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FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO Natálie Vieira Pietrobelli Escola Inclusiva de Ensino Fundamental em Tapejara - RS Passo Fundo 2016 Natálie Vieira Pietrobelli Escola Inclusiva de Ensino Fundamental em Tapejara - RS Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da professora Marina Dal Zot Von Meuseul. Passo Fundo 2016 Natálie Vieira Pietrobelli Escola Inclusiva de Ensino Fundamental em Tapejara - RS Banca Examinadora: Profª. Marina Dal Zot Von Meusel – Orientador(a) Profª. Me. Renata Postay – Integrante Arq. Msc. Nino Machado – Integrante Passo Fundo 2016 iii iii AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por sempre guiar meus passos, me ouvir e me confortar em momentos difíceis. Por ter me dado força, saúde e energia ao longo dessa trajetória. Aos meus pais, Ideno e Caciana, por todo incentivo, amor e dedicação que recebi em todos os momentos da minha vida, principalmente nesta ocasião de conclusão do curso. Tudo que sou hoje devo à vocês, serei eternamente grata. Ao meu namorado e amigo pela paciência, compreensão e apoio dedicado à mim, obrigada pela companhia e ajuda nos estudos. As minhas colegas, que se tornaram amigas além da faculdade, por me proporcionarem diversos momentos de alegria e muito aprendizado, vocês foram essenciais para que eu chegasse até aqui. A minha orientadora, Marina Dal Zot Von Meusel, que compartilhou seus conhecimentos e me deu todo suporte necessário não medindo esforços para ajudar. Obrigada pela dedicação e incentivo, serei para sempre admiradora de seu trabalho. Aos meus primos e amigos Caroline e Orlando pela ajuda e troca de conhecimentos, não só neste momento, mas ao longo de toda minha trajetória acadêmica. A todos que colaboraram de alguma forma para que eu chegasse até aqui, muito obrigada. iv Resumo As pessoas com deficiência física sempre tiveram seu aprendizado em escolas especiais e, a fim de promover a inclusão destas pessoas na vivência social, propõe-se a educação inclusiva, trazendo-as ao ensino regular. O município de Tapejara não atende esta demanda, tão importante na vida do portador de necessidades especiais, pois não há nenhuma escola com a estrutura adequada para recebe-los. Portanto, esse estudo desenvolve uma proposta de projeto para uma Escola Inclusiva de Ensino Fundamental em Tapejara - RS. O mesmo será implantado em um terreno localizado na Avenida Sete de Setembro que foi escolhido por ter uma boa localização, em uma das principais entradas da cidade. Para um melhor entendimento do projeto foram analisados dois estudos de caso nacionais e um internacional, buscando conhecer o funcionamento dos projetos. Foi realizado também o diagnóstico da área de implantação, apresentando mapas de uso do solo, sistema viário, cheios e vazios, infraestrutura urbana e transporte. Bem como o estudo das leis municipais e a normatização necessária ao projeto, estudo do terreno, posição solar e condicionantes climáticos da cidade. Todo o levantamento realizado resultou no estudo preliminar de uma nova escola em Tapejara – RS, a qual visa a inclusão social e um espaço com estrutura adequada aos alunos portadores de necessidades especiais. Concluiu-se então que a proposta é viável ao município a fim de solucionar o problema apresentado. Palavras-chave: Arquitetura, Escola, Inclusão, Acessibilidade. Abstract People with physical disabilities have always had their learning in special schools and to promote the inclusion of these people in the social life, it is proposed inclusive education, bringing them to mainstream education. The city of Tapejara does not meet this demand, so important to the patients' special needs, because there is no school with the appropriate structure to receive them. Therefore, this study develops a project proposal for a Basic Education Inclusive School in Tapejara - RS. The same will be implemented on a plot located at Sete de Setembro Avenue, which was chosen to have a good location in one of the main entrances to the city. For a better understanding of the project were analyzed two national case studies and international, seeking to understand the operation of the projects. It was also performed the diagnosis of implantation area, presenting maps of land use, road system, full and empty, urban infrastructure and transportation. And the study of local laws and norms necessary to the project, the field study, solar position and climatic conditions of the city. All the survey resulted in the preliminary study of a new school in Tapejara - RS, which aims at social inclusion and a space with adequate structure to students with special needs. It was therefore concluded that the proposal is feasible to the municipality to solve the problem presented. Keywords: Architecture, School, Inclusion, Accessibility. vv LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Biblioteca São Paulo. ............................................................................................ 6 Figura 2 – Escola Salesiana Dombosquinho........................... Error! Bookmark not defined. Figura 3 – Escola Pública de Ciruelos. .................................................................................. 7 Figura 4 – Localização Regional. ......................................................................................... 17 Figura 5 – Localização Urbana. ........................................................................................... 18 Figura 6 – Localização do terreno. ....................................................................................... 19 Figura 7 – Mapa Nolli. .......................................................................................................... 19 Figura 8 – Skyline ................................................................................................................ 20 Figura 9 – Sistema Viário. .................................................................................................... 21 Figura 10 – Corte das vias. .................................................................................................. 21 Figura 11 – Uso e ocupação do solo.................................................................................... 22 Figura 12 – Gráfico de uso e ocupação do solo. .................................................................. 22 Figura 13 – Número de pavimentos. .................................................................................... 23 Figura 14 – Gráfico de número de pavimentos das edificações. .......................................... 23 Figura 15 – Infraestrutura Urbana. ....................................................................................... 24 Figura 16 – Paradas de ônibus. ........................................................................................... 25 Figura 17 – Dimensões e topografia do terreno. .................................................................. 26 Figura 18 – Condicionantes climáticos. ................................................................................ 26 Figura 19 – Visuais do terreno. ............................................................................................ 27 Figura 20 – Inspiração para o conceito. ............................................................................... 29 Figura 21 – Esquema dos espaços da escola. ..................................................................... 29 Figura 22 – Organograma. ................................................................................................... 