PT106468A - Processo de produção de painéis laminados - Google Patents
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Abstract
DIVULGA-SE UM PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PAINÉIS LAMINADOS, COMPREENDENDO O PROCESSO: A) DISPOR UMA REDE (7) SOBRE UMA CAMADA (2) DE BASE; B) PREENCHER INTEGRALMENTE O ESPAÇO (9) VAZIO DEFINIDO POR CADA MALHA (8) DA REDE (7) COM UMA RESPECTIVA CAMADA (1) ESTRUTURAL; C) DISPOR UMA CAMADA (3) DE TOPO SOBRE O CONJUNTO FORMADO NO PASSO ANTERIOR; D) SEPARAR AS MALHAS (8) DA REDE (7) POR CORTE DA MARGEM (11) COMUM ENTRE MALHAS (8) ADJACENTES. O CORTE PARA SEPARAÇÃO DAS MALHAS (8) PODE SER EFECTUADO POR GUILHOTINAGEM DE MODO A OBTER TANTOS PAINÉIS QUANTAS AS MALHAS (8) DA REDE (7) APENAS COM UM MOVIMENTO DE CORTE. O PRESENTE PAINEL APLICA-SE, PARTICULARMENTE, A PAVIMENTOS, PAREDES E TECTOS.
Description
DESCRIÇÃO "PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PAINÉIS LAMINADOS"
CAMPO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um processo de fabrico de painéis laminados, em particular de painéis impermeáveis. Os painéis resultantes aplicam-se, nomeadamente, à construção de pavimentos, paredes e tectos falsos.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO É bem conhecida a utilização de materiais celulósicos e de cortiça em pavimentos, paredes e tectos falsos. Estes materiais proporcionam elevados niveis de conforto aos seus utilizadores, sendo que a combinação entre si e com outros materiais permite ainda acrescentar uma maior versatilidade a estes produtos, nomeadamente, no que se refere aos aspectos estéticos e a outros como, por exemplo, resistência a cargas e ao desgaste.
No caso particular dos pavimentos, é conhecida a permeabilidade dos referidos materiais a líquidos, nomeadamente a água, pelo que não têm encontrado aplicação fiável em locais sujeitos a elevados níveis de humidade e/ou contacto frequente com água e soluções aquosas, tal como em cozinhas, casas de banho, saunas, instalações circundantes de piscinas e semelhantes. Efectivamente, dada a natureza das actividades que ocorrem nestes locais, para além das atmosferas intrinsecamente 1 húmidas, são necessárias acções frequentes de lavagem, as quais se mostram incompatíveis com a utilização de materiais de cortiça e/ou madeira, que, como se referiu, não apresentam uma adequada resistência a meios húmidos. A técnica tem desenvolvido produtos à base de madeira e cortiça que apresentam uma combinação de materiais com vista a ultrapassar este problema, nomeadamente, através de produtos em "sanduíche", nos quais as camadas de cortiça e/ou madeira são revestidas com camadas de materiais impermeáveis. No entanto, estas soluções não se têm mostrado suficientemente fiáveis, devido, principalmente, à infiltração dos líquidos nas zonas de união entre painéis ou nas zonas de ligação às paredes do local, as quais constituem os pontos fracos do ponto de vista da impermeabilização total de um pavimento.
Estas deficiências ou dificuldades na impermeabilização total dos pavimentos à base de cortiça e/ou madeira proporcionam, no decurso da normal utilização de tais espaços húmidos, zonas mais ou menos localizadas de degradação do pavimento, bem como de concentração de microrganismos, com as respectivas consequências com impacto prejudicial na salubridade dos espaços e nos aspectos estéticos ou mesmo estruturais.
