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Resumo: Leibniz formula dois tipos de definição de existência ao longo de sua obra, um deles em termos de sensação e outro em termos de essências. À primeira vista, esses dois tipos de definição são incompatíveis. Entretanto, um exame... more
Resumo: Leibniz formula dois tipos de definição de existência ao longo de sua obra, um deles em termos de sensação e outro em termos de essências. À primeira vista, esses dois tipos de definição são incompatíveis. Entretanto, um exame atento dos contextos em que são ...
The rejection of an exhaustive opposition between realism and antirealism in the determination of personal identity conduces Leibniz, in his critiques to Locke in the New Essays, to criticize both conventionalism and the thesis on the... more
The rejection of an exhaustive opposition between realism and antirealism in the determination of personal identity
conduces Leibniz, in his critiques to Locke in the New Essays, to criticize both conventionalism and the thesis on the irreality of
the past – both of them elements of Locke’s theory. Leibniz attacks the thesis on the irreality of the past not because he adopts an
anti-justificationist thesis, antitetical to Locke’s, but, instead, due to the radicalization of his rival’s justificationist thesis. Conventionalism,
on its turn, will be proven as false by the fact that the “self ” and the infinite set of its past, present and future perceptions
perfectly coincide. In the conclusion of this paper, we will see how some passages of Kant’s Anthropology rend him, contrary to
what would initially be supposed , closer to Leibniz than to Locke.
A teoria de Espinosa enfrenta, aparentemente, dificuldades para incorporar a noção de conflito interno, uma vez que ela defende a tese segundo a qual a essência atual do homem, como de resto de toda coisa singular, envolve apenas a... more
A teoria de Espinosa enfrenta, aparentemente, dificuldades para incorporar a noção de conflito interno, uma vez que ela defende a tese segundo a qual a essência atual do homem, como de resto de toda coisa singular, envolve apenas a afirmação do que lhe pertence. Porém, para explicar o fenômeno da servidão, formulado em termos da noção de acrasia, a Ética deve dar conta de uma forma qualquer de conflito interno, ainda que seja ilusório. Usando o suicídio como um modelo extremo de aparente conflito interno, poderemos esclarecer esse aspecto da filosofia espinosista. Spinoza's theory faces some difficulty in assimilating the notion of internal conflict due to one of its central claims, following which the actual essence of man, like those of every other singular thing, involves only the affirmation of what belongs to him. To explain the phenomenon of servitude, however, the demonstrations presented in Ethics should account for some form of internal conflict, even if it is simply il...
O artigo examina as teses sobre a eternidade da mente, enunciadas na Parte V da Ética de Espinosa, a partir de alguns de seus pressupostos, formulados na Proposição 8 da Parte II. O objetivo principal deste artigo é identificar uma... more
O artigo examina as teses sobre a eternidade da mente, enunciadas na Parte V da Ética de Espinosa, a partir de alguns de seus pressupostos, formulados na Proposição 8 da Parte II. O objetivo principal deste artigo é identificar uma assimetria conceitual presente na Proposição 8 que explica as teses sobre a "parte eterna da mente", sem romper com o "paralelismo". As relações entre mente e corpo e entre essência e existência serão o fio condutor desta interpretação do texto. This paper examines the thesis on the eternity of the mind, exposed in Part V of Spinoza's Ethics, from the perspective of some of its presuppositions formulated in Proposition 8 of Part II. The main purpose of this paper is to identify a conceptual asymmetry in Proposition 8 that explains the theses on the "eternal part of the mind", while keeping intact "parallelism". The relations between mind and body and between essence and existence will be the guiding lines of thi...