33 Figura 23 – Fluxograma. ...................................................................................................... 34 vi LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Comparativo do programa de necessidades dos estudos de caso. ...................... 8 Tabela 2 – Comparativo do em relação à implantação dos estudos de caso. ........................ 8 Tabela 3 – Comparativo de zoneamento dos estudos de caso. ............................................. 9 Tabela 4 – Dimensões dos espaços da Biblioteca São Paulo. ............................................. 11 Tabela 5 – Dimensões dos espaços da Escola Salesiana Dombosquinho........................... 11 Tabela 6 – Dimensões dos espaços da Escola Publica de Ciruelos. ................................... 12 Tabela 7 – Tabela comparativa de organização dos espaços. ............................................. 13 Tabela 8 – Tabela comparativa de composição das fachadas. ............................................ 14 Tabela 9 – Tabela de comparação da marcação de acesso. ............................................... 14 Tabela 10 – Comparativo da habitabilidade nos estudos de caso ........................................ 15 Tabela 11 – Comparativo de tecnologia nos estudos de caso ............................................. 15 Tabela 12 – Horário transporte coletivo empresa Produtiva Turismo ................................... 25 Tabela 13 – Problemas e potencialidades da área de implantação...................................... 31 Tabela 14 – Pré dimensionamento ...................................................................................... 35 Tabela 15 – Propostas de zoneamento ............................................................................... 36 vii SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. v LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................ vi 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................1 1.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................ Error! Bookmark not defined. 1.2. OBJETIVOS ...............................................................................................................................2 1.2.1. Objetivo Geral ...............................................................................................................2 1.2.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................2 1.3. 2. DELIMITAÇÃO DO TEMA .........................................................................................................2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................................3 2.1. ESCOLA INCLUSIVA DE ENSINO FUNDAMENTAL EM TAPEJARA, RS .. ...........................3 2.1.1. História da Educação ..........................................................................................................3 2.1.2. Inclusão Escolar ..................................................................................................................5 2.2. ESTUDOS DE CASO ................................................................................................................6 2.2.1. Ficha Técnica .......................................................................................................................6 2.2.2. Programa e caráter ..............................................................................................................7 2.2.3. Implantação ..........................................................................................................................8 2.2.4. Função ..................................................................................................................................9 2.2.5. Dimensão dos espaços .....................................................................................................10 2.2.6. Forma ..................................................................................................................................12 2.2.7. Habitabilidade ....................................................................................................................14 2.2.8. Tecnologia ..........................................................................................................................15 2.2.9. Conclusões ........................................................................................................................16 3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ..........................................................................17 3.1. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ......................................................................17 3.1.1. Localização Regional ........................................................................................................17 3.1.2. Localização Urbana ...........................................................................................................17 3.1.3. Mapa Nolli ...........................................................................................................................19 3.1.4. Skyline ................................................................................................................................20 3.1.5. Sistema Viário ....................................................................................................................20 3.1.6. Uso e ocupação do solo ...................................................................................................22 3.1.7. Infraestrutura Urbana ........................................................................................................24 3.1.8. Transporte ..........................................................................................................................24 3.2. ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ......................................................................................................25 3.2.1. Topografia e dimensões do terreno ................................................................................25 3.2.2. Condicionantes climáticos ...............................................................................................26 3.2.3. Visuais do terreno .............................................................................................................27 3.3. SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA ................................27 3.3.1. Plano Diretor ......................................................................................................................27 viii 3.3.2. Código de Obras ................................................................................................................27 3.3.3. Catálogos Técnicos FDE ..................................................................................................28 3.3.4. NBR 9050 ............................................................................................................................28 3.3.5. NBR 9077 ............................................................................................................................29 4. 5. CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO .................................................................................30 4.1. CONCEITO DA PROPOSTA ...................................................................................................30 4.2. CARTA DE INTENÇÕES .........................................................................................................31 4.3. DIRETRIZES DE PROJETO....................................................................................................31 4.4. DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS ..................................................................................32 PARTIDO GERAL .........................................................................................................................33 5.1. PROGRAMA DE NECESSIDADES DO PROJETO ................................................................33 5.2. ORGANOGRAMA ....................................................................................................................34 5.3. FLUXOGRAMA ........................................................................................................................35 5.4. PRE DIMENSIONAMENTO .....................................................................................................36 5.5. PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO .......................................................................................37 6. CONCLUSÕES .............................................................................................................................39 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................40 8. APÊNDICES ..................................................................................................................................42 1 1. INTRODUÇÃO As pessoas com deficiência física sempre tiveram seu aprendizado através de escolas especiais próprias para isso, sendo afastadas do ambiente social. Porém, a educação é direito de todos, independente de qualquer deficiência, e a busca pela inclusão tem se intensificado nos últimos tempos. A educação inclusiva consiste na aplicação destes conceitos, atender alunos com necessidades especiais garantindo o acesso em um ensino regular, transformando a escola em um espaço para todos. A educação é vista como o início da socialização da criança, sendo a escola um espaço de formação educacional e pessoal. É na escola que muitos acontecimentos de grande importância ocorrem. Inevitavelmente, o espaço escolar deixa de ser apenas um campo de troca de conhecimentos e adentra uma esfera emocional, onde permeiam outros tipos de trocas, principalmente as afetivas. Em vista disso propõe-se uma escola com ênfase à uma excelente estrutura e acessibilidade adequada, afim de solucionar a dificuldade de acesso das pessoas com deficiência física em um ambiente sócio educador. O espaço escolar deve ser capaz de desenvolver e inserir estas pessoas na vivencia social, melhorando a qualidade de vida de todos os alunos. 1.1 JUSTIFICATIVA Em pleno ano de 2016, onde todos querem participar ativamente da vida social, não é possível aceitar que um grupo de pessoas que apresentam deficiência física estejam impedidas de ter acesso à educação. Um ambiente que comporte e atenda esta demanda torna-se importante para formação e a vida dessas pessoas. Atualmente, o município de Tapejara não possui estrutura adequada para atender esse público, já que, nenhuma escola existente dispõe de acessibilidade e recursos necessários. Com isso propõe-se a concepção de uma escola que atenderá essa necessidade do município, garantindo a inclusão social e trazendo oportunidades para uma vida mais completa com a garantia básica do ser humano de ter acesso à educação. Além disso, a concepção de espaços de ensino garantirá a plena oportunidade de trabalho e de convivência para os alunos e professores. 2 1.2 OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo Geral Criar o projeto de uma escola de ensino fundamental em Tapejara – RS que apresente toda a estrutura necessária e as condições de acessibilidades para portadores de deficiência física e demais alunos e assim promover a inclusão social. 1.2.2. Objetivos Específicos  Suprir a deficiência de uma Escola Inclusiva no município de Tapejara;  Tornar a escola um espaço para todos;  Atender à NBR 9050;  Conceber salas de aula com estrutura adequada para atendimento dos alunos;  Criar áreas de convivência e lazer tanto para os alunos como para a comunidade que poderá usufruir nos finais de semana;  Propor espaços sensoriais com o intuito de estimular a percepção e os sentidos e desenvolver diversas sensações aos alunos, não somente para os que possuem alguma deficiência, mas acessível a todos;  Prover as principais dificuldades do deficiente físico no ambiente escolar;  Reconhecer a escola como um polo de referência em ensino e inclusão social. 1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA O projeto proposto consiste em uma escola de ensino fundamental em turno integral onde aplica-se a educação inclusiva para deficientes físicos. No turno inverso serão propostas diversas atividades extracurriculares, tais como aulas de artes, gastronomia, línguas, entres outras. O terreno está localizado na cidade de Tapejara – RS, no bairro São Cristóvão, na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua Aurélio Sossela. Está em um lugar estratégico e de fácil acesso pois localiza-se na principal avenida da cidade, a qual liga todos os bairros. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 ESCOLA INCLUSIVA DE ENSINO FUNDAMENTAL EM TAPEJARA Este capítulo aborda a fundamentação teórica para a concepção de uma Escola de Ensino Fundamental e Médio com ênfase na educação inclusiva e engloba a história da educação e a inclusão nas escolas. Segundo Kowaltowski (2011), a educação e sua qualidade tem sido um assunto muito discutido no Brasil. Devido ao desempenho dos alunos das escolas é preciso tratar a educação como prioridade, sendo que ela tem suma importância para o desenvolvimento social e formação de uma sociedade mais justa e humana. 2.1.1 História da Educação Este item baseia-se no livro “Arquitetura Escolar – O projeto do ambiente de ensino” (KOWALTOWSKI, 2011), e descreve a história da educação até os dias de hoje. Conforme Kowaltowski (2011) “a educação é vista como a transmissão de valores e o acúmulo de conhecimento de uma sociedade”, sendo assim também caracteriza a história e o desenvolvimento de um determinado grupo. Cita ainda que o desenvolvimento das religiões predominantes influenciou na história da educação em vários períodos e, no Brasil, o ensino da Europa e da América do Norte contribuiu para isso. Existiam poucas escolas na Idade Média, e essas poucas destinavam-se aos sacerdotes, porém, as condições de ensino mudaram quando surgiram universidades na Europa, no século XI. Então, em 1517, começou a Reforma religiosa a qual gerou reações dos católicos dando início a uma guerra civil e como consequência surgiram os colégios nos países católicos. Comenius (Jan Amos Komensky) (1592-1670) foi o criador do primeiro programa organizado de escolarização universal, o qual selecionava as pessoas mais capacitadas para cursar o ensino superior. Em seguida, surge outro modelo de educação criado por Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) fundamentado em desenvolver um indivíduo dependente moral e intelectualmente. 