Skip to main content
O presente artigo visa apresentar a produção acadêmica sobre o tema raça e racismo elaborada no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP). Para tanto, fizemos uma análise das teses e dissertações produzidas no IPUSP entre 1970 e 2012 e que... more
O presente artigo visa apresentar a produção acadêmica sobre o tema raça e racismo elaborada no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP). Para tanto, fizemos uma análise das teses e dissertações produzidas no IPUSP entre 1970 e 2012 e que utilizaram essas categorias para compreensão de fenômenos subjetivos, sociais e políticos. Dentre outros aspectos, constatamos que os trabalhos analisados se dividem principalmente em três grandes eixos, são eles: denúncia do racismo, modos de subjetivação do racismo e estratégias para superá-lo. No entanto, é possível considerar que são poucos os trabalhos que versam de forma sistemática acerca da desconstrução do racismo, bem como sobre metodologias e técnicas em que psicólogos poderiam contribuir para a luta antirracista na sociedade brasileira. Por assim dizer, ainda há uma lacuna no conhecimento de Psicologia e relações raciais que deveria ser aprofundado por psicólogos.El presente artículo presenta la producción académica sobre el tema raza y r...
Este artigo tem como objetivo apresentar as principais abordagens em que a psicologia social clássica norte-americana teorizou sobre o preconceito racial, o racismo e o antirracismo e, a partir delas, trazer os estudos críticos da... more
Este artigo tem como objetivo apresentar as principais abordagens em que a psicologia social clássica norte-americana teorizou sobre o preconceito racial, o racismo e o antirracismo e, a partir delas, trazer os estudos críticos da branquitude como possibilidades para superar os limites identificados nessa corrente, que ora apresenta um indivíduo fora da estrutura, ora a estrutura sem indivíduos. Para isto, neste artigo definimos três abordagens propostas pela psicologia social norte-americana: teste de associação implícita; teoria do contato intergrupal e racismo aversivo; e emoções específicas. A partir daí mostramos como os estudos críticos da branquitude se apresentam como uma síntese entre essas duas posições opostas, que oscilam entre o indivíduo e a estrutura. Nesta perspectiva, a estrutura se manifesta na própria experiência subjetiva do indivíduo, que se torna capaz de identificá-la em seu próprio campo experiencial.
Resumo: O presente artigo descreve os principais elementos que constituíram o pensamento, a história e os posicionamentos éticos e políticos da Psicologia brasileira no que se refere às relações raciais. Estes elementos são alinhados e... more
Resumo: O presente artigo descreve os principais elementos que constituíram o pensamento, a história e os posicionamentos éticos e políticos da Psicologia brasileira no que se refere às relações raciais. Estes elementos são alinhados e comentados da seguinte maneira: a) um primeiro debate que se inicia no fim do século XIX, no qual o pensamento psicológico sobre o problema racial descreve o negro como “objeto da ciência”; a ideia de raça é, neste ponto da história, determinada biologicamente; b) o período compreendido entre 1930 e 1960, caracterizado pelo impacto da obra de Gilberto Freyre, em que o conceito de raça aparece como determinante cultural e posteriormente foi marcado pela crítica ao mito da “democracia racial”; c) um momento que se inicia no fim da década de 1970, sob influência de estudos de desigualdades raciais, da abertura política e do processo de redemocratização do país, quando os movimentos sociais negros, através de seus atores, ativistas e intelectuais, produze...
Este artigo parte de uma pesquisa maior sobre familias inter-raciais tem como proposito compreender como os processos de identificacoes no interior das dinâmicas familiares engendram formas complexas de auto e hetero-classificacoes... more
Este artigo parte de uma pesquisa maior sobre familias inter-raciais tem como proposito compreender como os processos de identificacoes no interior das dinâmicas familiares engendram formas complexas de auto e hetero-classificacoes raciais. Para esta compreensao foi feita uma revisao teorica do lugar do “mestico” nas relacoes raciais brasileiras, bem como as formas de classificacoes raciais usadas por nossa populacao. Posteriormente usamos um estudo de caso, de uma das entrevistas feitas com familias inter-raciais, em que durante o processo da entrevista a autoclassificacao da filha “mestica” modificou-se tres vezes, dependendo dos processos relacionais a entrevistada se anunciava como branca, em outros momentos como negra e ao mesmo tempo sabia que socialmente era “lida” como morena demonstrando assim a radicalidade do processo relacional nas classificacoes raciais. Tudo isso revela a complexidade e a sutileza que a autoclassificacao racial enseja e promove na realidade singular do...