Este artigo analisa as anotações que Leibniz escreveu, em 1678, sobre a então recém-publicada Ética de Espinosa, mostrando como elas prefiguram alguns desenvolvimentos posteriores de sua teoria metafísica. Partindo de uma análise das... more
Este artigo analisa as anotações que Leibniz escreveu, em 1678, sobre a então recém-publicada Ética de Espinosa, mostrando como elas prefiguram alguns desenvolvimentos posteriores de sua teoria metafísica. Partindo de uma análise das críticas de Leibniz à Proposição 2 da Parte I da Ética, o artigo mostrará como as discussões sobre a compatibilização entre liberdade e determinismo, que ocuparam o centro de suas preocupações metafísicas nas décadas seguintes, retomam, ainda que com modificações, temas e problemas tratados nessas notas. Particularmente, será mostrado que a relação entre autonomia e poder de escolha pode ser melhor compreendida como um desenvolvimento de teses exploradas nessa leitura inicial da obra de EspinosaThis paper analyses the notes Leibniz wrote in 1678 on the then recently published Spinoza’s Ethics, showing how they foreshadow some ulterior developments of his metaphysical theory. Taking as the point of departure of this analysis Leibniz’s critics to Proposit...
A continuidade e a ruptura entre homens e animais apontam para um impasse interno da filosofia de Leibniz. Por um lado, ele deve poder dar conta da emergência do que é propriamente humano a partir da animalidade obedecendo ao Princípio de... more
A continuidade e a ruptura entre homens e animais apontam para um impasse interno da filosofia de Leibniz. Por um lado, ele deve poder dar conta da emergência do que é propriamente humano a partir da animalidade obedecendo ao Princípio de Continuidade (isto é, ao Princípio de Razão Suficiente); por outro lado, a racionalidade introduz uma diferença qualitativa que não parece poder ser redutível a uma mera distinção de graus. Sem procurar eliminar essa tensão conceitual, o artigo trata de entender suas consequências para o projeto filosófico de Leibniz e da Modernidade como um todo. 
O artigo examina a interpretacao que Gilles Deleuze oferece para a obra televisiva de Samuel Beckett, especialmente para uma delas, Quad. Atraves do contraponto entre seus comentarios de Beckett e de Leibniz, mostra-se que Deleuze... more
O artigo examina a interpretacao que Gilles Deleuze oferece para a obra televisiva de Samuel Beckett, especialmente para uma delas, Quad. Atraves do contraponto entre seus comentarios de Beckett e de Leibniz, mostra-se que Deleuze mobiliza um conceito de linguagem que pode ser recusado a partir de uma leitura do proprio texto de Beckett.
resumo Através de uma leitura da peça O jesuíta, de José de Alencar, o artigo propõe a análise de alguns mecanismos político-discursivos que caracterizariam a epistemologia dos padres da Companhia de Jesus em sua dinâmica colonial no... more
resumo Através de uma leitura da peça O jesuíta, de José de Alencar, o artigo propõe a análise de alguns mecanismos político-discursivos que caracterizariam a epistemologia dos padres da Companhia de Jesus em sua dinâmica colonial no Brasil, fundamentada na construção de certas identidades paradoxais. Essas identidades, compondo o quadro geral de um barroco jesuítico, se apresentariam sob a forma enigmática do deslocamento e do desaparecimento, indexadas nos problemas enfrentados pelos personagens da peça. O artigo busca, enfim, avaliar de que modo tais elementos permitiriam entender como o vínculo entre a perspectiva de José de Alencar e a dos jesuítas não seria apenas temático, mas propriamente epistemológico, reconsiderando, assim, a operação de dominação identitária que sustenta a narrativa da história da literatura brasileira.
Este artigo examina o Escolio da Proposicao 2, Parte III, da Etica de Spinoza, mostrando como a demonstracao da falsidade da tese tradicionalmente aceita de que a mente pode determinar acoes corporais e um modelo para pensar a “forma... more
Este artigo examina o Escolio da Proposicao 2, Parte III, da Etica de Spinoza, mostrando como a demonstracao da falsidade da tese tradicionalmente aceita de que a mente pode determinar acoes corporais e um modelo para pensar a “forma geral do erro” na teoria spinozista do conhecimento.