Por estes motivos, até ao presente, não tem sido possível dotar os referidos espaços húmidos, nomeadamente cozinhas e casas de banho, de pavimentos de materiais à base de cortiça e/ou madeira para, desse modo, beneficiar das suas vantagens em termos estéticos, de conforto e isolamento térmico e acústico. A patente Europeia EP 1634696 BI divulga um elemento de pavimento de várias camadas, compreendendo uma camada de núcleo 2 e uma camada de revestimento, que está disposta acima da camada de núcleo. A camada de núcleo contém um material de madeira resistente à pressão e a camada de revestimento contém policloreto de vinilo com estrutura heterogénea que compreende um núcleo de espuma e está disposto entre duas ou mais folhas. Abaixo da camada de núcleo está disposta uma camada de cortiça que apresenta uma espessura entre 1,0 e 3,0 mm. A patente Europeia EP 528194 BI refere-se a um processo para a produção de pavimentos a partir de copolimeros de etileno-acetato de vinilo e de materiais de enchimento com uma cobertura transparente sem policloreto de vinilo (PVC). O copolimero de etileno linear de baixa densidade e/ou muito baixa densidade, contendo até 2% em peso de auxiliares de processamento convencionais, é derretido e desenrolado sobre uma calandra para se obter uma folha. Essa folha é depois duplicada ou triplicada com as folhas de pavimento sem PVC com base no copolimero de etileno-acetato de vinilo e, de um modo opcional, proporcionada com um suporte de base de um pano, tecido ou não-tecido, ou cortiça. O pedido de patente Japonesa JP 9151596 A divulga um pavimento laminado compreendendo uma camada de resina de cloreto de vinilo e pó de madeira, um adesivo, uma camada de cortiça e uma camada de superfície transparente. A camada de cortiça é formada por cortiça natural ou cortiça comprimida e possui uma espessura de 0,3-3 mm. O pedido de patente Alemão DE 102007008062 divulga um processo de produção de ladrilhos, para pavimento, com impressão digital em cortiça. Este pedido reivindica ainda o ladrilho, fabricado pelo referido processo, compreendendo: uma camada de 3 isolamento, uma camada de HDF, cortiça de elevada densidade (espessura de 2 a 5 mm) , uma tinta de base acrílica, uma camada de verniz de cura por UV e duas a quatro camadas de vedante.
Os documentos anteriores divulgam elementos para pavimentos compreendendo combinações laminadas de material de cortiça, madeira e termoplásticos. Contudo estes pavimentos não resolvem os problemas relacionados com a infiltração de líquidos anteriormente mencionados e, por conseguinte, não são passíveis de serem aplicados de modo fiável em espaços húmidos e/ou sujeitos a operações de lavagem frequentes.
Com vista a impermeabilizar um painel laminado, é possível impermeabilizar um painel possuindo uma camada estrutural de material à base de cortiça disposta entre duas camadas de material (polimérico) impermeável a líquidos. Para esse efeito é necessário impermeabilizar o perfil transversal em toda a periferia do referido painel de modo a garantir uma estanquidade fiável em toda a estrutura do painel.
No entanto, colocam-se dois problemas associados à disposição de uma camada de revestimento vedante no perfil transversal, em toda a periferia, do painel: 1. por um lado, dada a natureza do material de cortiça ou de madeira, o perfil de uma camada estrutural constituída por qualquer destes materiais apresenta uma superfície bastante rugosa e até descontínua. Esta superfície do perfil proporciona uma área de fraca aderência para uma camada de revestimento vedante, promovendo a existência de pontos de descontinuidade 4 de aderência, nos quais a estanquidade fica localmente comprometida; 2. além disso, uma vez que uma colocação da camada de revestimento vedante directamente no perfil transversal do painel cria uma sobre-espessura de material de revestimento que se materializa em linhas de união entre painéis aquando da montagem do pavimento, constata-se que estas linhas ficam visíveis por contraste com um padrão eventualmente utilizado na superfície visível dos painéis ou por contraste com a cor visível dos painéis, caso esta seja diferente da cor da camada de revestimento vedante. Esta situação é altamente limitativa e indesejável, principalmente quando se pretende dotar o pavimento de um padrão estético que exclua a visibilidade das linhas de união dos painéis que o constituem.
