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  • Doutoranda pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais (IFCH - Unicamp). Mestra pelo Programa de Pós Graduação em Ciência Política (IFCH) na Universidade Estadual de Camp... moreedit
Essa dissertação buscou investigar os trânsitos políticos do movimento organizado das trabalhadoras sexuais empreendidos em seus 30 anos de história, buscando analisar os sentidos mobilizados por essas atoras sobre política, engajamento,... more
Essa dissertação buscou investigar os trânsitos políticos do movimento organizado das
trabalhadoras sexuais empreendidos em seus 30 anos de história, buscando analisar os
sentidos mobilizados por essas atoras sobre política, engajamento, reivindicação,
organização política, trabalho, direitos e prostituição. Partindo de uma etnografia
multisituada – por meio da etnografia de eventos e análise documental – essa pesquisa
buscou mapear as sujeitas das organizações que compõem o movimento organizado e suas
conexões, suas reivindicações, sua forma organizacional e seus instrumentos de ação
coletiva, com o intuito de colaborar com os debates e produções acadêmicas acerca das
temáticas de gênero, de sexualidade e de movimentos sociais. Buscando contribuir com as
investigações relativas a essas duas áreas de estudo, esta pesquisa se propôs a investigar as
novas configurações do movimento organizado de trabalhadoras sexuais tendo como
horizonte as seguintes questões: i) podemos considerar o movimento de prostitutas enquanto
um movimento social? ii) como o movimento se constituiu e se organizou? iii) quais são as
suas dinâmicas e seus repertórios de ação coletiva? iv) como são produzidos os processos de
engajamentos e quais são as suas concepções acerca de “movimento”? Como resultados, a
pesquisa demonstrou a atual configuração do movimento organizado que possui em sua
composição três distintas redes (Rede Brasileira de Prostitutas, Central Única de
Trabalhadoras e Trabalhadores Sexuais e Articulação Nacional de Profissionais do Sexo),
cerca de vinte e sete associações, sendo dependentes de lideranças locais. Os seus
engajamentos e o fazer político se refletem na denominação de cada uma das suas redes,
produzindo diferentes concepções sobre autonomia, horizontalidade e atuação política, mas
que, mesmo com essas distintas denominações e permeadas por disputas, foi possível
analisar que as três redes atuam de forma conjunta, impulsionando a organização desse
movimento. A partir de 2010, suas principais pautas reivindicatórias – saúde integral,
regulamentação da prostituição e financiamento autônomo - passam por uma reatualização
que se tornam um aglutinador de diversas demandas: autonomia ao corpo, direito à
maternidade, contra a violência das mulheres e a construção de uma sujeita putafeminista.
Palavras – Chaves: Prostituição, Gênero, Movimentos Sociais.
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015 e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que... more
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015
e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das
pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que contribuem para a construção do
preconceito em relação às pessoas trans* (o chamado preconceito transfóbico) é a
patologização, pela comunidade médica, da não identificação do sexo com o gênero: a
transexualidade é considerada como um “Transtorno de Identidade de Gênero” pelo
Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM). Esse, bem como as
possibilidades de violência e/ou agressão, inclusive psicológicas, os impactos dos estigmas,
das relações parentais, econômicas e sociais implicadas nessa questão contribuem para a
marginalização dessas pessoas em distintos contextos sociais. Para a realização dessas
investigações, buscou-se identificar como as pessoas trans* procuram trabalho (em quais
locais, redes e agências); traçar o perfil das pessoas que conseguiram se inserir no mercado de
trabalho; conhecer as percepções das pessoas trans* sobre sua situação laboral, sua
experiência de trabalho (ou de procura de trabalho) suas dificuldades, expectativas e
demandas. Tais questões tiveram como aporte metodológico, entrevistas individuais e em
grupo, bem como pesquisas nas mídias sociais do movimento transfeminista - blogs, redes
sociais e etnografia em eventos como seminários, palestras, encontros do movimento
organizado. Através dos relatos de vidas dessas pessoas, conseguimos compreender que o
inicio da adequação de gênero, o grau de escolaridade e a alteração dos documentos de
registros, se transformam em marcadores sociais da diferença, que determinam a forma de
ingresso das pessoas trans* no mercado de trabalho que são marcadas pela precarização e
informalidade.
Research Interests:
Este artigo tem como objetivo analisar o projeto de lei nº 377/2011, que visa tipificar o crime de contratação de serviço sexual e penalizar quem aceita a oferta de prestação de serviço de natureza sexual sabendo que o serviço está... more
Este artigo tem como objetivo analisar o projeto de lei nº 377/2011, que visa tipificar o crime de contratação de serviço sexual e penalizar quem aceita a oferta de prestação de serviço de natureza sexual sabendo que o serviço está sujeito à remuneração. Nosso intuito é demonstrar as ambiguidades do tratamento dado pelo Brasil para o tema em que, ao mesmo tempo em que a prostituição foi inserida na Classificação Brasileira de Ocupação e o trabalho sexual não seja considerado crime, há uma nítida tentativa desse projeto de colocar explicitamente a prostituição como crime tornando fato imputável o ato de contratar serviço sexual. Tal política, a nosso ver, contribuirá significativamente para o aprofundamento do estigma e da vulnerabilidade das trabalhadoras sexuais, aumentando os casos de violação de direitos humanos.