Resumo: O artigo trata da especificidade de um dos produtos tecnológicos de vigilância e de ataque aéreos mais importantes em uso atualmente, os drones, mostrando em que sentido essa nova tecnologia traça um marco decisivo na evolução do... more
Resumo: O artigo trata da especificidade de um dos produtos tecnológicos de vigilância e de ataque aéreos mais importantes em uso atualmente, os drones, mostrando em que sentido essa nova tecnologia traça um marco decisivo na evolução do domínio dos ares e, portanto, como sugere Carl Schmitt, na transformação do campo teológico-político das sociedades contemporâneas. A imanência radical do campo político proposta pelo liberalismo, diagnosticada por Schmitt, terá nos drones um de seus instrumentos mais exemplares. Para caracterizar a especificidade dos drones frente a outros aparelhos visuais e aéreos de guerra, será proposta uma aproximação com o conceito de imagem-tempo de Gilles Deleuze, de tal modo a determinar essa sua singularidade a partir das propriedades intrínsecas da imagem gerada. A principal característica da imagem-tempo deleuziana a ser integrada à análise dos drones será seu aspecto tátil. Nesse momento, a aproximação dos livros de Deleuze sobre o cinema com sua obra ...
Tradução do texto "Da verdadeira Theologia Mystica", de G. W. Leibniz.
O objetivo deste texto é mostrar que a distinção entre proposições essenciais e existenciais pode explicar a problemática conjunção das propriedades da autonomia e do poder de escolha no conceito de liberdade formulado por Leibniz.
Este artigo compara dois filmes, Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, e Estrada perdida, de David Lynch, com o objetivo de mostrar que eles ilustram duas maneiras distintas de caracterizar o olhar inumano da percepção cinematográfica,... more
Este artigo compara dois filmes, Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, e Estrada perdida, de David Lynch, com o objetivo de mostrar que eles ilustram duas maneiras distintas de caracterizar o olhar inumano da percepção cinematográfica, tal como ele foi descrito por Gilles Deleuze. Essas duas maneiras distintas não foram discriminadas pelo próprio Deleuze, mas convergem em direção a sua crítica à hermenêutica.
Resumo: Reconstituindo o campo semântico da antropofagia, tal como ele emerge na correspondência e nos tratados dos europeus sobre os índios produzidos no século XVI, seria possível se perguntar sobre as consequências de se adotar um... more
Resumo: Reconstituindo o campo semântico da antropofagia, tal como ele emerge na correspondência e nos tratados dos europeus sobre os índios produzidos no século XVI, seria possível se perguntar sobre as consequências de se adotar um outro eixo de interpretação, não mais apenas simbólico – como fizeram, frequentemente, antropólogos e poetas – mas também narrativo. Dito de outro modo, este artigo tenta explorar um campo não tão frequentemente visitado pelos historiadores e críticos literários e procura mostrar que os aspectos ingestivos, mastigativos e digestivos, envolvidos na narração mesma sobre o canibalismo indígena, funcionam segundo uma lógica própria e revelam uma economia da relação identidade-alteridade ainda não debatida suficientemente.Palavras-chave: antropofagia; digestão; narratividade; índios; epistolografia.:By reconstructing the Anthropophagic semantic field as it emerged in the European correspondence and treatises on Brazilian indigenous populations in the 16th ce...
Leibniz afirma em diversas ocasiões que a análise infinita é o conceito central para explicar a compatibilização entre determinismo e contingência. Não é evidente, no entanto, por que a aplicação analógica de um conceito matemático, tal... more
Leibniz afirma em diversas ocasiões que a análise infinita é o conceito central para explicar a compatibilização entre determinismo e contingência. Não é evidente, no entanto, por que a aplicação analógica de um conceito matemático, tal como o de cálculo infinitesimal, poderia solucionar esse problema ontológico, nem em que sentido deve-se entender tal analogia. O objetivo deste artigo é esclarecer esses dois pontos.
