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Resumo: Uma lógica da fantasia? Trata-se da proposta lacaniana para aquilo que parece severamente falho, em princípio, de algum ordenamento, o mais contrário possível a um parâmetro lógico. O presente artigo se propõe a discutir e... more
Resumo: Uma lógica da fantasia? Trata-se da proposta lacaniana para aquilo que parece severamente falho, em princípio, de algum ordenamento, o mais contrário possível a um parâmetro lógico. O presente artigo se propõe a discutir e estabelecer o valor teórico e clínico dessa lógica a partir de três momentos: Primeiro, é abordado a querela acerca do estatuto da realidade presente na obra freudiana e as formulações lacanianas frente aos impasses clínicos e ontológicos encontrados; o que tem por efeito a proposição de uma lógica amarrada a estrutura do matema, e a delimitação fronteiriça da fantasia nos registros RSI. Segundo, se articula o ordenamento dessa lógica a partir dos elementos do matema $ ◊ a e de proposições centrais do Seminário 14, a lógica da fantasia. Terceiro, a lógica da fantasia é articulada na dimensão clínica-e portanto social-sendo evocadas algumas formalizações lacanianas, a saber, os quatro discursos e o grafo do desejo. Palavras-chave: Psicanálise. Lógica. Freud. Lacan. Fantasma. Seminário 14.
Resumo: O presente artigo, em sentido amplo, aborda as relações entre Psicanálise e o campo da religião, algo bastante discutido na história do movimento psicanalítico e na mesma medida carregado de tensão. Articulamos o fundamental... more
Resumo: O presente artigo, em sentido amplo, aborda as relações entre Psicanálise e o campo da religião, algo bastante discutido na história do movimento psicanalítico e na mesma medida carregado de tensão. Articulamos o fundamental conceito de identificação no interior da Psicanálise, tencionando nossa reflexão para as identificações religiosas. Evidenciamos dois níveis de representações que se entrelaçam nessas formações identitárias: um núcleo duro (ou rígido) e um outro núcleo adjacente (sobredeterminações). Devido à sua atualidade, há certa ênfase para as construções identitárias Temos como objetivo neste trabalho contribuir com a reflexão e debate psicanalítico, filosófico e político em torno da constituição identitária em suas mais variadas formas.
Neste artigo procuramos apresentar os elementos que possibilitam a constituição das identidades coletivas a partir de quatro conceitos fundamentais: a demanda, o significante vazio, a identificação e o gozo (la jouissance). Primeiro,... more
Neste artigo procuramos apresentar os elementos que possibilitam a constituição das identidades coletivas a partir de quatro conceitos fundamentais: a demanda, o significante vazio, a identificação e o gozo (la jouissance). Primeiro, revisitamos Freud trazendo a noção de identificação pensada em sua determinação política. Em seguida, buscamos justificar a especificidade da noção lacaniana de significante vazio, repensado por Ernesto Laclau enquanto um conceito político fundamental implicado na constituição e formação das identidades coletivas. Avançamos na lógica do significante e das demandas insatisfeitas que se organizam basilarmente na composição das identidades coletivas a partir de casos específicos e formalizações. Com este trabalho, temos como objetivo contribuir com a reflexão e debate psicanalítico, filosófico e político acerca das identidades políticas, sociais, de gênero, de diversidade sexual, étnicas e culturais em suas mais variadas formas.

Palavras-chave: Identidade. Psicanálise. Política. Lacan. Laclau.
Resumo: A concepção lacaniana de sujeito cindido e descentrado e suas consequências, implicada à linguagem e ao discurso, subverteu radicalmente significativa parte do campo de estudos concernentes à discursividade. Podemos inscrever a... more
Resumo: A concepção lacaniana de sujeito cindido e descentrado e suas consequências, implicada à linguagem e ao discurso, subverteu radicalmente significativa parte do campo de estudos concernentes à discursividade. Podemos inscrever a destacada Teoria do Discurso de Ernesto Laclau como um aprofundamento dessa subversão lacaniana, incorporada a uma abrangente investigação dos processos sociopolíticos e identitários. No presente artigo, promovemos uma analítica das implicações teóricas do dispositivo psicanalítico presentes em sua Teoria do Discurso a partir de três direções: (A) os pressupostos de 'irredutibilidade do sentido' e a 'lógica do significante' como ponto de partida; (B) e a implicação da categoria 'sujeito cindido e descentrado' impostos a fundamentação do campo do discurso 'para além das áreas da fala ou da escrita'; (C) O terceiro eixo, o mais explorado, articulamos a relação teórica entre 'discurso, campo pulsional e o gozo (la juissance)', repensado por Laclau nos limites e consequências do político. Por fim, propomos algumas formalizações como forma de demonstrar o jogo teórico explicitado.
