- Intersemiotic Translation, Film Adaptation, Intermediality, Comics and Graphic Novels, Comic Book Studies, Literature and cinema, and 10 moreLiterary Theory, Game Theory, Semiotics, Semiotica, Tradução Intersemiótica, História Em Quadrinhos, Adaptation (Film Studies), Linguagens Híbridas, Hybrid Languages, and Semiótica Tensivaedit
- Doutora em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (2006), com estágio de pós-doutorado na Unive... moreDoutora em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (2006), com estágio de pós-doutorado na Universidade Paris 8, França (Bolsa Capes - 2015). É Professora do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo e integra o corpo de pesquisadores do Programa de Pós-graduação em Linguística da USP, do Programa Estudos de Linguagem da UFF e dos grupos de pesquisa SeDi e GES-USP. Publicou capítulos de livros e artigos em revistas especializadas abordando semioticamente a tradução, os diálogos e interfaces entre linguagens na Literatura, Cinema, HQs e Jogos eletrônicos. Atuou como Coordenadora de Relações Institucionais da Diretoria de Relações Internacionais-UFF, no período de 2013 e 2014. Coordenou o GT de Semiótica da ANPOLL, no biênio 2014-2016, e integrou a Diretoria da Associação Brasileira de Estudos Semióticos, no período de 2012 a 2017. É membro do Conselho da FEDROS (Federação Românica de Semiótica), que congrega grupos de pesquisa de vários países em torno da pesquisa semiótica, e é atualmente a presidente da Associação Brasileira de Estudos Semióticos (ABES).edit
O desafio que nos foi proposto pela Revista Gragoatá de organizarmos um dossiê a partir de uma ementa aberta o suficiente para indeterminar as identidades de área e de abordagens foi uma oportunidade para assumirmos a perspectiva do... more
O desafio que nos foi proposto pela Revista Gragoatá de organizarmos um dossiê a partir de uma ementa aberta o suficiente para indeterminar as identidades de área e de abordagens foi uma oportunidade para assumirmos a perspectiva do contato, do entre-lugar, dos embates, das interpenetrações, marcadas ou não, explicitadas ou não, que, no fundo, são questões constitutivas da reflexão acadêmica, mas que, de tão tácitas, nem sempre ganham visibilidade como objeto central de investigação.
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Há algum tempo a grande mídia e os protocolos tácitos de definição das estratégiasque modelam as superfícies de interação das redes sociais investem de forma contundente namanipulação sensível de sua audiência. Espectadores, usuários,... more
Há algum tempo a grande mídia e os protocolos tácitos de definição das estratégiasque modelam as superfícies de interação das redes sociais investem de forma contundente namanipulação sensível de sua audiência. Espectadores, usuários, formadores de opinião, somostodos acostumados a uma lógica do excesso, excesso de informações, de estímulos variados,de rapidez das trocas, de múltiplos tipos de gadgets que atuam como mediadores de nossasinterações, aliados a uma saturação passional direcionada à indignação, à repulsa, ao ódio, aomedo, mas também à complacência, à ternura, ao êxtase, à adoração, em suma, somos via deregra solicitados primordialmente pelo sensível, portanto, acostumados a antes de mais nadareagir. A exacerbação sensível como estratégia persuasiva passa a se espraiar nas váriaspráticas de comunicação e interação, o que acaba por criar uma estratégia convergente,orientada pelo sentir-reagir e guiada pelos medidores de audiência e pelos algoritmos. Umentendimento semiótico da questão nos leva à formulação de que atos enunciativosfigurativamente dispersos nas diferentes práticas midiáticas são figuralmente direcionados ecircunscritos a uma lógica geral que desenha um universo sensível tensionado. Essa estratégiaconvergente de tonificação das trocas faz com que as práticas integrem-se sob um arcotensivo em que predomina a tonicidade, o que implica um ethos impaciente, que grita,exatamente por ter como horizonte um pathos imediatista e reativo, o que vai se cristalizandoe tomando forma estável.
