RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
“A música e a pessoa com deficiência: uma revisão narrativa da
literatura”
1
Indira Arias Rodriguez .
(UNESP) - indiraarias1986@gmail.com.
1
Eder Ricardo da Silva .
(UNESP) - ederprof.musica@gmail.com.
2
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini .
(UNESP). - vlmfcapellini@gmail.com.
3
Flávia Heloísa Dos Santos .
(UNESP) - flavinska@gmail.com.
Resumo
O objetivo do estudo foi revisar a literatura disponível relativa aos termos “música” e “deficiência”,
visando conhecer a influência da música no processo de inclusão da pessoa com deficiência e a
perspectiva do educador para a utilização de recursos musicais. Para tal foi realizada uma pesquisa
bibliográfica no período entre outubro de 2013 e abril de 2015 nas bases de dados SciELO, Portal de
Periódicos CAPES e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, por meio dos descritores:
“música” e “deficiência”. Os estudos encontrados indicam que a música contribui significativamente
no desenvolvimento da pessoa com deficiência, favorecendo o processo de inclusão. Ainda que esta
seja a percepção dos educadores, a formação acadêmica desses profissionais resulta insuficiente
para trabalhar a educação musical com pessoas com deficiência.
Palavras-chave: música; pessoas com deficiência; estimulação cognitiva.
“Music and the disabled person: a narrative review of the literature”
Abstract
The objective of this study was to review the literature concerning the terms "music" and "disability",
aiming at the influence of music in the process of inclusion of people with disabilities and the educator
perspective for the use of musical resources. For this was a literature survey conducted between
October 2013 and April 2015 in the databases SciELO, CAPES Journal Portal and Brazilian Digital
Library of Theses and Dissertations by means of descriptors "music" and "disability". The studies
found indicate that music significantly contributes to the development of people with disabilities by
promoting the inclusion process. Whilst this is the perception of educators, academic training of these
professionals is insufficient to work music education with people with disabilities.
Keywords: music; people with disabilities; cognitive stimulation.
Introdução
Este estudo pretende trazer à baila, o tema “a música e a pessoa com deficiência”,
considerando os aspectos inter-relacionais dos termos – música e deficiência – e as
publicações existentes, com o objetivo de ampliar a compreensão de suas relações
37
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
com o meio interno (variáveis psicomotoras, sócio-afetivas, cognitivas e linguísticas)
e externo (sociedade, família e/ou escola).
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças, Décima Revisão (CID-10,
OMS, 1992), a deficiência é definida como “uma perda ou anormalidade de uma
parte do corpo (estrutura) ou função corporal (fisiológica), incluindo as funções
mentais”. Nesse sentido, o conceito de deficiência é algo complexo e engloba
alguma incapacidade física ou mental de um indivíduo dificultando ou limitando a
sua capacidade na execução de determinadas tarefas e/ou ações do dia a dia.
Em complemento à definição do termo “deficiência”, uma nova classificação descrita
pela Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF,
OMS (2004) aponta as funcionalidades contidas nas pessoas que apresentam
deficiências. Assim, o termo é definido pela CIF como, as interrupções e/ou perdas
das funções ou das estruturas do corpo, tais como, um desvio importante ou uma
perda relativa a um padrão do que é geralmente aceito como estado biomédico
normal (OMS, 2004). FARIAS & BUCHALLA (2005) complementaram que a CIF
apresenta uma abordagem biopsicossocial que incorpora os componentes de saúde
aos níveis corporais e sociais.
Atendendo à CIF (OMS, 2004) e as relações que ela propõe referentes aos fatores
ambientais que interagem com as funções do corpo, a arte é uma atividade que
pode oferecer múltiplos benefícios às pessoas e, dentro dessa prática, a música é
um componente de destaque. A música, no cursar histórico da humanidade tornouse um instrumento da medicina e de outras formas alternativas de prevenção,
estimulando o desenvolvimento cognitivo, psicomotor e, afetivo para a aquisição das
aprendizagens (ALDRIDGE, 2009; SIEDLIECKI & GOOD, 2006; LEME, 2009;
BRUSCIA, 2000).
