Skip to main content
Exonerações ministeriais podem ocorrer por uma série de fatores: conflitos políticos, denúncias de corrupção, mau desempenho, etc. A partir da cobertura da imprensa, do perfil de carreira e filiação partidária, analisamos as razões de... more
Exonerações ministeriais podem ocorrer por uma série de fatores: conflitos políticos, denúncias de corrupção, mau desempenho, etc. A partir da cobertura da imprensa, do perfil de carreira e filiação partidária, analisamos as razões de saída dos ministros de Estado no Brasil entre 1995 e 2014. Para isso agregamos as motivações para saídas ministeriais em sete categorias a fim de comparar os governos do PSDB e do PT. Os dados mostram que a taxa de permanência dos ministros no Brasil é muito baixa,  independentemente do partido no governo. Essa instabilidade é resultado das frequentes  reformas  ministeriais feitas pelos presidentes. O padrão apresentado  em  todos  os  governos  analisados sugere  que  a  instabilidade  ministerial  no  Brasil  deva  ser  analisada  à  luz  das  características  do presidencialismo  de coalizão.
Research Interests:
En la última década el éxito electoral de nuevos actores políticos desafía a distintos analistas acerca de la ruptura y la alternancia de las élites en la región. El presente trabajo, pretende contribuir a los debates sobre los fenómenos... more
En la última década el éxito electoral de nuevos actores políticos desafía a distintos analistas acerca de la ruptura y la alternancia de las élites en la región. El presente trabajo, pretende contribuir a los debates sobre los fenómenos políticos recientes a partir de la operacionalización de la categoría contra-élite. El objetivo es discutir dicho concepto a partir de dos casos claves: la victoria de Evo Morales en Bolivia (2006- ) y la de Rafael Correa (2007- ) en Ecuador. Para eso se plantea la siguiente hipótesis: el éxito de la contra-élite se debe a la doble estrategia de movilizaciones sociales y la competencia político-electoral, lo que configuraría una nueva élite en el poder.
Research Interests:
We compared two countries, Brazil and Argentina, in order to identify similarities and differences in their respective selection and appointment processes for State ministers. This comparison is particularly interesting because, as... more
We compared two countries, Brazil and Argentina, in order to identify similarities and differences in their respective selection and appointment processes for State ministers. This comparison is particularly interesting because, as several authors have shown, unlike Brazil, Argentina has no coalition presidentialism, at least when it comes to ministerial selection. Hence, the comparison could reveal important singularities as to how both presidential regimes form their government team.
Studies on ministerial recruitment have identified the presence of professional politicians as well as technicians within the Brazilian ministerial cabinet. However, career analyses are restricted to technicians, while studies on... more
Studies on ministerial recruitment have identified the presence of professional politicians as well as technicians within the Brazilian ministerial cabinet. However, career analyses are restricted to technicians, while studies on political ministers have largely focused on party recruitment criteria. The objective of this article is twofold: to empirically demonstrate the differences and similarities between the careers of political and non-political ministers “technicians” during PSDB and PT presidential administrations between 1995 and 2014; and to explore the main aspects regarding the professionalization of politician ministers based on their experiences in elective and highranking positions in county and municipal administrations. The results indicate that both politicians and nonpoliticians have extensive professional experience, including administrative experience, although non-politicians have greater affinity with the ministerial area for which they were appointed as do ministers affiliated with the president’s party when compared to politicians of the allied base. Notwithstanding these nuances, no significant differences were found between PSDB and PT administrations regarding the expertise of their ministers.
The article explores the party origins and the nature of the professional careers of State ministers in Brazil during Fernando Henrique Cardoso and Luiz Inácio Lula da Silva’s presidential administrations. The goal was to compare the... more
The article explores the party origins and the nature of the professional careers of State ministers in Brazil during Fernando Henrique Cardoso and Luiz Inácio Lula da Silva’s presidential administrations. The goal was to compare the different political strategies employed by both former presidents when recruiting their collaborators and creating their respective cabinets. The explanatory variables are: career time and number of offices before assuming the ministerial office, occupational sector of origin, and the party affiliation. The results, based on the different profiles of the occupants across all ministries appointed between 1995 and 2010, showed scarce differences in the recruitment patterns for top-tier positions when comparing both presidential administrations. The most disparate data refers to the longer careers of Cardoso's ministers and the greater cabinet partisanship during Lula’s administration, with a significant presence of the Worker’s Party (PT).