Este artigo analisa as anotações que Leibniz escreveu, em 1678, sobre a então recém-publicada Ética de Espinosa, mostrando como elas prefiguram alguns desenvolvimentos posteriores de sua teoria metafísica. Partindo de uma análise das... more
Este artigo analisa as anotações que Leibniz escreveu, em 1678, sobre a então recém-publicada Ética de Espinosa, mostrando como elas prefiguram alguns desenvolvimentos posteriores de sua teoria metafísica. Partindo de uma análise das críticas de Leibniz à Proposição 2 da Parte I da Ética, o artigo mostrará como as discussões sobre a compatibilização entre liberdade e determinismo, que ocuparam o centro de suas preocupações metafísicas nas décadas seguintes, retomam, ainda que com modificações, temas e problemas tratados nessas notas. Particularmente, será mostrado que a relação entre autonomia e poder de escolha pode ser melhor compreendida como um desenvolvimento de teses exploradas nessa leitura inicial da obra de Espinosa
The theory on personal identity, added by Locke in the second edition of his Essay on Human Understanding, displays a dubious
O presente artigo examina o modo como Leibniz figurou as relações entre o pensa- mento filosófico e o pensamento místico, recorrendo para isso ao contraste entre suas teses e as de Spinoza. Trata-se de mostrar que a transcendência do... more
O presente artigo examina o modo como Leibniz figurou as relações entre o pensa- mento filosófico e o pensamento místico, recorrendo para isso ao contraste entre suas teses e as de Spinoza. Trata-se de mostrar que a transcendência do fundamento da racionalidade levará Leibniz, de forma à primeira vista surpreendente, a uma valorização da totalidade do campo imanente da experiência humana como fonte de conhecimento. O erro do spinozis- mo, segundo Leibniz, consiste justamente em, ao tornar imanente o fundamento, perder de vista a especificidade cognitiva e ética da experiência. 
Aparentemente, ações e omissões não compartilham as mesmas propriedades. Um caso que ilustraria essa assimetria é a causalidade: enquanto as ações são explicadas como a realização efetiva de uma relação causal entre um agente e certos... more
Aparentemente, ações e omissões não compartilham as mesmas propriedades. Um caso que ilustraria essa assimetria é a causalidade: enquanto as ações são explicadas como a realização efetiva de uma relação causal entre um agente e certos fatos, as omissões parecem dever ser explicadas como a ausência de relações causais entre uma pessoa e os fatos. Neste artigo, mostrarei que ações e omissões são, contrariamente às aparências, simétricas no que diz respeito à atribuição de causalidade genuína.
1 Com frequência me perguntei se não obrigavam os mensageiros a sofrer uma intervenção cirúrgica, para que fossem amnésicos a esse ponto. [...] Ser o único capaz de ler a si mesmo, fechado à sua revelia ao sentido das suas comissões e... more
1 Com frequência me perguntei se não obrigavam os mensageiros a sofrer uma intervenção cirúrgica, para que fossem amnésicos a esse ponto. [...] Ser o único capaz de ler a si mesmo, fechado à sua revelia ao sentido das suas comissões e incapaz de retê-las por ...
A análise do conceito de espaço no Tratado da natureza humana de Hume o compromete com uma série de teses positivas sobre sua natureza e sobre o conteúdo representado por sua ideia: o espaço é finitamente divisível, e sua ideia é composta... more
A análise do conceito de espaço no Tratado da natureza humana de Hume o compromete com uma série de teses positivas sobre sua natureza e sobre o conteúdo representado por sua ideia: o espaço é finitamente divisível, e sua ideia é composta de pontos coloridos ou táteis não-extensos, o que o leva a concluir que a ideia de espaço é ela mesma espacial. Esse conjunto de teses parece comprometer Hume com uma teoria idealista do espaço. Neste artigo, elucido os argumentos de Hume a favor de suas teses positivas e examino seu comprometimento com o idealismo através de uma caracterização da natureza das proposições do Tratado.