This article aims to address the different ways in which race and racism penetrate the social field and are singularly inscribed in the subjects. Otherwise, it intends, from the field of racial relations, to discuss the ways in which... more
This article aims to address the different ways in which race and racism penetrate the social field and are singularly inscribed in the subjects. Otherwise, it intends, from the field of racial relations, to discuss the ways in which these systems, polysemic, multiform, mercurial and always in transition, are experienced, meant, appropriated and introjected by people and are incorporated into subjectivity, forming this construct. Taking reasoning and methodology from socio-historical psychology, ways of approaching racial issues are also considered in the clinical context of the psychologist’s performance, based on the elements that the race itself and its dynamics point as a path towards its subversion.
Este artigo pretende abordar os impactos que a vivência do racismo dentro do ambiente familiar tem na subjetividade dos indivíduos. Interpela, portanto, os modos como essa experiência interfere na formação da identidade do sujeito, na sua... more
Este artigo pretende abordar os impactos que a vivência do racismo dentro do ambiente familiar tem na subjetividade dos indivíduos. Interpela, portanto, os modos como essa experiência interfere na formação da identidade do sujeito, na sua autoimagem e na construção da estima por si mesmo. Esses processos, múltiplos e complexos, serão observados a partir da análise do relato das histórias e experiências de vida de uma pessoa, Mariana. Embora trate de Mariana, através de sua voz, muitos outros falam. Muitas famílias brasileiras estão aqui representadas, na vivência dolorida de muitas mulheres e homens que experimentaram o racismo desde a tenra infância. Contado e vivificado por ela, assim como interpretado à luz dos significantes e significados que ela atribui a essas vivências, seu relato permite pensar os efeitos psicossociais da experiência da violência racial e do racismo quando ele é vivido pelos sujeitos negros nos arranjos familiares em que o branco da família é explicitamente ...
Este artigo tem como objetivo central descrever as formas pelas quais o negro, a história negra e a ancestralidade negra têm sido negadas no discurso das famílias inter-raciais e suas dinâmicas de interação familiar. Para esta compreensão... more
Este artigo tem como objetivo central descrever as formas pelas quais o negro, a história negra e a ancestralidade negra têm sido negadas no discurso das famílias inter-raciais e suas dinâmicas de interação familiar. Para esta compreensão apresentamos o estudo de caso de duas famílias com o intuito de pensar qual o lugar da raça nestas dinâmicas. Os resultados obtidos nesta pesquisa apontaram que o mecanismo psicossocial de negação é uma das diversas formas de negociar os conflitos e tensões raciais que se enunciam no interior destas famílias.
This article aims to understand and present the ways in which the subjects considered whites daily acts to allow the maintenance of material and symbolic privileges of whites over other racialized groups in our society. And from there,... more
This article aims to understand and present the ways in which the subjects considered whites daily acts to allow the maintenance of material and symbolic privileges of whites over other racialized groups in our society. And from there, investigate which forms of power whiteness exerts on other racial identities. To this understanding I use the analysis of statements of people from Sao Paulo of different social classes with the purpose of understand how the white power is put into action in everyday subjects. The survey results indicate that white subjects know they are privileged in relation to non-whites, but are not responsible for this fact. In this sense, the ambiguity and fragmentation of subjects' speech seemed to me very relevant to understanding how it maintains the racism in Brazilian society. The ambiguity appears as a fundamental artifice to the subjects keeps their privileges, exempting them from moral responsibility.
O artigo descreve três momentos do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnicoraciais no final do século XIX e no início do século XX, caracterizado pela consolidação da Escola Nina Rodrigues, que investiga características... more
O artigo descreve três momentos do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnicoraciais no final do século XIX e no início do século XX, caracterizado pela consolidação da Escola Nina Rodrigues, que investiga características psicológicas dos escravos e ex-escravos e fornece elementos para a configuração do negro como sujeito psicológico; o período de 1930 até 1950 é caracterizado pelo debate da construção sociocultural das diferenças e da desconstrução do determinismo biológico das raças, e o período de 1990 em diante, pelos estudos sobre branqueamento e branquitude. Utilizando a perspectiva histórica, foi possível traçar uma linha no tempo identificando esses momentos de ruptura e de configuração de novos saberes em Psicologia: biológico-causal, culturalista e relacional. A construção dessa linha no tempo configura uma tentativa de trazer para o campo da Psicologia uma outra perspectiva de discussão da temática étnico-racial, repensando o papel dos modelos e das teorias p...
Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para tanto, faço... more
Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para tanto, faço uma análise de como sujeitos brancos se apropriam da categoria raça e do racismo na constituição de suas subjetividades. Para essa compreensão foram feitas entrevistas com brancos paulistanos de diferentes classes sociais, gênero e gerações com o intuito de compreender quais os significados que estes sujeitos atribuíam a "ser branco". Os resultados obtidos nesta pesquisa apontaram que o racismo e a ideia falaciosa de raça, construída no século XIX, ainda fazem eco nos modos de subjetivação de indivíduos brancos. A partir das análises das entrevistas foi possível perceber que estes sujeitos acreditam que "ser branco" determina características morais, intelectuais e estéticas dos indivíduos.
Este artigo tem como objetivo analisar o entrelaçamento das categorias trabalho, gênero e raça, visibilizando os arranjos sociais responsáveis pela criação de um não lugar destinado a mulheres, negros e, particularmente, às mulheres... more
Este artigo tem como objetivo analisar o entrelaçamento das categorias trabalho, gênero e raça, visibilizando os arranjos sociais responsáveis pela criação de um não lugar destinado a mulheres, negros e, particularmente, às mulheres negras. Para cumprir esta finalidade utilizamos dados quantitativos e qualitativos produzidos por institutos de pesquisas brasileiros e por pesquisadores da temática étnico-racial. A análise desses indicadores sociais reitera que o ambiente do trabalho é um espaço adverso à diversidade. Percebe-se haver um reforçamento mútuo entre o racismo e o sexismo na medida em que se nota a existência de um cenário em que grupos não-dominantes parecem circular por territórios de outrem. Assim, gênero e raça são variáveis que interagem produzindo oportunidades desiguais para sujeitos diferentes. Diante dessa realidade, buscou-se destacar algumas formas como os grupos marginalizados tecem estratégias de enfrentamento para superar as discriminações, afinal não se deve ...
Resumo: O presente artigo descreve os principais elementos que constituíram o pensamento, a história e os posicionamentos éticos e políticos da Psicologia brasileira no que se refere às relações raciais. Estes elementos são alinhados e... more
Resumo: O presente artigo descreve os principais elementos que constituíram o pensamento, a história e os posicionamentos éticos e políticos da Psicologia brasileira no que se refere às relações raciais. Estes elementos são alinhados e comentados da seguinte maneira: a) um primeiro debate que se inicia no fim do século XIX, no qual o pensamento psicológico sobre o problema racial descreve o negro como " objeto da ciência " ; a ideia de raça é, neste ponto da história, determinada biologicamente; b) o período compreendido entre 1930 e 1960, caracterizado pelo impacto da obra de Gilberto Freyre, em que o conceito de raça aparece como determinante cultural e posteriormente foi marcado pela crítica ao mito da " democracia racial " ; c) um momento que se inicia no fim da década de 1970, sob influência de estudos de desigualdades raciais, da abertura política e do processo de redemocratização do país, quando os movimentos sociais negros, através de seus atores, ativistas e intelectuais, produzem a ideia de raça como constructo social e pautam uma agenda política redefinindo o debate racial, e na qual a Psicologia passa a discutir o negro não mais como " objeto da ciência " , mas sim como agente produtor de sua própria história. Abstract: This article describes the main elements that constituted the thought, history, and ethical and political positions in Brazilian psychology in relation to race relations. These elements are aligned and commented as follows: a) a first debate that begins in the late nineteenth century, in which psychological thought about the racial problem describes black people as an " object of science " ; the idea of race is, at this point in history, determined biologically b) the period between 1930 and 1960, characterized by the impact of the work of Gilberto Freyre, in which the concept of race appears as a cultural determinant and was later marked by criticism of the myth of " racial democracy " ; c) a moment that began in the late 1970s under the influence of studies of racial inequalities, political opening, and the process of re-democratization of the country where black social movements through their actors, activists, and intellectuals produce the idea of race as a social construct and guide a political agenda redefining the racial debate, and in which psychology begins to discuss black people no longer as " objects of science " but as agents of their own history.
