carnavalesca de diabo, que ganhou popularidade no século XIX e foi praticamente abolida no século XX. Para isso, pretendemos elaborar um estudo comparativo dos signifi cados da vestimenta por meio da literatura, da crônica jornalística e da caricatura. Os textos "A vingança" e "O moleque" de Lima Barreto serão basilares para entender como os valores sociais se apresentam na forma da roupa, apresentando-se como elementos-chave nesta investigação. A discussão será feita a partir de uma abordagem cultural da história e da análise literária.
A cartografia histórica referente ao século XVII privilegiou alguns poucos núcleos urbanos do Brasil, com desenhos relativamente precisos de sua área urbana e de seu entorno. Não parece ter sido o caso para a maioria das localidades então... more
A cartografia histórica referente ao século XVII privilegiou alguns poucos núcleos urbanos do Brasil, com desenhos relativamente precisos de sua área urbana e de seu entorno. Não parece ter sido o caso para a maioria das localidades então existentes, como Natal/RN, para a qual é de se questionar até que ponto os poucos mapas daquela época representam a realidade urbana da cidade de então. Este artigo discute essa questão a partir da representação gráfica da cidade por um conjunto de mapas, interpretando-os a partir do confronto com manuscritos coevos existentes sobre a cidade. Em que pese algumas incongruências e lacunas, os mapas analisados de fato permitem uma percepção relativamente precisa sobre o que era a cidade e seu entorno no período em apreço.

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A relação entre literatura e história pode ser entendida de duas maneiras. A primeira enfatiza o requisito de uma aproximação plenamente histórica dos textos. Para semelhante perspectiva é necessário compreender que nossa relação... more
A relação entre literatura e história pode ser entendida de duas maneiras. A primeira enfatiza o requisito de uma aproximação plenamente histórica dos textos. Para semelhante perspectiva é necessário compreender que nossa relação contemporânea com as obras e os gêneros não pode ser considerada nem como invariante nem como universal. Devemos romper com a atitude espontânea que supõe que todos os textos, todas as obras, todos os gêneros, foram compostos, publicados, lidos e recebidos segundo os critérios que caracterizam nossa própria relação com o escrito. Trata-se, portanto, de identificar histórica e morfologicamente as diferentes modalidades da inscrição e da transmissão dos discursos e, assim, de reconhecer a pluralidade das operações e dos atores implicados tanto na produção e publicação de qualquer texto, como nos efeitos produzidos pelas formas materiais dos discursos sobre a construção de seu sentido. Trata-se também de considerar o sentido dos textos como o resultado de uma negociação ou transações entre a invenção literária e os discursos ou práticas do mundo social que buscam, ao mesmo tempo, os materiais e matrizes da criação estética e as condições de sua possível compreensão.
Francisco Bethencourt é historiador bem conhecido do público brasileiro. A publicação, no Brasil, de seu livro História das Inquisições. Portugal, Espanha e Itália, séculos XV-XIX, a circulação de seus artigos e da importante coletânea... more
Francisco Bethencourt é historiador bem conhecido do público brasileiro. A publicação, no Brasil, de seu livro História das Inquisições. Portugal, Espanha e Itália, séculos XV-XIX, a circulação de seus artigos e da importante coletânea que organizou com Kirti Chaudhuri — História da Expansão Portuguesa —, além da sua presença frequente em universidades brasileiras, propiciaram-lhe uma grande visibilidade. As conseqüências dessa recepção positiva fez-se sentir pelo número significativo de orientações de doutorandos que acolheu em Portugal, beneficiários de bolsas de pesquisa para teses de doutorado inscritas em universidades brasileiras. Com efeito, tanto a recepção de seu trabalho quanto a co-orientação de doutorandos são sinalizadores importantes do sentido das trocas entre as historiografias brasileira e portuguesa. Foi sobre esta questão, e outras mais específicas à construção do saber histórico, que Francisco Bethencourt falou à revista Topoi.
