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  • é Professor da Universidade Federal da Bahia no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade. Líder do Gir@ - Núcle... moreedit
  • Miriam Pillar Grossi, Paula Regina Costa Ribeiro, Joana Maria Pedroedit
A ciência é estruturada de modo colaborativo uma vez que o conhecimento científico é produzido em um clima de cooperação e debate entre os integrantes da comunidade científica e as obras já anteriormente criadas em um dado campo, sendo... more
A ciência é estruturada de modo colaborativo uma vez que o conhecimento científico é produzido em um clima de cooperação e debate entre os integrantes da comunidade científica e as obras já anteriormente criadas em um dado campo, sendo obrigatória a citação. A partir de um caso concreto de judicialização por danos morais e materiais contra o editor de um periódico científico por parte de duas autoras cujo artigo foi retratado por plágio, o presente artigo versa sobre a política editorial em casos de má conduta científica. Tomando a produção e a difusão do conhecimento científico como campo com regras e protocolos de ética próprios, conclui-se que a má conduta do pesquisador implica dano à comunidade científica. Assim, o cientista que faz uso do plágio, redundância ou falsificação/fabricação de dados deve considerar as consequências da desonestidade intelectual em sua carreira, não responsabilizando outros por decisões tomadas em solilóquio no momento da escrita científica.
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con-... more
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con- texto pandêmico que o Brasil está passando, devido à COVID-19. A proposta foi de oferecer um curso introdutório sobre as teorias feministas e lésbicas considerando suas intersecções e buscando sensibilizar diversos atores sociais para as questões lésbicas e os direitos humanos. Durante o desenvolvimento da atividade de extensão foi contemplada discussões sobre raça, classe, território, corpo, além de ampliar o debate e a compreensão acerca das lesbianidades. A relevância desse trabalho se encon- tra na fronteira entre academia e comunidade, estabelecendo diálogos e tecendo redes: de apoio e conhecimento. Foi propor- cionada reflexões, transformações e acesso a leituras, autoras e referências que não são facilmente encontradas dentro da academia, seja por desconhecimento ou escolhas epistêmicas. Assim, o curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades colaborou para a visibilidade lésbica e para a disseminação do pensamento lésbico.
O “17 de Maio” e lembrado em todo o mundo por ter sido o dia, em 1990, em que a Organizacao Mundial de Saude (OMS) despatologizou a homossexualidade. No Brasil foi instituido no calendario oficial por decreto presidencial de Lula,... more
O “17 de Maio” e lembrado em todo o mundo por ter sido o dia, em 1990, em que a Organizacao Mundial de Saude (OMS) despatologizou a homossexualidade. No Brasil foi instituido no calendario oficial por decreto presidencial de Lula, publicado no Diario Oficial da Uniao em junho de 2010. Como percebemos, esses avancos nao traduzem os anseios das comunidades LGBT, que reivindicam a ampliacao de seus direitos, o questionamento das normas sexuais que produzem exclusao,  subalternidade e uma vida sem discriminacao e violencia. No Brasil as interseccionalidades entre homo-lesbo-transfobias, racismo, sexismo, capacitismo e intolerância religiosa tem colecionado cada vez mais vitimas, letais ou nao. Alem da violencia, discursos coloniais de criminalizacao da homossexualidade atravessam oceanos, nao se expressando apenas em legislacao punitiva em estados declaradamente homofobicos. Em 2014 ao nos solidarizamos com os movimentos LGBT, optamos pela realizacao de uma performance poetico-musical em frente a Biblioteca Central da UFBA, em carater de acao de extensao engajada politicamente. A acao foi uma parceria entre o Nucleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e a Feminaria Musical: grupo de pesquisa e experimentos sonoros (EMUS/NEIM/UFBA) e compoe o calendario nacional e internacional de acoes publicas referentes ao “Dia Mundial de Combate a Homofobia”. Nesse trabalho compartilharmos nosso relato sobre a acao, sobre o dialogo com a comunidade da UFBA e sobre a performance cultural que realizamos. A ideia e ressaltar a importante articulacao entre arte e politica no enfrentamento as lesbo-homo-transfobias, ao racismo e ao sexismo.
Resumo: Tendo como base quatro anos de pesquisa doutoral sobre a agenda anti-homofobia na educação brasileira (2007-2011) o presente artigo busca iniciar uma genealogia sobre o conceito de Homofobia no Brasil. Foca no uso desta categoria... more
Resumo: Tendo como base quatro anos de pesquisa doutoral sobre a agenda anti-homofobia na educação brasileira (2007-2011) o presente artigo busca iniciar uma genealogia sobre o conceito de Homofobia no Brasil. Foca no uso desta categoria em dois campos de produção discursiva: (1) os movimentos LGBTTT e (2) o Estado. A partir disso sinaliza a complexidade do conceito, particularmente em suas definições nativas centradas no campo psicológico que o definem como expressão do ódio, ojeriza e/ou repulsa aos homossexuais. Conclui-se que a categoria Homofobia possui grande eficácia política, mas carece de reflexão e teorização que possibilitem fazê-la superar as armadilhas da polêmica e da reação homofóbica. Palavras-Chave: Homofobia; Políticas Públicas; Genealogia; Análise Genética; Pensamento de Estado. Résumé: sur la base de quatre ans de recherche doctorale sur l'agenda anti-homophobie dans l'éducation brésilienne (2007-2011), cet article vise à commencer une généalogie sur le c...
Research Interests:
Cet article se penche sur le profil de trois femmes lesbiennes brésiliennes ayant émigré au Québec (Canada) et faisant partie d'un groupe de Brésiliennes et Brésiliens LGBT actif sur les réseaux sociaux. Notre étude exploratoire... more
Cet article se penche sur le profil de trois femmes lesbiennes brésiliennes ayant émigré au Québec (Canada) et faisant partie d'un groupe de Brésiliennes et Brésiliens LGBT actif sur les réseaux sociaux. Notre étude exploratoire enquête sur divers aspects de leur vécu, tels que les raisons de leur migration, la façon dont elles organisent leur vie dans un pays théoriquement plus « ouvert à la diversité sexuelle » et leur évolution dans l'environnement LGBT. Nous avons opté pour une approche qualitative et ouverte, en menant des entrevues en profondeur, dont l'analyse fait émerger des pistes et questions de recherche à poursuivre. En valorisant les contributions orales de ces femmes ainsi que leurs productions analytiques, notre but est de favoriser un processus de visibilité et de constitution du sujet politique : celui qui peut être, qui peut faire partie et qui peut contribuer politiquement.