De acordo com o exposto, existe a necessidade de um processo de produção de painéis laminados que ultrapasse todos os problemas mencionados anteriormente, proporcionando painéis laminados que, de um modo preferido, compreendam uma camada estrutural de material de base celulósica e/ou de cortiça e sejam totalmente impermeabilizados para proporcionarem a formação de pavimentos impermeáveis em espaços húmidos, possibilitando a combinação das exigentes acções de utilização e manutenção/limpeza desses espaços com as características excepcionais dos pavimentos de madeira e/ou cortiça. 5
SUMARIO DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um processo de produção de painéis laminados, compreendendo os passos de: a) dispor uma rede (7) sobre uma camada (2) de base; possuindo a rede (7) uma determinada espessura (E) e sendo a rede (7) formada por, pelo menos, uma malha (8); cada uma das, pelo menos uma, malhas (8) define um espaço (9) vazio e um bordo (10) circundante; e as malhas (8) são adjacentes e estão ligadas por uma margem (11) comum que define uma pluralidade de linhas (L) de corte; b) preencher integralmente o espaço (9) vazio definido por cada uma das, pelo menos uma, referidas malhas (8) com uma respectiva camada (1) estrutural; c) dispor uma camada (3) de topo sobre o conjunto formado no passo b); d) unir as camadas (1, 2, 3) com a rede (7) de modo inseparável, em que a espessura da camada (1) estrutural de material à base de cortiça é igual ou inferior à espessura (E) da rede (7).
Numa forma de realização preferida, o processo compreende ainda um passo e) de separação das malhas (8) da rede (7) por corte numa das linhas (L) de corte da margem (11) comum entre 6 malhas (8) adjacentes, formando tantos painéis quantas as malhas (8) da rede (7),
De um modo preferido, a referida rede (7) é constituída por um material seleccionado do grupo compreendendo material polimérico, metálico, celulósico, cortiça e suas combinações, de um modo mais preferido por material polimérico.
Num aspecto da invenção, a rede (7) possui uma espessura (E) compreendida no intervalo de 1 a 5 mm.
Num outro aspecto da invenção, a camada (1) estrutural a utilizar no passo b) é um compósito de cortiça e PVC ou a camada (1) estrutural é constituída por material de cortiça e madeira.
Ainda num outro aspecto, as camadas de base (2) e de topo (3) são feitas de PVC, possuindo, cada, uma espessura compreendida no intervalo de 0,4 a 2 mm.
Numa forma de realização preferida, o processo da invenção compreende ainda, entre os referidos passos c) e d) , um passo adicional de disposição de uma película (5) impressa sobre a camada (3) de topo seguido de disposição de uma camada (6) de desgaste transparente sobre a película (5) impressa.
De um modo preferido, o passo d) de união é efectuado por colagem ou termo-fusão e o corte do passo d) é efectuado por guilhotinagem na linha (M) média da margem (11) comum de malhas (8) adjacentes. 7
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A seguir procede-se à descrição da invenção fazendo referência aos desenhos anexos, em que: A Fig. 1 é uma vista esquemática mostrando o perfil transversal de um painel laminado constituído por três camadas e omitindo a camada de revestimento de perfil. A Fig. 2 é uma vista esquemática em perspectiva do painel da Fig. 1 com o seu perfil transversal revestido com uma camada de revestimento. A Fig. 3 é uma vista esquemática em perspectiva de um painel laminado constituído por cinco camadas e omitindo a camada de revestimento de perfil. A Fig. 4 é uma vista esquemática em planta de um pavimento construído a partir de painéis laminados, mostrando as zonas de união entre painéis. A Fig. 5 é uma vista esquemática em perspectiva de uma rede exemplificativa, utilizada no processo de produção de painéis da invenção. A Fig. 6 é uma vista esquemática em perspectiva de apenas uma malha da rede ilustrada na Fig. 5. A Fig. 7 é uma vista esquemática em perspectiva de uma rede de duas malhas. 8 A Fig. 8 é uma vista esquemática explodida que ilustra a sequência de passos a) , b) e c) do processo da presente invenção.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO A presente invenção refere-se a um processo de produção de painéis laminados que possuam, de um modo preferido, uma camada estrutural de material de base celulósica e/ou de cortiça para formação de um pavimento, parede ou tecto falso. 0 presente processo é particularmente adequado para a produção de painéis impermeáveis.
