Camila Aline Zanon
My research interests are related to the concept of monster/monstrosity in Ancient Greece, mainly in hexametric poetry (Homer and Hesiod), 5th century drama, and Herodotus.
My Ph.D. thesis, entitled 'Onde vivem os monstros: criaturas prodigiosas na poesia hexamétrica arcaica' was awarded the 'Prêmio Tese Destaque USP 2017 6a edição' as the best thesis in the broad field of Linguistics, Literature, and Arts.
Link to the article about my thesis in Jornal da USP:
https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/traducao-falha-ao-chamar-de-monstro-ser-mitologico-extraordinario/
Supervisors: Christian Werner and Adrian Kelly
My Ph.D. thesis, entitled 'Onde vivem os monstros: criaturas prodigiosas na poesia hexamétrica arcaica' was awarded the 'Prêmio Tese Destaque USP 2017 6a edição' as the best thesis in the broad field of Linguistics, Literature, and Arts.
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mitologia grega e, dessas três categorias de seres, a de monstro é certamente a menos estudada. Termos como pelôr (πέλωρ) e teras (τέρας) são usualmente traduzidos por “monstro”, e seus adjetivos derivados, por “monstruoso”. Na Teogonia, de Hesíodo, Équidna e Tifeu são referidos pelo substantivo pelôr (πέλωρ), enquanto a forma adjetiva (pelôros, -ê, -on; πέλωρος, -η, -ον) é usada com frequência para Terra (Gaia; Γαῖα), uma das divindades primordiais, responsável pela configuração inicial do cosmo teogônico, que não é comumente considerada um ente “monstruoso”. Nos poemas homéricos, as formas substantivas e adjetivas encontram uma variação de uso ainda maior: podem remeter ao ciclope Polifemo e à Cila na Odisseia, a heróis na Ilíada, como Aquiles e Ájax, por exemplo, ou até mesmo a divindades como Ares e Hefesto. Assim, um estudo mais detido desses termos em poemas de tradição hexamétrica arcaica pode revelar que, além de a acepção do que é o monstro ou o monstruoso não se restringir a seres de conformação não antropomórfica, há a possibilidade de a categoria “monstro” ser uma projeção anacrônica de origem talvez aristotélica, medieval ou até mesmo moderna.
Material e/ou métodos: A descrição e a análise das obras iconográficas foram realizadas através da utilização de uma bibliografia geral, de uma bibliografia específica, de obras de referência e de fontes textuais antigas. As obras iconográficas e as fontes textuais antigas foram confrontadas para alcançar o objetivo supracitado.
Resultados: Através do estudo de ambas as fontes, pudemos traçar um panorama da ampla iconografia de Eros através dos períodos Arcaico e Clássico, apontando suas generalidades e particularidades dentro de um processo histórico e cultural tão privilegiador da tradição quanto da transformação.
Conclusões: Em decorrência de tal processo, é necessário ver Eros como uma divindade crescente e mutável dentro do panteão, e que por isso se faz complexa e objeto de reflexão durante toda a história da filosofia antiga, gozando de uma posição central na sociedade grega da antiguidade sabiamente descrita por Platão: Eros reina entre os deuses.