Este estudo procura oferecer uma base empírica para estimar a instabilidade dos mandatos dos ministros da área econômica e do presidente do Banco Central do Brasil nas últimas seis décadas por meio da duração de seus mandatos. Com base... more
Este estudo procura oferecer uma base empírica para estimar a instabilidade dos mandatos dos ministros da área econômica e do presidente do Banco Central do Brasil nas últimas seis décadas por meio da duração de seus mandatos. Com base nos dados compilados e discutidos aqui, pode-se estudar, mais adiante, se e como a variação nos tempos de mandatos dos ministros de Estado poderia afetar o processo decisório dos ministérios.
El presente capítulo estudia el reclutamiento ministerial en Brasil durante casi veinte años de presidencialismo: desde el inicio del primer gobierno de Fernando Henrique Cardoso (1995) hasta el fin del primer gobierno de Dilma Rousseff... more
El presente capítulo estudia el reclutamiento ministerial en Brasil durante casi veinte años de presidencialismo: desde el inicio del primer gobierno de Fernando Henrique Cardoso (1995) hasta el fin del primer gobierno de Dilma Rousseff (2014). Nuestro foco de análisis está dado por los efectos que los atributos políticos de los ministros (experiencia en cargos electivos, partidarios y de alta jerarquía en gobiernos estatales y municipales) presentan sobre la tasa de estabilidad de los gabinetes ministeriales entre 1995 y 2014. Para ello, tomamos como variable dependiente el tiempo de permanencia de los ministros al frente de sus respectivas carteras, utilizando como factores explicativos la experiencia política previa — en el Ejecutivo y en el Legislativo — , la práctica en la administración pública y la vida partidaria.
A perícia dos titulares dos postos ministeriais nos regimes democráticos tem sido explorada apenas recentemente pela literatura especializada na área. O objetivo deste trabalho é propor um modelo tipológico baseado no método QCA para um... more
A perícia dos titulares dos postos ministeriais nos regimes democráticos tem sido explorada apenas recentemente pela literatura especializada na área. O objetivo deste trabalho é propor um modelo tipológico baseado no método QCA para um número moderado de casos (61). Estudamos os atributos dos ministros entre os governos Cardoso e Temer (1999 a 2018) para as pastas da área “social” através de duas categorias: 1) expertise na área de ação do ministério, para avaliar as afinidades específicas entre os nomeados e a natureza de seus cargos; e 2) importância relativa dos seus partidos políticos de origem, a partir do tamanho da bancada na Câmara dos Deputados. Nossos achados empíricos indicam que ministros filiados a partidos políticos mais relevantes na Câmara dos Deputados apresentam maiores afinidades com os temas de política de suas pastas, sobretudo as de mais recursos e com mais cargos à disposição. Essas evidências indicam que o conhecimento técnico da equipe de governo depende das estratégias políticas do presidente em definir prioridades na formulação de políticas públicas sem perder apoio político da base aliada.
A equipe econômica do governo: um estudo sobre os ministros da área econômica no Brasil (1965 – 2016)
Em contextos presidencialistas os ministros desempenham um papel chave na formulação de políticas públicas e na garantia de governabilidade. Durante o período de consolidação democrática, nos anos 1990, as configurações ministeriais... more
Em contextos presidencialistas os ministros desempenham um papel chave na formulação de políticas públicas e na garantia de governabilidade. Durante o período de consolidação democrática, nos anos 1990, as configurações ministeriais brasileiras passaram por amplas reformas institucionais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é mapear os perfis dos ministros recrutados durante esse período, especificamente os dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Para tanto, analisaremos informações referentes a: i) sexo; ii) faixa etária; iii) formação acadêmica; iv) ocupação profissional; v) setor de origem profissional (público, privado, político ou militar); vi) filiação partidária. Ao compararmos esses mandatos, a nossa hipótese é de que tenha ocorrido uma mudança no perfil e no padrão de recrutamento dos ocupantes dos cargos ministeriais, não obstante o chefe do poder executivo tenha sido o mesmo nos períodos analisados. Acreditamos que os perfis ministeriais podem indicar, em boa medida, as estratégias utilizadas na implementação da agenda presidencial e as relações entre sociedade civil e Estado, pois é justamente através de nomeações que o presidente controla e influencia políticas públicas conforme o seu interesse. Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla sobre ministros no Brasil e na América Latina desenvolvida no âmbito do Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil. Os dados utilizados neste trabalho foram coletados no sítio institucional do Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro – DHBB do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas – CPDOC/FGV em colaboração com os pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Sociologia Política Brasileira da Universidade Federal do Paraná-NUSP/ UFPR.