Nesse artigo analiso os usos das teorias feministas e queer francofonas no Programa de Pos-Graduacao em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Genero e Feminismos (PPGNEIM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O programa foi... more
Nesse artigo analiso os usos das teorias feministas e queer francofonas no Programa de Pos-Graduacao em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Genero e Feminismos (PPGNEIM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O programa foi criado em 2006 e segue uma orientacao interdisciplinar que esta em processo de consolidacao como modelo da pos-graduacao brasileira. O programa produziu 77 dissertacoes de mestrado e 24 teses de doutorado, em um periodo de 10 anos, nos quais podemos perceber a influencia de campos teoricos plurais: anglofono, francofono, latino-americano, brasileiro... Nesse artigo foco nas dissertacoes de mestrado, nas trajetorias de docentes e no referencial bibliografico para demonstrar a heterogeneidade dos feminismos academicos no Brasil e, em particular, a forma como as teorias feministas francofonas tem sido articuladas na Bahia.
Durante o mês de fevereiro, comemora-se, na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos e no Canadá, a história das populações negras. Assinalado como Mês da História Negra [Black History Month, em inglês, e Mois de l’Histoire... more
Durante o mês de fevereiro, comemora-se, na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos e no Canadá, a história das populações negras. Assinalado como Mês da História Negra [Black History Month, em inglês, e Mois de l’Histoire des Noirs, em francês], esse período de comemorações, marcado por uma série de eventos políticos e culturais que discutem as questões raciais em seus diferentes aspectos e intersecções, foi o contexto de lançamento do livro 11 brefs essais contre le racisme: pour une lutte systémique [em português: 11 breves ensaios contra o racismo: por uma luta sistêmica], organizado por Amel Zaazaa e Christian Nadeau (2019). Em 2019, o tema da campanha promovida pelo Governo do Canadá foi: “Os jovens canadenses negros: sem limites, enraizados e orgulhosos”[1](QUÉBEC, 2019).
Em comemoração ao dia 21 de Setembro de 2016, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a Rádio WEB Gira conversou com a então candidata à vereadora de Salvador/BA pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB/BA), Cristina Gonçalves,... more
Em comemoração ao dia 21 de Setembro de 2016, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, a Rádio WEB Gira conversou com a então candidata à vereadora de Salvador/BA pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB/BA), Cristina Gonçalves, cientista social, atriz e ativista dos movimentos de mulheres e das pessoas com deficiência. Cristina abordou as barreiras e os desafios da inserção das pessoas com deficiência nos processos e disputas da política formal.
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con-... more
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con- texto pandêmico que o Brasil está passando, devido à COVID-19. A proposta foi de oferecer um curso introdutório sobre as teorias feministas e lésbicas considerando suas intersecções e buscando sensibilizar diversos atores sociais para as questões lésbicas e os direitos humanos. Durante o desenvolvimento da atividade de extensão foi contemplada discussões sobre raça, classe, território, corpo, além de ampliar o debate e a compreensão acerca das lesbianidades. A relevância desse trabalho se encon- tra na fronteira entre academia e comunidade, estabelecendo diálogos e tecendo redes: de apoio e conhecimento. Foi propor- cionada reflexões, transformações e acesso a leituras, autoras e referências que não são facilmente encontradas dentro da academia, seja por desconhecimento ou escolhas epistêmicas. Assim, o curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades colaborou para a visibilidade lésbica e para a disseminação do pensamento lésbico.
Trata-se de um plano de gestão da Coordenação do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, da Universidade Federal da Bahia. Gestão 2021/2023.
Les politiques publiques de lutte contre l’homophobie au Brésil se sont constituées en tant que champ politique dans le début des années 2000. Depuis une trentaine d’années, le mouvement LgBttt (lesbiennes, gaies, bisexuelles,... more
Les politiques publiques de lutte contre l’homophobie au Brésil se sont constituées en tant que champ politique dans le début des années 2000. Depuis une trentaine d’années, le mouvement LgBttt (lesbiennes, gaies, bisexuelles, travestis, transsexuelles et transgenres) au Brésil avait réussi à établir des liens avec la structure de l’État, à mettre en œuvre un agenda politique pour combattre la violence contre les per- sonnes LgBttt et à promouvoir leur citoyenneté auprès du gouvernement fédéral.
Uma das grandes preocupacoes no ensino superior e a compreensao das ideias presentes nos textos academicos, dimensao fundamental da educacao cientifica. Assim, e importante que todas as etapas na leitura de um texto sejam compartilhadas... more
Uma das grandes preocupacoes no ensino superior e a compreensao das ideias presentes nos textos academicos, dimensao fundamental da educacao cientifica. Assim, e importante que todas as etapas na leitura de um texto sejam compartilhadas entre os discentes, estimulando, dessa forma, a construcao coletiva do conhecimento e promovendo um aprendizado por meio do uso da leitura e da escrita. A escrita, nesse contexto, e considerada uma habilidade e deve se tornar uma preocupacao dos docentes. A aquisicao dessa habilidade por parte dos discentes e o que se chama de “letramento academico”. A partir da reflexao sobre a construcao das videoaulas do curso EAD Pensamento Lesbico Contemporâneo (UFBA, 2017), buscaremos compreender o papel das videoaulas no auxilio a compreensao de textos academicos.