A revisão, a edição final e a apresentação desta entrevista foram feitas por Andrea Daher, professora de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Entrevista com Robert Darnton. Entrevista feita por José Murilo de Carvalho.Tradução de José Murilo de Carvalho. Robert Darnton nasceu em 1939 em Nova Yorque. Completou o doutorado em História na Universidade de Oxford em 1964. Foi... more
Entrevista com Robert Darnton. Entrevista feita por José Murilo de Carvalho.Tradução de José Murilo de Carvalho.

Robert Darnton nasceu em 1939 em Nova Yorque. Completou o doutorado em História na Universidade de Oxford em 1964. Foi repórter do The New York Times em 1964-65. Desde 1968 ensina na Universidade de Princeton, onde foi colega de Lawrence Stone e é colega de Natalie Davis. Foi fellow do Institute for Advanced Study de Princeton, onde estabeleceu relações estreitas com Clifford Geertz. José Murilo de Carvalho o conheceu nesse Instituto em 1981, quando ele trabalhava no texto sobre o grande massacre de gatos. Foi membro dos Institutos de Estudos Avançados de Stanford, Berlim e Holanda, e da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris.
Seu primeiro livro, sobre o mesmerismo, foi publicado em 1968. Seu prestígio acadêmico se firmou com a publicação em 1979 do The business of Enlightenment, uma história da publicação da Enciclopédia, primeiro produto da descoberta do fabuloso arquivo da Sociedade Tipográfica de Neuchâtel. A partir daí tornou-se autoridade na história do livro, da impressão e da vida literária do final do século XVIII francês, tendo sido várias vezes premiado.
Denis Crouzet esteve no Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ, a convite do Laboratório de Pesquisa em História das Práticas Letradas, e concedeu a Topoi esta entrevista em 18 de abril de 2012. O texto em português foi... more
Denis Crouzet esteve no Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ, a convite do Laboratório de Pesquisa em História das Práticas Letradas, e concedeu a Topoi esta entrevista em 18 de abril de 2012. O texto em português foi transcrito por Amaury Leibig van Huffel, traduzido por Raquel Campos, revisado e editado por Andrea Daher.
Revisão técnica e edição: Andrea Daher Tradução: Aldilene Marinho Cesar Em 27 de março de 2009, Frank Lestringant, professor da Universidade Paris IV-Sorbonne e especialista em literatura francesa, esteve no Instituto de Filosofia e... more
Revisão técnica e edição: Andrea Daher
Tradução: Aldilene Marinho Cesar

Em 27 de março de 2009, Frank Lestringant, professor da Universidade Paris IV-Sorbonne e especialista em literatura francesa, esteve no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, a convite do Programa de Pós-Graduação em Historia Social da UFRJ (PPGHIS). Na ocasião concedeu a seguinte entrevista.
Dominique Kalifa foi entrevistado em 1º de agosto de 2009 no Programa de Pós-graduação em História social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ) por Marcos Luiz Bretas (mlbretas@gmail.com, PPGHIS/UFRJ) e Diego Galeano... more
Dominique Kalifa foi entrevistado em 1º de agosto de 2009 no Programa de Pós-graduação em História social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHIS/UFRJ) por Marcos Luiz Bretas (mlbretas@gmail.com, PPGHIS/UFRJ) e Diego Galeano (dgaleano.ufrj@gmail.com, PPGHIS/UFRJ).
Transcrição de Amaury Leibig van Huffel e tradução de Raquel Campos.
Interview with Professor John Thornton (University of Boston – USA). Interviewers: Ariane Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brazil) and Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,... more
Interview with Professor John Thornton (University of Boston – USA). Interviewers: Ariane Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brazil) and Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ – Brazil. Translated by: Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brasil) and Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ – Brazil.