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Negociada entre os polos da enunciação, a veridicção se constrói no julgamento do que é verdadeiro, falso, secreto ou mentiroso, confirmando ou negando as aparências. A discussão de uma atualização dessa formulação basilar da teoria se... more
Negociada entre os polos da enunciação, a veridicção se constrói no julgamento do que é verdadeiro, falso, secreto ou mentiroso, confirmando ou negando as aparências. A discussão de uma atualização dessa formulação basilar da teoria se desenvolve neste trabalho com uma releitura orientada pela dimensão sensível de Claude Zilberberg e seu entendimento de que nenhum termo é simples e todos guardam diferentes graus de complexidade. Ao definir, reconhecer e aproveitar os subcontrários e sobrecontrários do parecer e do ser, este artigo argumenta que a dimensão sensível, o acontecimento e o acréscimo de mais ou de menos previsto na abordagem tensiva permite que o analista problematize o impacto que cada julgamento tensivo produz para o sujeito. Com o julgamento veridictório, ora o sujeito chega a confirmações mais ou menos contundentes de seus valores e ora se pega aturdido de diferentes formas pelas surpresas que nascem da quebra de todo um gradiente possível de expectativas, projetadas pelo enunciador com maior ou menor empenho.
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Negociada entre los polos de la enunciación, la veridicción se construye sobre el juicio de lo verdadero, falso, secreto o mentiroso, confirmando o negando las apariencias. En este trabajo se desarrolla la discusión de una actualización... more
Negociada entre los polos de la enunciación, la veridicción se construye sobre el juicio de lo verdadero, falso, secreto o mentiroso, confirmando o negando las apariencias. En este trabajo se desarrolla la discusión de una actualización de esta formulación basilar de la teoría con una reinterpretación orientada por la dimensión sensible de Claude Zilberberg y su comprensión de que ningún término es simple y que todos los términos tienen diferentes grados de complejidad. Al definir, reconocer y aprovechar los subcontrarios y supercontrarios del parecer y del ser, este artículo argumenta que la dimensión sensible, el evento y la adición de más o de menos previstos en el enfoque tensivo permiten al analista problematizar el impacto que produce cada juicio tensivo para el sujeto. Con el juicio veridictorio, algunas veces el sujeto llega a confirmaciones más o menos contundentes de sus valores, y otras se ve aturdido de diferentes maneras por las sorpresas que surgen de la ruptura de todo un gradiente posible de expectativas, proyectadas por el enunciador con mayor o menor esfuerzo.
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Resumo: Concebidos tradicionalmente em torno de dicotomias bem es-tabelecidas, os estudos sobre tradução acabam por deixar ainda amplo espaço à construção de um caminho teórico que trate a tradução enquanto processo, não apenas como... more
Resumo: Concebidos tradicionalmente em torno de dicotomias bem es-tabelecidas, os estudos sobre tradução acabam por deixar ainda amplo espaço à construção de um caminho teórico que trate a tradução enquanto processo, não apenas como elemento implícito à existência do produto, mas com uma proposta de conceitos dotados de valor operacional. Ao trazermos a Semiótica discursiva, mais especificamente os recentes des-dobramentos da abordagem tensiva de Claude Zilberberg, para dialogar com as questões basilares dos Estudos de Tradução e de Adaptação, temos como ambição apresentar uma reflexão que se liberte da lógica binária das oposições para embarcar nas tensões inerentes aos regimes de domi-nância de uma lógica participativa. Nossa proposta culmina na afirmação de que o que se traduz é o projeto enunciativo, um "espírito" da obra de partida que molda suas características mais marcantes, do qual emana o que denominamos arco tensivo, um perfil sensível da obra, passível de ser modulado a partir do conjunto de estratégias de textualização de que o enunciador se vale, com suas cifras tensivas subjacentes. Procuramos mostrar que um caminho possível em direção ao interstício da oposição binária pode ser trilhado e aprofundado em várias frentes.
Translation as a process
Abstract: Traditionally conceived around well-established dichotomies, translation studies end up leaving ample room for the construction of a theoretical path that treats translation as a process, not only as an implicit element to the product's existence, but with a proposal of concepts endowed with operational value. By bringing discursive semiotics, more specifically the recent developments in Claude Zilberberg’s tensive approach, to dialogue with the fundamental issues of Translation and Adaptation Studies, we aim to present a reflection that breaks free from the binary logic of oppositions to embark on tensions inherent in the dominance regimes of a participatory logic. Our proposal culminates in the statement that what is translated is the enunciative project, a “spirit” of the original work that shapes its most striking characteristics, from which it emanates what we call the tensive arc, a sensitive profile of the work, which can be modulated from the set of textualization strategies that the enunciator uses taking into account their underneath tensive ciphers. We seek to show that a possible path toward the binary opposition interstice can be trod and deepened on several fronts.