4 Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), aderente a educação pública, destacouse na passagem do século XVIII para o XIX, defendendo o direito de toda criança à educação. A partir disso os governos burgueses europeus do século XIX pretendiam levar a educação à toda população infantil, apesar do processo ter sido lento, grande parte dos países industrializados tinha levado a população infantil à escola no final do século XIX. Nesse período destacou-se também Friedrich Froebel (1782-1852), dando importância ao brinquedo na educação infantil, John Dewey (1859-1952) propagando os princípios de “Escola Nova” ou “Escola Progressista” e Jean Piaget (1896-1980) que analisou os pensamentos da criança até a adolescência. No início do século XX, Rudolf Steiner (1861-1925) fundou a pedagogia “Waldorf”, onde os professores deveriam exercer o papel de administradores do ambiente, o qual era aberto a todas as crianças, com um currículo de 12 anos. Outra pedagogia que sobressaiu-se foi a desenvolvida por Maria Montessori (1870-1952), que defende o fato da criança poder escolher o material a ser utilizado. Henri Wallon (1879-1962) e Vygotsky (1896-1934) destacaram-se em meados do século XX. Wallon analisou o desenvolvimento psíquico da criança e Vygotsky baseou-se na interação do sujeito com o ambiente. Ainda no século XX, organizações internacionais apoiaram países latino-americanos a investirem na educação, aumentando a demanda pelo ensino médio e superior e aumentando as aberturas de centros de educação, porem nem sempre com a qualidade desejada. Skinner (destaque da psicologia norte-americana do século XX) discutiu o papel do professor em sala de aula e em contradição Carl Rogers defendeu o fato do professor ocupar o papel central. No decorrer do século buscou-se o aumento da criatividade da criança afim de desenvolver sua criatividade. Todos esses autores apresentados tiveram influência na educação brasileira, mas não pode-se esquecer dos autores brasileiros. A pedagogia de John Dewey foi introduzida no Brasil por Anísio Spínola Teixeira (1900-1971), o qual lutou pelo papel social da escola, revolucionou o sistema educacional, criou a Escola Parque e a ciência pedagógica no Brasil. Paulo Freire (1921-1997) também destaca-se por seu apoio à educação no Brasil, sua pedagogia defendia a Educação Popular. E 5 também, Darcy Ribeiro (1922-1997) que desenvolveu escolas em tempo integral afim de tirar as crianças das ruas. 2.1.2. Inclusão Escolar A Educação Inclusiva no ensino regular é um desafio e passou por muitas barreiras ao longo da história, contudo hoje em dia está cada vez mais presente. Um grande passo foi dado após a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, realizada em 1994, em Salamanca, na Espanha, onde foi criada a Declaração de Salamanca, defendendo o direito do portador de necessidade de frequentar o ensino regular. De acordo com a Declaração de Salamanca (1994, p. 1): “Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades.” Entretanto nem sempre foi assim, muitas pessoas sofreram preconceito e discriminação no século XIX. Conforme Bertuol (2010) os primeiros movimentos em prol das pessoas com deficiência iniciaram-se na Europa e ampliaram-se aos Estados Unidos e Canadá, posteriormente a outros países e no Brasil. Então, a partir da idade média, buscou-se alternativas para o atendimento do aluno portador de necessidades especiais no ensino regular e este passou a ser visto como uma pessoa com potencialidades. A mesma autora pondera que ainda assim o aluno era tratado fora do âmbito escolar, mas buscando-se cada vez mais a integração à sociedade. E enfim, nos anos 90, ocorrem mudanças na educação com a chegada da Escola Inclusiva, a qual se propunha a atender todas as necessidades dos alunos e buscar a integração do deficiente no convívio social. Em vista disso pode-se dizer que a inclusão escolar está sempre em desenvolvimento e em busca de melhores condições de atendimento ao portador de 6 necessidades, contudo, para o alcance desses objetivos é importante a participação da sociedade. 2.2 ESTUDOS DE CASO Foram escolhidos três projetos para estudo de caso, dois nacionais e um internacional, todos projetados de forma diferente, mas com características comuns necessárias à uma escola inclusiva. 2.2.1 Ficha Técnica A Biblioteca São Paulo (Figura 1), em São Paulo – SP, foi escolhida como referência pois atende todas as normas de acessibilidade, uma das características mais importantes na concepção de uma escola inclusiva. Projetada por Aflalo & Gasperini Arquitetos, inserida em um parque urbano, com um terreno de 350.225 m² e possui 4527 m² de área construída. Figura 1 – Biblioteca São Paulo. Fonte: Archdayli (2012). A Escola Salesiana Dombosquinho (Figura 2), em Piracicaba – SP, destinada à educação infantil, foi escolhida como referência por apresentar uma infraestrutura adequada com ambientes lúdicos e coloridos. Projetada por SAA Shieh Arquitetos Associados, está inserida em um terreno de 5.180 m² e possui 2.160 m² de área construída. 7 Figura 2 – Escola Salesiana Dombosquinho. Fonte: Arcoweb (2012). A Escola Pública de Ciruelos (Figura 3), localizada em Ciruelos, província de Toledo, na Espanha, é destinada à educação infantil e ensino fundamental. O projeto foi resultado de um concurso público organizado pelo Ministério da Educação de Castilla la Mancha e foi projetado afim de transmitir uma imagem de edifício escolar. Projetada por Milano-Rugnon Arquitetos, inserida em um terreno com 6.545 m², possui 2.995 m² de área construída. Figura 3 – Escola Pública de Ciruelos. Fonte: Arqa (2015). 2.2.2. Programa e caráter Na tabela 1, observa-se o programa de necessidades de cada estudo de caso. Percebe-se que a característica em comum de todos os projetos é possuir espaços de lazer voltado aos usuários. 8 PROGRAMA DE NECESSIDADES Tabela 1 - Comparativo do programa de necessidades dos estudos de caso Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos Acervo, espaços multimídia, espaços para leitura, recepção, auditório, cafeteria, banheiros, terraços, serviços. Pátio coberto, palco, refeitório, piscina, área de recreação, quadra, salas de aulas, salas administrativas, sala dos professores, banheiros, estacionamento. Ginásio, sala de uso múltiplo, refeitório, biblioteca, salas de aula, salas administrativas, banheiros, cozinha. Fonte: Autora (2016) 2.2.3. Implantação Conforme observa-se na Tabela 2, cada projeto tem seu entorno diferente, entretanto todos eles possuem fácil acesso e boa localização. A biblioteca está inserida em um espaço aberto dentro de um parque urbano, diferente das escolas que possuem o edifício cercado. Todos os projetos exploram as visuais externas. Tabela 2 - Comparativo em relação à implantação dos estudos de caso Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Escola Pública de Dombosquinho Ciruelos Relação da implantação do projeto com a malha urbana O projeto está inserido em um parque público que interrompe a malha urbana, portanto não tem relação. O projeto está conectado à malha urbana. O terreno o qual está implantado ocupa metade de uma quadra. O projeto localiza-se fora da cidade, portanto não está conectado à malha urbana. Espaços abertos em relação à malha urbana Espaços abertos ligados com a malha urbana devido ao parque público. Não possui espaços abertos à malha urbana pois é um edifício totalmente cercado. Não possui espaços abertos conectados à malha urbana pois é um edifício todo cercado. IMPLANTAÇÃO Relação espaço externo x interno 9 A relação espaço externo x interno dá-se através de um terraço coberto por uma estrutura tensionada A relação do espaço externo x interno, dá-se através dos terraços cobertos nas salas de aulas. A relação espaço externo x interno dá-se através das grandes aberturas de vidro em sua fachada. Fonte: Autora (2016) 2.2.4. Função Na tabela 3, apresenta-se a planta de zoneamento, fluxograma e planta de fluxos dos projetos. Percebe-se que a Biblioteca São Paulo possui um programa de necessidades diferente das outras duas escolas. As escolas possuem quase os mesmo setores e espaços, apenas organizados de formas diferentes. Todos possuem pelo menos um acesso de serviço e mais de um acesso ao público. Tabela 3 - Comparativo de zoneamento dos estudos de caso Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos FUNÇÃO Zoneamento A Biblioteca São Paulo foi dividida em 4 setores: lazer/vivência (acervo, espaços multimídia, espaços de leitura, auditório), administrativo, serviço, e banheiro. A Escola Salesiana Dombosquinho foi dividida em 6 setores: estacionamento, educacional (salas de aula), administrativo, banheiros/vestiários, lazer/vivência (piscina, recreação, quadra, pátio, refeitório). Fluxograma A Escola Pública de Ciruelos está dividida em 5 setores: lazer/vivência (quadra, ginásio), educacional (salas de aula), banheiros, serviço e administrativo. 