Fernando Santoro
Full Professor at Universidade Federal do Rio de Janeiro, Director of its Instituto de Filosofia e Ciências Sociais and Ancien Directeur de Programme at College International de Philosophie. Experience in Philosophy, acting on the following subjects: Aristotle, Plato, Pre-Socratics on poetics and cosmology. // Professor Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, Ex-Diretor de Programa no Collège International de Philosophie, lidera o Grupo de Pesquisa do Laboratório OUSIA de Estudos em Filosofia Clássica e integra o Labex do CNRS "Transfers". Atua na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Antiga e Estética. Escreve sobre Aristóteles, Platão e Pré-Socráticos em temas relacionados a poética e cosmologia.
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que encara o mundo como uma natureza autônoma e disponível para o pensamento, mas também porque tal perspectiva vem montada sobre novas formas e novos usos da linguagem. Uma das transformações radicais no modo de ser da palavra, que deu origem à maneira de pensar filosófica, é a constituição de nomes como conceitos. Conceitos universais. Conceitos que nós chamamos muitas vezes de abstratos porque não conseguimos referenciá-los a um objeto individual palpável.
A gênese dos nomes como conceitos pode ser acompanhada ao longo de textos que
desempenharam na linguagem o papel de importantes etapas desta transformação. Estas etapas são exemplarmente observadas em certo tipo de nomes: os nomes com que os gregos designavam seus deuses. Aristóteles chamou os que primeiro se espantaram com o mundo de theólogoi, “os que falam de deuses” em seguida, oriundos do mesmo espanto, o filósofo apresentou os physiólogoi, “os que falam da natureza”.
viradas interpretativas com relação aos
pensadores pré-socráticos, entre os quais
Parmênides de Eleia. Investigo como os
conteúdos cosmológicos contidos nos
fragmentos do Poema podem ser integrados ao
programa parmenídeo de conhecimento da
verdade pelo pensamento. Neste caminho
vislumbram-se descobertas científicas relativas
à Lua, a Vênus e outras. Proponho ainda que
uma antiga forma de integrar o conhecimento de
conteúdos astronômicos ao conhecimento de
conteúdos relativos à geração e ao sexo, que
compõem os assuntos físicos do Poema, dá-se
na forma de uma interpretação erótica do
mundo, regido por Eros e por Afrodite.
with many interpretive turns towards the pre-
Socratic thinkers, among them Parmenides of
Elea. I investigate how the cosmological
contents contained in the fragments of the Poem
can be integrated into the Parmenidean program
of knowledge of the truth, achieved by thought.
In this way, scientific discoveries concerning
the Moon, Venus and others are glimpsed. I also
propose that an old way of integrating the
knowledge of astronomical contents to the
knowledge of contents related to generation and
sex, which compose the physical subjects of the
Poem, takes the form of an Erotic interpretation
of the world, ruled by Eros and Aphrodite.
que encara o mundo como uma natureza autônoma e disponível para o pensamento, mas também porque tal perspectiva vem montada sobre novas formas e novos usos da linguagem. Uma das transformações radicais no modo de ser da palavra, que deu origem à maneira de pensar filosófica, é a constituição de nomes como conceitos. Conceitos universais. Conceitos que nós chamamos muitas vezes de abstratos porque não conseguimos referenciá-los a um objeto individual palpável.
A gênese dos nomes como conceitos pode ser acompanhada ao longo de textos que
desempenharam na linguagem o papel de importantes etapas desta transformação. Estas etapas são exemplarmente observadas em certo tipo de nomes: os nomes com que os gregos designavam seus deuses. Aristóteles chamou os que primeiro se espantaram com o mundo de theólogoi, “os que falam de deuses” em seguida, oriundos do mesmo espanto, o filósofo apresentou os physiólogoi, “os que falam da natureza”.
viradas interpretativas com relação aos
pensadores pré-socráticos, entre os quais
Parmênides de Eleia. Investigo como os
conteúdos cosmológicos contidos nos
fragmentos do Poema podem ser integrados ao
programa parmenídeo de conhecimento da
verdade pelo pensamento. Neste caminho
vislumbram-se descobertas científicas relativas
à Lua, a Vênus e outras. Proponho ainda que
uma antiga forma de integrar o conhecimento de
conteúdos astronômicos ao conhecimento de
conteúdos relativos à geração e ao sexo, que
compõem os assuntos físicos do Poema, dá-se
na forma de uma interpretação erótica do
mundo, regido por Eros e por Afrodite.
with many interpretive turns towards the pre-
Socratic thinkers, among them Parmenides of
Elea. I investigate how the cosmological
contents contained in the fragments of the Poem
can be integrated into the Parmenidean program
of knowledge of the truth, achieved by thought.