No Brasil, a educação musical tem se constituído cada vez mais em grande
potencial de projetos multidisciplinares e interdisciplinares, favorecendo o processo
de ensino e aprendizagem de modo geral (LOUREIRO, 2007). Com a promulgação
da Lei nº 11.769/2008, a música tornou-se uma disciplina obrigatória nas escolas
brasileiras de educação básica. Embora essa determinação exista, nem todas as
escolas públicas contam com um educador com formação musical, culminando num
ensino deficitário nesta área.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e nos Referenciais Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI), documentos oficiais da política nacional
de educação básica, constam como um dos objetivos o desenvolvimento das
capacidades de ordem cognitiva, física e afetiva, além da relação interpessoal,
inserção social, ética e estética tendo em vista uma formação global do estudante
(BRASIL, 2001). Nesse sentido, a atividade musical na escola é apoiada nestes
documentos com base num trabalho de apreciação, produção, de estética,
improvisação, reflexão e aprendizagem cultural (BRASIL, 1998, 2001).
De acordo com a literatura revisada, os estudos descrevem a incidência positiva do
trabalho com a música junto às pessoas com deficiências. ALVIN (1966), afirma que
a música pode representar para as crianças com deficiências um recurso pelo qual
38
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
elas podem se comunicar, integrar e auto identificar-se, bem como, ampliar os
limites físicos ou mentais que possuem.
Segundo JOLY (2003) a música parece provocar mudanças na conduta de crianças
com deficiência fazendo com que se adaptem melhor à vida escolar, contribuindo,
assim, para sua interação social e melhorando seu rendimento nas atividades de
aprendizagem.
BIRKENSHAW–FLEMING (1995) postulou que a música estimula a interação social
por meio de atividades musicais e um bom relacionamento social, possibilitando ao
indivíduo sair de um possível isolamento; desenvolve o tônus muscular e a
coordenação psicomotora que podem ser estimuladas com atividades que envolvam
movimento associado à música; além disso, promove o desenvolvimento da
linguagem, memória, capacidade auditiva e intelectual, bem como, o
desenvolvimento físico, intelectual e afetivo da criança com deficiência.
ARAUJO (2007) complementou que diferentes tipos de atividades musicais
permitem compreender essa linguagem artística como uma dimensão para a
formação da identidade do indivíduo, devendo ser contextualizada em seu ambiente
natural de produção social.
LOURO (2006) destacou que as ações do educador, quando realizadas junto aos
alunos, tendem a favorecer os processos de aprendizagem, sendo que, as
atividades musicais os ajudam a se socializar e a desenvolver processos contínuos
de autonomia. Com base nas ações educativas, a autora conceituou a educação
musical para pessoas com deficiência como uma Educação Musical Especial, que
objetiva proporcionar ao aluno a aprendizagem de conceitos como habilidades
musicais gerais, sendo utilizada, também, no desenvolvimento físico, emocional,
mental, social, estético e espiritual (SOARES, 2006a).
VIANA (2014) propôs um Programa de Animação Musical referente ao tema
“Ambiente e Saúde” num total de 12 sessões. Participaram desse estudo 11
pessoas com idade entre 16 e 25 anos, de ambos os sexos e com deficiência
intelectual. Os participantes aprenderam canções sobre a temática trabalhada. Os
resultados apontaram que os participantes obtiveram uma maior compreensão das
atividades realizadas, ampliando sua participação na realização de seus trabalhos
individuais e grupais, além de melhorias na qualidade de vida e bem estar dos
participantes.
Diante do exposto, é possível destacar um marcador relevante da música no
desenvolvimento da pessoa com deficiência. Seu amplo potencial terapêutico
historicamente reconhecido amplia-se para a dimensão educativa, sendo um
elemento propiciador na formação de valores e identidade do indivíduo. Entretanto, a
prática da educação musical em nosso país é recente, sendo necessário
compreender em que medida vem sendo desenvolvida para as pessoas com
deficiências.
Objetivo
39
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
Realizar revisão de literatura referente aos termos: música e deficiência, visando
identificar o papel da música no processo de inclusão da pessoa com deficiência,
bem como a condição do educador para a utilização de recursos musicais.
Método
Para este estudo de revisão utilizou-se a pesquisa bibliográfica, pois é utilizada em
qualquer estudo exploratório para a delimitação de um assunto em investigação.