Research Interests:
Minha mãe pintou meu pai de branco: afetos e negação da raça em famílias interraciais Este artigo, parte de uma pesquisa maior sobre famílias inter-raciais, tem como propósito descrever as formas pelas quais o negro, a história negra e a... more
Minha mãe pintou meu pai de branco: afetos e negação da raça
em famílias interraciais

Este artigo, parte de uma pesquisa maior
sobre famílias inter-raciais, tem como propósito
descrever as formas pelas quais o negro, a história
negra e a ancestralidade negra têm sido negadas
no discurso das famílias inter-raciais. Para esta
compreensão, apresentaremos o estudo de caso de
duas famílias. Os resultados obtidos na pesquisa
maior nos mostraram que a família é um espaço
privilegiado para o desenvolvimento de estratégias
de enfrentamento da violência racista vivida na
sociedade de forma mais ampla, mas também o
locus de legitimação e vivência racistas. E dentro
destas vivências foi possível perceber que um dos
mecanismos psíquicos usados para negociar os
conlitos e tensões raciais de nossa sociedade no
interior das famílias é a negação do Outro como
negro.
Palavras-chaves: Racismo. Negação. Famílias
Interraciais. Raça, Branquitude.
Research Interests:
Resumo: Este artigo pretende abordar os impactos que a vivência do racismo dentro do ambiente familiar tem na subjetividade dos indivíduos. Interpela, portanto, os modos como essa experiência interfere na formação da identidade do... more
Resumo: Este artigo pretende abordar os
impactos que a vivência do racismo dentro do
ambiente familiar tem na subjetividade dos
indivíduos. Interpela, portanto, os modos como
essa experiência interfere na formação da
identidade do sujeito, na sua autoimagem e na
construção da estima por si mesmo. Esses
processos, múltiplos e complexos, serão
observados a partir da análise do relato das
histórias e experiências de vida de uma pessoa,
Mariana. Embora trate de Mariana, através de
sua voz, muitos outros falam. Muitas famílias
brasileiras estão aqui representadas, na vivência
dolorida de muitas mulheres e homens que
experimentaram o racismo desde a tenra
infância. Contado e vivificado por ela, assim como
interpretado à luz dos significantes e significados
que ela atribui a essas vivências, seu relato
permite pensar os efeitos psicossociais da
experiência da violência racial e do racismo
quando ele é vivido pelos sujeitos negros nos
arranjos familiares em que o branco da família é
explicitamente racista.
Palavras-Chave: psicologia, mestiçagem,
branquitude, identidade.
Research Interests:
Resumo: Este estudo qualitativo descritivo exploratório investigou a concepção de estudantes de Psicologia de uma universidade pública da região metropolitana de São Paulo sobre a categoria raça na compreensão da desigualdade e sobre a... more
Resumo: Este estudo qualitativo descritivo exploratório investigou a concepção de estudantes de Psicologia de uma universidade pública da região metropolitana de São Paulo sobre a categoria raça na compreensão da desigualdade e sobre a relevância das relações raciais na formação de psicólogo(as). A coleta de dados ocorreu entre os meses de agosto de 2009 e maio de 2010 por meio de 16 entrevistas com estudantes de pós-graduação e 4 grupos focais com estudantes de graduação. A análise de conteúdo dos dados mostrou que os(as) estudantes consideram a cor da pele uma categoria importante na compreensão da desigualdade e as relações raciais, um tema relevante na formação de psicólogo(a). Porém, segundo os(as) estudantes, foi dada pouca importância às relações raciais no Brasil em sua formação, sendo a discussão sobre cotas na universidade pública o principal fator que possibilitou refletir abertamente sobre esse tema em sala de aula. O estudo evidenciou que as relações raciais merecem mais atenção dos cursos de graduação e pós-graduação em Psicologia e que a formação de psicólogos(as) deve incluir a reflexão crítica sobre a categoria raça e o racismo. Palavras-chave: desigualdade; relações raciais; formação do psicólogo; pesquisa qualitativa. Abstract: This exploratory descriptive qualitative study investigated the conception of psychology students from a public university at the metropolitan region in São Paulo about the race subject to understand inequality and the relevance of racial relations to shape psychologists. Data collection occurred between August 2009 and May 2010 through 16 interviews with graduate students and 4 focus groups with undergraduate students. Content analysis of the data showed that students consider skin color an important category to understand inequality and racial relations an important subject to shape psychologists. However, according to the students the racial relations subject in Brazil didn´t receive enough attention during their training. The racial