Transcrição e tradução: Arnaldo Marques Revisão técnica e edição: Andréa Daher Em outubro de 2007, Jacques Revel esteve no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, a convite do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ... more
Transcrição e tradução: Arnaldo Marques
Revisão técnica e edição: Andréa Daher

Em outubro de 2007, Jacques Revel esteve no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, a convite do Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ (PPGHIS), do Programa de Pós-Graduaçãoem Educação e do Programa de Pós-Graduação em História da UERJ. O historiador francês concedeu, nesse mesmo momento, uma entrevista a professores do PPGHIS, em torno das questões que marcam o seu trabalho em história social das práticas culturais e a sua proximidade da micro-história italiana, de que foi o introdutor na França e é, até os dias de hoje, um interlocutor dos mais privilegiados.
Entre as várias intervenções bibliográficas que o Bicentenário tem inspirado, com certeza, uma das mais aguardadas é o Dicionário da Independência. História, memória e historiografia, organizado por Cecilia Helena de Salles Oliveira e... more
Entre as várias intervenções bibliográficas que o Bicentenário tem inspirado, com certeza, uma das mais aguardadas é o Dicionário da Independência. História, memória e historiografia, organizado por Cecilia Helena de Salles Oliveira e João Paulo Pimenta lançado este ano em São Paulo pela Biblioteca Brasiliana Guita e Mindlin em parceria com a EDUSP e o Instituto Camões. Com mais de mil páginas, o dicionário reúne verbetes escritos por especialistas sobre os principais eventos, personagens, grupos sociais, lugares e projetos que forjaram as diversas experiências de independência no Brasil, bem como sobre as obras e os historiadores que se dedicaram ao tema.
Entrevista realizada em 19 de junho de 2013, no Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ. Apresentação, edição e revisão final de Andrea Daher.
Entrevista com Jacques Revel, presidente da Ecole dês Hautes Études en Sciences Sociales. Indiscutivelmente relacionado à instituição que preside, o seu percurso intelectual por vezes confunde-se com a própria história da revista Annales,... more
Entrevista com Jacques Revel, presidente da Ecole dês Hautes Études en Sciences Sociales. Indiscutivelmente relacionado à instituição que preside, o seu percurso intelectual por vezes confunde-se com a própria história da revista Annales, nos últimos 30 anos. Tendo ocupado os cargos de secretário de redação e de co-diretor, entre 1975 e 1981, contribuiu muitas vezes para os processos de renovação que resultaram, como o de 1989, num balanço crítico do trabalho historiográfico contemporâneo, proposto como “virada crítica” da História.
Palestra proferida na UERJ, em 11 de agosto de 2000, a convite da UFRJ (Programa de Pós-graduação em História Social, Programa de Estudos Americanos e Programa de Teoria, Historiografia e História da Cultura) e da UERJ (Programa de... more
Palestra proferida na UERJ, em 11 de agosto de 2000, a convite da UFRJ (Programa de Pós-graduação em História Social, Programa de Estudos Americanos e Programa de Teoria, Historiografia e História da Cultura) e da UERJ (Programa de Pós-graduação em História e Laboratório de Estudos Históricos da Ciência).
Entrevista com o historiador Fernando Bouza, titular de História Moderna da Universidade Complutense de Madrid. De modo original, forjou as ferramentas necessárias para compreender a mobilização dos media pelos representantes da cultura... more
Entrevista com o historiador Fernando Bouza, titular de História Moderna da Universidade Complutense de Madrid. De modo original, forjou as ferramentas necessárias para compreender a mobilização dos media pelos representantes da cultura política do período filipino, como se pode ler em Imagen y propaganda. Capitulos de historia cultural del reinado de Felipe II e em Portugal no tempo dos Filipes. Política, cultura, representações (1580- 1668). Atento, portanto, às formas de expressão, aos procedimentos orais e icônicos aplicados à circulação social de impressos e manuscritos nos séculos XVI e XVII, suas pesquisas resultaram em mais três importantes livros, publicados nos últimos quatro anos: Comunicación, conocimiento y memoria en la España de los siglos XVI y XVII; Corre manuscrito. Una historia cultural del Siglo de Oro e Palabra e imagen en la corte. Cultura oral y visual de la nobleza en el Siglo de Oro.
