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  • Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCOM-UERJ) com uma pesquisa sobre interfaces de memória artificiais. Mest... moreedit
Pensar a memória da Web através das noções de arquivo e de interface consiste em fazer um recuo à raiz desses dois elementos: a arte da memória, uma técnica pautada na elaboração mental espacializada da memória. Entendendo que tal função... more
Pensar a memória da Web através das noções de arquivo e de interface consiste em fazer um recuo à raiz desses dois elementos: a arte da memória, uma técnica pautada na elaboração mental espacializada da memória. Entendendo que tal função de espacialização mnemônica desagua no objeto do presente artigo, o Wayback Machine, uma interface de memória que remete às construções arquitetônicas da arte supracitada ao criar um espaço informacional navegável para a performance rememorativa dos websites arquivados, temos como objetivo realizar uma escavação na página original do brinquedo LEGO, usando como embasamento a teoria das “materialidades da comunicação”, posto que essa experiência com o passado produz mais efeitos de presença do que significados. Assim, analisamos a “presentificação” da memória nessas interfaces a partir de três elementos: arquitetura, imersão e navegação.
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Entendendo o Buzzfeed – uma empresa de infotainment nativa da cultura digital cujo enfoque dos seus conteúdos é justamente naquilo que tem potencialidade de viralizar na rede – como uma clara expressão de algumas prerrogativas dessa... more
Entendendo o Buzzfeed – uma empresa de infotainment nativa da cultura digital cujo enfoque dos seus conteúdos é justamente naquilo que tem potencialidade de viralizar na rede – como uma clara expressão de algumas prerrogativas dessa cultura binária que se apresenta, faz-se necessário, então, uma abordagem exploratória das prerrogativas que lhe são inerentes, a saber: a cultura participativa e a viralidade como modelo de propagação. Ambas são potencializadas pelos prosumers que publicam e compartilham seus conteúdos de forma viral, quase sempre listicles – um gênero misto de lista e artigo – que adentram o amplo universo do digital trash.
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As Jornadas de Junho que eclodiram no Brasil em 2013 tornaram evidentes a fusão da rede com a rua, canalizada por um midiativismo cujas frentes são exatamente as novas tecnologias. No sentido de construírem narrativas que se... more
As Jornadas de Junho que eclodiram no Brasil em 2013 tornaram evidentes a fusão da rede com a rua, canalizada por um midiativismo cujas frentes são exatamente as novas tecnologias. No sentido de construírem narrativas que se contrapusessem às da mídia corporativa, o uso do livestreaming foi essencial pela possibilidade de transmitir a própria experiência da insurgência, dentro do gesto fílmico de fazer e contar a história em tempo real, ou melhor, pós-história, pois se a primeira – com sua lógica de arquivo – transforma documentos em monumentos, esta última desenrola-se diante das telas, em fluxo contínuo – com uma memória digital que existe apenas no momento da transmissão.
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Diante da sucessão de paradigmas da história da cultura, a saber, a imagem pictórica, o texto e a imagem técnica, Vilém Flusser propõe-se a pensar a forma mentis que norteia esta última que, em meio à emergência dos aparatos técnicos... more
Diante da sucessão de paradigmas da história da cultura, a saber, a imagem pictórica, o texto e a imagem técnica, Vilém Flusser propõe-se a pensar a forma mentis que norteia esta última que, em meio à emergência dos aparatos técnicos binários, permite uma apropriação criativa dos meios dentro da promessa telemática na qual o homo ludens entra finalmente em devir dialógico com e pelas imagens. Por conseguinte, uma interface entre a utopia flusseriana e os memes da internet, essas pequenas unidades culturais que vagueiam pelo Facebook, torna-se possível, tendo em vista que esses image macros, estruturas sígnicas dialéticas porque aglutinam imagem-texto sem subordinação, encapsulam bem como atualizam esse próprio modelo fenomenológico de mediação do mundo pelo texto e pela imagem.
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À medida que tudo que é sólido transforma-se em algoritmo, pensar a cidade, a comunidade e o indivíduo requer novas rotas, sendo uma delas o comum — o elo invisível que me une ao mesmo tempo em que me separa do outro. E é justamente nessa... more
À medida que tudo que é sólido transforma-se em algoritmo, pensar a cidade, a comunidade e o indivíduo requer novas rotas, sendo uma delas o comum — o elo invisível que me une ao mesmo tempo em que me separa do outro. E é justamente nessa dobra, na descontinuidade de ser com e apesar de, que surge uma possibilidade de vínculo: a experiência. Esta tomada aqui não apenas como tradição, mas como o vivido, a vivência moderna que une as oposições entre individual/coletivo e regional/global e que são perpassadas pela memória. Por fim, se propõe analisar aqui a cidade como uma (re)produção contínua do comum como experiência partilhada numa comunidade virtual, um espaço de fluxos, a página Suricate Seboso no Facebook que, criada por um cearense, tenciona mostrar a linguagem, os costumes, o cotidiano da região através de memes.
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Partindo do modelo fenomenológico da história da cultura proposto pelo filósofo de mídia Vilém Flusser, no qual a mediação do mundo se dá pela alternância entre a imagem, o texto e a imagem técnica como códigos dominantes de cada época,... more
Partindo do modelo fenomenológico da história da cultura proposto pelo filósofo de mídia Vilém Flusser, no qual a mediação do mundo se dá pela alternância entre a imagem, o texto e a imagem técnica como códigos dominantes de cada época, usamos esta última, e as suas potencialidades telemáticas, para compreender a cultura hipermemética que assola a contemporaneidade e que tem no image macro a sua maior expressão, sendo este uma figura que conjuga em uma única moldura imagem e texto. Ao realizarmos a interface entre o pensamento flusseriano e esses memes, chegamos à conclusão de que estes são imagens técnico-meméticas que materializam a potência dialógica lúdica que emana das imagens produzidas por aparelhos através de vários temas explorados ao longo dessa dissertação, tais como, agenciamento sociotécnico, criatividade (coletiva), redes como modelo de propagação de informação, diálogo e interação via superfícies imagéticas; mas, sobretudo, estes caracterizam a própria fusão dialética dos dois códigos que têm se transcodificado ao longo de toda a história ocidental, isto é, a imagem e o texto. Tendo como objetivo analisar a forma híbrida do image macro no tocante à essa relação imagem-texto, escolhemos como objeto de análise os memes mais compartilhados da fan page memética “Suricate seboso” do site de rede social Facebook, esta página produz suas montagens através de uma utilização bastante criativa de composições imagéticas feitas com suricates aliada à transcrição da linguagem oral do dialeto cearense; como resultado do nosso estudo de caso, obtemos três regularidades com relação à maneira como ocorre esse imbricamento entre os códigos, a saber: imagem < texto; imagem > texto; imagem = texto. Além disso, dada as especificidades da memesfera brasileira, a nossa opção pelo Facebook se justifica por esse ser o maior hub de memes nacional, no qual os macros foram alçados ao posto de uma das suas linguagens, encapsulando a utopia de um devir dialógico pelas imagens e se tornando uma rede telememética na qual as potencialidades comunicativas e afetivas dos memes se dão a perceber através de formas de interação como curtidas, comentários e compartilhamentos. Por fim, tornamo-nos jogadores enredados no processo de (re)produção dessas unidades criativas que criam elos e diálogos entre nós ao mesmo tempo que modificam a maneira como imaginamos e conceituamos, tendo em vista que nos expressamos cada vez mais por meio da sua linguagem dialética.
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