Research Interests:
RESUMO Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para... more
RESUMO Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para tanto, faço uma análise de como sujeitos brancos se apropriam da categoria raça e do racismo na constituição de suas subjetividades. Para essa compreensão foram feitas entrevistas com brancos paulistanos de diferentes classes sociais, gênero e gerações com o intuito de compreender quais os significados que estes sujeitos atribuíam a " ser branco ". Os resultados obtidos nesta pesquisa apontaram que o racismo e a ideia falaciosa de raça, construída no século XIX, ainda fazem eco nos modos de subjetivação de indivíduos brancos. A partir das análises das entrevistas foi possível perceber que estes sujeitos acreditam que " ser branco " determina características morais, intelectuais e estéticas dos indivíduos. RESUMEN Este artículo tiene como objetivo contribuir para el campo de estudio que relaciona las categorías de raza, racismo y psicología, y forma parte de los estudios interdisciplinares nacionales e internacionales sobre blancura. Por lo que, hago un análisis de cómo los individuos blancos se apropian de la categoría raza y del racismo en la constitución de sus subjetividades. Para ésta comprensión se han hecho entrevistas con paulistanos blancos de diferentes clases sociales, género y generaciones, cuyo intuito es de comprender cuales son los significados que estos individuos atribuían a " ser blanco ". Los resultados obtenidos en esta investigación apuntaron que el racismo y la idea errónea de raza, construida en el siglo XIX, aún hacen eco en los modos de subjetivación de individuos blancos. A partir de los análisis de las entrevistas fue posible observar que estos individuos creen que " ser blanco " determina características morales, intelectuales y estéticas de los individuos. ABSTRACT This article aims to make a contribution to the field of study that relates the categories of race, racism and psychology and is part of the national and international field of critical studies on whiteness. For this purpose, it was made an analysis of how white people appropriate the categories of race and racism in their subjective constitution. Data was drawn from interviews made with white Brazilians from São Paulo of different social classes, gender and generations in order to grasp the ascribed meaning of being " white ". The findings show that racism and the fallacious idea of race, built in the nineteenth century, still echoes in the modes of subjectivation of white individuals. Based on the analysis of the interviews, it was possible to realize that they believe that " being white " determines moral, intellectual and aesthetic characteristics of individuals.
Research Interests:
Resumo: O presente artigo visa apresentar a produção acadêmica sobre o tema raça e racismo elaborada no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP). Para tanto, fizemos uma análise das teses e dissertações produzidas no IPUSP entre 1970 e 2012... more
Resumo: O presente artigo visa apresentar a produção acadêmica sobre o tema raça e racismo elaborada no Instituto de Psicologia da USP (IPUSP). Para tanto, fizemos uma análise das teses e dissertações produzidas no IPUSP entre 1970 e 2012 e que utilizaram essas categorias para compreensão de fenômenos subjetivos, sociais e políticos. Dentre outros aspectos, constatamos que os trabalhos analisados se dividem principalmente em três grandes eixos, são eles: denúncia do racismo, modos de subjetivação do racismo e estratégias para superá-lo. No entanto, é possível considerar que são poucos os trabalhos que versam de forma sistemática acerca da desconstrução do racismo, bem como sobre metodologias e técnicas em que psicólogos poderiam contribuir para a luta antirracista na sociedade brasileira. Por assim dizer, ainda há uma lacuna no conhecimento de Psicologia e relações raciais que deveria ser aprofundado por psicólogos.