No presente artigo desenvolvemos uma análise em torno da noção de afeto na psicanálise de Jacques Lacan, a partir principalmente dos seguintes seminários: IX – l ’Identification (1961/62), X – l ’Angoisse (1962/63),... more
No  presente  artigo  desenvolvemos  uma  análise  em  torno  da  noção  de  afeto  na  psicanálise  de  Jacques  Lacan,  a  partir  principalmente  dos  seguintes  seminários: IX – l ’Identification (1961/62), X – l ’Angoisse (1962/63), XX - Encore(1972/73);  e  da  comunicação  Télévision  (1974).  Fornecemos,  em  primeiro  plano,  subsídios  teóricos  que  demonstram  falsa  a  premissa  de  que  Lacan  teria  negado  a  categoria afeto em suas obras, confirmando improcedente a acusação de um suposto “intelectualismo”  em  seu  ensino.  Em  segundo  lugar,  fundamentamos  a  noção  de  afeto  na  perspectiva  lacaniana  a  partir  da  afirmação  do  autor  de  que  “os  afetos  são  um  toque  do  Real”.  Designamos  duas  classes  de  “circuitos  afetivos”:  afetos  de  alienação  e  afetos  de  separação  na  relação  não  antinômica  com  o  discurso,  com  a  linguagem,  com  o  enodamento  significante.  Por  fim,  avançamos  com  a  noção  de  desamparo(Hilflosigkeit)  e  angústia(Angst),  afetos  por  excelência  de  separação  e  despossessão daquilo que o sujeito enuncia como próprio, constitutivo, identitário; algo determinante para a clínica e para os processos de (des)subjetivação.
Palavras-chave: Jacques Lacan; afeto; linguagem; discurso; desamparo; angústia
Este trabalho, em sentido amplo, examina e articula as concepções de identidade e de identificação estabelecidas por Jacques Lacan, bem como suas implicações. Nossa referência teórica principal é o Seminário IX - A Identificação. A partir... more
Este trabalho, em sentido amplo, examina e articula as concepções de identidade e de identificação estabelecidas por Jacques Lacan, bem como suas implicações. Nossa referência teórica principal é o Seminário IX - A Identificação. A partir desse seminário, circunscrevemos nossa problemática fundamentalmente em dois eixos centrais: (1) A via sustentada por Lacan como uma perspectiva avessa ao próprio conceito tradicional de identidade, correlativo a concepções de idêntico a si (A =A), idem, si mesmo. (2) Lacan aponta o Outro como via de regra na consumação do que se entende por identidade, apontando a ordem do discurso, linguagem – operações e produtividade significante – como referenciais implicados no que tradicionalmente se concebe como sujeito, identidade, subjetividade. “A Identificação é com o significante”, nos diz Lacan, e é ela – a identificação – que “se cristaliza numa identidade”. Por esses fatores, insistimos na delimitação do campo do Outro; dos registros do enunciado e enunciação; bem como a diferença entre signo e significante. Por razões estritamente metodológicas, dividimos o texto em duas partes: Na primeira parte apresentamos os pressupostos de uma possível concepção de identidade e identificação em Lacan, forjando o termo operação de enodamento, que, por sua vez, se consuma na relação con-stitutiva entre as noções lacanianas de (1) sujeito descentrado e cindido, (2) significante e (3) afetividade. O desígnio principal desta primeira parte foi articular sistematicamente os tais elementos estruturais que compõem o discurso identitário, com vistas a fundamentar o que denominamos operação de enodamento. Na segunda parte da dissertação, nossa reflexão abrigou-se na formação e constituição das identidades coletivas em seu nível mais elementar e estrutural. Visamos apontar as operações de enodamento que se estabelecem nas identidades ditas coletivas numa espécie de retomada do que abordamos na primeira parte. As noções laclaunianas como cadeia de equivalência, significante vazio, investimento radical, demanda, nomeação, entre outros – conceitos com intima implicação da matriz freudolacaniana – formaram o núcleo teórico fundamental para compreensão da formação das identidades coletivas. Os casos específicos aqui discutidos e as formalizações apresentadas, tanto na primeira quanto na segunda parte, nos deram a base para solidificar a teoria apresentada. A interlocução com autores contemporâneos circunscritos ao campo freudolacaniano, muito nos favoreceu em nossa alçada em termos metodológicos. Como conclusão da dissertação, estabelecemos quatro proposições ampliadas acerca do processo identitário em termos de contingência e necessidade que a seguir sintetizamos: (1) o significante a ser sustentado como identificação é contingente, mas (2) os princípios que determinam a inscrição do significante são necessários; (3) não há sujeito sem a necessária operação significante; (4) há necessariamente circuitos afetivos, também contingentes, que se afirmam e se reconfiguram no enodamento da cadeia discursiva – numa verdadeira dialética de compromisso mútuo – em modos de alienação e separação.