Segundo SANTOS (2002), trata-se de um procedimento reflexivo e sistemático,
tendo como técnica o uso de fichamento de autores, de títulos ou obras, de
documentos como livros, periódicos, publicações técnicas, revistas, anais e
anuários.
O levantamento bibliográfico foi realizado no período entre outubro de 2013 e abril
de 2015 nas bases de dados, a saber: SciELO, Portal de Periódicos CAPES e
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, por meio dos descritores:
“música” e “pessoa com deficiência”. Com esses descritores, não foram obtidos
resultados significativos, sendo necessário utilizar outras palavras-chaves e
cruzamentos que ofereceram uma visão mais ampla do tema, como: “música” e
“deficiência”, “música” e “necessidades educativas especiais”.
Como critérios de inclusão, foram tomados como referência os estudos que
trabalharam o tema de forma conjunta envolvendo participantes com algum tipo de
deficiência em que a música foi utilizada como forma de reabilitação ou estratégia
educativa, demonstrando a relação existente entre os termos objetos de análise. Por
outro lado, foram excluídos os artigos que não apresentaram resumos disponíveis,
artigos relacionados a parâmetros epidemiológicos (doenças renais, coronárias,
acidentes cerebrovasculares, Parkinson, entre outros). Além disso, aqueles que
tiveram a música como único foco, sem associar elementos relacionados à
deficiência, bem como, outros estudos que pesquisaram especificamente o tema
inclusão, as estratégias educativas para pessoas com deficiência, mas não
utilizaram a música.
Após a leitura dos artigos, teses e dissertações, foram extraídas informações quanto
aos objetivos, procedimentos, participantes, faixa etária e sexo, além das
conclusões, para uma posterior discussão de informações relevantes.
Os estudos encontrados foram agrupados em três categorias: i) música como
recurso para estimulação cognitiva e desenvolvimento de novas habilidades; ii)
música no processo de inclusão das pessoas com deficiência; e iii) música e as
questões da didática e prática de ensino.
Resultados
Os resultados encontrados com os unitermos “música” e “deficiência”, inicialmente,
foram três artigos na base de dados SCIELO, na Biblioteca Digital Brasileira de
Teses e Dissertações, foram encontrados 34 estudos, e no Portal de periódicos
CAPES, 118 artigos, conforme demonstrado na Tabela 1. Em seguida, foram
aplicados os critérios de inclusão e exclusão, permitindo identificar os artigos que
abordaram o tema da música e a pessoa com deficiência de forma conjunta.
40
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
Autores
Objetivo
Método
Bases de dados consultadas
Portal de Periódicos CAPES
Base de Dados SciElo
Biblioteca Digital Brasileira de Teses
Dissertações (BDTD)
Total
e
Participantes
Conclusões
Resultado Inicial
118
3
34
Filtragem do resultado
6
1
8
155
15
Tabela 1 - Resultados da busca nas bases de dados consultadas
Conforme o detalhamento na Tabela 1, foram analisados 15 estudos, a saber:
JOVINI (2014); CASTRO, BOCANEGRA, GARZÓN, GONZÁLEZ, HERNÁNDEZ,
MALDONADO, PACHÓN, SIMBAQUEBA E TRIANA (2013); MASSARO E
DELIBERATO (2013); OLIVEIRA (2013); PINTO (2011); MAGALHÃES (2011);
MELO (2011); VÁSQUEZ (2011); DROGOMIRECKI (2010); TRESOLDI (2008);
ARAÚJO (2007); SOARES (2006A); SOARES (2006B); BONILHA (2006); BONILHA
E CARRASCO (2008). O fichamento dos artigos contemplando os autores, ano de
publicação, objetivo, método, participantes e resultados fundamentais obtidos nas
pesquisas analisadas encontra-se descrito na Tabela 2.
41
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
CASTRO,
(2013)
et
al.
Identificar evidência
bibliográfica do uso
da
música
como
ferramenta
em
processos
de
inclusão de pessoas
com deficiência.
Pesquisa
bibliográfica
_
ARAUJO (2007)
Caracterizar
o
processo de inclusão
das pessoas com
deficiência
nas
escolas
da
rede
municipal de ensino
de João Pessoa (PB).