Research Interests:
O artigo descreve três momentos do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnicoraciais no final do século XIX e no início do século XX, caracterizado pela consolidação da Escola Nina Rodrigues, que investiga características... more
O artigo descreve três momentos do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnicoraciais
no final do século XIX e no início do século XX, caracterizado pela consolidação da Escola Nina
Rodrigues, que investiga características psicológicas dos escravos e ex-escravos e fornece elementos para a
configuração do negro como sujeito psicológico; o período de 1930 até 1950 é caracterizado pelo debate
da construção sociocultural das diferenças e da desconstrução do determinismo biológico das raças, e o
período de 1990 em diante, pelos estudos sobre branqueamento e branquitude. Utilizando a perspectiva
histórica, foi possível traçar uma linha no tempo identificando esses momentos de ruptura e de configuração
de novos saberes em Psicologia: biológico-causal, culturalista e relacional. A construção dessa linha no
tempo configura uma tentativa de trazer para o campo da Psicologia uma outra perspectiva de discussão
da temática étnico-racial, repensando o papel dos modelos e das teorias psicológicas.
Palavras-chave: História da Psicologia-Brasil. Relações étnico-raciais. Psicologia social. Atitudes étnicas
e raciais.
Research Interests:
Submetido em 6 de dezembro e aprovado em 16 de dezembro de 2016. Resumo: Este artigo parte de uma pesquisa maior sobre famílias inter-raciais e tem como propósito compreender como os processos de identificações no interior das dinâmicas... more
Submetido em 6 de dezembro e aprovado em 16 de dezembro de 2016. Resumo: Este artigo parte de uma pesquisa maior sobre famílias inter-raciais e tem como propósito compreender como os processos de identificações no interior das dinâmicas familiares engendram formas complexas de auto e héteroclassificações raciais. Para esta compreensão foi feita uma revisão teórica do lugar do " mestiço " nas relações raciais brasileiras, bem como as formas de classificações raciais usadas por nossa população. Posteriormente usamos um estudo de caso, de uma das entrevistas feitas com famílias inter-raciais, em que durante o processo da entrevista a autoclassificação da filha " mestiça " modificou-se três vezes: dependendo dos processos relacionais a entrevistada se anunciava como branca, em outros momentos como negra e ao mesmo tempo sabia que socialmente era " lida " como morena, demonstrando assim a radicalidade do processo relacional nas classificações raciais. Tudo isso revela a complexidade e a sutileza que a autoclassificação racial enseja e promove na realidade singular do Brasil. Palavras-chave: Mestiçagem. Famílias inter-raciais. Classificações raciais. Abstract: This article is part of some larger research about interracial families, and aims to understand how the identification process within family dynamics produces complex forms of self and hetero racial classifications. For this understanding, a theoretical review of the place of the "mestizo" in Brazilian race relations was done, as well as the forms of racial classifications used by our population. Later we used a case study of one of the interviews done with interracial families, in which, during the interview process, the self-assessment of the "mestizo" daughter changed three times. Depending on the relational processes, the interviewee would consider herself as white, at other times as black, and at the same time knowing that she was socially "read" as "morena" (somewhat dark skinned), thus demonstrating the radical nature of the relational process in racial classifications.All this reveals the complexity and subtlety that racial self-classification entails and promotes in the unique reality of Brazil.
Research Interests:
Produção de sentidos ea construção da identidade judaica em Florianópolis. DSpace/Manakin Repository. ...
Este trabalho tem como objetivo fazer uma discussão teórica sobre o uso da categoria “raça” na produção do racismo, bem como na luta anti-racista. Para isto faço uma revisão teórica de como o conceito de “raça” foi produzido a partir do... more
Este trabalho tem como objetivo fazer uma discussão teórica sobre o uso da categoria “raça” na produção do racismo, bem como na luta anti-racista. Para isto faço uma revisão teórica de como o conceito de “raça” foi produzido a partir do pensamento acadêmico europeu do século XIX , e reproduzido no pensamento social brasileiro. Percebe-se que a categoria raça se articula com o fenômeno do racismo brasileiro, já que“raça” se articula tanto com a idéia de cor no imaginário brasileiro, quanto com os esteriotipos e representações negativas sobre a população negra. Desta forma, podemos concluir, através dos estudos de relações raciais e do fenômeno do racismo no Brasil, que além da existência do racismo na cotidianidade da população brasileira, este é atualizado, perpetuado e legitimado pela idéia de raça e, portanto, é através desta categoria política que a luta anti-racista se articula. Palavras chaves : raça, racismo, negritude, anti-racismo, ações afirmativas