- Classics, Ancient Historiography, Theory of History, Philosophy of History, History of Philosophy, History of concepts, and 9 moreHermeneutics, Hellenistic Peloponnese, Hellenistic Historiography, Hellenistic History, Hellenistic Greece, Ancient Greek History, Polybius, Roman History, and Roman Republicedit
- Doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em História (2024, bolsista UNIEDU) pela mesma instituição e licenciado em História pela Universidade de Blumenau (FURB). É membro do Laboratório Blumenaue... moreDoutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em História (2024, bolsista UNIEDU) pela mesma instituição e licenciado em História pela Universidade de Blumenau (FURB). É membro do Laboratório Blumenauense de Estudos Antigos e Medievais (LABEAM), do MITHRA - Laboratório de História Antiga Global, e do Humanitas - Núcleo de pesquisa em epistemologias, práticas e saberes interdisciplinares. Atualmente, desenvolve pesquisa na área de História Antiga, especificamente sobre historiografia grega. E-mail: dasilvadyel@gmail.com.edit
As experiências temporais coletivas provocadas por intervenções macedônicas em comunidades gregas constituem um dos temas candentes a partir do século IV A.E.C. Ao nos apropriamos de uma perspectiva global com o objetivo de compreender os... more
As experiências temporais coletivas provocadas por intervenções macedônicas em comunidades gregas constituem um dos temas candentes a partir do século IV A.E.C. Ao nos apropriamos de uma perspectiva global com o objetivo de compreender os entrelaçamentos temporais desse contexto, em específico, analisamos as temporalizações de conceitos-chave na recriação dos discursos de Cleneias e Licisco, ocorridos em 211 A.E.C., por Políbio em suas Histórias (IX, 28-39), na segunda metade do século II A.E.C. Com isso, trabalhamos com as hipóteses de que (a) havia experiências temporais por definição interrelacionadas entre os mundos macedônicos, grego e romano, das quais (b) Políbio, enquanto historiador e político, buscou se apropriar, temporalizando-as a fim de construir um raciocínio historiográfico consoante aos objetivos do grupo dirigente da Confederação Aqueia.
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Resumo: Desde há muito se busca uma compreensão de como comunidades se formam e se desfazem. As Histórias de Políbio de Megalópolis (c. 203 - c. 120), especialmente o Livro VI, são uma das composições mais revisitadas com esse intuito,... more
Resumo: Desde há muito se busca uma compreensão de como comunidades se formam e se desfazem. As Histórias de Políbio de Megalópolis (c. 203 - c. 120), especialmente o Livro VI, são uma das composições mais revisitadas com esse intuito, mormente recorrendo ao conceito de anakýklōsis. Este se definiria por uma teoria segundo a qual haveria ciclos pré-determinados de formas de governo pelos quais toda e qualquer comunidade política (politeía) passaria, resultando, assim, em uma concepção anti-histórica do mundo da parte de Políbio. Com o objetivo de problematizar essa perspectiva, nos apropriamos da teoria e metodologia da História dos Conceitos ao buscarmos por uma compreensão do referido conceito a partir da dissolução da realeza macedônica segundo o próprio Políbio para, então, interpretarmos os modos pelos quais a transitoriedade de uma comunidade pode ser concebida de acordo com a conceptualização de história e de experiência segundo esse autor. Por fim, consideramos que Políbio não só abarcava em seu pensamento teorético as histórias possíveis de um coletivo, como também defendemos que a motivação do Livro VI seria a de comunicar uma imagem negativa da Macedônia de modo a convencer o leitor de que a constituição romana adequar-se-ia melhor às da Grécia.
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Resumo: A parcialidade do historiador nunca foi um tema marginal. Um dos casos mais conhecidos da Antiguidade é o que figura na polêmica de Políbio de Megalópolis (c. 208c. 126 A.E.C.), em suas Histórias, com seus predecessores Fábio... more
Resumo: A parcialidade do historiador nunca foi um tema marginal. Um dos casos mais conhecidos da Antiguidade é o que figura na polêmica de Políbio de Megalópolis (c. 208c. 126 A.E.C.), em suas Histórias, com seus predecessores Fábio Píctor e Filino de Agrigento. Neste, é apresentada uma disputa entre os três historiadores pela verdade histórica da primeira guerra púnica (264-241 A.E.C.), da qual se seguiram mais duas até o ano de 146 A.E.C., com a constituição de Roma enquanto nova hegemonia mediterrânica. Tendo em vista a problemática enredada pelo envolvimento dos historiadores nessa sequência bélica, busca-se, nesta comunicação, compreender como os conceitos de "parcialidade" (eúnoia) e de "ética da história" (tês historìas êthos) foram experienciados na referida polêmica. Para tanto, me aproprio da metodologia da História dos Conceitos [Begriffsgeschichte], da polêmica historiográfica enquanto categoria de análise e dos estudos sobre historiografia antiga desde uma perspectiva global. Argumento, nesse sentido, acerca dos ganhos heurísticos de uma leitura compreensiva desse passado mediterrânico ressignificado em circunstâncias específicas na medida em que se exploram as nuances dos conceitos mencionados.