In this way, scientific discoveries concerning
the Moon, Venus and others are glimpsed. I also
propose that an old way of integrating the
knowledge of astronomical contents to the
knowledge of contents related to generation and
sex, which compose the physical subjects of the
Poem, takes the form of an Erotic interpretation
of the world, ruled by Eros and Aphrodite.
da filosofia dos pré-socráticos em geral, é inseparável do estudo
de sua transmissão e recepção pelos filósofos que os seguiram.
Sob tal perspectiva, examino um testemunho particularmente
controverso dos textos escritos pelo comediógrafo Epicarmo.
Como se sabe, ele é um dos mais antigos pensadores associados
aos círculos pitagóricos. Este testemunho refere-se a uma longa
passagem sobre Platão, que começa no nono capítulo, Livro
III, das Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres de Diógenes
Laércio. Este testemunho interessa porque traz explicitamente
à tona uma situação de imitação, já que o texto é apresentado
como prova em um caso de plágio. Especificamente, o caso de
plágio está dentro do contexto de uma controvérsia envolvendo
a fundação de um gênero que apresenta grande importância para
o desenvolvimento do discurso filosófico - o diálogo socrático.
A passagem referida é importante para a história da filosofia,
uma vez que ajuda a reconstituir as diretrizes de Platão e do
pensamento da Academia. A acusação de plágio de alguma
forma evoca as discussões sobre o que Harold Cherniss chamou
de “O enigma da Primeira Academia” em seu livro homônimo
(1945). Outra preocupação deste artigo diz respeito aos critérios
de avaliação de autenticidade na recepção filológica de Epicarmo,
que aparece nas edições críticas de suas obras.
court of John Maurice of Nassau. Upon his return to Europe, he takes on the task of writing a descriptive treatise of these Western Indies. For this purpose, he makes use of the mental framework bequeathed by his education, setting up therefore the treatise On Airs, Waters and Places about Brazil. In the same manner and by the same means found in the homonymous treatise of the Corpus Hippocraticum, and fortified
by the authority of Latin (and Galenic) tradition, Piso undertakes an analysis of the man from this Land and his customs, taking as the axis of the “anthropological” part of his treatise the relation between a conception of nature that is merely an interpretation of the Hippocratic φύσις and the indolent ἦθος, which, by its turn, gave birth to a long-term imaginary lasting until the 21st century.
et au centre de la ville de Rio de Janeiro depuis 2013.
Eleatic Ontology: origin and reception is an encyclopedic collection of articles about the entire history of Eleatic Ontology, gathered from scholars from all over the world. In the interest of this worldwide orientation, and thanks to the current technical conditions in academic publishing, we are trying to avoid centralization, publishing them in many open-access journals around the world. The first publication, Tome 1.1, Sources of Eleatic Ontology, appears in Anais de Filosofia Clássica, which is located at Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ) in Brazil. The next publication, Tome 1.5, Eleatic Ontology: reception in Aristotle, will be in Poland under the care of Peitho. Examina Antiqua, the important Polish journal of Classics situated in Poznan. With this move, we expect that all journals that publish Tomes of this collection can work in partnership and promote contacts and improvements in the best interest of philosophy, philosophers and all those who like to practice this indispensable discipline of thought. We would like to thank and salute Dr. Fernando Santoro, editor of Anais de Filosofia Clássica, and Dr. Mikolaj Domaradzski, editor-in-chief of Peitho. Examina Antiqua for their pioneering roles in this challenging endeavour toward the future.
O presente número conta ainda com quatro artigos em sua sessão aberta. Um artigo sobre Heráclito, intitulado: Uma interpretação anacrônica do cyceon de Heráclito a partir de Spinoza e Nietzsche de Danilo Bilate, e três artigos sobre Aristóteles: L’assenza di sinomia tra μεταβολή, κίνησις e γένεσις nella dottrina aristotélica del divenire de Giampaolo Abbate, “Prudência e filosofia prática em Aristóteles” de Francisco de Morais e “A interpretação evolutiva de Werner Jaeger da Metafísica de Aristóteles: uma análise crítica” de Guilherme Cecílio.
Editora responsável pelo número: Carolina Moreira Torres
et les couleurs de Maïdan, de Tahrir, de la Candelária.
Este volume, números 11 e 12 de 2012, é uma homenagem ao filólogo e filósofo Jean Bollack, mestre da Escola Filológica de Lille, cujos rigor, lucidez e inventividade interpretativa determinaram uma revolução no estudo da filosofia pré-socrática; notadamente da obra de Empédocles.
Publicamos textos sobre Empédocles, apresentados no seminário Empédocles e o Teatro, realizado na École Normale Supérieure de Paris, em 2011 no âmbito do acordo de cooperação científica Capes/Cofecub : "As Origens da Linguagem Filosófica : estratégias retóricas e poéticas da sabedoria antiga" e outros textos sobre o tema submetidos à revista.