Translation as a process
Abstract: Traditionally conceived around well-established dichotomies, translation studies end up leaving ample room for the construction of a theoretical path that treats translation as a process, not only as an implicit element to the product's existence, but with a proposal of concepts endowed with operational value. By bringing discursive semiotics, more specifically the recent developments in Claude Zilberberg’s tensive approach, to dialogue with the fundamental issues of Translation and Adaptation Studies, we aim to present a reflection that breaks free from the binary logic of oppositions to embark on tensions inherent in the dominance regimes of a participatory logic. Our proposal culminates in the statement that what is translated is the enunciative project, a “spirit” of the original work that shapes its most striking characteristics, from which it emanates what we call the tensive arc, a sensitive profile of the work, which can be modulated from the set of textualization strategies that the enunciator uses taking into account their underneath tensive ciphers. We seek to show that a possible path toward the binary opposition interstice can be trod and deepened on several fronts.
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The universe founded by the work Grande sertão: veredas, by Guimarães Rosa, and its place of landmark in Brazilian literature make the project of its comic adaptation an adventure that arouses attention and curiosity. What are the paths... more
The universe founded by the work Grande sertão: veredas, by Guimarães Rosa, and its place of landmark in Brazilian literature make the project of its comic adaptation an adventure that arouses attention and curiosity. What are the paths to be taken for the construction of the script and what are the solutions found to recreate, in general or in part, the enunciative project of this compelling work? We propose the analysis of its adaptation to comics of the same title by Rodrigo Rosa (art) and Eloar Guazzelli (screenplay). We aim to explain some strategies and choices of the adapters, in order to better understand the effects of meaning sought in the comic book in its relation with the novel.
Resumo: O universo aberto pela obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e seu lugar de marco da literatura brasileira fazem do projeto de sua adaptação para quadrinhos uma aventura que desperta atenção e curiosidade. Quais os caminhos a serem tomados para a construção do roteiro e quais as soluções encontradas para recriar, de modo geral ou em parte, o projeto enun-ciativo dessa obra contundente? Propomos a análise da adaptação de mesmo título feita por Rodrigo Rosa (arte) e Eloar Guazzelli (roteiro). Procuraremos explicitar algumas estratégias e escolhas dos adaptadores para entender os efeitos de sentido buscados na obra em quadrinhos em sua relação com o romance.
Resumo: O universo aberto pela obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e seu lugar de marco da literatura brasileira fazem do projeto de sua adaptação para quadrinhos uma aventura que desperta atenção e curiosidade. Quais os caminhos a serem tomados para a construção do roteiro e quais as soluções encontradas para recriar, de modo geral ou em parte, o projeto enun-ciativo dessa obra contundente? Propomos a análise da adaptação de mesmo título feita por Rodrigo Rosa (arte) e Eloar Guazzelli (roteiro). Procuraremos explicitar algumas estratégias e escolhas dos adaptadores para entender os efeitos de sentido buscados na obra em quadrinhos em sua relação com o romance.
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Resumo: Ao desvelar a dimensão sensível da palavra de modo operacional e propor a perspectiva de um sistema dinâmico, Zilberberg e outros permitiram algumas aberturas para a semiótica greimasiana que realinharam a teoria a desafios... more
Resumo: Ao desvelar a dimensão sensível da palavra de modo operacional e propor a perspectiva de um sistema dinâmico, Zilberberg e outros permitiram algumas aberturas para a semiótica greimasiana que realinharam a teoria a desafios contemporâneos que fugiriam do escopo das propostas iniciais. Procuraremos mostrar um caminho que nos permite almejar uma visão integrada das duas visões de enunciação já estabelecidas na teoria – a enunciação conforme concebida por Greimas e a enunciação tensiva. Para tal, puxamos o fio do processo de construção identitária pelo conceito de junção, para mostrar como o sujeito da enunciação greimasiano pode se irmanar com a práxis tensiva. Estabelecemos um paralelo das categorias de pessoa, espaço e tempo do nível discursivo com a dêixis perceptiva organizadora dos fluxos tensivos, entendidos sob a forma de profundidades espacio-temporais organizadas a partir da perspectiva de um observador. Propomos o rebatimento do tempo e do espaço discursivos com a temporalidade e a espacialidade tensivas, elementos de demarcação da situação de interlocução organizadas por um observador que no nível discursivo controla a delegação das vozes e na arena tensiva rege “despoticamente” os aumentos e diminuições constitutivas de nossa vivência, os mesmos aumentos e diminuições que, não por acaso, Zilberberg denomina aspecto.