Entrevista feita por Raquel Campos; a revisão, a edição final e a apresentação são de Andrea Daher.
Homenagem a Ciro Flamarion Cardoso, falecido membro do Conselho Editorial da Topoi. Revista de História desde sua fundação.
Entrevista com o escritor brasileiro Alberto Mussa.
Entrevista com o Professor John Thornton (Universidade de Boston – EUA). Entrevistadores: Ariane Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brasil) e Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,... more
Entrevista com o Professor John Thornton (Universidade de Boston – EUA). Entrevistadores: Ariane Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brasil) e Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ – Brasil. Tradução: Lise Sedrez (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ – Brasil) e e Roberto Guedes (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica/RJ – Brasil.
Marieta de Moraes Ferreira é diretora executiva da Editora da Fundação Getulio Vargas e professora titular aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como pesquisadora e professora junto ao Programa de Pós-graduação em... more
Marieta de Moraes Ferreira é diretora executiva da Editora da Fundação Getulio Vargas e professora titular aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como pesquisadora e professora junto ao Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ. Foi idealizadora e primeira presidente da Associação Brasileira de História oral, tendo também presidido a Internacional Oral History Association. Dirigiu o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil e, mais recentemente, fez parte do grupo que elaborou o Mestrado Profissional em Ensino de História, que coordenou até o fim de 2017. Sua trajetória é marcada principalmente por estudos relacionados à História do Brasil Republicano, pesquisando em campos como a História do Rio de Janeiro, a História oral, História do Tempo Presente, Estudos sobre Memória e História Política. São de sua autoria os livros A História como Ofício - A constituição de um campo disciplinar (Ed. FGV, 2013), Rio de Janeiro: uma cidade na história (Ed. FGV, 2000), Usos e abusos da História oral (Ed. FGV, 1996), dentre outros.
Paul Thompson is a historian and a sociologist, who has pioneered the development of oral history as a research methodology. He is founding editor of the journal Oral History and founder of the National Life Stories at the British Library... more
Paul Thompson is a historian and a sociologist, who has pioneered the development of oral history as a research methodology. He is founding editor of the journal Oral History and founder of the National Life Stories at the British Library in London. He is author of The Edwardians (1975), The Voice of the Past (1978), Living the Fishing (1983), The Myths We Live By (1990), City Lives (1996), Pathways to Social Class (1998), and Jamaican Hands across the Atlantic (2006). In June 2018, Thompson has been at PPGHIS / UFRJ and, after a lecture, he answered questions from professors and students of the program. The event was recorded, transcribed by Daniel Dutra, edited and now published by TOPOI. We thank Matthias Assunção and Lise Sedrez for the collaboration throughout the entire process, as well as their participation in the editing process of the transcribed text. In addition to Assunção and Sedrez, Sílvia Correia, Luiza Larangeira and Henrique Gusmão participated in the work of adapting the text to this version published here.
Entrevista realizada por Valéria Barbosa de Magalhães em 3 de fevereiro de 2019, em Nova York, no âmbito do projeto de pesquisa Nordestinos em São Paulo e história oral: abordagem histórico-crítica, financiado pela Fapesp e coordenado... more
Entrevista realizada por Valéria Barbosa de Magalhães em 3 de fevereiro de 2019, em Nova York, no âmbito do projeto de pesquisa Nordestinos em São Paulo e história oral: abordagem histórico-crítica, financiado pela Fapesp e coordenado pela entrevistadora. Transcrição: Aline dos Campos Reis (Bolsista TT/Fapesp). Conferência e tradução: Valéria B. Magalhães.