O Grupo de Estudos Feministas em Politica e Educacao (GIRA) organizou, em 2017, uma formacao semanal a distância, com duracao de 05 meses, intitulada “Pensamento Lesbico Contemporâneo”. O curso propos estudar 25 autoras lesbicas de... more
O Grupo de Estudos Feministas em Politica e Educacao (GIRA) organizou, em 2017, uma formacao semanal a distância, com duracao de 05 meses, intitulada “Pensamento Lesbico Contemporâneo”. O curso propos estudar 25 autoras lesbicas de diferentes partes do mundo. Neste artigo, analisaremos a recepcao de Gloria Anzaldua pelas cursistas a partir de suas publicacoes no forum de discussao da autora no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Resumo: O deslocamento da indústria calçadista para o sudoeste da Bahia faz parte das mudanças da atual fase do capitalismo. As trabalhadoras dessa região desconheciam o trabalho fabril; essa nova realidade se apresenta para elas de forma... more
Resumo: O deslocamento da indústria calçadista para o sudoeste da Bahia faz parte das mudanças da atual fase do capitalismo. As trabalhadoras dessa região desconheciam o trabalho fabril; essa nova realidade se apresenta para elas de forma impactante: valores, afetos, hábitos e concepção de mundo são fortemente alterados e refletem a nova composição do trabalho. As trabalhadoras disciplinadas a partir da linha de montagem aprenderam a conviver em rede como método de organização da produção. E, simultaneamente à realidade da rede produtiva, outra forma de rede foi sendo construída, a rede de cooperação e comunicação, emergindo daí novas subjetividades e resistências no ambiente de produção. De trabalhadoras rurais e domésticas que não tinham a comunicação e a cooperação como parte do seu trabalho, passam a ser detentoras desta capacidade comunicativa e colaborativa, fundamental ao processo produtivo. A construção das relações de cooperação e comunicação tornou não apenas mais produtivas as atividades laborais, mas também promo-veu o surgimento de novas formas de resistência e estratégias de " fuga ". APRESENTAÇÃO Este artigo apresenta os resultados (parciais) da pesquisa que realizamos no sudoeste da Bahia com as trabalha-doras da indústria Vulcabras/Azaleia 4. Para o estudo e análise dos resultados, utilizamos conceitos e categorias que nos permitiram identificar e compreender " um dado estado de coisas " não como reações defensivas e vitimizadas pelas mu-lheres, mas como formas de resistência diferenciadas daquelas formas tradicionais de lutas no mundo do trabalho. Para isso, priorizamos as referências teóricas e conceituais que levam em conta as mudanças estruturais do capitalismo e do mundo do trabalho; mudanças que tratam da passagem da sociedade fordista à pós-fordista, redefinindo as relações no mundo do trabalho. Foram essas referências teóricas que nos ajudaram a compreender e analisar a realidade das trabalhadoras.
GROSSI, Miriam Pillar; TONIOL, Rodrigo (Orgs.). Cientistas Sociais e o Coronavírus. São Paulo/Florianópolis: ANPOCS/Editora Tribo da Ilha, 2020, 720 p.
Em 2018 Célia Sacramento foi candidata a governadora da Bahia pela REDE Sustentabilidade. A entrevista, acompanhada por sua filha, foi realizada no dia 5 de dezembro de 2018 na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (UFBA), espaço... more
Em 2018 Célia Sacramento foi candidata a governadora da Bahia pela REDE Sustentabilidade. A entrevista, acompanhada por sua filha, foi realizada no dia 5 de dezembro de 2018 na Sala de Arte da Universidade Federal da Bahia (UFBA), espaço que costuma ser um ambiente reservado. No entanto, tivemos que mudar de lugar pois no momento do encontro a sala estava barulhenta e com grande trânsito de pessoas. Assim, decidimos seguir para uma sala no Pavilhão de Aulas do Canela (PAC), onde encontramos uma sala vazia e com ar-condicionado, dando à entrevista a tranquilidade e conforto necessários. Montamos o Notebook, testamos o áudio e como ficaria a gravação final, e após tudo acertado, iniciamos a entrevista.
Denunciamos nesse artigo a consolidação de um queer punitivista, resultado da assimilação, conformismo e institucionalização da teoria queer na universidade brasileira nos últimos dez anos, nos moldes neoliberais. Para tal, partimos de um... more
Denunciamos nesse artigo a consolidação de um queer punitivista, resultado da assimilação, conformismo e institucionalização da teoria queer na universidade brasileira nos últimos dez anos, nos moldes neoliberais. Para tal, partimos de um caso concreto em que um estudante bicha denunciou um trabalhador terceirizado, resultando em amplo apoio de grupos e coletivos queer à bicha e em um clamor por punição do trabalhador. A partir da articulação entre o feminismo negro, o queer radical e o feminismo materialista, refletimos sobre o lugar do queer na compreensão do mundo do trabalho em tempos de neoliberalismo e fascismo. Tomando a punição como ferramenta neoliberal de gestão da diversidade, ressaltamos a necessidade de radicalizar o queer, retomando seu projeto anticapitalista, antiracista e anticlassista, posicionando a luta contra o heterossexismo como instrumento de transformação social ampla.Palavras-Chave: Teoria Queer, Gênero, Sexualidade, Universidade, Punição.
O artigo traz subsídios para o discente cursar de forma produtiva o Estágio Supervisionado Obrigatório no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade na UFBA. Propõe que essa etapa da formação do analista em políticas públicas é de... more
O artigo traz subsídios para o discente cursar de forma produtiva o Estágio Supervisionado Obrigatório no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade na UFBA. Propõe que essa etapa da formação do analista em políticas públicas é de imersão em pesquisa, uma vez que pela primeira vez na matriz curricular do curso é prevista a articulação entre teoria e prática. Visando a reforma curricular, defende que o estágio seja reconfigurado em termos de uma Residência em Políticas Públicas, articulando o estágio supervisionado com os componentes de monografia e as disciplinas finais do eixo teórico de Políticas Públicas. Ao focar no necessário planejamento docente e discente do estágio curricular dos futuros analistas em políticas públicas de gênero e diversidade, atesta o compromisso, disciplina e autonomia como caraterísticas fundamentais para uma boa formação que seja capaz de garantir postos de trabalho para os formados e uma melhor definição dessa nova profissão. 
Em 2016, por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de Julho, as ativistas lésbicas Sheila Nascimento (Coletivo LGBTSol) e Bárbara Alves (Lesbibahia) receberam nas dependências do Grupo... more
Em 2016, por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de Julho, as ativistas lésbicas Sheila Nascimento (Coletivo LGBTSol) e Bárbara Alves (Lesbibahia) receberam nas dependências do Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação (GIRA) da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) a Profa. Tanya Saunders da Universidade da Flórida. Tanya Saunders é PHD em Sociologia pela Universidade de Michigan; e mestre em Política e Desenvolvimento Internacional do Gerald R. Ford, Escola de Políticas Públicas. Dentre seus interesses de pesquisa, vale ressaltar, a sua busca pelo aprofundamento no conhecimento acerca do ativismo no campo das artes, ou Artivismo, na Diáspora Africana nas Américas, inserindo os debates em torno das identidades sociais de raça, gênero e sexualidade.Tanya Saunders, que esteve no Brasil como professora visitante no Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares ...
