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Em Quando todos calam (2009), performance da artista e legista radicada em Belém-Pará Berna Reale, vemos o voo de urubus circundando o corpo da artista que está nu, com vísceras sobre o ventre e deitado em uma maca coberta com um lençol... more
Em Quando todos calam (2009), performance da artista e legista radicada em Belém-Pará Berna Reale, vemos o voo de urubus circundando o corpo da artista que está nu, com vísceras sobre o ventre e deitado em uma maca coberta com um lençol branco no que parece um cais de porto. Animais e humanos se mesclam numa poética cruel multiespécie, ou seja, numa poética cujo rigor relacional acaba por produzir novos olhares para os seres que dela participam. Diante desta obra refazemos as perguntas de Donna Haraway (2008) no livro Quando espécies se encontram: quem toca? O que é tocado? São duas questões simples, contudo, axiais para a construção desse livro, que representa uma inflexão na discussão sobre animalidade/humanidade nos feminismos.
http://www.tanianavarroswain.com.br/labrys/labrys26/recherche/DANIELLE.htm
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Resumo Neste artigo discutimos o processo de criação Móvel (2011), uma dança-pesquisa em psicologia social que articula Teoria Ator-Rede (TAR) e a produção de testemunhos corporais. Em Móvel, trabalhamos experimentos artísticos com o... more
Resumo Neste artigo discutimos o processo de criação Móvel (2011), uma dança-pesquisa em psicologia social que articula Teoria Ator-Rede (TAR) e a produção de testemunhos corporais. Em Móvel, trabalhamos experimentos artísticos com o objetivo de abarcar a coemergência ontológica dos aparatos tecnológicos e do corpo, com destaque para este último. Abordamos corpo em conexão com aparatos múltiplos cujas ontologias não são estáveis, sendo inteiramente dependente das relações. A partir da agência de um corpo em dança, empregada como método de pesquisa psicossocial, produz-se um testemunho que está para além da sobrevida, por meio de aparelhamentos e desaparelhamentos que o levam ao limite da resistência, ao limite das fronteiras do humano. Abstract This paper discusses the process of Móvel creation (2011), a dance-research in social psychology that articulates Actor-Network Theory (ART) and the production of physical evidence. In Móvel, we deal with artistic experiments in order to understand the ontological coexistence of technological devices and body, especially the latter. We study bodies in connection with multiple devices whose anthologies are not stable, being entirely dependent to relationships. From a body in movement, employed as psychosocial research method, we have
Resumo Por meio do processo de invenção de um trabalho de dança-pesquisa narramos como foram se produzindo as propriedades do corpo em dança, procurando tornar visíveis arranjos mínimos e talvez desprezíveis se vistos num plano... more
Resumo Por meio do processo de invenção de um trabalho de dança-pesquisa narramos como foram se produzindo as propriedades do corpo em dança, procurando tornar visíveis arranjos mínimos e talvez desprezíveis se vistos num plano panorâmico. Trata-se, portanto, de uma narrativa que se insere numa problemática mais ampla, enunciada por Latour (2008a) como dizendo respeito às conversas sobre o corpo, ou seja, aos modos como os corpos são mobilizados nos relatos daquilo que fazem. Trabalhamos uma narrativa do mínimo que é diversa da oposição entre micro e macro, procurando dar conta da eclosão das propriedades corporais vistas como acontecimentos dos quais podemos rastrear a emergência nas diferenças que fazem o corpo sensível e que, por sua vez, co-constituem esse corpo que não está dado de antemão. Discorre-se sobre as propriedades corporais que foram produzidas num experimento de dança-pesquisa, intitulado De Conceitos criado a partir de um poema visual escrito por Silva Freire. Abstract This paper discusses the bodily properties produced in a dance-research experiment titled De Conceitos (On Concepts) created from a visual poem written by Silva Freire. Through the process of invention within this dance-research project, we offer an account of how bodily properties in dance come to be produced and try to render visible the minimal—and possibly dismissible—gestures which are lost when dance is viewed on a panoramic scale. Thus, it is a matter of a narrative imbricated into a broader problematisation, as put forward by Latour (2008a), with respect to the ongoing conversation on the body and the modes by which these are mobilised in narrative accounts of what they do. We work a narrative of the minimal,
Resumo Neste ensaio, abordamos algumas pistas para pesquisas que se movam na interface entre Psicologia Social e Etologia, discutindo relações responsivas com animais, com base nas contribuições de Vinciane Despret. Argumentamos que a... more
Resumo
Neste ensaio, abordamos algumas pistas para pesquisas que se movam na interface entre Psicologia Social e Etologia, discutindo relações responsivas com animais, com base nas contribuições de Vinciane Despret. Argumentamos que a Etologia, ao fi car apartada das correntes críticas da Psicologia Social, na América Latina, após a crise da década de 1970, mostra-se um campo para o diálogo fértil com psicólogos sociais não evolucionistas que se interessam pelo estudo de agenciamentos não restritos ao humano. Qu e práticas podemos trazer da Etologia para as Psicologias Sociais e vice-versa? Quais histórias derivarão do (re)encontro entre os estudos em Psicologia Social com animais não humanos? A partir dessas questões, concluímos que não é mais possível, nos dias atuais, que as práticas das psicologias sociais se definam sem consideração de liames “ecológicos” para os quais as Etologias têm a contribuir, como potentes saberes que nos levam além de uma definição de social fundada exclusivamente no humano.

