Skip to main content
  • Graduado em Relações Internacionais pelo IBMR-Laureate Univesities e graduando em Ciência Política pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Pesquisador do Grupo de Relações Internacionais e Sul Global (GRISUL) da Escola de Ciência Política da UNIRIO. Atualmente pesquisa as agendas dos novos conflitos em Segurança Internacional e suas relações com as cidades do Sul Global.edit
Ao final da Guerra Fria o Sistema Internacional testemunhou o surgimento de uma série de novos padrões de conflitos internos em regiões do Sul Global que romperam com os paradigmas westfalianos da Segurança Internacional, proporcionando a... more
Ao final da Guerra Fria o Sistema Internacional testemunhou o surgimento de uma série de novos padrões de conflitos internos em regiões do Sul Global que romperam com os paradigmas westfalianos da Segurança Internacional, proporcionando a emergência de uma nova agenda de pesquisa em estudos de conflitos. Posteriormente, com a aceleração dos fenômenos de transnacionalização e urbanização essa agenda avança e passa a ganhar contornos urbanos, onde as cidades aparecem como os novos lócus da conflitualidade contemporânea. No bojo desse debate alguns conceitos que posicionavam uma ponte analítica entre o eixo cidades-conflitos através da escala local-global começaram a modelar gradativamente diversas agendas de pesquisa desse campo, de modo que termos como “Novíssimas Guerras”; “Guerras Urbanas” e “Favelas em Guerra” passassem a surgir gradativamente no debate teórico. Dessa forma, o objetivo desse trabalho será buscar entender como a ativação desses conceitos que abordam a agenda urbana dos conflitos contemporâneos das Relações Internacionais podem produzir, através da utilização da metáfora da guerra, um sentido de excepcionalidade que legitima a utilização de uma constelação de aparatos repressivos abrigados sob a ideia do Novo Urbanismo Militar. A hipótese foi formulada de forma a observar que tematização das cidades do Sul Global como espaços de insegurança, proposto por esses conceitos, permite com que bairros inteiros e identidades historicamente marginalizadas tornem-se alvos de operação e práticas militarizadas de controle social abrigadas sob a ideia dos circuitos do novo urbanismo militar. Por fim, para ilustrar a discussão, a Intervenção Federal no Rio de Janeiro em 2018 é abordada.
Ao final da Guerra Fria o Sistema Internacional testemunhou o surgimento de uma série de novos padrões de conflitos internos em regiões do Sul Global que romperam com os paradigmas westfalianos da Segurança Internacional, proporcionando a... more
Ao final da Guerra Fria o Sistema Internacional testemunhou o surgimento de uma série de novos padrões de conflitos internos em regiões do Sul Global que romperam com os paradigmas westfalianos da Segurança Internacional, proporcionando a emergência de uma nova agenda de pesquisa em estudos de conflitos. Posteriormente, com a aceleração dos fenômenos de transnacionalização e globalização, essa agenda avança e passa a ganhar contornos urbanos, onde as cidades aparecem como os novos lócus da conflitualidade contemporânea. Nesse debate se origina o objetivo desse trabalho, ao propor uma reflexão acerca do papel da violência urbana na América Latina nas análises dos novos padrões de conflitualidade. O presente artigo buscará responder se a América Latina pode ser considerada uma região pacífica, visto que parte da literatura produzida na região possui um caráter estadocêntrico, fazendo com que, pela ausência de conflitos de grande magnitude entre Estados, a região seja categorizada como zona de paz, paz híbrida ou não guerra. Sustentamos como hipótese que as categorias empregadas nas análises dos conflitos na região não são capazes de capturar riscos internos como a violência nas cidades, fazendo com que esse fenômeno seja obscurecido nas narrativas e práticas de construção da paz e nas agendas de Segurança Internacional.