Em 14 de setembro de 2016, no município de Cachoeira/BA, a Rádio WEB Gira recebeu Kabengele Munanga, Professor Titular de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Nessa entrevista, discutimos ações afirmativas, relações raciais no... more
Em 14 de setembro de 2016, no município de Cachoeira/BA, a Rádio WEB Gira recebeu Kabengele Munanga, Professor Titular de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP). Nessa entrevista, discutimos ações afirmativas, relações raciais no Brasil, as agendas dos movimentos negros e contra as opressões e o papel da escola e da sociedade nas lutas antirracistas.
O texto aborda a vulnerabilidade de travestis e homens homossexuais ligados às religiões afro-brasileiras à violência letal no Brasil, onde não há legislação específica para caracterizar crime homofóbico ou transfóbico. É focado na Teoria... more
O texto aborda a vulnerabilidade de travestis e homens homossexuais ligados às religiões afro-brasileiras à violência letal no Brasil, onde não há legislação específica para caracterizar crime homofóbico ou transfóbico. É focado na Teoria Queer, que reconhece certas posições sociais como desprezíveis. Trabalha a relação entre sexualidade, raça e religião para refletir a violência letal contra gays e trans de camadas populares, pobres, negras e mestiças. Conclui refletindo sobre as respostas produzidas por ativistas LGBT e estudiosos envolvidos em reflexões queer, bem como sobre propostas de políticas públicas para combater a homofobia e a intolerância religiosa contra grupos subalternos.
O “17 de Maio” e lembrado em todo o mundo por ter sido o dia, em 1990, em que a Organizacao Mundial de Saude (OMS) despatologizou a homossexualidade. No Brasil foi instituido no calendario oficial por decreto presidencial de Lula,... more
O “17 de Maio” e lembrado em todo o mundo por ter sido o dia, em 1990, em que a Organizacao Mundial de Saude (OMS) despatologizou a homossexualidade. No Brasil foi instituido no calendario oficial por decreto presidencial de Lula, publicado no Diario Oficial da Uniao em junho de 2010. Como percebemos, esses avancos nao traduzem os anseios das comunidades LGBT, que reivindicam a ampliacao de seus direitos, o questionamento das normas sexuais que produzem exclusao,  subalternidade e uma vida sem discriminacao e violencia. No Brasil as interseccionalidades entre homo-lesbo-transfobias, racismo, sexismo, capacitismo e intolerância religiosa tem colecionado cada vez mais vitimas, letais ou nao. Alem da violencia, discursos coloniais de criminalizacao da homossexualidade atravessam oceanos, nao se expressando apenas em legislacao punitiva em estados declaradamente homofobicos. Em 2014 ao nos solidarizamos com os movimentos LGBT, optamos pela realizacao de uma performance poetico-musical em frente a Biblioteca Central da UFBA, em carater de acao de extensao engajada politicamente. A acao foi uma parceria entre o Nucleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM/UFBA) e a Feminaria Musical: grupo de pesquisa e experimentos sonoros (EMUS/NEIM/UFBA) e compoe o calendario nacional e internacional de acoes publicas referentes ao “Dia Mundial de Combate a Homofobia”. Nesse trabalho compartilharmos nosso relato sobre a acao, sobre o dialogo com a comunidade da UFBA e sobre a performance cultural que realizamos. A ideia e ressaltar a importante articulacao entre arte e politica no enfrentamento as lesbo-homo-transfobias, ao racismo e ao sexismo.
Research Interests:
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con-... more
O curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades acon- teceu durante o Semestre Letivo Suplementar da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se apresentou na modalidade de Educação à Distância (EAD) tornando-se compatível com o con- texto pandêmico que o Brasil está passando, devido à COVID-19. A proposta foi de oferecer um curso introdutório sobre as teorias feministas e lésbicas considerando suas intersecções e buscando sensibilizar diversos atores sociais para as questões lésbicas e os direitos humanos. Durante o desenvolvimento da atividade de extensão foi contemplada discussões sobre raça, classe, território, corpo, além de ampliar o debate e a compreensão acerca das lesbianidades. A relevância desse trabalho se encon- tra na fronteira entre academia e comunidade, estabelecendo diálogos e tecendo redes: de apoio e conhecimento. Foi propor- cionada reflexões, transformações e acesso a leituras, autoras e referências que não são facilmente encontradas dentro da academia, seja por desconhecimento ou escolhas epistêmicas. Assim, o curso de extensão Teorias Feministas e Lesbianidades colaborou para a visibilidade lésbica e para a disseminação do pensamento lésbico.
Cet article se penche sur le profil de trois femmes lesbiennes brésiliennes ayant émigré au Québec (Canada) et faisant partie d'un groupe de Brésiliennes et Brésiliens LGBT actif sur les réseaux sociaux. Notre étude exploratoire enquête... more
Cet article se penche sur le profil de trois femmes lesbiennes brésiliennes ayant émigré au Québec (Canada) et faisant partie d'un groupe de Brésiliennes et Brésiliens LGBT actif sur les réseaux sociaux. Notre étude exploratoire enquête sur divers aspects de leur vécu, tels que les raisons de leur migration, la façon dont elles organisent leur vie dans un pays théoriquement plus « ouvert à la diversité sexuelle » et leur évolution dans l'environnement LGBT. Nous avons opté pour une approche qualitative et ouverte, en menant des entrevues en profondeur, dont l'analyse fait émerger des pistes et questions de recherche à poursuivre. En valorisant les contributions orales de ces femmes ainsi que leurs productions analytiques, notre but est de favoriser un processus de visibilité et de constitution du sujet politique : celui qui peut être, qui peut faire partie et qui peut contribuer politiquement.
Em uma mesa redonda coberta por uma bandeira do arco-íris, símbolo das lutas LGBT, três mulheres negras sorriem para a câmera. Em primeiro plano, vemos à esquerda, Tanya Saunders, de camiseta roxa, que apoia o braço sobre a cadeira. Do... more
Em uma mesa redonda coberta por uma bandeira do arco-íris, símbolo das lutas LGBT, três mulheres negras sorriem para a câmera. Em primeiro plano, vemos à esquerda, Tanya Saunders, de camiseta roxa, que apoia o braço sobre a cadeira. Do lado direito, Sheila Nascimento, que veste uma regata branca estampada com um desenho de uma mulher negra de turbante. Ao fundo, no centro da foto, Bárbara Alves, de camisa branca e turbante, apóia os braços sobre a mesa.