No contexto da presente invenção, a expressão "material de cortiça" ou simplesmente "cortiça" refere-se a cortiça natural, cortiça natural colmatada, cortiça aglomerada, cortiça micro-aglomerada ou semelhantes e suas combinações. A expressão "cortiça aglomerada" refere-se, de acordo com a norma ISO 2190, a material de cortiça que compreende, pelo menos, 51% (em peso) de granulado de cortiça com uma granulometria minima de 0,5 mm e um teor em água igual ou inferior a 8%, sendo que a expressão "cortiça micro-aglomerada" se refere a cortiça aglomerada, mas cujos grãos de cortiça possuem uma granulometria de 0,1 - 2 mm. A expressão "material celulósico" ou "material de base celulósica" refere-se à madeira e aos produtos derivados da madeira, tais como os aglomerados de madeira, contraplacados, compósitos de madeira e polímero e termolaminados, em que: 9 • os aglomerados de madeira são produzidos a partir de partículas de madeira de pequenas dimensões impregnadas com resinas de ureia-formaldeído e aglomeradas por prensagem a quente. Um caso particular é o denominado aglomerado de fibras de densidade média, também conhecido por MDF (Médium Density Fiberboard); • os aglomerados de fibras de alta densidade, também designados por HDF (High Density Fiberboard), são obtidos a partir de fibras húmidas compactadas sob a acção de níveis elevados de pressão e temperatura, sendo a união favorecida pela resina de origem natural que se encontra nas fibras; • os contraplacados são formados por um número ímpar de finas folhas de madeira, coladas entre si com resina de ureia-formaldeído e dispostas de forma que a direcção das fibras numa folha seja perpendicular à adjacente, sendo posteriormente aplicada à composição calor e pressão durante um determinado período de tempo; • os compósitos de Fibras de Madeira com Termoplásticos, também conhecidos pela designação WPC ("Wood Plastic Composites") combinam a celulose, proveniente da madeira, com termoplásticos como sejam o polipropileno (PP), o poliestireno (PS) ou o policloreto de vinilo (PVC) e 10 • os termolaminados são formados por várias camadas de papel kraft impregnado com resinas sintéticas termo-endurecíveis, ligadas entre si por acção do calor e da pressão. A expressão "material polimérico" refere-se a material que, de acordo com as suas caracteristicas mecânicas, pode ser dividido em termoplásticos, termoendureciveis e elastómeros. Os termoplásticos incluem os conhecidos plásticos, muito disponíveis no mercado, que podem ser fundidos várias vezes e, nalguns casos, podem até dissolver-se em vários solventes, sendo, por isso, materiais recicláveis. Os termoendureciveis são rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura, embora o aquecimento do polímero termoendurecível acabado promova a decomposição do material antes da sua fusão, tornando a sua reciclagem complicada. No que se refere aos elastómeros, estes materiais apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termoendureciveis e não sendo passíveis de serem fundidos, situação que reduz as possibilidades de reciclagem. A expressão "material metálico" ou somente "metálico" refere-se a material selecionado do grupo compreendendo ferro, alumínio, cobre, chumbo, zinco, estanho, níquel, magnésio, crómio, tungsténio, titânio e suas ligas. 0 termo "tecido" refere-se a tecidos naturais, de origem animal (lã e seda), mineral (amianto), ou vegetal (algodão, juta, cânhamo, linho e sisal), e ainda os tecidos sintéticos produzidos pelo homem a partir de matérias-primas da indústria petroquímica, como o poliéster, a poliamida, o acrílico, o 11 polipropileno e o poliuretano elastomérico (Elastano), além das aramidas (Kevlar e Nomex).