RESUMO Alguns elementos da teoria do tempo do hegeliano inglês John M. E. McTaggart serão aplicados à filosofia de Spinoza para elucidar a diferença que esse último estabelece entre duração e eternidade. O próprio McTaggart encarrega-se... more
RESUMO Alguns elementos da teoria do tempo do hegeliano inglês John M. E. McTaggart serão aplicados à filosofia de Spinoza para elucidar a diferença que esse último estabelece entre duração e eternidade. O próprio McTaggart encarrega-se de estabelecer essa relação com Spinoza em seu famoso artigo "A irrealidade do tempo" ["The Unreality of Time"]. Por meio da análise da teoria da essência de Spinoza, mostraremos que essa concepção de eternidade bem como a tese de McTaggart sobre a irrealidade do tempo são incompatíveis com a teoria spinozana. O método comparativo aqui proposto será, justamente, o que nos permitirá melhor compreender, por contraste com as teses de McTaggart, a posição de Spinoza sobre o tempo e a eternidade.
RESUMO O artigo critica a influente interpretação do Tratado Teológico-Político de Espinosa formulada por Leo Strauss, propondo um modelo alternativo para compreender a duplicidade estruturante do texto. Palavras-chave: Espinosa. Strauss.... more
RESUMO
O artigo critica a influente interpretação do Tratado Teológico-Político de
Espinosa formulada por Leo Strauss, propondo um modelo alternativo
para compreender a duplicidade estruturante do texto.
Palavras-chave: Espinosa. Strauss. Interpretação. Razão. Imaginação.
ABSTRACT
This paper criticizes Leo Strauss’ influential interpretation of Spinoza’s
Theological-Political Treatise, proposing instead an alternative model for understanding
the inner duplicity of the text.
Key-words: Spinoza. Strauss. Interpretation. Reason. Imagination.
Resumo: O artigo examina a interpretação que Gilles Deleuze oferece para a obra televisiva de Samuel Beckett, especialmente para uma delas, Quad. Através do contraponto entre seus comentários de Beckett e de Leibniz, mostra-se que Deleuze... more
Resumo: O artigo examina a interpretação que Gilles Deleuze oferece para a obra televisiva de Samuel Beckett, especialmente para uma delas, Quad. Através do contraponto entre seus comentários de Beckett e de Leibniz, mostra-se que Deleuze mobiliza um conceito de linguagem que pode ser recusado a partir de uma leitura do próprio texto de Beckett.
Palavras-chave: Deleuze, Beckett, Leibniz, linguagem.
Abstract: This article examines Gilles Deleuze’s interpretation of Samuel Beckett’s work for television – in particular one of them, Quad. Through the contraposition between his commentaries on Beckett and on Leibniz, it is shown that Deleuze formulates a concept of language that could be refused from the point of view of Beckett’s own texts.
Keywords: Deleuze, Beckett, Leibniz, language.
RESUMO De onde se vê? Duplicação e dissolução do olhar em Alfred Hitchcock e David Lynch Este artigo compara dois filmes, Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, e Estrada perdida, de David Lynch, com o objetivo de mostrar que eles... more
RESUMO
De onde se vê? Duplicação e dissolução do olhar em Alfred Hitchcock e
David Lynch
Este artigo compara dois filmes, Janela indiscreta, de Alfred Hitchcock, e Estrada
perdida, de David Lynch, com o objetivo de mostrar que eles ilustram duas maneiras
distintas de caracterizar o olhar inumano da percepção cinematográfica, tal como ele foi
descrito por Gilles Deleuze. Essas duas maneiras distintas não foram discriminadas pelo
próprio Deleuze, mas convergem em direção a sua crítica à hermenêutica.
Palavras-chave: Hitchcock – Lynch – percepção – representação – interpretação
ABSTRACT
Where does one see from? Duplication and Dissolution of Vision in Alfred
Hitchcock and David Lynch
This paper compares two movies, Rear Window, by Alfred Hitchcock, and Lost Highway,
by David Lynch, in order to show that they illustrate two different ways of characterizing
the non-human eye of the cinematographic perception, such as it was portrayed by Gilles
Deleuze. These two distinct ways were not discriminated by Deleuze himself, but they
both converge towards his critics against hermeneutics.