Este artigo tem como objetivo compreender os efeitos da pesquisa acadêmica feminista na construção de políticas públicas, globais e locais, no Brasil contemporâneo. Parte de pesquisas realizadas por nossa equipe para refletir sobre a... more
Este artigo tem como objetivo compreender os efeitos da pesquisa acadêmica feminista na construção de políticas públicas, globais e locais, no Brasil contemporâneo. Parte de pesquisas realizadas por nossa equipe para refletir sobre a atuação do/da pesquisador/a na produção de conhecimento e na prática política, entendendo que é seu papel contribuir com as populações que estudou, ao buscar oferecer novas ferramentas e possibilidades que visem a melhorar a qualidade de vida de sujeitos/as subalternizados/as e também a justiça social. Refletimos aqui - a partir de nossas trajetórias nos movimentos sociais de pessoas com deficiência, LGBTTT e feministas - sobre nossa “intervenção situada” nas políticas públicas brasileiras para mulheres e LGBTTT. Temos como pano de fundo a perspectiva ética da Antropologia de “devolver” os resultados de nossas pesquisas aos grupos estudados, integrando dessa forma o paradigma da dádiva (Mauss, 2003) no campo da prática antropológica.
Esse livro, com tantas páginas, é fruto de um esforço, de uma aposta política. Acredito que nesse tempo microfacista que estamos vivendo, tomar o pensamento lésbico, a escrita e a forma como as mulheres lésbicas produziram e produzem... more
Esse livro, com tantas páginas, é fruto de um esforço, de uma aposta política. Acredito que nesse tempo microfacista que estamos vivendo, tomar o pensamento lésbico, a escrita e a forma como as mulheres lésbicas produziram e produzem conhecimento é um ato de muita coragem, frente a tudo que temos vivenciado: por exemplo, as discussões sobre a ideologia de gênero, o projeto escola sem partido, enfim, um tempo de um policiamento muito grande cujo alvo são formas de pensamento e modos de ser e estar no mundo que tem se colocado em luta contra o modelo cis-hetero-normativo. Por isso, nossas posições como lésbicas têm se tornado lugares de perseguição. Assim, a primeira coisa que considero é que a formulação do projeto Pensamento Lésbico Contemporâneo é um ato de coragem e de muita postura ética e política frente a esses tempos atuais. Um projeto como esse reafirma o compromisso que a universidade pública tem, principalmente na denúncia dos eixos de opressão, entre esses as opressões raciais, sexuais e de gênero.
No boletim n.85, Felipe Fernandes (UFBA) nos conta, de perto, como tem sido a experiência da pandemia em São Félix, no Recôncavo Baiano, detalhando algumas dinâmicas sociais dos bairros e a forma como lá circula a informação. Com isso,... more
No boletim n.85, Felipe Fernandes (UFBA) nos conta, de perto, como tem sido a experiência da pandemia em São Félix, no Recôncavo Baiano, detalhando algumas dinâmicas sociais dos bairros e a forma como lá circula a informação. Com isso, constata uma grande distância entre diretrizes e normas de órgãos oficiais, cientistas e médicos e as realidades e possibilidades das populações de pequenos municípios Brasil afora de segui-las.
Uma das grandes preocupações no ensino superior é a compreensão das ideias presentes nos textos acadêmicos, dimensão fundamental da educação científica. Assim, é importante que todas as etapas na leitura de um texto sejam compartilhadas... more
Uma das grandes preocupações no ensino superior é a compreensão das ideias presentes nos textos acadêmicos, dimensão fundamental da educação científica. Assim, é importante que todas as etapas na leitura de um texto sejam compartilhadas entre os discentes, estimulando, dessa forma, a construção coletiva do conhecimento e promovendo um aprendizado por meio do uso da leitura e da escrita. A escrita, nesse contexto, é considerada uma habilidade e deve se tornar uma preocupação dos docentes. A aquisição dessa habilidade por parte dos discentes é o que se chama de “letramento acadêmico”. A partir da reflexão sobre a construção das videoaulas do curso EAD Pensamento Lésbico Contemporâneo (UFBA, 2017), buscaremos compreender o papel das videoaulas no auxílio à compreensão de textos acadêmicos.
O Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação (GIRA) organizou, em 2017, uma formação semanal a distância, com duração de 05 meses, intitulada “Pensamento Lésbico Contemporâneo”. O curso propôs estudar 25 autoras lésbicas de... more
O Grupo de Estudos Feministas em Política e Educação (GIRA) organizou, em 2017, uma formação semanal a distância, com duração de 05 meses, intitulada “Pensamento Lésbico Contemporâneo”. O curso propôs estudar 25 autoras lésbicas de diferentes partes do mundo. Neste artigo, analisaremos a recepção de Gloria Anzaldúa pelas cursistas a partir de suas publicações no fórum de discussão da autora no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Durante o mês de fevereiro, comemora-se, na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos e no Canadá, a história das populações negras. Assinalado como Mês da História Negra [Black History Month, em inglês, e Mois de l’Histoire... more
Durante o mês de fevereiro, comemora-se, na América do Norte, particularmente nos Estados Unidos e no Canadá, a história das populações negras. Assinalado como Mês da História Negra [Black History Month, em inglês, e Mois de l’Histoire des Noirs, em francês], esse período de comemorações, marcado por uma série de eventos políticos e culturais que discutem as questões raciais em seus diferentes aspectos e intersecções, foi o contexto de lançamento do livro 11 brefs essais contre le racisme: pour une lutte systémique [em português: 11 breves ensaios contra o racismo: por uma luta sistêmica], organizado por Amel Zaazaa e Christian Nadeau (2019). Em 2019, o tema da campanha promovida pelo Governo do Canadá foi: “Os jovens canadenses negros: sem limites, enraizados e orgulhosos” (QUÉBEC, 2019).
O governo de Jair Messias Bolsonaro se sustenta, dessa forma, em uma discurso violento distante das agendas de justiça social. Se nos anos 1990, Jair Messias Bolsonaro foi tratado como uma piada no Congresso Nacional pela sua posição... more
O governo de Jair Messias Bolsonaro se sustenta, dessa forma, em uma discurso violento distante das agendas de justiça social. Se nos anos 1990, Jair Messias Bolsonaro foi tratado como uma piada no Congresso Nacional pela sua posição saudosista da ditadura militar no Brasil (Bernardes, 2018), após o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder, sua posição deixou de ser piada e se tornou perigosa, tendo seduzido milhares de pessoas para um projeto de nação excludente e preconceituoso, distante das necessidades pragmáticas do Brasil. Um dos aspectos que possibilitou esse deslocamento de um lugar de jocosidade para uma posição presidencial foi a apropriação do discurso sexista e LGBTfóbico, tornando as mulheres (especialmente as feministas) e as pessoas LGBTs os principais “bodes expiatórios” de uma suposta crise dos valores dos “cidadãos de bem” e da “família brasileira”.
