RESUMO: Este artigo busca compreender melhor como a participação do Brasil no sistema GATT/OMC influenciou as linhas gerais política externa brasileira. Para tanto, a análise está centrada na atuação brasileira nas coalizões agrícolas, a...
moreRESUMO: Este artigo busca compreender melhor como a participação do Brasil no sistema GATT/OMC influenciou as linhas gerais política externa brasileira. Para tanto, a análise está centrada na atuação brasileira nas coalizões agrícolas, a partir das experiências vividas no Grupo de Cairns (Rodada Uruguai) e na coalizão G-20 Comercial (Rodada Doha), assim como nos contenciosos agrícolas, com especial atenção ao caso do Algodão (Brasil x EUA) e ao caso do açúcar (Brasil x União Europeia). A participação do país nas coalizões agrícolas e nos contenciosos fornecem elementos empíricos importantes para compreender o comportamento brasileiro com relação às negociações multilaterais. O enfoque teórico utilizado procura explorar melhor o processo de aprendizagem oriundo dessas experiências, contemplando instrumentos analíticos advindos de abordagens racionalistas, como as institucionalistas e as intergovernamentalistas, com preocupações construtivistas a respeito do processo de internalização de normas e procedimentos originados a partir das interações que ocorrem nos espaços de cooperação internacional.
ABSTRACT: This article seeks to better understand how Brazil's participation in the GATT / WTO system influenced the outlines Brazilian foreign policy. Therefore, the analysis is focused on Brazil's performance in agricultural coalitions, from experiences of the Cairns Group (Uruguay Round) and the G-20 coalition Commercial (Doha Round) as well as in agricultural disputes, with specific attention to Cotton (Brazil x USA) and the case of sugar (Brazil-European Union). The country's participation in agricultural coalitions and contentious provide important empirical evidence to understand the Brazilian behavior in relation to multilateral negotiations. The theoretical approach used seeks to exploit better the learning process derived from these experiences, contemplating analytical instruments arising from rationalist approaches, such as institutionalists and intergovernmentalism with constructivist concerns about the process of internalization of norms and procedures arising from the interactions in international cooperation areas