Comunicación presentada a las Jornadas Internacionais de Idade Média, Castelo de Vide (Portugal), 6-8 outubro, 2016

Universidade Nova de Lisboa, 2019

A reabilitação de edifícios nos Centros Históricos afigura-se um exercício complexo de diálogo e compromisso entre distintas áreas de interesse e conhecimento. Neste contexto, a salvaguarda patrimonial - na vertente de actividade arqueológica - encontra-se, por norma, condicionada a inúmeros "imperativos". Destes destaquem-se os financeiros (restrições orçamentais e rigidez dos programas de financiamento), as imposições técnicas de projecto e caderno de encargos e as condicionantes de segurança (implicando constrangimentos à salvaguarda e registo). Junte-se ainda as dificuldades metodológicas sentidas face à inexistência de procedimentos e instrumentos de trabalho instituídos e consagrados na prática arqueológica nacional em edificado. Por fim, o derradeiro elemento desestabilizador neste tipo de trabalhos decorre da imperatividade das "realidades do terreno" (no sentido de realidade material dos bens em evidência e no sentido mais prosaico das realidades circunstanciais da obra) que se impõem per si, indiferentes a qualquer quadro de investigação programada. Com efeito, a análise das condições e dinâmicas de trabalho e o impacto deste no resultado final da obra e na produção científica reclamam, por certo, uma reflexão generalizada e instante. O caso da reabilitação do nº 30 do Largo da Sé Velha/nº 3 do Beco da Carqueja, promovida pela Câmara Municipal de Coimbra, exemplifica de forma candente as contingências na/da prática arqueológica, em contexto de obra. Tendo em consideração a especificidade deste tipo de intervenção pretende-se enunciar etapas de trabalho, processos de recolha de informação e principais resultados obtidos, em termos de implicações no projecto e produção de conhecimento. Relativamente ao último ponto coloca-se em evidência a prevalência da noção de edifício como organismo dinâmico, com geração, fases de crescimento, ampliação, amputação, transmutação e ocultação. No caso presente isto é patente na forma como no séc. XIX a subjugação a uma linguagem arquitectonica dominante encripta todo um corpo precedente da primeira metade do séc. XVI, que constitui a matriz estrutural do edifício mas que se revela quase invisível na observação das suas "camadas" superficiais. Efectivamente, este trabalho destaca-se por revelar um dos raros exemplos documentados de arquitectura doméstica corrente de época moderna em Coimbra, onde se resgatam, pelo registo, volumes, funcionamento dos espaços e características construtivas.

Pour étayer l’hypothèse, que j’ai avancée il y a quelques années, d’un sens mystico-politique sous-jacent à la persécution des templiers lancée par Philippe le Bel et ses conseillers, on mettra en relation des éléments concernant les aspects suivants : le christocentrisme de la royauté capétienne à partir du début du XIIIe siècle et sa propension à se prétendre titulaire d’une Nouvelle Alliance avec Dieu (en particulier depuis le transfert des reliques de la Passion dans la Sainte Chapelle, « nouvel Arche d’Alliance », sous Louis IX) ; la vogue des prophéties et des traités eschatologiques dans l’Occident latin à la fin du XIIIe et au début du XIVe siècle ; les preuves de l’intérêt particulier porté par les conseillers de Philippe le Bel (en particulier par Guillaume de Nogaret) à la « prophétie des soixante dix semaines » de Daniel, 9, 24-27, et, notamment, à l’interprétation de cette prophétie dans les écrits d’Arnau de Villeneuve ; la prégnance des motifs bibliques de la Destruction du Temple , de l’Antéchrist et de l’Alliance dans les textes rédigés par des membres de l’entourage du Capétien non seulement au cours de l’affaire du Temple, mais aussi dans le cadre d’autres conflits avec la papauté à la même époque – en particulier à l’occasion des procès pour hérésie intentés contre Boniface VIII avant et après sa mort (1303-1312).

11-12 Outubro 2018 Arquivo da Universidade de Coimbra Organização: Maria do Rosário Morujão (Univ. Coimbra) e Manuel Salamanca López (Univ. Complutense de Madrid)

I quattro codici a noi noti che trasmettono le Cantigas de Santa Maria di Alfonso X el Sabio e del suo entourage hanno ricevuto ad oggi una descrizione complessiva in alcuni lavori di fondamentale importanza, quali le indagini di Martha Schaffer per le note paratestuali presenti in To (ms. Madrid, Biblioteca Nacional de España, 10.069) o gli studi codicologici di Laura Fernández Fernández ed Elisa Ruiz García in merito alle peculiarità di T (ms. Madrid, Real Biblioteca del Monasterio de San Lorenzo de El Escorial, T-I-1). Con questa comunicazione si vogliono riprendere ed ampliare tali indagini, proponendo inoltre nuove ipotesi di lavoro. Si analizzeranno, a tal proposito, alcuni presunti interventi di correzione a margine nelle cc. di T, To ed E (ms. Madrid, Real Biblioteca del Monasterio de San Lorenzo de El Escorial, B-I-2), promemoria di correzione in T non ancora ben catalogati, nonché postille grafiche dal possibile valore informativo per utilizzatori più tardi dei manufatti regi, legate presumibilmente alla performance musicale. Un’attenzione particolare verrà infine riservata ai numerosi casi di ‘lettere guida’ nei margini di un cospicuo numero di carte di F (ms. Firenze, Biblioteca Nazionale Centrale, B.R. 20).