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Este artigo discute o caráter paradigmático da antropofagia como um tipo de epistemologia do sul, i.e: como uma filosofia genuinamente brasileira que, partindo da possibilidade de um pensamento necessariamente “incorporado”, se mostre capaz de superar as dicotomias e os descaminhos da filosofia no Ocidente. Assim sendo, propõe também a performance latinoamericana como uma forma de “filosofia crua”. Em articulação com os trabalhos de autores como Vilém Flusser e de performers como Ana Mendieta, nos utilizamos aqui da antropofagia de Oswald de Andrade como ferramenta epistemológica (e como forma de “corporificação radical”): um modo possível para as questões filosóficas serem absorvidas e se tornarem
“carne, osso e sangue” no Brasil e na América Latina.
Palavras-chave: Antropofagia, Epistemologia do Sul, Filosofia, Performance
ABSTRACT:
This paper discusses the paradigmatic character of Anthropophagy as a kind of epistemology of the south, i.e.: a genuinely Brazilian philosophy that, starting from the point of view of a necessary embodied thought, became capable of overcoming the dichotomies and the deviations of Western philosophy. Therefore, it also aims to discuss Latin-American performance as a form of “raw philosophy”. In dialogue with the works of authors as Czech-Brazilian thinker Vilém Flusser and of perfromers as Ana Mendieta, we make use of Oswald de Andrade’s Anthropophagy as an epistemological tool (and as a sort of “radical embodiment”): a way of philosophical questions to be absorbed and to become “flesh and blood” in Brasil and Latin America.
Anthropophagy, Epistemology of the South, Philosophy, Performance