Resenha do livro: Ordenações Filipinas. Livro V. Introdução, notas e cronologia de Silvia Hunold Lara. Companhia das Letras, São Paulo: 1999. 510p.
Resenha do livro: REVEL, Jacques. Jogos de . Escala: a experiência da microanálise. Tradução Dora Rocha. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998. 262p.
Resenha do livro: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (Org.). O anti-semitismo nas Américas: história e memória. São Paulo: Fapesp/EdUSP, 2007, 744 páginas.
Resenha do livro: O’DWYER, Eliane Cantarino (org.). Quilombos. Identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002, 268 p.
Resenha do texto: RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção. Identidade nacional e conflitos antilusitanos no Primeiro Reinado. Rio de Janeiro: FAPERJ/Relume Dumará, 2002. 402 p.
Resenha do livro Michael George Hanchard. Orfeu e o poder: o movimento negro no Rio de Janeiro e São Paulo (19451988). Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001.
Resenha do livro BATALHA, Cláudio H. M. SILVA, Fernando Teixeira da, e FORTES Alexandre, (orgs.) Culturas de Classe: identidade e diversidade na formação do operariado. Campinas: Editora da UNICAMP, 2004.
Resenha do livro: BROWN, Vincent. The Reaper’s Garden: Death and Power in the World of Atlantic Slavery. Massachusetts/ London: Harvard University Press, 2008.
Resenha do livro: ADVERSE, Helton. Maquiavel: política e retórica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.
Resenha: Acker, Antoine. Volkswagen in the Amazon: the tragedy of global development in Modern Brazil. Cambridge University Press, 2017. 330 p.
Resenha: Norte, Armando. Os intelectuais em Portugal na Idade Média: o retrato das suas maiores figuras, de Santo António a Gil Vicente. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2020. 472 p.
Resenha do livro: Hue, Sheila; LESSA DE SÁ, Vivien Kogut. Ingleses no Brasil: relatos de viagem de 1526­ 1608. São Paulo: Chão, 2020. 303p.
Resenha do livro: KLEIN, Kerwin Lee. From history to ­theory. Berkeley: University of California Press, 2011.
Resenha do livro: Castelnau-l’estoile, Charlotte. Páscoa Vieira diante da Inquisição: uma escrava entre Angola, Brasil e Portugal no século XVII. Trad. Ligia Fonseca Ferreira e Regina Salgado Campos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.... more
Resenha do livro: Castelnau-l’estoile, Charlotte. Páscoa Vieira diante da Inquisição: uma escrava entre Angola, Brasil e Portugal no século XVII. Trad. Ligia Fonseca Ferreira e Regina Salgado Campos. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. 280 p.
Resenha do livro: Pereira, Mateus Henrique de Faria. Lembrança do presente. Belo Horizonte: Autêntica, 2021. 144 p.
Resenha do livro: WEBB, Colin de Berri; WRIGHT, John Britten. The James Stuart Archive of recorded oral evidence relating to the history of the zulu and neighbouring peoples. Pietermaritzburg: University of Natal Press, Durban: Killie... more
Resenha do livro: WEBB, Colin de Berri; WRIGHT, John Britten. The James Stuart Archive of recorded oral evidence relating to the history of the zulu and neighbouring peoples. Pietermaritzburg: University of Natal Press, Durban: Killie Campbell Africana Library, v. 6. 2014.
Resenha do livro: KANDIL, Hazem. Soldiers, Spies, and Statesmen: Egypt's Road to Revolt. Londres: Verso. 2012.
Resenha do livro: LOPES, Gabriel. O feroz mosquito africano no Brasil: o Anopheles gambiae entre o silêncio e a sua erradicação (1930-1940). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2020. 227 p.
Resenha do livro: BECK, Ulrich. A metamorfose do mundo: novos conceitos para uma nova realidade . Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2018. 259p.
