Jorge Linemburg
Universidade do Estado de Santa Catarina, Ceart Ppg Mus, Graduate Student
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A visão do cego: reflexões sobre a recorrência do arquétipo cego poeta-cantor em contextos históricos e geográficos diversos Esta obra está bajo una Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0 Internacional.
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Este artigo constitui a finalizacao de um estudo iniciado no ano de 2011, que tratou do levantamento e analise do material referente as rabecas na obra de Mario de Andrade. Atraves da consulta de fontes impressas, assim como de documentos... more
Este artigo constitui a finalizacao de um estudo iniciado no ano de 2011, que tratou do levantamento e analise do material referente as rabecas na obra de Mario de Andrade. Atraves da consulta de fontes impressas, assim como de documentos alocados no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de Sao Paulo (IEB-USP), pode-se constatar a existencia de manuscritos nao publicados. Os generos em que a rabeca apresenta registros na obra do autor, como o Bumba-meu-boi e a cantoria, por exemplo, sao discutidos com base na bibliografia. Este levantamento representa um repertorio bastante variado para o instrumento e procura evidenciar e reunir o material musical informado por Vilemao Trindade, disperso em varios livros de Mario de Andrade publicados postumamente por Oneyda Alvarenga, como uma importante fonte de referencia para as praticas musicais nas quais a rabeca e um instrumento central, e um exemplo significante da musicalidade brasileira.
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Este estudo representa uma abordagem do universo poético-musical dos cegos rabequeiros da Região Nordeste brasileira. Esses artistas se expressam por meio de uma poética particular, na qual sua condição de desprovidos da visão e seu... more
Este estudo representa uma abordagem do universo poético-musical dos cegos rabequeiros da Região Nordeste brasileira. Esses artistas se expressam por meio de uma poética particular, na qual sua condição de desprovidos da visão e seu instrumento musical se convertem em temas que inspiram suas criações artísticas continuamente. Essa poética encarna também os arquétipos do cego poeta-cantor e do cego violinista, assim como de duas figuras tradicionais daquela região: o cantador e o cego que pede esmolas por meio do canto. A maioria desses rabequeiros dependia das esmolas para sobreviver e seu pedido era realizado por meio de versos cantados acompanhados ao toque da rabeca, uma performance na qual sua arte e seu modo de existir não podiam ser claramente distinguidos um do outro. A constatação dessa fusão e sua análise a partir da teoria de autopoiese, proposta pelos biólogos chilenos Humberto Maturana e Francisco Varela para explicar a organização do vivente, nos conduz a conceber o que nós chamamos de autopo(i)ética do cego rabequeiro cantador.
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