Keywords: Hitchcock – Lynch – perception – representation – interpretation
Tradução para o português do texto "Da verdadeira Theologia Mystica" ("Von der wahren Theologia Mystica"), de G. W. Leibniz.
RESUMO Leibniz afirma em diversas ocasiões que a análise infinita é o conceito central para explicar a compatibilização entre determinismo e contingência. Não é evidente, no entanto, por que a aplicação analógica de um conceito... more
RESUMO Leibniz afirma em diversas ocasiões que a análise infinita é
o conceito central para explicar a compatibilização entre determinismo e
contingência. Não é evidente, no entanto, por que a aplicação analógica de
um conceito matemático, tal como o de cálculo infinitesimal, poderia solucionar
esse problema ontológico, nem em que sentido deve-se entender tal analogia.
O objetivo deste artigo é esclarecer esses dois pontos.
ABSTRACT Leibniz says in various occasions that infinite analysis is
the key concept to explain the compatibillity of determinism and contingence.
It is not evident, however, why the analogical use of a mathematical concept,
such as infinitesimal calculus, could solve this ontological problem, nor inwhat sense one should understand such analogy. The aim of this paper is to elucidate these two points.
Palavras-chave Leibniz; contingência; infinito; necessidade; mundos
possíveis
Resumo: Reconstituindo o campo semântico da antropofagia, tal como ele emerge na correspondência e nos tratados dos europeus sobre os índios produzidos no século XVI, seria possível se perguntar sobre as consequências de se adotar um... more
Resumo: Reconstituindo o campo semântico da antropofagia, tal como ele emerge
na correspondência e nos tratados dos europeus sobre os índios produzidos no século XVI, seria possível se perguntar sobre as consequências de se adotar um outro eixo de interpretação, não mais apenas simbólico – como fizeram, frequentemente, antropólogos e poetas – mas também narrativo. Dito de outro modo, este artigo tenta explorar um campo não tão frequentemente visitado pelos historiadores e críticos literários e procura mostrar que os aspectos ingestivos, mastigativos e digestivos, envolvidos na narração mesma sobre o canibalismo indígena, funcionam segundo uma lógica própria e revelam uma economia da relação identidade-alteridade ainda não debatida suficientemente.
Palavras-chave: antropofagia; digestão; narratividade; índios; epistolografia.

Abstract: By reconstructing the Anthropophagic semantic field as it emerged in the
European correspondence and treatises on Brazilian indigenous populations in the 16th century it would be possible to question the consequences of adopting another axis of interpretation, no longer merely symbolical – as anthropologists and poets often did – but also a narrative one. In other words, this paper intends to explore a field not often approached by historians and literary critics and tries to discuss the digestive, chewed and ingestive issues, which are present in the narration of indigenous cannibalism. Such issues follow a specific logic, revealing gaps in the discussion of the identity-alterity relationship.
Keywords: anthropophagy; digestion; narrativity; Brazilian indigenous people;
epistolography.
Resumo: Leibniz formula dois tipos de definição de existência ao longo de sua obra, um deles em termos de sensação e outro em termos de essências. À primeira vista, esses dois tipos de definição são incompatíveis. Entretanto, um exame... more
Resumo: Leibniz formula dois tipos de definição de existência ao longo de sua obra, um deles em termos de sensação e outro em termos de essências. À primeira vista, esses dois tipos de definição são incompatíveis. Entretanto, um exame atento dos contextos em que são formulados mostrará que eles são equivalentes, discriminando as mesmas proprieda-des no conceito de existência.
Palavras chave: Leibniz. Existência. Essência. Sensação. Definição.
Abstract: Leibniz formulates two kinds of definition of existence throughout his work, one of them in terms of sensation and the other in terms of essences. At first sight, these two kinds of definition are incompatible. Nevertheless, a detailed examination of the contexts in which they are formulated will show that they are equivalent and that they discriminate the same properties in the concept of existence.