Research Interests:
O objetivo do trabalho é traçar e distinguir os diferentes perfis sócio-profissionais dos ocupantes das pastas ministeriais do governo federal entre os anos 1995 e 2010, período marcado por eleições regulares e relativa estabilidade... more
O objetivo do trabalho é traçar e distinguir os diferentes perfis sócio-profissionais dos ocupantes das pastas ministeriais do governo federal entre os anos 1995 e 2010, período marcado por eleições regulares e relativa estabilidade democrática, durante os mandatos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, e Luís Inácio Lula da Silva, do PT. Para tanto, analisamos
informações referentes a: i) sexo dos ocupantes; ii) faixa etária; iii) ocupação profissional; iv) setor de origem profissional (público, privado, político ou militar); v) filiação partidária. Os resultados indicaram a experiência e o rodízio prévio em vários cargos como fatores comuns à grande maioria dos ministros nomeados, e a partidarização do gabinete nos governos Lula, principalmente compresença do PT.
Research Interests:
Estudos sobre recrutamento ministerial têm identificado a presença tanto de políticos profissionais quanto de quadros técnicos no gabinete ministerial brasileiro. Todavia, análises de carreira têm se restringido apenas àqueles... more
Estudos sobre recrutamento ministerial têm identificado a presença tanto de políticos profissionais quanto de quadros técnicos no gabinete ministerial brasileiro. Todavia, análises de carreira têm se restringido apenas àqueles classificados com técnicos, enquanto estudos sobre ministros políticos focam majoritariamente sobre o critério partidário de recrutamento ministerial pelos presidentes. Este artigo possui dois objetivos: i) demonstrar empiricamente as diferenças e semelhanças entre as carreiras dos ministros políticos e dos não políticos (“técnicos”) durante os governos do PSDB e do PT, entre 1995 e 2014; e ii) explorar os principais aspectos relativos à profissionalização dos ministros políticos, a partir de suas experiências em cargos eletivos e de alto escalão de governos estaduais e municipais. Os resultados indicam que tanto políticos quanto não políticos possuem larga experiência profissional, inclusive administrativa, embora os não políticos possuam maior afinidade com a área ministerial para a qual foram nomeados, assim como os ministros filiados ao partido do presidente quando comparados com os da base aliada. A despeito dessas nuances partidárias, não foram constatadas diferenças significativas entre os governos tucanos e petistas quanto à expertise dos ministros.
Research Interests:
Ministros possuem um duplo papel no presidencialismo de coalizão brasileiro. Um gerencial, relativo a formulação e implementação de políticas públicas que estejam de acordo com os interesses e as preferências do governo; outro político,... more
Ministros possuem um duplo papel no presidencialismo de coalizão brasileiro. Um gerencial, relativo a formulação e implementação de políticas públicas que estejam de acordo com os interesses e as preferências do governo; outro político, que procura garantir governabilidade ao presidente da República através da troca entre sua nomeação ao gabinete e apoio partidário no Congresso Nacional. Assim, a política de nomeação ministerial, levada a cabo pelo presidente, tende a levar em conta diferentes critérios, e incluir diferentes perfis sócio profissionais no gabinete. Nesse sentido, nosso objetivo neste trabalho é apresentar alguns aspectos relativos aos ministros e aos ministérios dos governos entre 1995 e 2014, durante as presidências de Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, assim como comparar nossos resultados com os dados encontrados pela literatura internacional. Da elite ministerial, apresentaremos as seguintes informações acerca de seu perfil social: i) sexo, ii) média de idade, iii) escolaridade, iv) formação universitária, v) ocupação, vi) experiência profissional e vii) filiação partidária. Nossa hipótese é de que durante os governos FHC, ministros nomeados possuía maior experiência política prévia, visto a não ruptura do PSDB com a elite política de então, enquanto seus sucessores, nos governos petistas, ainda eram novos no campo político. O trabalho faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo que procura analisar as estratégias de recrutamento dos presidentes em diferentes países da América do Sul, e conta com apoio do Observatório de Elites Políticas e Sociais do Brasil. Os dados dos ministros foram coletados no sítio institucional do Dicionário Histórico- Biográfico Brasileiro – DHBB do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas – CPDOC/FGV, na Biblioteca da Presidência, além verbetes e portais de notícias.