Resenha do livro: PY, Fábio. Pandemia cristofascista. São Paulo: Recriar, 2020,. 53 p. (e-book)
Resenha do livro: SCHWARCZ, Lilia M; STARLING, Heloísa M. A bailarina da morte: a gripe espanhola no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2020, 375 p.
Resenha do livro: PARÉS, Luis Nicolau. O rei, o pai e a morte - a religião vodum na antiga Costa dos Escravos na África Ocidental . São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
Resenha do livro: SCARZANELLA, Eugenia. Uma editora italiana na América Latina: o Grupo Abril (décadas de 1940 a 1970). Campinas. Editora da Unicamp, 2016.
Resenha do livro: DELLAMORE, Carolina; AMATO, Gabriel; BATISTA, Natalia (orgs.). A ditadura na tela: o cinema documentário e as memórias do regime militar brasileiro. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2018.
Este documento apresenta uma tradução comentada do “Discurso sobre o sistema e a vida de Vico” e seu Prólogo, ambos escritos por Jules Michelet (1798-1874). Esses textos introduzem e apresentam a obra de Giambatistta Vico (1668-1744), em... more
Este documento apresenta uma tradução comentada do “Discurso sobre o sistema e a vida de Vico” e seu Prólogo, ambos escritos por Jules Michelet (1798-1874). Esses textos introduzem e apresentam a obra de Giambatistta Vico (1668-1744), em particular sua Ciência nova, que Michelet traduziu e publicou em 1827 e 1835.
Em fevereiro do ano passado, Hespanha publicou o que acabaria por ser seu último livro, Filhos da terra (2019). Não foi pensado como último e de forma alguma representa um balanço de sua obra. Representa, isso sim, o estágio final de sua... more
Em fevereiro do ano passado, Hespanha publicou o que acabaria por ser seu último livro, Filhos da terra (2019). Não foi pensado como último e de forma alguma representa um balanço de sua obra. Representa, isso sim, o estágio final de sua reflexão, e por isso nos interessa aqui. Nessa obra, ele se dedica a analisar as comunidades mestiças que compunham o que foi denominado de “Império na sombra”, ou seja, aquelas que, mesmo estando fora dos domínios formais do Império, consideravam-se (e/ou eram consideradas) “portuguesas”. Na introdução, Hespanha revela que buscou inicialmente fazer uma análise institucional de tais comunidades, mas logo percebeu que esta era inadequada para estabelecer os traços mais característicos de sua organização e da definição de sua identidade. As instituições formais de governo e o direito ofi cial cediam lugar aí a “processos mais difusos de organizar e de dominar”
Resenha do livro: ESQUIVEL, Ricardo Martínez; ANDRÉS, Yvan Ponzuelo; ARAGÓN, Rogelio. (Org.). 300 años: Masonerías y Masones (1717-2017). Tomo I: Migraciones. Ciudad de México: Palabra de Clío, 2017. 194p.
Resenha do livro: SOARES, Carmen Lúcia. (Org.). Uma educação pela natureza: a vida ao ar livre, o corpo e a ordem urbana. Campinas: Autores Associados, 2016.
Resenha do livro: OSTERHAMMEL, Jürgen. The Transformation of the World. A Global History of the Nineteenth Century. Patrick Camiller (Trad.). Princeton/Oxford: Princeton University Press, 2014. p. 1165.
Resenha do livro: BEAUDRY, Mary C; PARNO, Travis G. Archaeologies of Mobility and Movement. Nova Iorque: Springer, 2013.
Resenha do livro: ALLOA, Emmanuel. (Org.). Pensar a imagem. Tradução coordenada por Carla Rodrigues. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
Resenha do livro: GINZBURG, Carlo. Medo, reverência e terror. Quatro ensaios sobre iconografia política. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
Resenha do livro: PILCHER, Jeffrey. (Ed.). The Oxford Handbook of Food History. Nova York: Oxford University Press, 2012. p. 508.