Keywords: Leibniz. Existence. Essence. Sensation. Definition.
Resumo Em 1968, Gilles Deleuze redigiu dois de seus livros mais importantes, Diferença e repetição e Spinoza e o problema da expressão. Apesar de a questão do aprendizado ser central no primeiro, ela não aparece – pelo menos, não... more
Resumo
Em 1968, Gilles Deleuze redigiu dois de seus livros mais importantes, Diferença
e repetição e Spinoza e o problema da expressão. Apesar de a questão do aprendizado
ser central no primeiro, ela não aparece – pelo menos, não explicitamente –,
no segundo. Veremos, porém, que essa questão desempenha um papel relevante na
filosofia spinozana, inclusive no Spinoza “de Deleuze”, ou seja, aquele que emerge
à luz dos problemas formulados pelo filósofo francês para construir sua apropriação
do pensamento spinozano.
Palavras-chave: Deleuze. Spinoza. Pedagogia.
Abstract
In 1968, Gilles Deleuze wrote two of his most important books, Difference and
Repetition and Spinoza and the Problem of Expression. Even if the question of
learning is central in the former, it does not appear – at least, not explicitly –, in
the latter. It will be shown, however, that this question plays a relevant role in the
philosophy of Spinoza, including in “Deleuze’s” Spinoza, i.e., the one that emerges
illuminated by the problems formulated by the French philosopher in order to
construct his appropriation of Spinozistic thought.
Keywords: Deleuze. Spinoza. Pedagogy.
RESUMO A teoria de Espinosa enfrenta, aparentemente, dificuldades para incorporar a noção de conflito interno, uma vez que ela defende a tese segundo a qual a essência atual do homem, como de resto de toda coisa singular, envolve apenas a... more
RESUMO
A teoria de Espinosa enfrenta, aparentemente, dificuldades para incorporar a noção de conflito interno, uma vez que ela defende a tese segundo a qual a essência atual do homem, como de resto de toda coisa singular, envolve apenas a afirmação do que lhe pertence. Porém, para explicar o fenômeno da servidão, formulado em termos da noção de acrasia, a Ética deve dar conta de uma forma qualquer de conflito interno, ainda que seja ilusório. Usando o suicídio como um modelo extremo de aparente conflito interno, poderemos esclarecer esse aspecto da filosofia espinosista.
Palvras-chave: Espinosa, acrasia, suicídio, transformação.

ABSTRACT:
Spinoza’s theory faces some difficulty in assimilating the notion of internal conflict due to one of its central claims, following which the actual essence of man, like those of every other singular thing, involves only the affirmation of what belongs to him. To explain the phenomenon of servitude, however, the demonstrations presented in Ethics should account for some form of internal conflict, even if it is simply illusory, since the former is explained in terms of the notion of akrasia. Using suicide as an extreme model of internal conflict, we can elucidate this aspect of Spinoza’s philosophy.
Keywords: Spinoza, akrasia, suicide, transformation.
RESUMO O artigo examina as teses sobre a eternidade da mente, enunciadas na Parte V da Ética de Espinosa, a partir de alguns de seus pressupostos, formulados na Proposição 8 da Parte II. O objetivo principal deste artigo é identificar uma... more
RESUMO
O artigo examina as teses sobre a eternidade da mente, enunciadas na Parte V da Ética de Espinosa, a partir de alguns de seus pressupostos, formulados na Proposição 8 da Parte II. O objetivo principal deste artigo é identificar uma assimetria conceitual presente na Proposição 8 que explica as teses sobre a “parte eterna da mente”, sem
romper com o “paralelismo”. As relações entre mente e corpo e entre essência e existência serão o fio condutor desta interpretação do texto.
Palavras-chave: Espinosa, imortalidade, eternidade, existência, essência, corpo, mente.