Research Interests:
Embora pesquisas identifiquem alguns critérios para o recrutamento de ministros no Brasil, ainda são incipientes estudos que foquem sobre a instabilidade ministerial, isto é, sobre as saída e trocas de pastas ocorridas dentro do gabinete... more
Embora pesquisas identifiquem alguns critérios para o recrutamento de ministros no Brasil, ainda são incipientes estudos que foquem sobre a instabilidade ministerial, isto é, sobre as saída e trocas de pastas ocorridas dentro do gabinete brasileiro ao longo de uma mandato presidencial. Visto isso, nosso trabalho consiste em: i) mensurar o tempo de permanência dos ministros brasileiros em suas respectivas pastas; ii) testar o impacto de variáveis que dizem respeito à experiência política prévia dos ministros sobre a taxa de sobrevivência ministerial através da regressão de Cox; e iii) identificar as razões que motivaram as saídas antecipadas de ministros de Estado no Brasil. Nossos achados indicam que no Brasil, indivíduos com experiência legislativa prévia tendem a permanecer menos tempo no gabinete, sobretudo para viabilizar suas candidaturas nas disputas eleitorais.
Research Interests:
A coalizão política de apoio aos governos implica na alocação de pastas ministeriais aos aliados. Essa distribuição obedece, em geral, a dois critérios: o partidário e o regional. Isto é, um gabinete ministerial com uma taxa ótima de... more
A coalizão política de apoio aos governos implica na alocação de pastas ministeriais aos aliados. Essa distribuição obedece, em geral, a dois critérios: o partidário e o regional. Isto é, um gabinete ministerial com uma taxa ótima de coalescência respeita tanto o peso dos partidos representados no Congresso Nacional, quanto o peso dos estados ou regiões nessas mesmas legendas. Estudos sobre o presidencialismo de coalizão brasileiro desenvolvidos nas últimas décadas têm focado exclusivamente na dimensão partidária do recrutamento ministerial, relegando à dimensão federativa um papel de menor importância para entender a gestão da coalizão. O objetivo deste trabalho é analisar a proporção dos estados e regiões nos ministérios formados nos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2016) em função do local de origem política dos ministros filiados a partidos políticos. A expectativa é aperfeiçoar os cálculos sobre taxa de coalescência incluindo essa variável na equação. Propomos e calculamos uma Taxa de Coalescência Federativa.
Research Interests:
Entendidas como um fator imprescindível para a estabilidade em regimes multipartidários, coalizões políticas foram constantes ao longo de toda a história democrática brasileira. Apesar disso, os efeitos das alianças políticas sobre o... more
Entendidas como um fator imprescindível para a estabilidade em regimes multipartidários, coalizões políticas foram constantes ao longo de toda a história democrática brasileira. Apesar disso, os efeitos das alianças políticas sobre o funcionamento do poder Executivo ainda não têm sido tratados sistematicamente pela literatura, focada sobretudo no impacto das coalizões no processo legislativo na Câmara dos Deputados. O objetivo deste trabalho é examinar a estabilidade do poder Executivo a partir da presença de congressistas e de não congressistas nos ministérios em todos os gabinetes nos últimos dois períodos democráticos (1946-1964 e 1985-2016). Comparamos o tempo de permanência entre ministros com passagem pela Câmara e/ou Senado com aqueles que não passaram por esses níveis Legislativos e o risco de saída do gabinete de cada grupo através do estimador produto-limite de Kaplan-Meier. Através do modelo de riscos proporcionais de Cox, avaliamos o impacto de doze fatores (pessoais, partidários, políticos e econômicos) sobre a taxa de rotatividade ministerial em cada regime. Nossos dados mostram, de maneira contraintuitiva, que a maior presença de “políticos” (definidos como ex-congressistas) nos gabinetes diminui o nível de sobrevivência ministerial em ambos os regimes, aumentando, assim, a instabilidade dos governos. O impacto das covariáveis sobre a estabilidade variou muito dependendo do regime político considerado. Este é, contudo, um trabalho descritivo dos dados e uma pesquisa ainda exploratória.
Our article analyzes the proportional presence of states and regions in ministerial offices during the administrations of Cardoso, Lula da Silva, and Rousseff. Stemming from the political starting point of 265 ministers, we developed an... more
Our article analyzes the proportional presence of states and regions in ministerial offices during the administrations of Cardoso, Lula da Silva, and Rousseff. Stemming from the political starting point of 265 ministers, we developed an index to measure the federative coalescence rate of ministerial offices. The index calculates the regional representation proportionality of ministerial staffs year by year across different administrations. Beyond the overrepresentation of São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, and Rio de Janeiro regarding the effective weight of such states in allied parties within Congress, our results allow us to compare the intensity and evolution of federative coalescence with party coalescence over time for different presidents.