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Este breve ensaio tem como objetivo analisar a trajetória de uma escultura carnavalesca, mobilizada em narrativas distintas e por diferentes agremiações. A partir do processo de reaproveitamento de materiais na confecção dos desfiles das... more
Este breve ensaio tem como objetivo analisar a trajetória de uma escultura carnavalesca, mobilizada em narrativas distintas e por diferentes agremiações. A partir do processo de reaproveitamento de materiais na confecção dos desfiles das escolas de samba da série A do Rio de Janeiro, acompanhamos o recente caso de reaproveitamento de uma escultura alegórica em suas diversas aparições, conhecida no universo do carnaval como Madre Teresa de Calcutá. Assim, damos luz a capacidade de ressignificação que um mesmo objeto ganha em desfiles diferentes. Amparados pelo processo ritual de vida e morte das alegorias proposto por Cavalcanti (2012), acreditamos que essa prática de reaproveitamento de materiais contribui para sua manutenção.
No presente trabalho, o objetivo é discutir a relação entre o samba, pensado aqui como gênero musical mas também como um sistema cultural que envolve um complexo de saberes, práticas e representações; e as religiosidades, sobretudo... more
No presente trabalho, o objetivo é discutir a relação entre o samba,
pensado aqui como gênero musical mas também como um sistema cultural
que envolve um complexo de saberes, práticas e representações; e as
religiosidades, sobretudo evangélicas e neopentecostais. Através de uma
pequena revisão bibliográfica o ensaio pretende questionar a ideia de uma
identidade monolítica e totalizante em uma sociedade heterogênea onde os
sujeitos participam de construções plurais e diversas.
Este ensaio é uma revisão bibliográfica introdutória sobre o sambódromo do carnaval carioca.Este fica na área central da cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de uma avenida, uma rua, um lugar específico que demarca na memória coletiva o... more
Este ensaio é uma revisão bibliográfica introdutória sobre o sambódromo
do carnaval carioca.Este fica na área central da cidade do Rio de Janeiro.
Trata-se de uma avenida, uma rua, um lugar específico que demarca na
memória coletiva o lugar privilegiado dos desfiles das escolas de samba na
cidade. Este espaço tem funcionamento reduzido durante a maior parte do
ano, servindo apenas como cruzamento entre ruas próximas e eventualmente
para alguns eventos artísticos específicos. Durante o carnaval é acionado como
o palco iluminado de um espetáculo quase centenário e internacionalmente
reconhecido. No período carnavalesco o sambódromo se torna um espaço
que não está imerso na vida cotidiana, da sua normalidade, mas sim em
uma dimensão espaço temporal diferenciada. Ritualiza-se. Proponho neste
breve ensaio uma discussão inicial cujos principais objetivos são entender
a relação de espaço eo universo das escolas de samba, concebendo o desfile
como uma prática ritual e a construção do Sambódromo como um marco.
As Escolas de samba do Rio de Janeiro são agremiações recreativas que surgiram no início do século XX. Surgiram como formas de expressão da diáspora africana articulando saberes e práticas de matriz afro-brasileira e incorporando... more
As Escolas de samba do Rio de Janeiro são agremiações recreativas que surgiram no início do século XX. Surgiram como formas de expressão da diáspora africana articulando saberes e práticas de matriz afro-brasileira e incorporando elementos típicos de outras formas de organização carnavalesca existente à época. Pretendo analisar as escolas de samba enquanto espaço de construção de sujeitos, práticas e representações sociais cotidianas. Compreendo aqui as escolas de samba enquanto espaços sociais tal qual como preconizado por Pierre Bourdieu, ou seja, um espaço relacional onde os sujeitos ocupam posições distintas e hierarquizadas de acordo com os capitais incorporados por cada um. Para isso este trabalho irá discutir a noção de mediação cultural explorando seus limites a partir da figura do carnavalesco e sua afirmação no carnaval carioca através de uma revisão bibliográfica. Se tratando das escolas de samba, a hipótese que norteia esse projeto é a de que os carnavalescos, profissionais legitimados por seu capital cultural e simbólico através do diploma, se tornam os responsáveis pela produção de bens culturais nesses espaços sociais e isso constituiria uma violência simbólica estruturante da reconfiguração dessas.