10 Planta de Fluxos Fonte: Autora (2016) 2.2.5. Dimensão dos espaços A tabela 4, a seguir, contém a dimensão aproximada dos espaços da Biblioteca São Paulo. A biblioteca possui acessibilidade universal dispondo de piso tátil, corrimão com duas alturas, inscrições em Braile, rampas de acesso e soleiras adequadas. Além de possuir mobiliários especiais para deficientes visuais e físicos. 11 Tabela 4 - Dimensões dos espaços da Biblioteca São Paulo Setor Administrativo Lazer Lazer Lazer Lazer Lazer Banheiros Lazer Lazer Lazer Serviço Nome do compartimento Dimensões (Largura x comprimen to) em metros Área útil em m² Mobiliário existente (quando possível de ser indicado) 4,00 x 8,00 32,00 17,00 x 60,00 1020,00 23,70 x 73,00 1730,00 11,00 x 13,00 143,00 Mesas, computadores, cadeiras Prateleiras, livros, mesas, cadeiras, computadores, sofás Prateleiras, livros, mesas, cadeiras, computadores, sofás Cadeiras Cafeteria Terraço 1 Banheiros Espaço para leitura 1 Espaço para leitura 2 Terraço 2 7,80 x 9,00 16,00 x 48,00 7,00 x 6,50 70,20 768,00 45,50 Não indicado Mesas e cadeiras Pia, sanitários 10,00 x 5,00 50,00 Mesas e cadeiras 10,00 x 7,00 70,00 Mesas e cadeiras 20,00 x 8,00 160,00 Mesas e cadeiras Terraço 3 Banheiros Área total: 20,00 x 8,00 7,00 x 6,50 160,00 45,50 4527,00 Mesas e cadeiras Pia, sanitários Recepção Acervo, espaços multimídia, espaços para leitura Acervo, espaços multimídia, espaços para leitura (2) Auditório Fonte: Autora (2016) Na tabela 5, observa-se a dimensão aproximada dos espaços da Escola Salesiana Dom Bosquinho, a escola é apta para receber alunos com mobilidade reduzida, contando com uma rampa de acesso ao segundo pavimento. Tabela 5 - Dimensão dos espaços da Escola Salesiana Dombosquinho Setor Nome do compartimento Dimensões (Largura x comprimento) em metros Área útil em m² Mobiliário existente (quando possível de ser indicado) Lazer/Vivência Pátio Coberto 15,00 x 26,00 390,00 Não indicado Lazer/Vivência Lazer/Vivência Lazer/Vivência Educacional Administrativo Palco Refeitório Área de recreação 30 salas de aula Sala dos professores Salas administrativas 13 banheiros 5,00 x 20,00 6,00 x 8,00 18,00 x 7,00 6,60 x 6,60 6,60 x 6,60 100,00 48,00 126,00 43,56 43,56 Não indicado Não indicado Não indicado Não indicado Não indicado 8,00 x 8,00 64,00 Não indicado 3,00 x 2,00 6,00 Não indicado Vestiários Área Total: 4,60 x 15,00 69,00 2.160,00 Não indicado Administrativo Banheiros Banheiros Fonte: Autora (2016) 12 Na tabela 6, observa-se as dimensões aproximadas dos espaços da Escola Pública de Ciruelos. A escola possui acessibilidade adequada. Foram utilizadas seis cores especificas para compor e dar vida aos ambientes interiores do projeto. Tabela 6 - Dimensão dos espaços da Escola Pública de Ciruelos Setor Dimensões Nome do (Largura x compartimento comprimento) em metros Área útil em m² Mobiliário existente (quando possível de ser indicado) Educacional 4 salas de aula infantis 3,20 x 6,00 19,20 Não indicado Lazer/Vivência Refeitório 6,20 x 4,30 26,66 Não indicado Lazer/Vivência Salão de uso múltiplo 7,20 x 4,30 30,96 Não indicado Administrativo Administrativo 10,50 x 5,15 54,07 Não indicado Educacional 11 salas de aula ensino fundamental 3,00 x 4,40 13,20 Não indicado Lazer/Vivência Lazer/Vivência Biblioteca Ginásio 5,00 x 3,20 10,00 x 9,00 16,00 90,00 Não indicado Não indicado Banheiros Banheiros 3,20 x 3,00 9,60 Não indicado Serviço Cozinha/Serviços 14,00 x 6,00 84 Não indicado Área Total 2.995,00 Fonte: Autora (2016). 2.2.6. Forma A seguir, na tabela 7, analisa-se a organização das plantas baixas de cada estudo de caso. A Biblioteca São Paulo possui uma planta linear, pois caracteriza-se por uma sequência de espaços, os outros dois projetos possuem planta centralizada, já que os espaços estão organizados em torno de um pátio central. 13 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS Tabela 7 – Tabela comparativa de organização dos espaços Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Plantas Baixas Escola Pública de Ciruelos Planta Linear (CHING, 2005) Planta centralizada (CHING, 2005) Planta Centralizada (CHING, 2005) Segundo CHING (2005), planta organizada de forma linear, um sequencia linear de espaços repetitivos. Segundo CHING (2005), planta organizada de forma centralizada, um espaço central dominante ao redor do qual uma série de espaços secundários é agrupada. Segundo CHING (2005), planta organizada de forma centralizada, um espaço central dominante ao redor do qual uma série de espaços secundários é agrupada. Fonte: Autora (2016) A tabela 8 mostra a composição das fachadas dos estudo de caso e as técnicas utilizadas afim de alcanças o objetivo desejado de cada projeto. Vê-se que cada qual possui composições diferentes. 14 COMPOSIÇÃO DAS FACHADAS Tabela 8 – Tabela comparativa de composição das fachadas Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos A cobertura do terraço de pergolado e vidro atribui ritmo na fachada. O volume no lado esquerdo atribui ao peso na composição da fachadas, fazendo com que ela seja assimétrica e contrastando os materiais. O uso de brises nas janelas do segundo pavimento atribui ritmo na fachada, e balanço assimétrico em relação ao primeiro pavimento. A fachada é assimétrica, pois possui outros volumes em contradição. A fachada possui contraste de materiais, e ritmo devido a tipologia das janelas. Fachada assimétrica devido aos demais volumes. Fonte: Autora (2016) Na tabela 9, a seguir, observa-se a marcação de acesso dos estudos de caso. Todos possuem marcação e hierarquia de acesso, marcados por elementos arquitetônicos inseridos em suas fachadas. MARCAÇÃO DE ACESSO Tabela 9 – Tabela de comparação da marcação de acesso. Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos A marcação de acesso é feita pelos pilotis que estão elevando o terraço superior. A marcação de acesso é definida através de uma cobertura de vidro e por meio da marquise criada pelo segundo pavimento. A marcação de acesso dá-se através da saliência da laje sob o acesso. Fonte: Autora (2016) 2.2.7. Habitabilidade Na tabela 10 observa-se as técnicas que foram utilizadas para tornar as edificações habitáveis. Soluções diferentes para cada projeto e suas necessidades. 