Por termo-fusão entende-se um processo em que camadas de material a unir são previamente sujeitas a aquecimento até uma temperatura próxima do seu ponto de fusão e, posteriormente, submetidas à acção de uma força de compressão e assim mantidas até arrefecerem, criando uma ligação permanente. Este método é particularmente adequado para ligação de materiais poliméricos.
Note-se que independentemente da apresentação explicita da expressão quantitativa "cerca de X", qualquer valor X apresentado no decurso da presente descrição deve ser interpretado como um valor aproximado do valor X real, uma vez que tal aproximação ao valor real seria razoavelmente esperada pelo especialista na técnica devido a condições experimentais e/ou de medição que introduzem desvios ao valor real. Todos os valores mencionados na presente descrição devem ser interpretados como valores aproximados, por exemplo a referência a "2,0" significa "cerca de 2,0".
Salvo indicação em contrário, os intervalos de valores apresentados na presente descrição destinam-se a proporcionar um modo simplificado e tecnicamente aceite para indicar cada valor individual dentro do respectivo intervalo. A titulo de exemplo, a expressão "1 a 2" ou "entre 1 e 2" significa qualquer valor dentro deste intervalo, por exemplo 1,0; 1,1; 1,2; 1,3; 1,4; 1,5; 1,6; 1,7; 1,8; 1,9; 2,0.
No contexto da presente descrição, o termo "compreendendo" deve ser entendido como "incluindo, entre outros". Como tal, o 12 referido termo nao deve ser interpretado como "consistindo apenas de". A utilização da expressão "e/ou" na presente descrição pretende significar que ambas as condições se verificam ou se verifica apenas uma delas. Por exemplo, a expressão "material de madeira e/ou cortiça", significa "material de madeira e cortiça ou material de madeira ou material de cortiça".
Fazendo referência às Fig. 1 a 8, procede-se de seguida à descrição detalhada do processo da presente invenção. 0 processo de produção dos painéis laminados da invenção compreende a combinação de várias camadas de materiais de modo a proporcionar uma configuração de painel laminado. As referidas camadas são organizadas numa estrutura (ver a Fig. 5) do tipo rede (7) que pode ser posteriormente submetida a uma acção de corte com vista a proporcionar os painéis individualizados.
Com referência às Fig . 5 a 8, a referida rede (7) compreende, pelo menos, uma malha (8) , em que a malha (8) é definida por um espaço (9) vazio delimitado por bordos (10) circundantes, tal como ilustrado nas Fig. 6 e 7.
No caso de a rede (7) compreender duas ou mais malhas (8), estas ficam dispostas adjacentes umas em relação às outras, tal como ilustrado nas Fig. 5 e 7.
De um modo alternativo, as malhas (8) da rede (7) em vez de serem totalmente abertas, podem ser fechadas no fundo. Esta camada de fundo integrada nas malhas (8) da rede corresponde e desempenha as funções de uma camada (2) de base. 13
Em função das aplicações pretendidas para os painéis resultantes do processo da invenção, a rede (7) poderá ser constituída por qualquer material funcionalmente adequado.
De um modo preferido, o material da rede (7) é seleccionado do grupo compreendendo material polimérico, metálico, celulósico, cortiça e suas combinações.
De um modo muito preferido, a rede (7) é constituída por material polimérico, em particular por policloreto de vinilo. A forma e dimensões da malha (8) correspondem à forma e dimensões finais do painel a obter, pelo que uma rede (7) possuindo N malhas (8) poderá dar origem a N painéis individuais (ver a Fig. 8) .
Os referidos bordos (10) circundantes da malha (8) estabelecem uma zona de corte na qual se pode realizar uma acção de corte das malhas (8), proporcionando, assim, os referidos painéis laminados individuais.