Observações
do
cotidiano escolar e
das
atividades
educativas
das
salas
inclusivas,
questionários
e
entrevistas.
Estudantes
professores
salas
de
inclusivas.
BONILHA (2006)
Investigar
a
percepção
de
estudantes de música
com deficiência visual
e
de
seus
professores
acerca
das condições da
Musicografia Braille
na educação musical.
Entrevistas
e
questionários.
Relatos
de
experiências para
ter um
sobre o
ensino
desse
sistema de escrita.
Estudantes
de
Música
com
deficiência visual e
seus professores.
MELO (2011)
Discutir e analisar o
processo de inclusão
escolar
de
uma
pessoa
cega
no
curso de Licenciatura
em
Música,
na
Escola de Música na
Universidade Federal
do Rio Grande do
Norte.
Estudo de caso,
utilizando
como
procedimentos de
construção dados e
entrevista,
a
observação,
a
análise
de
documentos e os
registros
fotográficos.
1 aluno cego do
curso de Lic. em
Música,
2
professores,
2
colegas, 1 monitor
de
apoio,
coordenador
do
curso e o diretor.
TRESOL-DI (2008)
Buscar registros de
práticas
inclusivas
que
estejam
relacionadas com a
música nas escolas
municipais
de
Cachoeirinha (RS).
O estudo de caso.
2 alunos. Um tem
Síndrome de Down
e o outro é não
vidente (cego).
e
das
aula
As pesquisas que incorporam o
uso
da
música
como
ferramenta para facilitar os
processos de inclusão social
de crianças são insuficientes. A
sugestão
é
publicar
os
resultados das intervenções no
campo da terapia ocupacional,
o que constitui uma via de
desenvolvimento de futuras
investigações referentes ao
tema.
A inclusão é um processo a ser
construído que deve envolver a
escola, a família e a sociedade.
Não basta a garantia legal; é
necessário realizar propostas
pedagógicas de intervenção
curricular em que a música
seja instrumento educativo
para o desenvolvimento da
pessoa em suas múltiplas
aprendizagens.
Há muitas limitações para o
acesso
ao
ensino
da
Musicografia Braille, além da
desinformação por parte de
alunos e professores. Apontouse para a necessidade de uma
maior difusão da notação
musical em Braille, através de
novas produções acadêmicas,
e iniciativas que facilitem a
implantação
de
acervos
musicais transcritos para esse
sistema.
Foi desenvolvido um projeto de
acessibilidade curricular que
considera, efetivamente, a
diversidade da totalidade dos
seus alunos, levando em
conta,
principalmente,
as
condições
econômicas
e
culturais. Isso implica em um
processo
de
redimensionamento
das
práticas acadêmicas que se
orientem por ações articuladas
e colaborativas que envolvam
os
diversos
agentes
educacionais da EMUFRN e da
UFRN.
A música tem contribuído para
a inclusão das crianças e
adolescentes com deficiência
nas escolas. É desenvolvido
um projeto, que visa
a
inclusão
de
crianças
e
adolescentes com deficiência
através
da
música.
Os
profissionais da
educação
necessitam ser sensibilizados
e capacitados cada vez mais
nas questões da educação
inclusiva. É imprescindível a
formação
acadêmica
aos
professores que trabalham
com
educação
musical
especial.
42
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
SOARES (2006A)
Identificar
relações
entre práticas de
educação musical no
ensino de pessoas
com
necessidades
educacionais
especiais
incluídas
na escola regular e a
formação
de
professores
de
música em relação
ao
atendimento
destes indivíduos.
Identificar
a
percepção
do
professor a respeito
do
uso
da
comunicação
suplementar
e
alternativa
durante
um programa de
intervenção
na
Educação
Infantil
com a música.
Entrevistas
individuais,
observações
das
aulas de música e
exame
de
documentos
referentes
aos
cursos dos quais
esses professores
participaram.
3 professores de
música, de escolas
particulares
de
educação básica da
Grande São Paulo,
onde alunos com
deficiências
estavam inseridos.
Os resultados apontam para a
necessidade de cursos de
formação
de
professores
(inicial e continuada) que
discutam as práticas inclusivas
na educação musical, bem
como para a importância de
novas pesquisas que analisem,
com maior profundidade, as
condições de ensino nestes
contextos de inclusão.