15 Tabela 10 - Comparativo da habitabilidade nos estudos de caso Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos HABITABILIDADE Técnicas para tornar as edificações habitáveis A fim de criar um espaço de layout interno flexível e com bastante iluminação natural, a cobertura é ondulada e revestida com forro metálico permitindo assim a entrada de luz pelas aberturas zenitais. Além desta iluminação natural, a biblioteca possui um sistema de iluminação geral e direcionado, que estão instalados nas ilhas e mesas de leitura. As salas de aulas estão todas voltadas para o pátio, promovendo assim a ventilação cruzada e entrada de iluminação natural. O projeto também recebeu brises de tela metálica perfurada e inclinada, diminuindo a entrada de sol, porém sem interferir a visão do interior para o exterior. O projeto conta com claraboias afim de promover a iluminação natural em áreas de circulação. Foram utilizados materiais sustentáveis: Moniflex (cristais de isolamento de celulose térmica), teto interior de aparas de madeira (Heraklit), painéis de paredes de aparas de madeira e piso de borracha reciclada nas salas de aula. Fonte: Autora (2016) 2.2.8. Tecnologia Na tabela 11, observa-se quais foram as técnicas construtivas e materiais utilizados nos edifícios. Todos utilizaram materiais habituais utilizados em edifícios desta tipologia. Tabela 11 - Comparativo de tecnologias nos estudos de caso Biblioteca São Paulo Escola Salesiana Dombosquinho Escola Pública de Ciruelos TECNOLOGIA Viabilidade, técnicas construtivas e materiais 16 A fachada superior é composta por placas de concreto pré-moldadas com acabamento texturizado. A fachada do térreo é toda em vidro criando uma maior integração com o parque em que está inserida a biblioteca. O terraço da fachada principal foi coberto por pérgulas fabricadas com laminados de eucalipto de reflorestamento e policarbonato. O sistema estrutural é composto por laje alveolar e por 20 pilares de sustentação e 10 vigas principais dispostas a 10 metros uma da outra, cada uma com 15 metros de vão. O projeto é feito em concreto armado, vedação em alvenaria, janelas de vidro e possui brises de tela metálica perfurada e inclinada em uma das fachadas. O edifício busca uma uniformidade utilizando tijolo branco, placas cimentíceas, vidro e carpintaria de alumínio na cor cinza escuro. O fundo de tijolos brancos é cortado pelas aberturas que são preenchidas com tijolos cinza escuros colocados em fileira. Fonte: Autora (2016) 2.2.9. Conclusões Após o estudo de caso dos três projetos, pode-se concluir que todos eles, apesar de projetados de formas diferentes, possuem muitas características em comum. Seus principais espaços são os de lazer, buscando interação e a convivência entre os usuários. As duas escolas estudadas possuem praticamente o mesmo programa de necessidades e são organizadas em torno de um pátio central, já a biblioteca possui outro tipo de programa e organização por se tratar de um projeto com outro uso. Entretanto, todos os projetos possuem atributos essenciais à concepção de uma escola inclusiva. 17 3. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO 3.1 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO 3.1.1. Localização Regional O município de Tapejara localiza-se à nordeste do estado do Rio Grande do Sul, pertence à mesorregião noroeste e microrregião de Passo Fundo (Figura 4). Possui uma área de 240,10 km², 94% na zona rural e 6% na zona urbana. Está à 300 km da capital Porto Alegre, e à 55 km de Passo Fundo. Segundo estimativas do IBGE, o município de tapejara possui uma população de 21.525 habitantes. A economia do município gira em torno das diversas indústrias, agricultura e comércio. Figura 4 – Localização regional. Fonte: Autora (2016). 3.1.2. Localização Urbana No mapa a seguir pode-se observar as principais vias de acesso ao município de Tapejara. Pela RS 463 tem-se acesso a Coxilha e à Passo Fundo, posteriormente, pela RS 135. Pela RS 430 tem-se acesso a Santa Cecília do Sul e Charrua e pela RS 467 acessa-se o município de Ibiaçá. Também destacam-se marcos importante à cidade, como a Prefeitura Municipal de Tapejara, a Praça Central e todas as escolas da área urbana do município. 18 Figura 5 – Localização urbana. Fonte: Autora (2016). O terreno escolhido localiza-se no Bairro São Cristóvão, esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua Aurélio Sossela, em uma das entradas da cidade. O Bairro tem caráter predominante residencial e é um dos maiores bairros da cidade. 19 Figura 6 – Localização do terreno. Fonte: Autora (2016). 3.1.3. Mapa Nolli Foi elaborado um Mapa Nolli (figura 7), onde é possível observar os cheios e vazios em um raio aproximado de 500 metros no entorno do terreno. A maioria das quadras apresenta bastante espaços vazios. Figura 7 – Mapa Nolli. Fonte: Autora (2016). 20 3.1.4. Skyline A partir das visuais do terreno organizou-se uma fotomontagem das faces do quarteirão o qual o terreno está inserido, o skyline (figura 8), onde pode-se observar o contorno e a altura das edificações. A maior parte das edificações são de dois pavimentos, e há apenas uma edificação com quatro pavimentos. Deste modo, as edificações já existentes não interferem de forma significativa no terreno estudado. Figura 8 – Skyline. Fonte: Autora (2016). 3.1.5. Infraestrutura: Sistema Viário O sistema viário em torno do terreno possui todas as vias de duplo sentido, e a maioria compõe a malha urbana. Todas as ruas são bem conservadas e variam de acordo com sua tipologia: asfalto, paralelepípedo e não pavimentadas. O entorno possui apenas duas vias estruturais, as demais são vias coletoras e locais (figura 9). 21 Figura 9 – Sistema Viário. Fonte: Autora (2016). Na figura 10, observa-se o corte das ruas que circundam o terreno. A Avenida Sete de Setembro, possui um canteiro, estacionamento e calçada em apenas uma das vias. A Rua Aurélio Sossela possui estacionamento nos dois lados e calçada em apenas um dos lados. Figura 10 – Corte das vias. Fonte: Autora (2016). 22 3.1.6. Uso e ocupação do solo O uso e ocupação do solo em torno do terreno tem predominância de residências. Nota-se que na Avenida Sete de Setembro concentram-se outros tipos de usos, como industrias e serviços. Figura 11 – Uso e ocupação do solo. Fonte: Autora (2016). Para uma melhor demonstração do uso do solo, apresenta-se um gráfico dos usos das edificações no entorno do terreno (figura 12), onde 92% das edificações são residenciais. Figura 12 – Gráfico de uso e ocupação do solo. Fonte: Autora (2016). 23 No mapa a seguir observa-se o número de pavimentos de cada edificação do entorno, e conclui-se através do gráfico abaixo que residências de apenas um e dois pavimento predominam o local estudado pois trata-se de um bairro de caráter residencial. Figura 13 – Número de pavimentos. Fonte: Autora (2016). Figura 14 – Gráfico de número de pavimentos das edificações. Fonte: Autora (2016). 24 3.1.7. Infraestrutura Urbana De acordo com o mapa de infraestrutura urbana (figura 15), pode-se observar a rede de água, rede de energia elétrica, vegetação e iluminação pública. No município de Tapejara o abastecimento de água é feito pela Corsan e o serviço de energia elétrica é prestado pela Mux Energia. Figura 15 – Infraestrutura Urbana. Fonte: Autora (2016). 3.1.8. Transporte O transporte coletivo no município de Tapejara é feito pela empresa Produtiva Turismo. A Empresa possui quatro linhas de ônibus que passam pelo terreno. O transporte é feito em horários diversificados como observa-se na tabela 12. O trajeto feito por esses ônibus inicia-se na Avenida Sete de Setembro e vai até o distrito industrial localizado fora da área urbana da cidade, portanto todos as linhas de ônibus poderão ser utilizadas facilmente. 25 Tabela 12 – Horário transporte coletivo empresa Produtiva Turismo. ONIBUS 1 Saída Volta ONIBUS 2 Saída Volta ONIBUS 3 Saída Volta ONIBUS 4 Saída Volta 4:20 5:40 14:00 15:30 1:00 4:05 5:45 14:30 15:20 23:40 1:15 5:50 14:10 15:35 1:15 6:30 15:45 23:50 1:15 5:00 6:00 15:00 16:20 1:15 4:30 7:20 14:50 16:20 00:05 1:30 6:10 15:20 16:20 1:30 7:00 16:30 00:05 1:30 Fonte: Autora (2016). No mapa a seguir estão destacadas as paradas de ônibus no entorno do terreno. Não há pontos de táxi ou outros meios de transporte nas proximidades. Figura 16 – Paradas de ônibus. Fonte: Autora (2016). 