Deste modo, tomando como exemplo uma rede (7) com duas malhas (8) quadradas, tal como ilustrado na Fig. 7, deve notar-se que esta permitirá obter dois painéis distintos. Cada painel possui as dimensões definidas pela largura (B) dos bordos circundantes de cada malha (8) mais a largura (V) do seu espaço (9) vazio (Fig. 6). Ainda com referência à Fig. 7, é de notar que a espessura (E) da rede (Ί] ) corresponde à espessura de uma camada (1) estrutural do painel a obter. No entanto, essa 14 espessura (E) pode superior à espessura da camada (1) estrutural, prevendo a possibilidade de, por exemplo, incluir um enchimento de espuma, tecido ou outros. Naturalmente que podem ser construídas estruturas de rede com qualquer número de malhas (8), tal como ilustrado pela Fig. 5.
Como se pode ver na Fig. 7, existe uma margem (11) de união comum às duas malhas (8). Esta margem (11) de união possui, pelo menos, o dobro da largura do restante bordo (10) circundante de cada malha (8), pelo que define uma pluralidade de linhas (L) de separação ou corte das respectivas malhas (8).
Como se entenderá, no caso da Fig. 7, após corte e correspondente separação em duas malhas (8), estas dão origem a igual número de painéis. Posteriormente, os painéis daqui resultantes podem ser combinados de modo a formarem, por exemplo, um pavimento (Fig. 4) . Naturalmente que o passo de corte pode ser excluído, dependendo da aplicação que se pretenda para o painel resultante.
Com referência à Fig. 7, uma margem (11) comum possui uma linha (M) média que divide a sua largura em duas partes iguais, pelo que a referida linha (M) média da margem (11) comum é, de um modo preferido mas não exclusivo, um caso particular de uma linha (L) de separação ou corte das malhas (8). Note-se que qualquer outra linha (L) de corte (que não a linha (M) média) definida na margem (11) comum das malhas (8) a separar pode ser utilizada para proceder ao corte e respectiva separação das malhas (8), embora se admita que, do ponto de vista operacional, a linha (M) média seja a mais importante. 15
Como se compreenderá, uma rede (7) poderá compreender tantas malhas (8), adjacentes umas às outras, quantos os painéis individuais a obter. 0 processo de corte das margens (11) comuns pode ser escolhido de entre os processos conhecidos no estado da técnica. Referem-se, a titulo exemplificativo e não limitativo, os cortes por guilhotinagem e por laser como métodos admissíveis.
Idealmente, o corte das margens (11) comuns deve ser feito, de um modo preferido, apenas com recurso a uma única operação de corte, por exemplo, por guilhotinagem, de modo a que apenas um movimento de corte possa produzir tantos painéis individuais quantas as malhas (8) da respectiva rede (7).
De acordo com o exposto e fazendo referência às Fig. 5 a 8, o processo de produção de painéis laminados da invenção compreende os passos de: a) dispor uma rede (7) sobre uma camada (2) de base, possuindo a rede (7) uma determinada espessura (E) e sendo a rede (7) formada por, pelo menos, uma malha (8) . A malha (8) define um espaço (9) vazio e um bordo (10) circundante e, no caso de redes com duas ou mais malhas (8), estas são adjacentes e estão ligadas por uma margem (11) comum que define uma pluralidade de linhas (L) de corte; b) preencher integralmente o espaço (9) vazio definido por cada uma das referidas malhas (8) com uma respectiva camada (1) estrutural; 16 c) dispor uma camada (3) de topo sobre o conjunto formado no passo b); d) unir as camadas estrutural (1), de base (2) e de topo (3) com rede (7) de modo inseparável, em que a espessura da camada (1) estrutural é igual ou inferior à espessura (E) da rede (7).
Numa forma de realização preferida, o processo da invenção compreende ainda um passo e) de separação das malhas (8) da rede (7) por corte numa das linhas (L) de corte da margem (11) comum entre malhas (8) adjacentes, de um modo preferido por corte na linha (M) média, formando deste modo tantos painéis quantas as malhas (8) da rede (7).
Além disso, o processo de acordo com a presente invenção pode compreender ainda, entre os passos c) e d) anteriormente mencionados, um passo adicional de disposição de uma película (5) impressa sobre a camada (3) de topo seguido de disposição de uma camada (6) de desgaste transparente sobre a referida película (5) impressa.