Resenha do livro: MAIA, Cláudia; Puga, Vera Lúcia. (Org.). História das mulheres e do gênero em Minas Gerais. Florianópolis: Editora das Mulheres, 2015. p. 552.
Li a resposta de João Cezar de Castro Rocha e pus-me a pensar. Haveria muitas maneiras de elaborar uma tréplica. De modo maduro e sucinto: "a autora optou por fazer o mesmo que Kant". De modo maduro e menos sucinto (é de bom tom não... more
Li a resposta de João Cezar de Castro Rocha e pus-me a pensar. Haveria muitas maneiras de elaborar uma tréplica. De modo maduro e sucinto: "a autora optou por fazer o mesmo que Kant". De modo maduro e menos sucinto (é de bom tom não parecer inatingível): "Numa festa, dois acadêmicos começam a discutir. A certa altura, o clima esquenta. Um deles desiste de pensar e de beber. Joga o vinho no rosto do outro. Este, lentamente, tira o lenço do bolso, tenta dar um jeito na lente dos óculos. E diz: bela intervenção". Nenhuma das duas me agradava por completo. Seria participar do comércio das citações de corredores e congressos. Não. Como o caso dá o que pensar, esbocei uma resposta digna da pesquisadora que pretendo ser, considerando a bibliografia que tenho como referência, particularmente em sociologia do conhecimento e em história das controvérsias. Aprecio a reflexão que vou elaborando, volto à réplica e logo me dou conta de que não estou escrevendo uma "tréplica", mas algo entre artigo, ensaio, balanço bibliográfico. Além disso, sou advertida de que, apesar da elegância da atitude, o texto poderia ser entendido como um exercício de distanciamento, como se eu não estivesse implicada no que examino. De fato, a réplica de Castro Rocha é bela por não conter suas emoções, seria de bom tom demonstrar as minhas. Receei irritar ainda mais meu interlocutor. Sinceramente, nada mais estranho às minhas intenções, tanto com a resenha quanto com a tréplica. Não. Há entretanto outros motivos pelos quais esta última modalidade de resposta também não poderia ser adotada. Passado o momento inicial de lisonjeio-nunca fui citada e "criticada" tantas vezes num mesmo texto-, percebo o óbvio ululante: minha tese não foi lida, o texto dela foi citado-e, infelizmente, uma coisa não implica necessariamente a outra. Ademais, os problemas teóricos, metodológicos e interpretativos, nada implícitos, às minhas resenhas escapam inteiramente ao meu interlocutor. E, por motivos que prefiro não especular, ele não concebe a possibilidade de haver autonomia intelectual em relação àqueles que se elogia e se aprecia. Confissão involuntária disso encontra-se na passagem em que Castro Rocha chega mesmo a perguntar como é possível que eu não esteja de acordo com quem "elogio" e me cobre coerência com o seu pressuposto a meu respeito, segundo o qual reconhecimento é sinônimo de submissão. Se a modalidade de excelência intelectual que elegi, pela qual trabalho com afinco, pagando o alto preço que ela implica, está ausente de seu horizonte de atitudes possíveis, não há explicação que o faça compreendê-la. Com efeito, a "réplica" me responde menos do que parece querer me atingir. Como respondê-la sem alimentar seu princípio motriz? Cogito não responder.