3.2 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO 3.2.1. Topografia e dimensões do terreno O terreno escolhido (figura 17) possui uma área de 10.353,00 m² e possui apenas 2 metros de desnível. O mesmo não possui passeio público, porém há três postes locados nele. Não há nenhum tipo de vegetação no seu interior. 26 Figura 17 – Dimensões e topografia do terreno. Fonte: Autora (2016). 3.2.2. Condicionantes climáticos Tapejara possui um clima temperado e seus ventos predominantes são os ventos nordestes. Na figura abaixo pode-se observar, além dos ventos, a orientação solar. Figura 18 – Condicionantes climáticos. Fonte: Autora (2016). 27 3.2.3. Visuais do terreno Após a realização das análises do terreno, abaixo, na figura 19, observa-se algumas visuais da área de implantação do projeto. Figura 19 – Visuais do terreno. Fonte: Autora (2016). 3.3 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA 3.3.1. Plano Diretor O Plano Diretor do município de Tapejara está dividido em quatro zonas, zona A, B, C e D. O terreno está inserido na zona D, zona industrial, a qual permite todas as atividades, exceto casas de saúde e industrias perigosas. A taxa máxima de ocupação do terreno é de 75% e a altura é livre, porém é preciso ter 3 metros de afastamento das divisas laterais. 3.3.2. Código de Obras O projeto seguirá as recomendações para a construção de escolas do Código de Obras do município de Tapejara. Segundo o Código de Obras as escolas devem ser construídas de material incombustível, em sanitários masculinos deve-se ter um vaso sanitário e um lavatório para cada cinquenta alunos e um mictório para cada vinte e cinco alunos, em sanitários femininos deve-se ter um vaso sanitário para cada vinte alunas e um lavatório para cada cinquenta alunas. Também exige-se 28 instalações preventivas contra incêndio, bebedouro automático, chuveiros em vestiários para educação física e reservatório de água de acordo. Para as salas de aula o Código de Obras recomenda que tenham comprimento máximo de dez metros, pé direito mínimo de dois metros e oitenta centímetros e cada aluno deve ter no mínimo um metro e cinquenta de área útil. Os vãos de iluminação devem apresentar um quinto da área útil da sala de aula e os vãos de iluminação um quarto da área útil da sala de aula. Os pisos devem ser revestidos com material de uso adequado e as escadas e corredores, não podendo ser em leques ou caracol, devem apresentar largura mínima de um metro e cinquenta centímetros, e no caso de atenderem mais de quatro salas de aula devem apresentar, no mínimo, dois metros de largura. 3.3.3. Catálogos Técnicos FDE A FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) dispõe de catálogos técnicos para a construção de escolas. Os catálogos contém recomendações para mobiliários, layouts, ambientes, entre outras coisas. O projeto adotará algumas destas recomendações. 3.3.4. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos Por se tratar de uma Escola Inclusiva o projeto atenderá toda a NBR 9050, serão observados todos os critérios e parâmetros técnicos que a norma indica. Todos os espaços terão a acessibilidade necessária para a adaptação de pessoas portadoras de necessidades especiais afim de proporcioná-los qualidade, funcionalidade, conforto, independência e segurança. As circulações apresentarão largura mínima de 1,50 m comportando manobra de 360º para o cadeirante. As entradas e as rotas de acesso ao edifício serão acessíveis aos pedestres e veículos. As rampas obedecerão as recomendações de inclinação de 8,33 % e as escadas serão dimensionadas de acordo com o fluxo de pessoas e de acordo com a NBR9077. Os sanitários e vestiários acessíveis devem ser 5% dos mesmos e seus dimensionamentos serão de acordo com o que descreve a norma. O projeto também contará com toda sinalização necessária, as 29 quais podem ser visuais, táteis e sonoras e utilização de mapas táteis para facilitar a locomoção de deficientes físicos e visuais dentro da escola 3.3.5. NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios A NBR 9077 é um norma indispensável para o projeto pois visa a total segurança dos usuários, e em vista disso, o projeto atenderá essa norma de acordo com suas determinações. Segundo a NBR9077 o projeto classifica-se, quanto à sua ocupação, como uso educacional e cultura física, E-1 (escolas em geral) e E-6 (escolas para portadores de deficiência). Quanto à sua altura é classificado como L: edificação baixa, H ≤ 6,00 m. Quanto às suas dimensões em planta é classificado como W: edificações muito grandes, At > 5000 m². Quanto às características construtivas classifica-se como Z (edificações em que a propagação de fogo é difícil): prédios com estrutura resistente ao fogo e isolamento entre os pavimentos. Para o dimensionamento das saídas utilizando os usos E-1 e E-6 é determinado uma pessoa por 1,50 m² de área. De acordo com as especificações à serem realizadas no projeto será necessário uma escada comum e no mínimo duas saídas. Para dimensionar as saídas de emergência, acessos, escadas, descargas, e outros, utiliza-se a formula N = P/C, onde N é o número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro, P é a população e C é a capacidade da unidade de passagem. 30 4. CONCEITO E DIRETRIZES DO PROJETO 4.1 CONCEITO DA PROPOSTA O conceito do projeto baseia-se na Inclusão Social dentro do ambiente escolar, que nada mais é do que a união de todas as pessoas sem nenhuma distinção ou preconceito. Portanto, será inspirado em peças de quebra-cabeças que se unem formando uma coisa só, dando a ideia de juntar, incluir e conectar as pessoas. Figura 20 – Inspiração para o conceito. Fonte: LBI - Lei Brasileira de Inclusão. Esse conceito de quebra-cabeças também será utilizado na concepção dos espaços da escola, onde todos serão conectados entre si em volta de um pátio central, facilitando o acesso entre eles. Figura 21 – Esquema dos espaços da escola. Fonte: Autora (2016). 31 4.2 CARTA DE INTENÇÕES O projeto segue os princípios de Ching (2005) com uma planta centralizada “um espaço dominante ao redor do qual uma série de espaços secundários é agrupada”. E dessa forma está integrado com o entorno facilitando a locomoção entre os espaços internos e externos do edifício escolar e fazendo com que o ambiente seja inspirador aos alunos. Será dividido em quatro diferentes setores. O primeiro setor contará com espaços administrativos, o segundo setor englobará os espaços de serviço, o terceiro setor será o pedagógico e o quarto setor terá os espaços de lazer. Os espaços serão aconchegantes, lúdicos e alegres afim de despertar o interesse e criatividade dos alunos. Um jardim sensorial fará parte do projeto, localizado em um dos pátios abertos, com o objetivo de despertar a percepção e os sentidos dos alunos e possibilitar diferentes sensações. De acordo com Chimenthi (2016), o Jardim sensorial revela-se através dos quatro sentidos do corpo humano: o tato através das texturas das plantas; a audição com os repuxos d’água; a visão através das cores e o olfato com os aromas. Considerado um espaço de tranquilidade e maior envolvimento com a natureza. 4.3 DIRETRIZES DE PROJETO  Acessibilidade;  Acessos que facilitam o fluxo da escola;  Demarcação de acesso principal, por meio de hierarquia de projeto;  Blocos setorizados;  Pátio aberto como eixo estruturador;  Espaços amplos e interligados;  Uso de vidro;  Blocos com no máximo 2 pavimentos;  Jardim Sensorial;  Amplo espaço de vegetação. 