Em alternativa, o processo poderá compreender apenas a disposição de uma das referidas camadas (5, 6). Deste modo, é possível criar padrões com vista ao enriquecimento estético do pavimento, bem como proteger melhor o pavimento do desgaste provocado pela utilização. A rede (7) pode ser constituída por um material seleccionado do grupo compreendendo material polimérico, metálico, celulósico, cortiça e suas combinações. 17
Numa forma de realização preferida, o material da referida rede (7) é seleccionado do grupo compreendendo policloreto de vinilo, polietileno, polipropileno, poliestireno, polietileno tereftalato, etileno vinil acetato, poliuretano, teflon, borracha, espumas e semelhantes e suas combinações. De um modo preferido, o material polimérico é policloreto de vinilo.
Numa forma de realização, a referida rede (7) possui uma espessura (E) compreendida no intervalo de cerca de 1 a 5 mm, de um modo mais preferido cerca de 2 a 4 mm, de um modo ainda mais preferido cerca de 3 mm.
Numa outra forma de realização, a rede (7) possui uma espessura (E) compreendida no intervalo de cerca de 5 a 15 mm, de um modo mais preferido cerca de 8 a 12 mm, de um modo ainda mais preferido cerca de 10 mm.
Ainda numa outra forma de realização a rede (7) possui uma espessura (E) compreendida no intervalo de cerca de 15 a 30 mm, de um modo mais preferido cerca de 15 a 25 mm, de um modo ainda mais preferido cerca de 20 mm.
As referidas camadas (1, 2, 3, 5, 6) podem ser constituídas por qualquer material funcionalmente adequado, que permita, de um modo preferido, uma união inseparável entre aquelas.
De um modo preferido, a referida camada (1) estrutural é constituída por material de base celulósica e/ou de cortiça.
De um modo mais preferido, a camada (1) estrutural é constituída por material de cortiça e madeira. 18
Significa isto que a referida camada (1) estrutural pode ser constituída por uma ou mais camadas de materiais diferentes unidas entre si para conferirem ao painel as suas características principais. Por exemplo, uma camada (1) estrutural de cortiça e madeira pode compreender uma camada de material de cortiça disposta sobre uma camada de material de madeira, proporcionando esta combinação as principais características estruturais e mecânicas (resistência, isolamento, amortecimento de impactos, etc.) ao painel. Por outro lado, o tipo de relação entre os materiais (exemplificativos) de cortiça e madeira pode ser distinto do mencionado atrás para formar a camada (1) estrutural, tal como, por exemplo, por intermédio de uma relação de ligação do tipo compósita.
Note-se que, em função das propriedades combinadas requeridas para a camada (1) estrutural, esta poderá combinar o material de base celulósica e/ou de cortiça com outro material seleccionado do grupo compreendendo polímeros, fibras naturais, fibras sintéticas e semelhantes e suas combinações.
As camadas de topo (3) e de base (2) podem ser constituídas, de um modo preferido, por material seleccionado do grupo compreendendo material polimérico, metálico, celulósico, cortiça, tecido e suas combinações.
De um modo mais preferido, as camadas de topo (3) e de base (2) são constituídas por material polimérico, de um modo muito preferido por material polimérico seleccionado do grupo compreendendo policloreto de vinilo, polietileno, polipropileno, poliestireno, polietileno tereftalato, etileno vinil acetato, 19 poliuretano, teflon, borracha e semelhantes e suas combinações; de um modo ainda mais preferido por policloreto de vinilo.
Pode utilizar-se qualquer método adequado para liqar as camadas (1, 2, 3, 5, 6) entre si e à rede (7), tal como, por exemplo, colagem ou termo-fusão.
De um modo preferido utiliza-se um método de colagem com recurso a agentes ligantes (ou também denominados aglutinantes). Estes agentes ligantes são bem conhecidos dos especialistas na técnica, pelo que não requerem descrição adicional.
Os referidos agentes ligantes podem ser seleccionados do grupo compreendendo resinas de poliuretano, poliéster, viniléster, epoxídicas, resinas naturais, resinas com origem em biomassa e semelhantes e suas combinações.