Abstract: By unveiling the sensible dimension of texts in an opera- tional way and by proposing the perspective of a dynamic system, Zilberberg and others allowed some openings for greimasian semio- tics that realigned the theory to contemporary challenges that would escape the scope of initial proposals. We follow a path that allows us to aim for an integrated view of the two enunciation conceptions already established in the theory - the enunciation as conceived by Greimas and the tensive enunciation. For that we pull the thread of the process of identity construction through the concept of junction to show how the subject of the greimasian enunciation can be united with the tensive praxis. We establish a parallel of the categories of person, space and time of the discursive level with the organi- zing perceptive deixis of the tensive flows, understood in the form of space-time depths organized from the perspective of an observer. We propose to relate time and space with temporality and spatiality, both elements that line o the situation of interlocution organized by an observer who at the discursive level controls the delegation of voices and in the tensive arena rules “despotically” the constitutive increases and decreases of our experience, the same increases and decreases that, not by chance, Zilberberg calls aspect.
Abstract: By unveiling the sensible dimension of texts in an opera- tional way and by proposing the perspective of a dynamic system, Zilberberg and others allowed some openings for greimasian semio- tics that realigned the theory to contemporary challenges that would escape the scope of initial proposals. We follow a path that allows us to aim for an integrated view of the two enunciation conceptions already established in the theory - the enunciation as conceived by Greimas and the tensive enunciation. For that we pull the thread of the process of identity construction through the concept of junction to show how the subject of the greimasian enunciation can be united with the tensive praxis. We establish a parallel of the categories of person, space and time of the discursive level with the organi- zing perceptive deixis of the tensive flows, understood in the form of space-time depths organized from the perspective of an observer. We propose to relate time and space with temporality and spatiality, both elements that line o the situation of interlocution organized by an observer who at the discursive level controls the delegation of voices and in the tensive arena rules “despotically” the constitutive increases and decreases of our experience, the same increases and decreases that, not by chance, Zilberberg calls aspect.
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Motivada pela convicção de que a maior homenagem que se pode fazer a Greimas é mostrar como sua proposta frutificou em termos de longevidade, vitalidade e alcance, apresento neste trabalho um breve relato do meu percurso de pesquisa,... more
Motivada pela convicção de que a maior homenagem que se pode fazer a Greimas é mostrar como sua proposta frutificou em termos de longevidade, vitalidade e alcance, apresento neste trabalho um breve relato do meu percurso de pesquisa, desde os primeiros contatos com a teoria semiótica até os desenvolvimentos teóricos propostos coletivamente dentro do LabS-Sedi. Dentre as questões apresentadas em linhas gerais, destacam-se: a leitura tensiva das modalidades veridictórias; algumas questões centrais do projeto sobre traduções intersemióticas e sua formulação em torno da recriação de um projeto enunciativo; um tratamento em graus da concessividade; e apontamentos para o que futuramente se desdobrará no projeto linguagens híbridas. Com o relato, espero contribuir para mostrar que a abordagem greimasiana dos fenômenos de construção de sentido renova-se no acolhimento dos novos desafios à teoria que, graças a sua coerência, mantém-se robusta e
produtiva.
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Resumo: A cobertura jornalística de fatos de forte apelo emocional, como mortes trágicas e/ou violentas, suscita uma importante reflexão acerca dos limites entre o que se considera um modo de noticiar moderado ou sensacionalista. O... more
Resumo: A cobertura jornalística de fatos de forte apelo emocional, como mortes trágicas e/ou violentas, suscita uma importante reflexão acerca dos limites entre o que se considera um modo de noticiar moderado ou sensacionalista. O estabelecimento de categorizações duras entre os dois perfis editoriais pode ser frágil. A fim de verificar essa hipótese, este trabalho analisa como doze jornais impressos brasileiros repercutiram o caso conhecido como "Massacre de Realengo" nas capas do dia seguinte ao fato. No episódio, doze estudantes de uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro foram assassinados por um ex-aluno, que se matou em seguida. A análise semiótica permitiu a identificação de marcas textuais e apelos estéticos característicos do jornalismo dito sensacionalista em todos os veículos examinados. Além disso, possibilitou observar a proximidade de O Globo ao polo mais apelativo de um continuum traçado com as capas, em uma gradação qualitativa de efeitos de sentido. O posicionamento do veículo, reconhecido no mercado por adotar um perfil de maior sobriedade, configurou uma quebra de expectativa. Os resultados mostraram que as fronteiras nítidas entre os entre os estilos enunciativos moderado e sensacionalista se desfazem na dimensão pragmática e complexa da práxis jornalística.