Programa
de
comunicação
alternativa,
constituído de três
etapas.
(DELIBERATO,
2009, 2011).
7
alunos
com
deficiência;
Professora
de
educação
infantil;
pesquisado-ras.
Os sistemas de comunicação
suplementares e alternativos
podem ser utilizados por
crianças
pequenas
na
Educação Infantil, podendo
definir o cenário para o
desenvolvimento da linguagem
e da comunicação durante os
anos da Educação Infantil e
primeiros anos do Ensino
Fundamental.
PINTO (2011)
Promover
o
desenvolvimento do
conceito de ritmo na
criança
(F.)
com
Trissomia 21, através
da adaptação das
práticas de ensino de
Expressão
Musical
no 1º Ciclo.
Estudo de caso.
Observação direta
(Expressão
Musical); Entrevista
a à Professora da
sala; Anamnese e
o
Programa
Educativo
para
criança.
Criança
com
Síndrome de Down,
sexo masculino, de
9 anos. Professor
de
educação
musical;
Pesquisador
MAGA-LHÃES
(2011)
Construir
um
questionário online,
usando
uma
ferramenta acessível
do Google docs.
Pesquisa
quantitativa.
Questionário online.
60
músico
terapeutas
Portugal;
Pesquisador.
SOARES (2006B)
Descrever sobre a
publicação do livro
“Educação musical e
deficiência:
Propostas
pedagógicas”.
Texto apresentado
em
forma
de
resenha.
A autora.
BONILHA;CARRASCO (2008)
Problematizar o uso e
a difusão da notação
musical em Braille.
Investigação sobre
os recursos que
facilitem a produção
de partituras em
Braille.
Softwares
de Braille
Percebeu-se
elevada
cumplicidade entre F. e o
Professor
de
Expressão
Musical e o agrado pela
música por parte do aluno. É
referida a importância dessa
disciplina no processo de
ensino e aprendizagem do
aluno,
propiciando
o
desenvolvimento do aluno em
todas as áreas. Os dados
apontam que a música melhora
a qualidade de vida das
crianças com Trissomia 21,
contribuindo na organização
pessoal, interação social e a
criatividade.
Os
resultados
obtidos
confirmam a eficácia da
música/musicoterapia
no
processo de inclusão de alunos
com deficiência mental, que
segundos musico-terapeutas,
propicia participação e ao
envolvimento
no
grupo/comunidade.
O livro vem colaborar com a
comunidade científica voltada
para este assunto, visto que
são poucas as referências
nessa área, contribuindo para
o aprimoramento das práticas
musicais e artísticas realizadas
com
as
pessoas
com
necessidades
especiais
e
enriquecendo os debates neste
sentido.
O grande interesse de pessoas
com deficiência visual pelo
estudo da música é notório.
Entretanto, é necessária a
criação de condições para que
elas possam ter uma formação
musical consistente e atuar
MASSA-RO
DELIBE-RATO
(2013)
&
de
43
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
profissionalmente
músicos qualificados.
como
VÁSQUEZ (2011)
Identificar a situação
atual
da
criança
frente às demandas
do meio, a utilização
de seus órgãos de
sentido, comunicação
e motricidade.
Aplicação
do
inventário para o
estudo de caso:
Avaliação Funcional
de Socieven (1999).
Criança do sexo
masculino
com
deficiência, 3 anos;
Pesquisador.
Foi
observado
pela
pesquisadora
que
Daniel
respondeu bem às atividades
realizadas
com
música;
Concluiu-se também que é
importante encaminhá-lo a
uma escola que desenvolva
um currículo funcional.
OLIVEIRA (2013)
Criar subsídios que
possam nortear o
preparo
de
professores
de
música que atuam
com pessoas com
deficiência visual.
Entrevistas
semiestruturadas
para
conhecer
vivências
da
música.
Adultos
com
cegueira congênita
ou adquirida que
atuam na música
profissionalmente
ou por lazer.
Os resultados apontam para a
ausência da iniciação musical
na escola e destacam a
importância do incentivo da
família, da comunidade, além
do engajamento do próprio
aluno com deficiência visual
nos
seus
processos
de
formação musical.