Com o presente processo, os inconvenientes anteriormente mencionados são totalmente resolvidos, com a vantagem adicional de se poder dimensionar sem restrições a espessura de uma camada (4) de revestimento do perfil transversal do painel (em que a espessura da referida camada (4) corresponde à largura (B) dos bordos circundantes das malhas), uma vez que essa dimensão fica alojada entre as camadas de topo (3) e de base (2), após o passo c) do presente processo, sem qualquer influência nas dimensões finais do painel e sem ficar visível para o utilizador. Este facto confere uma vantagem muito significativa quando se pretende aplicar, por exemplo, um pavimento impermeável constituído por painéis resultantes do processo da invenção em espaços sujeitos a condições de humidade particularmente severas. 20
Os painéis laminados da presente invenção são particularmente adequados para a formação de pavimentos. Contudo, as suas aplicações poderão variar, sendo igualmente previsível a sua utilização, por exemplo, em paredes e tectos falsos. A descrição aqui apresentada deve ser compreendida como exemplificativa e não limitativa do âmbito da presente invenção, o qual está definido nas reivindicações anexas.
Lisboa, 27 de Julho de 2012 21
Claims (7)
- REIVINDICAÇÕES 1. Processo de produção de painéis laminados, caracterizado por compreender os passos de: a) dispor uma rede (7) sobre uma camada (2) de base; possuindo a rede (7) uma determinada espessura (E) e sendo a rede (7) formada por, pelo menos, uma malha (8); cada uma das, pelo menos uma, malhas (8) define um espaço (9) vazio e um bordo (10) circundante; e as malhas (8) são adjacentes e estão ligadas por uma margem (11) comum gue define uma pluralidade de linhas (L) de corte; b) preencher integralmente o espaço (9) vazio definido por cada uma das, pelo menos uma, referidas malhas (8) com uma respectiva camada (1) estrutural; c) dispor uma camada (3) de topo sobre o conjunto formado no passo b); d) unir as camadas estrutural (1), de base (2) e de topo (3) com rede (7) de modo inseparável, em que a espessura da camada (1) estrutural é igual ou inferior à espessura (E) da rede (7).
- 2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender ainda um passo e) de separação das malhas (8) da rede (7) por corte numa das linhas (L) de corte da 1 margem (11) comum entre malhas (8) adjacentes, formando tantos painéis quantas as malhas (8) da rede (7). Processo de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado por a referida rede (7) ser constituída por um material seleccionado do grupo compreendendo material polimérico, metálico, celulósico, cortiça e suas combinações. Processo de acordo com a reivindicação 3, caracterizado por a rede (7) ser de material polimérico. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a rede (7) possuir uma espessura (E) compreendida no intervalo de 1 a 5 mm. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada (1) estrutural ser um compósito de cortiça e polímero. Processo de acordo com a reivindicação 6, caracterizado por o referido polímero ser policloreto de vinilo. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada (1) estrutural ser constituída por material de cortiça e madeira. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada (2) de base e a camada (3) de topo serem de policloreto de vinilo. 2 10. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a camada (2) de base e a camada (3) de topo possuírem, cada uma delas, uma espessura compreendida no intervalo de 0,4 a 2 mm.
- 11. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por compreender ainda, entre os passos c) e d), um passo adicional de disposição de uma película (5) impressa sobre a camada (3) de topo seguido de disposição de uma camada (6) de desgaste transparente sobre a película (5) impressa.
- 12. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o passo d) de união ser efectuado por colagem.
- 13. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, caracterizado por o passo d) de união ser efectuado por termo-fusão.
- 14. Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 13, caracterizado por o corte das malhas (8) da rede (7) ser efectuado por guilhotinagem.
- 15. Processo de acordo com a reivindicação anterior, caracterizado por o referido corte das malhas (8) da rede (7) ser efectuado na linha (M) média da margem (11) comum de malhas (8) adjacentes. Lisboa, 27 de Julho de 2012 3
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Patent Citations (2)
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