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2019
Resumo Esta pesquisa tem como objeto de estudo as marcas ou elementos de uma contra hegemonia (WILLIAMS, 1979) nas práticas jornalísticas adotadas por uma das repórteres mais premiadas do Brasil, Eliane Brum. Sua atuação como repórter se torna referencial no âmbito das práticas e da academia, mas pode ser considerada contra hegemônica, apesar de estar ligada a organizações midiáticas historicamente de liderança? Ao confrontar concepções e dinâmicas estabelecidas, sua reportagem seria uma transgressão? A partir de uma abordagem sobre o método jornalístico (SPONHOLZ, 2009) e a reportagem como metodologia do jornalismo (OSORIO VARGAS, 2017), identificamos características alternativas às práticas dominantes do campo no seu fazer jornalístico, suas narrativas e reflexões sobre o exercício profissional (BRUM, 2012). A análise tem como fundamento uma seleção com base na consulta de 508 edições 3 da Revista Época, da Editora Abril, durante os dez anos que atou como repórter especial do periódico. A consulta resultou num banco de dados inédito formado por 109 textos assinados por ela de 2000 a 2009. Os procedimentos metodológicos se amparam principalmente na busca por marcas discursivas que apontem seu processo de produção da reportagem. Pela projeção atingida por Brum, há quem possa dizer que desperta uma "visão encantada" do jornalismo. A escolha por analisar o trabalho de uma repórter consagrada se dá sabendo dos possíveis questionamentos nesta direção. Brum representa, de fato, uma realidade de condição de trabalho e, portanto, de prática profissional, muito destoante da vivida pela maioria dos jornalistas em atuação no Brasil 4. Entretanto, o alcance desta condição diferenciada e privilegiada em redações se reverbera em suas práticas, configuradas em rico objeto de pesquisa. Ademais, os resultados mostram que também faz críticas às práticas jornalísticas dominantes, sem deixar de fazer jornalismo: assim, complexifica a atividade à medida que questiona métodos de apuração, noções de imparcialidade, fontes e outros fundamentos 1 Trabalho apresentado no GI 4-Práticas hegemônicas, cultura e alternativas na América Latina do X Seminário ALAIC 2019, de 24 e 25 de outubro de 2019, na Universidade Federal Fluminense, Niterói-RJ. 2 Doutoranda do PPGJOR/UFSC e bolsista FAPESC. Mestra pelo mesmo programa e especialista em Estudos Literários (FURB). o total de revistas é de 521 edições. No entanto, não localizamos 13 exemplares deste período, compreendendo um total de 508 edições consultadas e analisadas. 4 Não se trata apenas do reconhecimento nacional, mas da estrutura que dispõe e o próprio prestígio. Talvez, por isso mesmo, suas práticas se constituam em necessários objetos de pesquisa para o campo jornalístico, pensando no que especificamente as diferencia das demais.
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo uma das práticas que caracterizam o fazer jornalístico, mas carece de reflexão como método: a reportagem. O estudo se volta para a com-preensão das dimensões do conhecimento tácito acumulado por repórteres, geralmente reduzido a insights pessoais, intuições, palpites e percepções consideradas "naturais" (NONAKA, TA-KEUCHI, 2008). O objeto empírico é o programa Profissão Repórter, conduzido pelo jornalista Caco Barcellos e jovens repórteres semanalmente às quartas-feiras na Rede Globo. Ao expor fragmentos dos bastidores, conflitos éticos e decisões tomadas, torna-se objeto peculiar, também por esperar da equipe participação em todas as fases de uma reportagem. A pesquisa utiliza como método e técnica a análise documental e a revisão bibliográfica, além de entrevistas em profundidade. Palavras-chave: reportagem; repórter; metodologia do jornalismo; epistemologia do jornalis-mo; Profissão Repórter.
Livro de repórter: Autoralidade e crítica das práticas
Crítica às práticas jornalísticas no livro de repórter: exemplo a partir da cobertura sobre a Palestina2019 •
Capítulo de livro com análise sobre a crítica às práticas jornalísticas no livro de repórter "Viagem à Palestina: prisão a céu aberto", de Adriana Mabilia (2013). Texto produzido em parceria com Tatiane Milani e Beatriz Marocco.
2019 •
Rede de Pesquisa Renami, Luiz Henrique Zart, Maria Luiza Cardinale Baptista, Emilio Sant'anna, Leylianne Alves, Larissa Conceição dos Santos, Diogo Azoubel, Myrian Del Vecchio de Lima
O livro incide, principalmente, sobre narrativas não ficcionais. Em particular, sobre narrativas jornalísticas. Orientando-se o jornalismo para a exposição da verdade dos factos, para o relato objetivo de determinadas singularidades do passado recente, as narrativas jornalísticas, mesmo quando recorrem a técnicas da ficção literária ou visual, encontram-se entre as mais evidentes narrativas não ficcionais que fluem quotidianamente nas sociedades contemporâneas. Sendo essas narrativas problemáticas, merecem análise e pesquisa científica. Inclusivamente, para que se possam propor e discutir os conceitos, também eles problemáticos, de verdade, facto e objetividade. Esta obra coletiva persegue, precisamente, esse objetivo – contribuir para a análise das narrativas não ficcionais e, em particular, das narrativas jornalísticas.