Entrevista com a candidata ao governo da Bahia em 2018 Celia Sacramento.

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Trata-se de um plano de gestão da Coordenação do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, da Universidade Federal da Bahia. Gestão 2021/2023.
Nas páginas que se seguem palavras são registradas, uma após a outra, sequencial e continuamente. Seguem um fluxo, com início, meio e fim. Formam um pequeno e singelo texto, tecido a quatro mãos, coletiva e colaborativamente. Sua primeira... more
Nas páginas que se seguem palavras são registradas, uma após a outra, sequencial e continuamente. Seguem um fluxo, com início, meio e fim. Formam um pequeno e singelo texto, tecido a quatro mãos, coletiva e colaborativamente. Sua primeira versão foi lida, amistosa e criticamente, por um par de olhos serenos, técnica e administrativamente treinados para auxiliar, apoiar, registrar, agregar, assinalar, transformar. Trata-se de um texto propositivo, mas que também pode ser lido como um intertexto, dado o caráter diálogico e amalgamado das questões e ações que pontua. Pode ser visto como um pretexto, dada a intencionalidade de servir e de intervir na realidade prática, educacional, laboral, estatal. Traz em si um conjunto de ideias que se expressam através de objetivos, ações, metas e de sujeitos responsáveis pela sua concretização. É um plano, se quisermos nomear. Um plano de trabalho, de ação, de contribuição, de gestão. Um plano nascido da vontade de organizar, de registrar, de avançar, de socializar e, sobretudo, de articular, corresponsavelmente, um conjunto de pessoas que compartilham um desejo comum: produzir saberes, dizeres, fazeres e poderes emancipatórios em termos de gênero e diversidade. É apenas o primeiro plano de ação produzido por uma coordenação de colegiado de um curso bastante específico, importante e necessário: o Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade da Universidade Federal da Bahia. É um texto básico, que reflete ideias e compromissos. E, somente por isso, pede e agradece pela sua atenção.
A logomarca do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade foi criada na gestão de Silvia de Aquino (2010-2012) na condução da coordenação do colegiado. Motivada pelo desejos das docentes em construir uma identidade visual para o... more
A logomarca do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade foi criada na gestão de Silvia de Aquino (2010-2012) na condução da coordenação do colegiado. Motivada pelo desejos das docentes em construir uma identidade visual para o curso, ao mesmo tempo que se diferenciar imageticamente das outras instâncias que atuavam no campo, notadamente o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) e o Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Gênero, Mulheres e Feminismos (PPGNEIM), o grupo se propôs à essa elaboração. Era necessário na época estimular candidatas e candidatos à UFBA a escolherem o curso, que era novo e ainda pouco conhecido. Nesse caminho Silvia de Aquino contou com o apoio voluntário de um designer de sua rede de amizades, que ao seu lado montou a logomarca a partir das orientações das docentes do curso. Segundo Silvia de Aquino, ao ver a proposta pela primeira vez, “enxerguei as iniciais do curso, bem como um indivíduo”, apresentando e aprovando a ideia em uma reunião de colegiado em 2010. Desde então a logomarca permanece ilustrando a identidade de nosso Bacharelado.
Este e-book não é um livro qualquer, mas o resultado, quase instantâneo, de uma tentativa da Fábrica de Ideias, uma escola doutoral internacional que existe desde 1998, sobreviver à Pandemia da COVID-19. Sobreviver a uma pandemia como... more
Este e-book não é um livro qualquer, mas o resultado, quase instantâneo, de uma tentativa da Fábrica de Ideias, uma escola doutoral internacional que existe desde 1998, sobreviver à Pandemia da COVID-19. Sobreviver a uma pandemia como essa é se adaptar, experimentar, mudar as técnicas, tentar aprender a surfar as ondas digitais de forma criativa e, ao mesmo tempo, inventar novos jeitos e maneiras para não perder a ternura e o calor humano que desde o começo tem caracterizado o contato face a face de nossa intensiva e sempre emocionante escola doutoral. Tão emocionante que as centenas de ex-alunos e ex-alunas se chamam entre si de “fabricantes”.
O governo de Jair Messias Bolsonaro se sustenta, dessa forma, em uma discurso violento distante das agendas de justiça social. Se nos anos 1990, Jair Messias Bolsonaro foi tratado como uma piada no Congresso Nacional pela sua posição... more
O governo de Jair Messias Bolsonaro se sustenta, dessa forma, em uma discurso violento distante das agendas de justiça social. Se nos anos 1990, Jair Messias Bolsonaro foi tratado como uma piada no Congresso Nacional pela sua posição saudosista da ditadura militar no Brasil (Bernardes, 2018), após o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff do poder, sua posição deixou de ser piada e se tornou perigosa, tendo seduzido milhares de pessoas para um projeto de nação excludente e preconceituoso, distante das necessida- des pragmáticas do Brasil. Um dos aspectos que possibilitou esse deslocamento de um lugar de jocosidade para uma posição presidencial foi a apropriação do discurso sexista e LGBTfóbico, tornando as mulheres (especialmente as femi- nistas) e as pessoas LGBTs os principais “bodes expiatórios” de uma suposta crise dos valores dos “cidadãos de bem” e da “família brasileira”.
Diálogos para o enfrentamento à homofobia e ao sexismo em contextos de privação de liberdade resulta do projeto de extensão Políticas de enfrentamento ao sexismo e à homofobia no ambiente prisional tocantinense: diálogos necessários,... more
Diálogos para o enfrentamento à homofobia e ao sexismo em contextos
de privação de liberdade resulta do projeto de extensão Políticas de
enfrentamento ao sexismo e à homofobia no ambiente prisional
tocantinense: diálogos necessários, enfrentamentos possíveis, financiado pelo Programa Nacional de Extensão - ProExt/MEC e realizado durante 2013 sob coordenação do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Sexualidade, Corporalidades e Direitos da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O livro reúne capítulos desenvolvidos por pesquisadoras/es das áreas de estudos de gênero e sexualidade, serviço social, educação e ciência sociais, que integram o núcleo de pesquisas, além de colaboradores/as do movimento social e de pesquisadores/as de outras universidades, que atuaram como palestrantes no Seminário Segurança Pública, Sistema Prisional e Diversidade Sexual e/ou como professores/as no curso de extensão Gênero e Diversidade na Escola.