Um debate sobre ressentimento, identificação e laço social
O presente artigo desenvolve uma reflexão acerca das relações de identidade e identificação do " sujeito " à luz do discurso freudo-lacaniano. Procuramos estabelecer os elementos formais e estruturais que possibilitam a emergência das... more
O presente artigo desenvolve uma reflexão acerca das relações de identidade e identificação do " sujeito " à luz do discurso freudo-lacaniano. Procuramos estabelecer os elementos formais e estruturais que possibilitam a emergência das identidades individuais e coletivas através das identificações significantes, e demonstrar como que se sustenta no sujeito uma identificação em sua relação com o desejo e afeto. Nossa abordagem privilegia substan-cialmente o percurso teórico estruturado por Jacques Lacan em o Seminário IX – A identificação.

Abstract: This article presents a reflection about the identity relations and identification of the " subject " in the light of a Freudian-Lacanian discourse. We aim to establish the formal and structural elements from which emerges the individual and collective identities through significant identifications, and demonstrate, how the subjects identification is based on its relationship with the desire and affection. Our approach substantially favors the theoretical path structured by Jacques Lacan in the IX Seminar-Identification.
O tema do eterno retorno de Nietzsche foi associado por algumas interpretações a um imperativo existencial. No presente artigo, procuramos problematizar esta interpretação ao estabelecer uma discussão acerca da possibilidade ou... more
O tema do eterno retorno de Nietzsche foi associado por algumas interpretações a um imperativo existencial. No presente artigo, procuramos problematizar esta interpretação ao estabelecer uma discussão acerca da possibilidade ou impossibilidade do " sujeito " afirmar o eterno retorno como um imperativo existencial. Seria um ato da consciência, um esforço da vontade humana, afirmar o eterno retorno de Nietzsche? Para estabelecer essa discussão e examinar o questionamento que carrega o titulo deste artigo, traçamos aproximações entre o pensamento de Nietzsche e a psicanálise de Freud, particularmente naquilo que remete à noção de Psique de ambos os autores. Apenas abrangendo a compreensão do domínio psicológico avesso à tradição filosófica anterior a Nietzsche e Freud, ampliando, portanto, o domínio psicológico para uma unidade onde se é reconhecido o inconsciente, é que podemos estimar o valor do imperativo existencial. Essa é a hipótese defendida no presente artigo.

Abstract: Nietzsche's concept of eternal recurrence has been associated, in some interpretations, to an existential imperative. In the following paper, our goal is to problematize this interpretation by building a discussion about the possibility, or the impossibility, of the " subject " 's affirming of the eternal recurrence as an existencial imperative. Could it be an act of the conscience, an effort of human will, to affirm Nietzsche's eternal recurrence? To better build this discussion and to examine the question that this paper's title brings forth, we draw approximations between Nietzsche's thought and Freud's psychoanalysis, particularly in what refers to both 1 O presente artigo está vinculado ao projeto de pesquisa que recebeu o apoio da FAPERJ-Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro : Para repensar o desejo: um diálogo entre filosofia e psicanálise (2014).
Research Interests:
Por que nos consideramos iguais a uns e diferentes de outros? Porque nos apaixonamos por determinadas pessoas, coisas ou ideias? Como decidimos nossas escolhas, nossos gostos? Por que demonstramos determinados sentimentos e não outros? O... more
Por que nos consideramos iguais a uns e diferentes de outros? Porque nos apaixonamos por determinadas pessoas, coisas ou ideias? Como decidimos nossas escolhas, nossos gostos? Por que demonstramos determinados sentimentos e não outros? O que faz ser o que consideramos que somos? Por que nos reconhecemos a partir de um nome e de uma história individual, familiar ou grupal, de gênero, política ou étnica? Por que respondemos individual ou coletivamente com um sentimento de pertencimento ou, do contrário, de estranheza?
A identificação aparece como aquilo que nos constitui tanto individual quanto coletivamente, como “aquilo que se cristaliza numa identidade”, como vai nos dizer Jacques Lacan na abertura de seu penúltimo seminário.
No interior da problemática identitária, este livro é o resultado de um trabalho de investigação em Psicanálise aplicada, na relação com a clínica, com a filosofia, com a política, com a formação de grupo, com questões de gênero, e com a economia.
Trata-se de oferecer uma crítica à formula tradicional de entender a individualidade e o grupo, e propor um dispositivo que possa ser usado para acolher diferentes experiencias de subjetivação. Examinar os processos de identificação nos permite compreender a forma em que nos relacionamos com nós mesmos, com os outros, com os ideais e com os objeto