ABSTRACT
This paper examines the thesis on the eternity of the mind, exposed in Part V of Spinoza’s Ethics, from the perspective of some of its presuppositions formulated in Proposition 8 of Part II. The main purpose of this paper is to identify a conceptual asymmetry in Proposition 8 that explains the theses on the “eternal part of the mind”, while keeping intact “parallelism”. The relations between mind and body and between essence and existence will be the guiding lines of this interpretation of the text.
Keywords: Spinoza, immortality, eternity, existence, essence, body, mind.
RESUMO É comum, entre os intérpretes mais recentes da obra de Spinoza, a adoção do postulado de que há um percurso evolutivo no interior de seu pensamento, marcado, segundo eles, por um progressivo abandono de teses platônicas e... more
RESUMO
É comum, entre os intérpretes mais recentes da obra de Spinoza, a adoção do postulado de que há um percurso evolutivo no interior de seu pensamento, marcado, segundo eles, por um progressivo abandono de teses platônicas e neoplatônicas em direção a uma teoria realista e imanentista. O objetivo deste artigo é assinalar a permanência de algumas dessas teses na obra madura de Spinoza.
Palavras-chave: Spinoza. Platonismo. Neoplatonismo.

ABSTRACT
It is usual amongst contemporary interpreters of Spinoza’s work to adopt the postulate following which there is an evolutionary path described in his thought, characterized by a progressive abandonment of Platonic and Neoplatonic theses in favor of a realistic and immanentist theory. The aim of this paper is to show the permanence of some of these theses in Spinoza’s mature work.
Keywords: Spinoza. Platonism. Neoplatonism.
RESUMO: A análise do conceito de espaço no "Tratado da natureza humana" de Hume o compromete com uma série de teses positivas sobre sua natureza e sobre o conteúdo representado por sua ideia: o espaço é finitamente divisível, e sua ideia... more
RESUMO: A análise do conceito de espaço no "Tratado da natureza humana" de Hume o compromete com uma série de teses positivas sobre sua natureza e sobre o conteúdo representado por sua ideia: o espaço é finitamente divisível, e sua ideia é composta de pontos coloridos ou táteis não-extensos, o que o leva a concluir que a ideia de espaço é ela mesma espacial. Esse conjunto de teses parece comprometer Hume com uma teoria idealista do espaço. Neste artigo, elucido os argumentos de Hume a favor de suas teses positivas e examino seu comprometimento com o idealismo através de uma caracterização da natureza das proposições do tratado. Palavras-chave Hume, Espaço, Divisibilidade, Idealismo, Ceticismo.

ABSTRACT: Hume's analysis of the concept of space in the "Treatise of Human Nature" commits him to a series of positive assertions on its nature and on the content represented by its idea: space is finitely divisible, and its idea is composed of colored or tactile non-extended points, which leads him to conclude that the idea of space is itself spatial. These assertions seem to commit Hume to an idealistic theory of space. In this paper, I propose to elucidate Hume's arguments for his positive theses and to examine his commitment to idealism through a characterization of the nature of treatise's propositions.
ABSTRACT: The rejection of an exhaustive opposition between realism and antirealism in the determination of personal identity conduces Leibniz, in his critiques to Locke in the New Essays, to criticize both conventionalism and the thesis... more
ABSTRACT: The rejection of an exhaustive opposition between realism and antirealism in the determination of personal identity conduces Leibniz, in his critiques to Locke in the New Essays, to criticize both conventionalism and the thesis on the irreality of
the past – both of them elements of Locke’s theory. Leibniz attacks the thesis on the irreality of the past not because he adopts an anti-justificationist thesis, antitetical to Locke’s, but, instead, due to the radicalization of his rival’s justificationist thesis. Conventionalism, on its turn, will be proven as false by the fact that the “self ” and the infinite set of its past, present and future perceptions perfectly coincide. In the conclusion of this paper, we will see how some passages of Kant’s Anthropology rend him, contrary to what would initially be supposed , closer to Leibniz than to Locke.
KEYWORDS: Leibniz, consciouness, inconscient, Locke, Kant.

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