A editora Caras lançou em março de 2016 a publicação Girls Recreio, derivada da revista infantil Recreio, voltada para meninas de 6 a 11 anos. Os estudos sobre o jornalismo infantojuvenil mostram que garotos e garotas se interessam por assuntos em comum e não reivindicam publicações destinadas a crianças com gêneros diferentes. No entanto, tendo a Recreio feito essa escolha, pergunta-se quais seriam os interesses de meninas dessa idade para a revista, com o objetivo de identificar a representação do “ser menina” desenhada pela Girls Recreio. Como conclusão, nota-se que a revista reitera a cobertura superficial e estereotipada sobre a infância, em que a criança aparece apenas limitada às esferas do consumo, do lar e da escola, com especial reforço dos estereótipos de gênero.
Ao cumprir a função de nos chamar a todos para estarmos ativos e atentos ao processo de consolidação dos estudos da narrativa no campo das mídias, este livro também nos diz que o tempo que hoje experimentamos não é somente o tempo das convergências. Ele é, antes de tudo – e é aí que está a sua força –, um enredamento de muitas espacialidades e temporalidades dissonantes e em constante estado de confronto. Enfrentar a narrativa como um problema é saber desta dimensão complexa, pois é também nela que as lutas são travadas. Por esta razão, do meu ponto de vista, os estudos da narrativa – do qual este livro agora é cúmplice –, quando afetados pelos desafios que nos são postos pelo ato de narrar no mundo, evocam um gesto político e estético de fundamental importância para o avanço das nossas pesquisas nos campos da comunicação e do jornalismo. (Excerto do prefácio “Narrar no mundo: um desafio de nossos tempos”, de Fernando Resende (UFF))
Revista Contracampo Brazilian Journal of Communication
Os relevos da memória // The reliefs of memoryEste artigo aborda projetos memorialísticos desenvolvidos por meios de comunicação. Iniciativas como Memória Globo, Memória O Globo e Acervo Estadão se mostram, simultaneamente, movimentos de valorização da memória e instrumentos de produção de novas versões sobre fatos passados, envolvendo ou não os veículos jornalísticos. Além de funcionarem como resgate e preservação da história dos veículos, reforçando ou estabelecendo uma determinada identidade, são o que Pierre Nora chamou de “lugares de memória” - espaços físicos ou não onde indivíduos e grupos sociais podem ancorar sua memória, face ao fenômeno da aceleração da história que torna o presente cada vez mais volátil. Ao assumirem esta configuração, colocam em questão aspectos constituintes do jornalismo, tais como critérios de atualidade e novidade, além de fomentarem uma rediscussão dos valores de noticiabilidade. // This article discusses memoirs projects developed by the media. Initiatives such as Memória Globo, Memória O Globo, Acervo Estadão, are shown, simultaneously, as memory enhancement movements and instruments of production of new versions of past events, whether or not involving journalistic vehicles. Besides functioning as rescue and preservation of the history of vehicles, strengthening or establishing a certain identity, they are what Pierre Nora called “places of memory” - physical spaces or not where individuals and social groups can anchor his memory, given the phenomenon of acceleration of history that makes this increasingly volatile. In assuming this setting, they call into question constituent aspects of journalism, such as criteria of relevance and novelty, and foster renewed discussion of one newsworthiness values.
2017 •
X Seminário ALAIC 2019
"Compartilha no Whats": como o WhatsApp está transformando São Paulo em uma cidade inteligente para os idosos.2019 •
17º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor)
Humor, atemporalidade, hiperlocalismo: as particularidades da série Singular, de Zero Hora, no contexto do jornalismo de comunicação2018 •
2013 •
Dissertação
"Curitiba pouco sabe do Paraná": a aventura da reportagem literária em Nicolau (1987-1996)2017 •
2017 •
Pesquisa em Comunicação nos Prêmios Estudantis do Intercom
O Retrato da Lenda - Fotojornalismo e Mistério no "Imaginário Farroupilha"2017 •
Revista Galaxia
Narrar uma tragédia do presente: transgressões ao regime das práticas em Todo dia a mesma noite, de Daniela Arbex2019 •
Revista Observatório
Sujeitos do Biográfico: jornalistas e a construção do status de autoria na produção da biografia como reportagem2018 •
Contracampo - Brazilian Journal of Comunication
A Morte de Dona Marisa Letícia:o biográfico e os trabalhos da memória no Jornal Nacional2018 •
2020 •
DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERES JORNALISTAS NO TOCANTINS
DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERES JORNALISTAS NO TOCANTINS2019 •