JOVINI (2014)
Analisar
a
participação
de
alunos com DI de
uma
banda
de
percussão junto a
uma banda marcial
de
uma
escola
regular
Pesquisa
qualitativa;
Estudo de caso.
12 alunos de escola
especial com DI; 12
alunos de escola
regular
sem
deficiência
Os
resultados
obtidos
mostraram que a participação
e o envolvimento de ambos os
grupos (bandas) promoveu um
importante reconhecimento da
diversidade e inclusão de
jovens com DI incluídos num
programa musical de ensino
regular.
DROGO-MIRECKI
(2010)
Verificar
possíveis
aprendizagens
de
pessoas
com
deficiência através da
prática da Arte.
Pesquisa
qualitativa;
Análise de dados;
26
usuários
do
CEPABF
com
transtornos mentais,
motores e físicos.
Os resultados oportunizaram a
autora
a
protocolar
documentos
redigidos
juntamente à equipe de
pesquisadores
do
centro,
apontando o CEPABF como
referência em programas de
Artes para pessoas com
deficiência.
Tabela 2 - Estudos analisados
Os estudos analisados encontram-se publicados em revistas voltadas à área da
Educação e subáreas como a Educação Especial (Figura 1). O maior número de
publicações foi encontrado nas Bases de Dados Eletrônicos, sendo que os estudos
que relacionaram as variáveis “música” e “pessoa com deficiência” como exercício
da pós-graduação nos níveis de mestrado e doutorado, com uma tendência a ser
apresentados na base de dados de teses e dissertações e, na maioria dos casos,
não são publicados em revistas científicas.
44
RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
Figura 1 - Análise percentual dos locais de publicação
Discussão
O objetivo deste artigo foi realizar revisão da literatura referente aos seguintes
termos: música e deficiência, visando identificar o papel da música no processo de
inclusão da pessoa com deficiência, bem como a condição do educador para a
utilização de recursos musicais.
Observou-se um número reduzido de estudos e, em sua maioria, restrito tanto ao
campo de pesquisa quanto a publicação de estudos em relação ao tema nas bases
de dados. Os estudos analisados apresentaram a música como ferramenta
propiciadora do desenvolvimento para a pessoa com deficiência, favorecendo o seu
processo de inclusão.
De um lado, os professores e profissionais que trabalham com pessoas com
deficiência raramente possuem formação acadêmica especializada em educação
musical, o que se torna um obstáculo na utilização de uma didática funcional a esses
alunos no que se refere às respostas de índole musical, por vezes, restringindo-se a
prática com finalidade de recreação e/ou estimulação (MASSARO & DELIBERATO,
2013; PINTO, 2011; VASQUEZ, 2011). Por outro lado, no campo da investigação, as
pesquisas constituem estudos de casos, questionários buscando a visão de
professores e profissionais, qualidade de vida, bem-estar, entre outros
(MAGALHÃES, 2011). Portanto, ainda não conta com uma linha de investigação
consolidada e métodos com padrão bem definidos. Os artigos encontrados foram
organizados de acordo com a temática investigada e, assim, divididos em três
categorias descritas a seguir.
A primeira categoria identificada traz a música como recurso e estratégia para a
estimulação de aquisições de novas habilidades. Os estudos descreveram a
importância de como a utilização de uma atividade musical (por exemplo, como
estimulação auditiva e visual) pôde melhorar os processos perceptuais de crianças
com múltiplas deficiências como encefalopatias associadas a déficits físicos,
intelectuais e sensoriais. Os estudos de MASSARO & DELIBERATO (2013) e
Vasquez (2011) vão ao encontro da literatura de acordo com (ALDRIDGE, 2009;
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RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
SIEDLIECKI & GOOD, 2006; LEME, 2005; BRUSCIA, 2000) corroborando seus
resultados apontando que a música associada à terapia fonoaudiológica,
estimulação auditiva e musicoterapia, de forma sistemática e aplicada com crianças
na etapa pré-escolar, torna-se um elemento estimulador e preditor de novas
aprendizagens, como: aumento de gestos indicativos, comportamentos
comunicativos intencionais, linguagem expressiva e receptiva, propiciando, também,
o desenvolvimento da sua atenção.
A segunda categoria foi classificada como a utilização da música no processo de
inclusão das pessoas com deficiência. Atualmente, muitas práticas inclusivas por
meio da arte (grupos teatrais e de dança, corais de empresas, bandas escolares e
profissionais) têm sido a tônica para o movimento da inclusão das pessoas com
deficiência. Entretanto, a funcionalidade nesse acesso em relação à pessoa com
deficiência apoia-se ainda no paradigma de socialização e na participação em
atividades antes não frequentadas. Embora aconteça a ampliação desses limites
físicos (Alvin, 1966; Birkenshaw–FLEMING, 1995), ou seja, participarem socialmente
de ambientes e situações novos, as habilidades acadêmicas musicais como domínio
do senso rítmico, afinação e musicalidade também devem ser desenvolvidas (Joly,
2003). Os estudos de ARAÚJO (2007), TRESOLDI (2008), MAGALHÃES (2011),
CASTRO et al (2013) E JOVINI (2014), integrantes dessa categoria e comparados
entre si, sustentam a problemática da inclusão e os desafios desse processo na
formação cultural das pessoas com deficiência BRASIL (2001) e ARAÚJO (2007),
como por exemplo, o acesso e permanência em grupos artísticos da cidade
conforme será discutido na próxima categoria.
A última categoria refere-se às questões da didática e prática de ensino, na qual
encontramos o maior número de publicações nesta revisão. De acordo com os
estudos de SOARES (2006 a, b), BONILHA (2006), BONILHA & CARRASCO
(2008), DROGOMIRECKI (2010), PINTO (2011), MELO (2011) e OLIVEIRA (2013),
identifica-se uma frequente preocupação dos autores em apontarem instruções
metodológicas (Musicografia Braille) para o educador musical ao ensino de música,
principalmente às pessoas com deficiência visual. Ou seja, embora tenhamos
recursos como o Braille e a Reglete para trabalhar a musicografia, há também a
lacuna didática na formação do profissional da música, especificamente na
educação musical. Pensando em tais educadores, LOURO (2006) também
descreveu propostas musicais metodológicas específicas a serem desenvolvidas
junto às pessoas com deficiência. Entretanto, a educação continuada em música,
com vistas à deficiência, tem sido pouco instrumentalizada, permanecendo muito
mais na teorização de conteúdos (SILVA E ARRUDA, 2014).
Conclusões
Embora os estudos apresentados possuam resultados favoráveis à associação da
música com a aprendizagem, a inclusão social e fatores acadêmicos, há limitações
no que se refere ao campo de investigação e interesse científico para novas
publicações. Uma importante limitação, em nosso ponto de vista, é a falta de
incentivo à pesquisa do próprio professor de música, que muitas vezes tem sua
jornada de trabalho completa e opta por dedicar-se à prática pedagógica em
detrimento de sua formação continuada. Outra limitação identificada nessa revisão e
que corrobora com a pequena quantidade de publicações na área da educação
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RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
musical para pessoas com deficiência é a questão didática e de formação do
educador, muitas vezes tendo que lecionar música sem uma formação específica.
Contudo, os estudos apresentaram de forma consistente e funcional vantagens do
uso da música no processo educativo de pessoas com deficiência, tanto como
recurso ou estratégia e estímulo à inclusão social quanto à preocupação didáticometodológica na formação do educador. De forma geral, os achados compartilham
evidências de que a música é agente facilitador para o processo de inclusão escolar,
social e cultural, corroborando com a proposta de funcionalidade apresentada pela
Classificação Internacional de Funcionalidade (OMS, 2004). Nesse sentido, são
necessários novos estudos visando aprimorar e atualizar o estado da arte referente
ao tema, propondo novas estratégias de intervenção e investigação, como a criação
de programas de Educação Musical acessíveis também às pessoas com deficiência,
além de estratégias funcionais de ensino-aprendizagem, incluindo capacitação de
profissionais para este trabalho.
Agradecimentos
O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Estudantes- Convênio de
Pós-Graduação – PEC-PG, da CAPES/CNPq – Brasil
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(Agosto/2015), p.37-51.
Currículo dos autores.
Indira Arias Rodriguez. Possui graduação em Psicologia na - Universidade Central
Marta Abreu de Las Villas, Cuba (2009). - Possui pos-graduação como Mestre em
Administração de Empresas - Universidade de Camagüey, Cuba (2012). -Possui
pos-graduação como Mestre em Psicologia do desenvolvimento humano e
aprendizagem, na Universidade Estadual Paulista, Júlio de Mesquita Filho, São
Paulo, Brasil. - Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase na Psicologia do
Desenvolvimento humano e Aprendizagem, com estudos orientados à sexualidade,
à comunicação, transtornos de aprendizagem especificamente Discalculia do
Desenvolvimento e a sua intervenção neuropsicológica através de treino musical.
Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Eder Ricardo da Silva. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia do
Desenvolvimento e Aprendizagem da Universidade Estadual Paulista, Júlio de
Mesquita Filho - Campus Bauru. Possui graduação em Música - Habilitação em
Educação Musical pela Universidade do Sagrado Coração (2006). Possui
Especialização em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Palas Atena (PR)
(2009). Especialização em Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade de Itápolis
(2007). Tem Formação em Snoezelen/MSE(2009) pela AMCIP - Curitiba (PR). Tem
formação em Magistério pelo Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do
Magistério - CEFAM/Bauru (1999). Atualmente é professor de Educação Musical da
APAE - Bauru(SP). Docente visitante na Universidade do Sagrado Coração - USC.
Atua também como professor Tutor a Distância do Curso Práticas em Educação
Especial e Inclusiva na Área da Deficiência Intelectual da Faculdade de Ciências FC/ UNESP Bauru/MEC/SECADI. Tem experiência na área de Música, com ênfase
em Educação Musical Especial.
Vera Lúcia Messias Fialho Capellini. Graduada em Pedagogia pela Universidade
Metodista de Piracicaba (1991), Mestrado (2001) e Doutorado (2004) em Educação
Especial pela Universidade Federal de São Carlos. Pós-Doutorado na Universidade
de Alcalá- Espanha, 2012. Livre docência em Educação Inclusiva em 2014.
Professor Adjunto do Departamento de Educação, do Programa de Pós-graduação
em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e do Programa em Docência
para a Educação Básica, da FC/ UNESP- Bauru. Tem experiência na área de
Educação, com ênfase em Formação inicial e continuada de professores, prática de
ensino, inclusão escolar e avaliação educacional. Líder do Grupo de Pesquisa: A
inclusão da pessoa com deficiência, TGD e superdotação e os contextos de
aprendizagem e desenvolvimento e membro do Observatório Nacional de Educação
Especial, ambos cadastrados no CNPQ. Presidente da comissão organizadora do
Congresso Brasileiro de Educação da UNESP de Bauru. Coordenadora do Curso de
Aperfeiçoamento em Práticas Educacionais Inclusivas de 2008 a 2013,
Coordenadora do Curso de Especialização da Educação Especial do Redefor.
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RODRIGUEZ, I. A. & SILVA, E. R. & CAPELLINI, V. L. & SANTOS, F. H. A música e a pessoa com
deficiência: uma revisão narrativa da literatura. Revista Música e Linguagem. Vitória/ES. Vol.1, nº4
(Agosto/2015), p.37-51.
Flavia Heloisa Dos Santos. Pós-Doutorado em Psicologia na Universidad de Murcia,
Espanha (2010). Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo
(2002) com período sanduíche na University of Durham, Inglaterra. Especialização
em Psicologia da Infância pela UNIFESP (1998). Graduação, Bacharelado e
Licenciatura em Psicologia pela Faculdade Paulistana de Ciências e Letras (1994).
Investigadora do Departamento de Psicologia Básica das Universidades do Minho
em Portugal e de Murcia, na Espanha. Orientadora do Programa de Pós-Graduação
em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Universidade Estadual
Paulista (UNESP, campus de Bauru). Co-orientadora dos Departamentos de
Pediatria e de Fonoaudiologia da UNIFESP. Fundadora e coordenadora do
Laboratório de Neuropsicologia da UNESP de 2004 a 2013. Membro de três Grupos
de Pesquisa certificados pelo CNPq: Bases Fisiológicas e Evolutivas do
Comportamento - UNESP; Linguagem, Aprendizagem, Escolaridade - UNESP;
Psicologia da Saúde - FAMERP.
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