Em resposta pouco polida a uma notícia dedicada à Crítica da razão pura, Immanuel Kant acusou o resenhista de não ter lido o texto, no entanto mencionado com desenvoltura. O imprudente crítico confundira os conceitos de transcendental e... more
Em resposta pouco polida a uma notícia dedicada à Crítica da razão pura, Immanuel Kant acusou o resenhista de não ter lido o texto, no entanto mencionado com desenvoltura. O imprudente crítico confundira os conceitos de transcendental e transcendente! "Sem comentários": eis a conclusão kantiana. Pois é. Lembrei do episódio ao ler a resenha que Lidiane Soares Rodrigues achou por bem compor sobre meu livro Machado de Assis: por uma poética da emulação. A resenhista Rodrigues, contudo, é mais astuta e pinça, aqui e ali, números de página a fim de afiançar a seriedade com que se empenhou no exercício crítico. No entanto, ela teria feito melhor uso de seu talento adquirindo familiaridade com os estudos literários, em geral, e a obra machadiana, em particular. Vejamos. No primeiro parágrafo de sua "resenha", a autora faz gala de erudição invejável listando os "oito" romances machadianos. Oito? Isso mesmo: na peculiar matemática literária da resenhista Rodrigues, depois de Dom Casmurro, Machado publicou Memorial de Aires... O que aconteceu com Esaú e Jacó? Simplesmente o romance desaparece na enumeração bem informada da severa resenhista. Há mais. No final do primeiro parágrafo, a resenhista acredita transcrever meu texto: "(...) eis a embocadura da 'metamorfose' do 'sempre solícito Machadinho' no 'Machadão que se admira em todo o mundo' (p. 13)". 1 Creio que as aspas indicam que estou sendo citado-e agradeço a deferência. No entanto, não escrevi Machadão, porém o mais modesto "Machado". Ora, "De Machadinho a Brás Cubas" é o título de ensaio seminal de Augusto Meyer, no qual ele se refere ao "Machadão".
Resenha do livro: HALL, Clement M. The history of Syria: 1900-2012. Boston: Charles River Editors, 2013.
Resenha do livro: FOFELMAN, Patricia. Ceva. Mariela. ­Touris. Claudia. El culto mariano en Luján y San Nicolás: religiosidad e historia regional. Buenos Aires: Biblos, 2013.
Resenha do livro: CHOAY, Françoise. O patrimônio em questão: antologia para um combate. .Belo Horizonte: Fino Traço, 2011.
Resenha de: DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto; Museu de Arte do Rio, 2013.
Resenha do livro: WARBURG, Aby. A renovação da Antiguidade pagã: contribuições científico-culturais para a história do Renascimento europeu. Tradução de Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
Resenha do livro: HAMPTON, Timothy. Fictions of Embassy: literature and diplomacy in early modern Europe. Ithaca: Cornell University Press, 2012.
Resenha do livro: KLEIN, Kerwin Lee. From history to ­theory. Berkeley: University of California Press, 2011.
Resenha de: CALLADO, Ana Arruda. Maria Yedda, formadora de gente. Rio de Janeiro: Betel, 2022. 230 p.
Resenha de: GALEANO, Diego; CORRÊA, Larissa Rosa; PIRES, Thula. De presos políticos a presos comuns. Estudos sobre experiências e narrativas de encarceramento. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2021. 316.
Resenha do livro: HARTOG, François. Croire en l’histoire. Paris: Flammarion, 2013.
Resenha do livro: VISCARDI, Cláudia. O teatro das oligarquias: uma revisão da “política do café com leite”. Belo Horizonte: Fino Traço, 2012.
Resenha do livro: COSTA, Jorge et al. Os donos de Portugal (cem anos de poder económico, 1910-2010). Porto: Autores e Edições Afrontamento, 2010.
Resenha do livro: LIMA, Luís Filipe Silvério. O império dos sonhos. Narrativas proféticas, sebastianismo & messianismo brigantino. São Paulo: Alameda, 2010.
Resenha do livro: READ, Ian. The hierarchies of slavery in Santos, Brazil, 1822-1888. Stanford: Stanford University Press, 2012.

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Conferência debate entre Roger Chartier e José Sérgio Leite Lopes, ocorrida em 30 de abril de 2002, a convite do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ. A transcrição deste debate foi feita por Ana Luiza Beraba e Virna... more
Conferência debate entre Roger Chartier e José Sérgio Leite Lopes, ocorrida em 30 de abril de 2002, a convite do Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ.
A transcrição deste debate foi feita por Ana Luiza Beraba e Virna Virgínia Plastino.