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015 e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que... more
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015 e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que contribuem para a construção do preconceito em relação às pessoas trans* (o chamado preconceito transfóbico) é a patologização, pela comunidade médica, da não identificação do sexo com o gênero: a transexualidade é considerada como um “Transtorno de Identidade de Gênero” pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM). Esse, bem como as possibilidades de violência e/ou agressão, inclusive psicológicas, os impactos dos estigmas, das relações parentais, econômicas e sociais implicadas nessa questão contribuem para a marginalização dessas pessoas em distintos contextos sociais. Para a realização dessas investigações, buscou-se identificar como as pessoas trans* procuram trabalho (em quais locais, redes e agências); traçar o perfil das p...
Research Interests:
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015 e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que... more
O presente trabalho é fruto de duas pesquisas de iniciação cientifica, realizadas em 2014-2015 e 2015-2016. Como objetivo central tais pesquisas buscaram compreender o acesso das pessoas trans* no mercado de trabalho. Um dos fatores que contribuem para a construção do preconceito em relação às pessoas trans* (o chamado preconceito transfóbico) é a patologização, pela comunidade médica, da não identificação do sexo com o gênero: a transexualidade é considerada como um “Transtorno de Identidade de Gênero” pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM). Esse, bem como as possibilidades de violência e/ou agressão, inclusive psicológicas, os impactos dos estigmas, das relações parentais, econômicas e sociais implicadas nessa questão contribuem para a marginalização dessas pessoas em distintos contextos sociais. Para a realização dessas investigações, buscou-se identificar como as pessoas trans* procuram trabalho (em quais locais, redes e agências); traçar o perfil das pessoas que conseguiram se inserir no mercado de trabalho; conhecer as percepções das pessoas trans* sobre sua situação laboral, sua experiência de trabalho (ou de procura de trabalho) suas dificuldades, expectativas e demandas. Tais questões tiveram como aporte metodológico, entrevistas individuais e em grupo, bem como pesquisas nas mídias sociais do movimento transfeminista - blogs, redes sociais e etnografia em eventos como seminários, palestras, encontros do movimento organizado. Através dos relatos de vidas dessas pessoas, conseguimos compreender que o inicio da adequação de gênero, o grau de escolaridade e a alteração dos documentos de registros, se transformam em marcadores sociais da diferença, que determinam a forma de ingresso das pessoas trans* no mercado de trabalho que são marcadas pela precarização e informalidade. Palavras-chaves: Trabalho; Transexualidade; Direitos.
Essa dissertação buscou investigar os trânsitos políticos do movimento organizado das trabalhadoras sexuais empreendidos em seus 30 anos de história, buscando analisar os sentidos mobilizados por essas atoras sobre política, engajamento,... more
Essa dissertação buscou investigar os trânsitos políticos do movimento organizado das trabalhadoras sexuais empreendidos em seus 30 anos de história, buscando analisar os sentidos mobilizados por essas atoras sobre política, engajamento, reivindicação, organização política, trabalho, direitos e prostituição. Partindo de uma etnografia multisituada – por meio da etnografia de eventos e análise documental – essa pesquisa buscou mapear as sujeitas das organizações que compõem o movimento organizado e suas conexões, suas reivindicações, sua forma organizacional e seus instrumentos de ação coletiva, com o intuito de colaborar com os debates e produções acadêmicas acerca das temáticas de gênero, de sexualidade e de movimentos sociais. Buscando contribuir com as investigações relativas a essas duas áreas de estudo, esta pesquisa se propôs a investigar as novas configurações do movimento organizado de trabalhadoras sexuais tendo como horizonte as seguintes questões: i) podemos considerar o ...
Brazil has made international headlines for the government’s inept and irresponsible response to the COVID-19 pandemic. In this context, sex worker activists have once again taken on an essential role in responding to the pandemic amidst... more
Brazil has made international headlines for the government’s inept and irresponsible response to the COVID-19 pandemic. In this context, sex worker activists have once again taken on an essential role in responding to the pandemic amidst State absences and abuses. Drawing on the theoretical framework of necropolitics, we trace the gendered, sexualized, and racialized dimensions of how prostitution and work have been (un)governed in Brazil and how this has framed sex worker activists’ responses to COVID-19. As a group of scholars and sex worker activists based in Rio de Janeiro and São Paulo, we specifically explore the idea of sex workers as “essential workers”, but also of sex work as, essentially, work, demonstrating complicities, differences, and congruencies in how sex workers see what they do and who their allies in the context of the 21st century’s greatest health crisis to date.