Abstract
In this essay we approach some clues of research that move at the interface between Social Psychology and Ethology, discussing responsive relationships with animals from the contributions of Vinciane Despret. We argue that to be apart of the emerging social psychology of aspects critical in Latin America aft er the 1970s crisis, ethology has become not to evolutionary social psychologists interested in the study of the agency not restricted to human. What practices can bring the Ethology for Social Psychologies? Which derive stories (re)encounter between the animal studies in this field translated and placed under other questions by the Social Psychologies? From a body in movement, employed as psychosocial research method, we have testimony of production which is beyond survival through pairing elements and paired opposites that lead the body to resistance limits, the limits of the human borders.
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Tendo em vista o ativismo dos feminismos, tanto nos movimentos sociais quanto nas artes, na promoção de novos modos de subjetivação e modos de existência múltiplos e voltados às práticas de liberdade, propomo-nos a refletir sobre os... more
Tendo em vista o ativismo dos feminismos, tanto nos movimentos sociais quanto nas artes, na promoção de novos modos de subjetivação e modos de existência múltiplos e voltados às práticas de liberdade, propomo-nos a refletir sobre os fazeres artísticos feministas em passagens políticas que se valem de uma força inventiva/afirmativa do corpo enquanto estratégia de subversão e resistência para propor outras formas de viver, inclusive, a pesquisa em Psicologia.
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Dançar insetos, Coreografia de chão Entomo
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Descentrar pensamento da figura humana, a partir de um olhar para o não humano (ou mesmo para o inumano no caso destes últimos), da recusa em subtrair a importância das conexões entre humanos e não humanos e também de romantizar as... more
Descentrar pensamento da figura humana, a partir de um olhar para o não humano (ou mesmo para o inumano no caso destes últimos), da recusa em subtrair a importância das conexões entre humanos e não humanos e também de romantizar as relações entre ambos. Donna Haraway (2008) pontua muitos incômodos em relação às discussões feitas por Gilles Deleuze e Félix Guattari sobre os animais, principalmente pelo desprezo que possuem pelos animais domésticos, mas considera que Rosi Braidotti a vem ajudando a estabelecer uma leitura mais frutífera dos autores. Donna Haraway vê no trabalho de Rosi Braidotti uma leitura interessante dos devires animais e, com base nela, passa a ler alguns trabalhos de Deleuze & Guattari, ainda que mantenha ressalvas. Ao descentrarmo-nos da figura humana, apostamos na afirmação de alteridades contrassubjetivas distintas daquelas constituídas na modernidade clássica enviesada por linhas heteropatriarcais. O devir, entendido como virtualidades que atravessam o sujeito e o desestabilizam, não opera segundo uma cronologia, uma sequência temporal linear, onde um eu centralizado se desdobra em outros. Braidotti (2005) produz articulações entre os estudos feministas e a filosofia da diferença deleuziana. Um desafio nessa conexão aponta a autora, consiste em desviar-se dos hábitos da linearidade e da objetividade fraca que persistem como redutos hegemônicos. Pensar através de fluxos e interconexões; pensar no movimento; incorporar o conhecimento. Um dos modos de se engajar nesta tarefa é, de acordo com a autora, oferecer novas figurações que deem conta do nomadismo no qual estamos em processos de devir e, portanto, escapamos aos atravessamentos molares que assinalam fixações identitárias. O devir pressupõe, portanto, um sujeito não unitário (DELEUZE; GUATTARI, 1992), ignora uma ordem natural das espécies e suas sínteses; ele é transespecífico,
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