32 4.4 DIRETRIZES URBANAS PROPOSTAS A área em que o projeto está implantada tem pontos positivos e negativos, na tabela abaixo pode-se observar todos esses pontos e quais as estratégias são propostas para uma melhor qualificação do local. Tabela 13 – Problemas e potencialidades da área de implantação. Problema Diretriz Estratégia passeio Promover o melhor acesso de pedestres Pouco movimento de pessoas Atrair pessoas para o local Criar passeio público acessível com uso do piso tátil, acessos para portadores de necessidades especiais e nivelamento das calçadas Espaços de lazer voltados a comunidade Falta de público Potencialidade Diretriz Estratégia Área bem localizada Promover integração da região com a cidade Criar um marco referencial de lazer à comunidade. Fácil acesso Linhas de ônibus que passam em frente Implantação de mais uma parada de ônibus em frente ao terreno Fonte: Autora (2016). Imagem Imagem 33 5. PARTIDO GERAL 5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES Após a análise dos estudos de caso e análise das necessidades de uma escola inclusiva, foi proposto o seguinte programa de necessidades, buscando a construção de um espaço organizado, funcional e completo. Setor Administrativo: - Recepção; - Secretaria; - Direção; - Vice direção; - Coordenação pedagógica; - Sala dos professores - Sala de reuniões; - Almoxarifado; - Sanitários. Setor Pedagógico: - Quatro salas de aula infantil; - Dez salas de aula de ensino fundamental; - Laboratório de ciências; - Laboratório de informática; - Laboratório de química e biologia; - Laboratório de matemática e física; - Sala de artes; - Sala de gastronomia; - Sala de línguas; - Brinquedoteca. Setor de Vivência: - Refeitório; - Cantina; - Auditório; - Biblioteca. 34 - Quadra coberta; - Depósito quadra; - Pátio coberto; - Pátio descoberto; - Jardim Sensorial; - Playground; - Sanitários. Setor de Serviço: - Cozinha; - DML; - Almoxarifado; - Lavanderia; - Depósito de lixo; - Depósito de gás; - Sanitários; - Vestiários; - Estar funcionários. 5.2 ORGANOGRAMA A partir do programa de necessidades propôs-se o seguinte organograma, figura 22, o qual propõe uma ligação entre todos os setores. Figura 22 – Organograma. Fonte: Autora (2016). 35 5.3 FLUXOGRAMA Na figura 23 observa-se o fluxograma dos espaços de acordo com seu respectivo setor. Opta-se por deixar os espaços sempre interligados procurando o fácil acesso entre eles. Figura 23 – Fluxograma. Fonte: Autora (2016). 36 5.4 PRÉ DIMENSIONAMENTO Baseado no programa de necessidades, foi criado um pré-dimensionamento dos espaços do projeto. Conforme observa-se na tabela 1, a área e o mobiliário proposto para cada ambiente. Tabela 14 – Pré-dimensionamento. Compartimento Mobiliário Área útil em m² Recepção Cadeiras, balcão de atendimento, bebedouro Armários, arquivos, mesas, cadeiras, computador, impressora, mural Mesa, cadeira, armário, arquivo, computador, impressora Mesa, cadeira, armário, arquivo, computador, impressora Mesa, cadeira, armário, arquivo, computador, impressora Mesa, cadeiras, sofá, televisão, computador, impressora, armários, lousa. Mesa com cadeiras, retroprojetor, televisão. Armários Sanitários, pias 9,00 Secretaria Direção ADMINISTRATIVO Vice direção Coordenação pedagógica Sala dos professores Sala de reuniões Almoxarifado Sanitários 45,36 12,00 12,00 12,00 42,12 16,70 12,96 25,92 Área total: 188,06 4 Salas de aula infantil 10 Salas de aula ensino fundamental Laboratório de ciências PEDAGÓGICO Laboratório de informática Laboratório de química e biologia Laboratório de matemática e física Sala de artes; Sala de gastronomia; Sala de línguas Brinquedoteca Mesas, cadeiras, lousa, televisão, armários Mesas, cadeiras, lousa, televisão 60,00 Banqueta para laboratório, mesas, lousa, equipamentos Mesas, cadeiras, computadores, impressoras Banqueta para laboratório, mesas, lousa, equipamentos Banqueta para laboratório, mesas, lousa, equipamentos Mesas, cadeiras, lousa 51,84 Mesas, cadeiras, louça, televisão Armários, brinquedos 50,00 51,84 51,84 51,84 51,84 51,84 51,84 100,00 Área total: 1142,88 VIVENCIA Refeitório Cantina Auditório Biblioteca Quadra coberta Depósito quadra Pátio coberto Pátio descoberto Mesas e cadeiras Balcão de atendimento, bancadas, pia, eletrodomésticos Cadeiras Armários, livros, sofás, mesas de leitura Armários, material esportivo - 155,52 9,72 200,00 100,00 700,00 12,96 200,00 - 37 Jardim Sensorial Playground Sanitários/Vestiários Plantas, bancos, pergolados Brinquedos Sanitários, pias 200,00 70,00 Cozinha DML Almoxarifado Lavanderia Depósito de lixo Depósito de gás Sanitários/Vestiários Estar funcionários Armários, bancada, pia, eletrodomésticos Tanque, armários Armários Tanques, armários Sanitários, pias, chuveiro Sofás, mesas, copa, televisão SERVIÇO Área total: 2248,20 32,40 6,48 12,96 12,96 3,00 3,00 12,96 33,25 Área total: 110,53 Fonte: Autora (2016). 5.5 PARTIDO GERAL – ZONEAMENTO Após a análise do tema, programa de necessidades, pré-dimensionamento, conceito e diagnóstico da área de implantação apresenta-se três propostas de zoneamento. Tabela 15 – Propostas de zoneamento. Funcionalidade: Boa posição solar das salas de aula, pátio como elemento central. Forma: Planta centralizada. Conclusões: Conclui-se que, apesar de ter boa posição solar, os ambientes não se ligam entre si. 38 Funcionalidade: Pátio como elemento central. Forma: Planta linear. Como Conclusões: os ambientes não se ligam e o setor pedagógico fica excluído do restante da escola. Funcionalidade: A Escola desenvolve-se em volta de um pátio central, facilitando o acesso aos ambientes. Forma: Planta centralizada. Conclusões: Conclui-se que está é a melhor opção de zoneamento para a escola, pela ligação e funcionalidade dos ambientes. Fonte: Autora (2016) . 39 6. CONCLUSÕES Após os estudos realizados obteve-se uma proposta de uma Escola Inclusiva de Ensino Fundamental que pode ser implantada no município de Tapejara – RS. O projeto suprirá uma necessidade do município de acolher as pessoas com necessidades especiais no ensino regular com todo o conforto e funcionalidade necessários cumprindo assim todos os objetivos propostos durante a pesquisa. A fim de trabalhar com a funcionalidade e facilidade para os usuários propôs-se uma escola com planta centralizada, espaços interligados, e um pátio central que funciona como eixo ordenador. Sem esquecer que o projeto atenderá toda a NBR 9050, um dos principais objetivos da proposta. Assim, o projeto atenderá a todas as condições estabelecidas para sua concepção, e conclui-se que será de suma importância ao município e à vivencia dos portadores de necessidades especiais no ambiente escolar. 40 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 97 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: Abnt, 2001. 35 p. ARCHDAILY. Biblioteca São Paulo. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/01-38052/biblioteca-sao-paulo-aflalo-e-gasperiniarquitetos>. Acesso em: 14 de março de 2016. ARCHTENDÊNCIAS. Biblioteca São Paulo. Disponível <http://archtendencias.com.br/arquitetura/biblioteca-sao-paulo-aflalo-gasperiniarquitetos/>. Acesso em: 14 de março de 2016. em: ARCOWEB. SAA Shieh Arquitetos Associados: Escola infantil Salesiana Dombosquinho, Piracicaba, SP. Disponível em: < https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/saa-shieh-arquitetos-associadosescola-infantil-salesiana-dombosquinho-piracicaba-sp>. Acesso em: 14 de março de 2016. ARQA. Colegio Público Infantil y Primario en Ciruelos, España. Disponível em: < http://arqa.com/arquitectura/colegio-publico-infantil-y-primario-en-ciruelosespana.html>. Acesso em: 14 de março de 2016. BERTUOL, Claci de Lima. 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