Since his inauguration on January 1, 2019, President Jair Bolsonaro and his ministerial team have bombarded Brazilian and international societies with controversies involving issues of gender and sexuality – often in the crudest terms.... more
Since his inauguration on January 1, 2019, President Jair Bolsonaro and his ministerial team have bombarded Brazilian and international societies with controversies involving issues of gender and sexuality – often in the crudest terms. Ricardo Galvão, a reknown scientist who used to be head of an important government environmental agency (INPE), was fired for telling the truth about deforestation data. Galvão called Bolsonaro’s language in official pronouncements was in fact typical of “bar conversation,” therefore masculine and heterosexist talk. Indeed, Bolsonaro’s language has been analyzed in multiple ways by feminist women, LGBT/queer people, activists and intellectuals. While for the feminist/queer field these polemics are understood as structuring the modus operandi of this Bolsonarist neo-fascism, there are still interpretations that consider those controversies as mere smokescreens that overshadow major issues such as welfare reform, the advance of neoliberalism in education, and anti-environmental policies. Thus, this presentation will describe the main situations in which this heterosexist and masculine language of gender and sexuality is constantly explored by the president and his ministerial team, and discuss the competing interpretations that have appeared not only in academic circles but also in the social media.
Em 2017 e 2018, houve duas formações semanais à distância intituladas "Pensamento Lésbico Contemporâneo". Cada curso propôs estudar 25 autoras lésbicas de diferentes partes do mundo. Nesta apresentação, analisaremos a recepção de Gloria... more
Em 2017 e 2018, houve duas formações semanais à distância intituladas "Pensamento Lésbico Contemporâneo". Cada curso propôs estudar 25 autoras lésbicas de diferentes partes do mundo. Nesta apresentação, analisaremos a recepção de Gloria Anzaldúa na práxis acadêmica e ativista lésbica a partir das publicações das alunas no fórum de discussão da autora no ambiente de aprendizagem. Como cada uma através de interpretações individuais e debates coletivos, nos levaram a acreditar que Anzaldúa é considerada um pioneira da "interseccionalidade", uma vez que a consciência mestiça surgiu? Por que Anzaldúa é vista como um campo de possibilidades que, ao propor a mistura de linguagens e formas literárias, rompe com os paradigmas dominantes e forja uma nova maneira de pensar? Estas são as questões que discutiremos. Résumé: En 2017 et 2018, il y a eu deux formations à distance hebdomadaires intitulées "Pensée Lesbienne Contemporaine". Chaque cours proposait d'étudier 25 auteures lesbiennes de différentes régions du monde. Dans cette présentation, nous analyserons la réception de Gloria Anzaldúa dans la praxis académique et militante lesbienne à partir des posts des étudiant.e.s dans le forum de discussion sur l'auteure prévu dans l'environnement d'apprentissage. Comment chacun.e. par le biais d'interprétations individuelles et de débats collectifs a pris position, nous amenant à penser qu'Anzaldúa est considérée comme un pionnière de "l'intersectionnalité", une fois que la conscience métisse est apparue? Pourquoi Anzaldúa est-elle vue comme un champ de possibilités qui, en proposant le mélange de langues et des formes littéraires, rompt avec les paradigmes dominants et forge une nouvelle façon de penser? Telles sont les questions que nous aborderons. Introdução Em ocasião do Colloque International "Gloria Anzaldúa: traduire les frontières" (Paris, Mai 2018), em homenagem ao 30ème anniversaire de la publication de Borderlands et sa traduction imminente en français, apresentamos o resultado de nossa análise de um fórum em um Ambiente Virtual de Aprendizagem (Moodle) em que cerca de uma centena de cursistas lésbicas estudaram o pensamento da autora. Tratou-se do curso Pensamento Lésbico Contemporâneo, oferecido na modalidade à distância pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) nos anos de 2017 e 2018 para acadêmicas, ativistas e interessadas no tema de todo o território brasileiro. Chaque cours proposait d'étudier 25 auteures lesbiennes de différentes
FERNANDES, Felipe Bruno Martins; TORRES, Igor Leonardo de Santana. Traces d'Anzaldúa dans la pensée lesbienne contemporaine au Brésil. In: Colloque International - Gloria E. Anzaldúa: traduire les frontières. Paris: Legs - Laboratoire... more
FERNANDES, Felipe Bruno Martins; TORRES, Igor Leonardo de Santana. Traces d'Anzaldúa dans la pensée lesbienne contemporaine au Brésil. In: Colloque International - Gloria E. Anzaldúa: traduire les frontières. Paris: Legs - Laboratoire Études de Genre et de Sexualité, 2019. p. 1 - 15.

En 2017 et 2018, il y a eu deux cours à distance hebdomadaires intitulés «Pensée Lesbienne Contemporaine» Chaque cours proposait d’étudier 25 auteures lesbiennes de différentes régions du monde. Dans cette présentation, nous analyserons la réception de Gloria Anzaldúadans et la praxis académique et militante lesbienne à partir des posts des étudiant.e.s dans le forum de discussion sur l’auteure prévu dans l'environnement d'apprentissage. Comment chacun.e. par le biais d'interprétations individuelles et de débats collectifs a pris position, nous amenant à penser qu'Anzaldúa est considérée comme un pionnière de «l'intersectionnalité», une fois que la conscience métisse est apparue? Pourquoi Anzaldúa est-elle vue comme un champ de possibilités qui, en proposant le mélange de langues et des formes littéraires, rompt avec les paradigmes dominants et forge une nouvelle façon de penser? Telles sont les questions que nous aborderons.
Texto que estou escrevendo sobre EaD e o curso Pensamento Lésbico Contemporâneo.
Research Interests:
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) vai ofertar dois novos cursos a partir do segundo semestre de 2024: a Licenciatura Intercultural Indígena, com 40 vagas; e a Licenciatura em Educação no Campo, com 30 vagas. Essa nova oferta de... more
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) vai ofertar dois novos cursos a partir do segundo semestre de 2024: a Licenciatura Intercultural Indígena, com 40 vagas; e a Licenciatura em Educação no Campo, com 30 vagas. Essa nova oferta de graduação é resultado da aprovação de propostas enviadas à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em atendimento ao edital 23/2023, no âmbito do Programa Nacional de Fomento à Equidade na Formação de Professores da Educação Básica (Parfor Equidade), para a atuação nas redes públicas de educação básica e/ou nas redes comunitárias de formação por alternância.
