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O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania... more
O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania propicia uma necessária mudança de olhar sobre os excessos do cotidiano, habitualmente desprezados por nossa sociedade de consumo. Sendo assim, Efigênia conquista o espaço museológico e o público da Bienal Internacional de Curitiba no Museu Oscar Niemeyer, com sua atuação performática e suas obras construídas do ínfimo, causando estranheza pela estética não convencional e recheando de vida e beleza o que comumente é considerado feio e sem valor.
O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania... more
O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania propicia uma necessária mudança de olhar sobre os excessos do cotidiano, habitualmente desprezados por nossa sociedade de consumo. Sendo assim, Efigênia conquista o espaço museológico e o público da Bienal Internacional de Curitiba no Museu Oscar Niemeyer, com sua atuação performática e suas obras construídas do ínfimo, causando estranheza pela estética não convencional e recheando de vida e beleza o que comumente é considerado feio e sem valor.
Raul Cruz (1957-1993) foi um influente artista que atuou em Curitiba, nas linguagens visuais e cênicas, em meio ao contexto de transformações socioculturais do período de redemocratização brasileira, na década de 1980. Com temperamento... more
Raul Cruz (1957-1993) foi um influente artista que atuou em Curitiba, nas linguagens visuais e cênicas, em meio ao contexto de transformações socioculturais do período de redemocratização brasileira, na década de 1980. Com temperamento alegre, postura inquieta e engajada nas questões humanas/sociais, Raul era aberto sobre sua orientação homossexual e, posteriormente, sua soropositividade, a qual causaria sua morte. Sua expressiva produção ainda é pouco estudada pela historiografia da arte, sobretudo no que tange às pinturas de retrato, as quais demonstram condensar o que seria a principal característica da poética de Cruz: os dramas humanos, representados por meio de personagens com históricos obscuros. Assim, este estudo tem o propósito de elaborar uma abordagem a respeito dessa produção retratística, tomando como questão central: o que estaria por trás desses quadros produzidos por Raul Cruz, aqui nomeados de retratos infames? À vista disso, objetiva-se: conduzir uma observação da trajetória de experimentações percorrida por Raul Cruz para chegar à sua peculiar forma representacional de figuras humanas; elaborar um exame da maneira retratística desenvolvida por ele, bem como delinear análises aprofundadas sobre o que se pode perceber na produção de retratos do artista; investigar os principais objetos deste estudo – suas versões pictóricas dos controversos personagens, Pierre Rivière e Maria Bueno, ambos envoltos em intrincadas narrativas atreladas a mortes criminosas com motivações passionais. Com este intuito, além dos referidos retratos, outras obras produzidas por Raul Cruz são analisadas, com amparo em declarações, textos críticos e publicações em diversos tipos de documentos. Para tanto, adotam-se duas chaves de leituras teórico-metodológicas conjugadas pela postura humanizada dos autores. De uma parte, ampara-se em teorias ligadas à antropologia da imagem, elaboradas por Hans Belting, e associadas à proposta de abordagem sobre pinturas pela via psicológica engendrada por Richard Wollheim. De outra parte, adota-se o termo “infame” a partir da conceituação desenvolvida por Michel Foucault, somada à produção deste autor a respeito de indivíduos fora da normatividade estabelecida. Sobretudo no dossiê esmiuçando o caso Pierre Rivière organizado pelo filósofo francês, que teria inspirado Raul Cruz. Então, discorre-se quanto aos possíveis desdobramentos interpretativos desses quadros inseridos na conjuntura da década de 1980, e pondera-se quanto à sensível potência provocativa dessas pinturas, capazes de despertar olhares empáticos para com os personagens infames retratados.
O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania... more
O que diferencia as esmeraldas do lixo? Diante do brilho espelhado de um papel de bala, Efigênia Rolim (1931) percebeu a oportunidade de transformar algo desprezado em um objetivo de vida. Essa ressignificação do lixo em sua epifania propicia uma necessária mudança de olhar sobre os excessos do cotidiano, habitualmente desprezados por nossa sociedade de consumo. Sendo assim, Efigênia conquista o espaço museológico e o público da Bienal Internacional de Curitiba no Museu Oscar Niemeyer, com sua atuação performática e suas obras construídas do ínfimo, causando estranheza pela estética não convencional e recheando de vida e beleza o que comumente é considerado feio e sem valor.