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O efeito de interatividade no jogo Assassisn´s Creed II, comparado ao da sua adaptação para romance, será o foco da análise semiótica aqui apresentada. Em diálogo com conceitos da adaptação e dos game studies, concluímos que o projeto... more
O efeito de interatividade no jogo Assassisn´s Creed II, comparado ao da sua adaptação para romance, será o foco da análise semiótica aqui apresentada. Em diálogo com
conceitos da adaptação e dos game studies, concluímos que o projeto discursivo do romance se afasta daquele do jogo, o que pode ser definido como uma estratégia para ampliar o perfil dos consumidores do universo Assassin´s Creed.
conceitos da adaptação e dos game studies, concluímos que o projeto discursivo do romance se afasta daquele do jogo, o que pode ser definido como uma estratégia para ampliar o perfil dos consumidores do universo Assassin´s Creed.
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O propósito deste artigo é compreender a interatividade no videogame Super Mario Galaxy com o auxílio da metodologia de análise semiótica. Os resultados apontam para a formulação da interatividade como a resultante do sincretismo... more
O propósito deste artigo é compreender a interatividade no videogame Super Mario Galaxy com o auxílio da metodologia de análise semiótica. Os resultados apontam para a formulação da interatividade como a resultante do sincretismo actancial entre o enunciatário (perfil de jogador previsto pelo próprio jogo) e sujeito da narrativa. Tal sincretismo corresponde a uma superposição de funções, em que o papel do jogador se confunde com o do protagonista do jogo, criando um efeito de mistura de realidades. Com a análise, constatamos que variadas estratégias discursivas-da vibração do controlador à doação de competências-concorrem para a construção desse simulacro de interatividade.
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Este artigo apresenta uma análise da canção “Michelangelo Antonioni”, de Caetano Veloso. Contando com o auxílio da metodologia de análise que nos coloca em mãos a semiótica francesa, procuraremos explicitar os mecanismos textuais... more
Este artigo apresenta uma análise da canção “Michelangelo Antonioni”, de Caetano Veloso. Contando com o auxílio da metodologia de análise que nos coloca em mãos a semiótica francesa, procuraremos explicitar os mecanismos textuais utilizados pelo compositor para render homenagem ao grande diretor italiano. Captando com sutileza o eixo principal da obra de Antonioni, Caetano concede em sua canção um papel preponderante à ausência e ao silêncio. Para isso, traz à tona um certo vácuo existencial que passa a ser enfatizado e expandido na leitura que Antonioni faz das situações e das relações interpessoais. É como se o mestre italiano desse forma com sua proposta a um “déficit existencial” que nos move em direção aos planos, escolhas e ações que nos caracterizam e que nos fazem perceber o mundo em que vivemos de maneira singular. Com um jogo primoroso entre melodia e letra, Caetano foi perspicaz em construir em sua canção essa mesma situação de ausência, esse vácuo tão central na obra de Antonioni.
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Entre os vários desenvolvimentos da semiótica greimasiana nos anos recentes, os trabalhos de Claude Zilberberg e Jacques Fontanille têm se caracterizado pela tentativa de criação de um quadro teórico que possa abrigar os elementos... more
Entre os vários desenvolvimentos da semiótica greimasiana nos anos recentes, os trabalhos de Claude Zilberberg e Jacques Fontanille têm se caracterizado pela tentativa de criação de um quadro teórico que possa abrigar os elementos sensíveis que participam da geração de sentido do texto. Nessa nova vertente teórica – conhecida como semiótica tensiva –, conteúdos sensíveis são cifrados em termos de categorias contínuas, como andamento, tonicidade, intensidade etc., de onde se abre a possibilidade de tratar o texto enquanto processo. Embora esse novo quadro teórico nada altere o procedimento clássico de análise, ele se mostra particularmente produtivo no tratamento de textos contemporâneos, que trazem como uma de suas marcas a manipulação sensível do enunciatário. A obra da escritora francesa Nathalie Sarraute é um bom exemplo disso. No presente ensaio, propomos uma análise de “Je ne
comprends pas” (em L’usage de la parole, 1980), em que enunciador e enunciatário são deslocados de sua posição “clássica” e passam a interagir em primeiro plano. Mostraremos que essa estratégia de construção do texto resulta de um certo embaralhamento de vozes dos actantes discursivos (enunciador/enunciatário, narrador/narratário, interlocutor/interlocutário), de modo a fazê-los compartilhar de um mesmo ritmo do conteúdo. Daí o efeito de sentido de obra que não pede apenas para ser compreendida, mas, sobretudo, para ser “vivenciada”.