Programa da disciplina EAD "Teorias Feministas e Lesbianidades" oferecida como curso de extensão no Semestre Suplementar da UFBA em 2020.
Versão final do relatório "Gestantes Universitárias", desenvolvido na disciplina “Metodologias de Projetos de Intervenção” (2018.2) do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, sob a orientação de Felipe Fernandes.
Em assembléia geral do Inter-Congresso da União Internacional de Ciências Antropológicas e Etnológicas (IUAES) realizada em agosto de 2019 na Polônia, foi aprovada a Comissão Internacional de Feminismos Globais e Políticas Queer, com o... more
Em assembléia geral do Inter-Congresso da União Internacional de Ciências Antropológicas e Etnológicas (IUAES) realizada em agosto de 2019 na Polônia, foi aprovada a Comissão Internacional de Feminismos Globais e Políticas Queer, com o objetivo de congregar pesquisadoras e pesquisadores de todo o globo em torno de questões da Antropologia Feminista e Estudos Queer. Em parceria com a Red Latinoamericana de Antropologia Feminista (Red-LAF) faremos um debate sobre as reflexões que têm sido produzidas em diferentes países no campo de estudos sobre mulheres e feminismos, buscando estabelecer aproximações transnacionais entre investigadoras e interpretações feministas na antropologia. Esta mesa conta com o apoio da Associação Brasileira de Antropologia através da Comissão de Relações Internacionais.

Palavras-Chave: Antropologia Feminista, Antropologia, Gênero

Participantes:

Agnieszka Koscianska
Carmelita Silva
Cecília Sardenberg
Carmen Gregório
Marisa Ruiz Trejo
Miriam Pillar Grossi
Nasim Basiri
Sayaka Nakanishi Ikeuti
Subhadra Mitra Channa
Susana Rostagnol
Felipe Bruno Martins Fernandes

http://generoesexualidade.ffch.ufba.br/wikigira/apresentacoes-ppt-antropologia-feminista-no-mundo/
Anais do III Colóquio Internacional sobre a Teoria dos Campos Conceituais, que aconteceu em Brasília nos dias 6,7, 8 e 9 de novembro de 2018 com a prestigiosa presença do professor doutor Gérard Vergnaud. O III Colóquio teve o mérito de... more
Anais do III Colóquio Internacional sobre a Teoria dos Campos Conceituais, que aconteceu em Brasília nos dias 6,7, 8 e 9 de novembro de 2018 com a prestigiosa presença do professor doutor Gérard Vergnaud. O III Colóquio teve o mérito de demonstrar a amplitude dessa teoria para muito além da matemática, que foi o campo prioritário, desde sua definição em 1991. O III Colóquio explicitou a sua validade e utilidade para embasar a didática da escrita e da leitura.  É também fantástico anunciar o IV Colóquio sobre a Teoria dos Campos Conceituais em 6, 7,8 e 9 de julho de 2020, em Paris, na França.
Miriam Grossi and Rodrigo Toniol (2020) compile different texts from a bulletin for the analysis of the health crisis by covid-19 in their book “Social Scientists and the Coronavirus”. In a context of attack on the human and social... more
Miriam Grossi and Rodrigo Toniol (2020) compile different texts from a bulletin for the analysis of the health crisis by covid-19 in their book “Social Scientists and the Coronavirus”. In a context of attack on the human and social sciences, the work shows how the virus crosses the biological dimension, involving the social, cultural and political. One hundred and forty-nine texts comprise a wide variety of topics covered. The review focuses on the angle of gender, sexualities and race addressed in the book. It is a matter of showing the specifics of the pandemic following these analytical categories and it is also reflected on the space that they occupied for social scientists in the book.


Miriam Grossi e Rodrigo Toniol (2020) compilam diferentes textos de um boletim destinado a análise da crise sanitária pela covid-19 no seu livro “Cientistas Sociais e o Coronavírus”. Num contexto de ataque as ciências humanas e sociais, a obra visibiliza como o vírus perpassa a dimensão biológica, implicando o social, o cultural e o político. Cento e quarenta e nove textos compõem uma ampla variedade de tópicos tratados. A resenha se focaliza no ângulo do gênero, sexualidades e raça abordado no livro. Trata-se de mostrar as especificidades da pandemia seguindo ditas categorias analíticas e igualmente se reflete sobre o espaço que elas ocuparam paras os/as cientistas sociais no livro.
Foco no gênero, nas sexualidades e na raça
Les textes qui composent ce volume ont été présentés à la Journée APEB-NIGS [Associação de Estudantes e Pesquisadores Brasileiros et Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades], qui a eu lieu à la Maison du Brésil le 12 février... more
Les textes qui composent ce volume ont été présentés à la Journée APEB-NIGS [Associação de Estudantes e Pesquisadores Brasileiros et Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades], qui a eu lieu à la Maison du Brésil le 12 février 2012.

Cette journée s’insérait dans les activités de commémoration des 21 années du Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS), qui intègre le Laboratoire d’Anthropologie de l’Université Fédérale de Santa Catarina, à Florianópolis. Entre 1991 et 2012, cette équipe de recherche a formé une centaine de jeunes chercheurs en licence (bacharelado), maîtrise (mestrado), doctorat et post-doctorat, qui ont produit des theses et mémoires sur une immense diversité de sujets autour des questions de genre, de subjectivité, de sexualité, de violences et d’histoire de l’anthropologie .

Au nombre de deux ont été les principaux buts de notre journée, que nous publions maintenant dans ce numéro de Passages de Paris. D’une part, apporter en France un bref aperçu des recherches universitaires qui se font au Brésil sur les questions de genre et sexualité – et en particulier celles concernant les questions LGBT, comme les homosexualités féminines et masculines et les transsexualités. Et d’autre part, permettre aux associations, groupes activistes et collectifs militants des deux pays d’entamer un dialogue. Nous soulignons dès à présent que traditionnellement le champ universitaire brésilien entretient un échange fécond avec le milieu politique et militant en permettant la traduction et l’intermédiation des domaines théorique et pratique.
Research Interests: