Academia.edu no longer supports Internet Explorer.
To browse Academia.edu and the wider internet faster and more securely, please take a few seconds to upgrade your browser.
O que essa pergunta pede? Geralmente perguntas da forma "O que é ____?" pedem uma definição, entendida como a especificação de condições necessárias e suficientes para que algo seja o que é. No presente caso, são as condições necessárias e suficientes para que algo seja filosofia que estão em questão. Mas agora que já temos uma ideia do que essa pergunta pede, como podemos respondê-la? Se alguém nos pergunta qual é o peso de um certo objeto, sabemos o que devemos fazer para responder à pergunta. Devemos procurar uma balança, colocar o objeto no local apropriado e olhar para o mostrador da balança para ver o que ele registra. Essas são as instruções que devemos seguir, desde o começo, para responder à pergunta sobre o peso de um objeto. Mas quais são as instruções que devemos seguir na tentativa de responder à pergunta "O que é filosofia?" É claro que nem a filosofia é um objeto físico, nem a pergunta pede informação sobre alguma característica física da filosofia. Sendo assim, qual a primeira coisa que devemos fazer ao tentar responder a essa pergunta? É claro, também, que devemos pensar, refletir, sobre a filosofia. Mas como devemos fazer isso? Qual é o primeiro passo nessa reflexão? Para quem está no início dos seus estudos filosóficos, uma resposta tentadora a essa meta-pergunta (ou seja, a essa pergunta sobre outra pergunta) consiste em dizer que devemos examinar a história da filosofia, prestando atenção no que os grandes filósofos disseram sobre a filosofia. Dado que são grandes, pensa-se, eles devem ter tido uma excelente compreensão do que a filosofia é. Portanto, no que essas autoridades no assunto disseram sobre a filosofia, deve estar a resposta à pergunta "O que é a filosofia?". Essa estratégia tem vários problemas que a tornam irremediavelmente errada. (1) A natureza ou essência da filosofia é matéria de enorme controvérsia entre os filósofos. Alguns deles dizem coisas sobre a natureza da filosofia que são mutuamente incompatíveis, ou seja, coisas que não podem ser todas verdadeiras. Aqui há duas alternativas. Se as afimações dos filósofos forem contraditórias entre si, então uma delas é verdadeira e a outra é falsa. Se forem contrárias, então talvez ambas sejam falsas 2. Se tais afirmações forem, de um jeito ou de outro, incompatíveis entre si, se for o caso que nem todas as afirmações dos filósofos sobre a filosofia podem ser verdadeiras, como podemos saber quais são as verdadeiras e quais são as falas? Duas afirmações são contraditórias quando são incompatíveis e uma é a negação da outra. Por exemplo: "A filosofia é uma ciência" e "A filosofia não é uma ciência". Essas afirmações não podem nem ser ambas verdadeiras, nem ambas falsas. Duas afirmações são contrárias quando são incompatíveis, embora uma não seja a negação da outra. Por exemplo: "Isso é completamente verde" e "Isso é completamente vermelho". Essas afirmações não podem ser ambas verdadeiras. Todavia, podem ser ambas falsas.
Os ensaios deste livro foram produzidos pelos estagiários do curso de Licenciatura em Filosofia da UFSC, em 2014, a partir de dois campos de atuação: o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e o Colégio Aplicação da UFSC.
2023 •
O presente estudo apresenta a articulação de quatro ideias da filosofia brasileira. A primeira, de Cruz Costa, de que a filosofia naturalmente desemboca na política. A segunda, de Corbisier, segundo a qual as teorias espiritualistas são conservadoras. A terceira, de que a filosofia ocupa um papel de guia na elaboração da ideologia nacional, ideia de Vieira Pinto. Por fim, a nossa própria, que toma que a filosofia deve ser entendida como uma estratégia. Do encontro dessas quatro concepções buscaremos interpretar um filósofo tupiniquim, Gonçalves de Magalhães, para mostrar como suas ideias podem ser bem explicadas por esse construto teórico.
Dissertação
AGINDO A FILOSOFIA (Mestrado)2023 •
Na presente dissertação defendo que desempenho uma reflexão filosófica por meio de minhas ações em performance. Para tal, apresento uma estrutura composta por preâmbulo, dois estudos principais, um estudo intermediário, além de uma pequena conclusão. No preâmbulo defino o terreno artístico e filosófico desta pesquisa, sendo a performance arte e a filosofia da ação de Paul Ricoeur, respectivamente. No primeiro estudo, direciono-me ao exame de como e quando o agir se torna um filosofar a partir de uma investigação no campo da criação, na qual abordo obras, discuto e proponho novos conceitos como criação em processo, agir-filosofar e filosofar prático. Após introduzir o conceito de particulares básicos da performance arte no estudo intermediário, investigo o filosofar prático em duas etapas: a primeira relacionada à ação e a segunda aos demais particulares. A pesquisa abrange um período de dez anos de minha produção artística, delimitada entre os anos de 2010 e de 2019. Em todo o seu corpo apresento e discuto conceitos e teorias de filósofos como Paul Ricoeur, Santo Agostinho, G. E. Anscombe, Hannah Arendt, J. L. Austin, Arthur Danto, Donald Davidson, J. Searle, P. F. Strawson, Charles Taylor, Paul Valéry e G. L. von Wright. Palavras-chave: performance arte, filosofar prático, particulares básicos, filosofia da ação, criação, ação English: In this dissertation, I argue that I perform a philosophical reflection through my actions in art. To this end, I present a structure composed of a preamble, two main studies, an intermediate study, in addition to a small conclusion. In the preamble I define the artistic and philosophical ground of this research, being performance art and Paul Ricoeur's philosophy of action, respectively. In the first study, I examine how and when acting becomes philosophizing based on an investigation in the field of creation, in which I approach works, discuss and propose new concepts such as creation in process, acting-philosophizing and practical philosophizing. After introducing the concept of basic particulars of performance art in the intermediate study, I investigate practical philosophizing in two stages: the first related to action and the second to other particulars. The research covers a period of ten years of my artistic production, delimited between the years 2010 and 2019. Throughout its body I present and discuss concepts and theories of philosophers such as Paul Ricoeur, Saint Augustine, G. E. Anscombe, Hannah Arendt, J. L. Austin, Arthur Danto, Donald Davidson, J. Searle, P. F. Strawson, Charles Taylor, Paul Valéry, and G. L. von Wright. Keywords: performance art, practical philosophizing, basic particulars, philosophy of action, creation, action
Annals of the New York Academy of Sciences
Involvement of claudins in zebrafish brain ventricle morphogenesis2012 •
Journal of Irish Archaeology
Radiocarbon dating of human remains from Navan Fort: their implications for understanding the wider ceremonial complex2023 •
Social Science Research Network
Redistributive Choices and Income Inequality: Experimental Evidence for Income as a Signal of Deservingness2016 •
CUNHA, LAZZARESCHI NETO (coord.), Direito Empresarial Aplicado v. 4
Reflexões sobre a suspensão do exercício de direitos do acionista na Lei n. 6.404/19762024 •
American Journal of Hematology
Acute colonic pseudo-obstruction (ogilvie's syndrome) during induction treatment with chemotherapy and all-trans-Retinoic Acid for acute promyelocytic leukemia1995 •
Computers in Human Behavior
Do individuals with problematic and non-problematic internet game use differ in cooperative behaviors with partners of different social distances? Evidence from the Prisoner's Dilemma and Chicken Game2018 •
Semina: Ciências Agrárias
Biomass productivity of Chlorella vulgaris cultivated in fish and dairy cattle wastewaters2021 •
Journal of Institute of Science and Technology
Screening and Optimization of Thermo-Tolerant Bacillus Sp. For Amylase Production and Antifungal Activity2019 •