comprends pas” (em L’usage de la parole, 1980), em que enunciador e enunciatário são deslocados de sua posição “clássica” e passam a interagir em primeiro plano. Mostraremos que essa estratégia de construção do texto resulta de um certo embaralhamento de vozes dos actantes discursivos (enunciador/enunciatário, narrador/narratário, interlocutor/interlocutário), de modo a fazê-los compartilhar de um mesmo ritmo do conteúdo. Daí o efeito de sentido de obra que não pede apenas para ser compreendida, mas, sobretudo, para ser “vivenciada”.
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O projeto Nome, de Arnaldo Antunes, congrega poemas, imagens, música, sons diversos articulados das mais variadas formas para montar uma trama de significação tecida a partir dos diferentes suportes utilizados pelo autor (vídeo, livro e... more
O projeto Nome, de Arnaldo Antunes, congrega poemas, imagens, música, sons diversos articulados das mais variadas formas para montar uma trama de significação tecida a partir dos diferentes suportes utilizados pelo autor (vídeo, livro e CD). Originalmente lançado em 1993, teve sua reedição em formato DVD feita recentemente em 2006, dada a originalidade da obra e, sobretudo, dado o frescor de sua proposta.
É apenas um ponto negro na tela e uma voz impostada em off que enuncia: “Este homem pegou uma nação destruída...” Parcos elementos sem cor e sem música são suficientes para inquietar um telespectador do outro lado da tela. A ausência de... more
É apenas um ponto negro na tela e uma voz impostada em off que enuncia: “Este homem pegou uma nação destruída...” Parcos elementos sem cor e sem música são suficientes para inquietar um telespectador do outro lado da tela. A ausência de atributos, bem como de sentido – que homem? que nação? – fissura olhos e ouvidos habituados ao excesso sonoro e visual das propagandas de TV. Assim, Hitler (Brasil, 1987), premiado comercial dos diretores Washington Olivetto e Gabriel Zellmeinsteir chama atenção pelo o que de início não diz, nem mostra. Com isso, a peça publicitária
obriga um ansioso e apressado enunciatário a parar durante um minuto à espera do grande final. E ele de fato acontece. Um zoom out faz com que o ponto negro se abra em vários outros, acompanhado por uma marcação de tambor e a progressão da narrativa que acrescenta: “este homem fez o produto interno crescer(...)” “ este homem adorava música e pintura (...)”. Rufam tambores e o zoom out se acelera. Um rosto é revelado. O mistério se desfaz em perplexidade: é Hitler!
obriga um ansioso e apressado enunciatário a parar durante um minuto à espera do grande final. E ele de fato acontece. Um zoom out faz com que o ponto negro se abra em vários outros, acompanhado por uma marcação de tambor e a progressão da narrativa que acrescenta: “este homem fez o produto interno crescer(...)” “ este homem adorava música e pintura (...)”. Rufam tambores e o zoom out se acelera. Um rosto é revelado. O mistério se desfaz em perplexidade: é Hitler!
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O presente trabalho sustenta que a precisão e a maestria de Chico Buarque em traduzir a essência da cultura brasileira são tributárias da incorporação do movimen to ao cerne de sua obra. Para isso, mostra como o autor cria mundos... more
O presente trabalho sustenta que a precisão e a maestria de Chico Buarque em traduzir a essência da cultura brasileira são tributárias da incorporação do movimen to ao cerne de sua obra. Para isso, mostra como o autor cria mundos ambivalentes, re-fratários a delimitações e, portanto, dependentes de um movimento pendular contínuo entre seus pólos constitutivos. Partindo das análises da canção " Homenagem ao Malandro" e do romance "Estorvo", procura explicitar como Chico extrapola a ordem do senso comum ao explorar as diferentes maneiras de construir mundos ambivalentes baseados em lógicas opostas, uma construída a partir da co-presença e outra a partir da co-ausência de pólos extremos.