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This chapter analyzes the last phase of Eduardo Coutinho’s filmmaking, consisting of Jogo de Cena (Playing) (2007), Moscow (2009), Um dia na vida (A Day in the Life) (2010), and As canções (Songs) (2011). Unlike his filming in real... more
This chapter analyzes the last phase of Eduardo Coutinho’s filmmaking, consisting of Jogo de Cena (Playing) (2007), Moscow (2009), Um dia na vida (A Day in the Life) (2010), and As canções (Songs) (2011). Unlike his filming in real locations, which had come to a close with O fim e o princípio (The End and the Beginning) (2005), these last four works were shot in closed spaces, three of them in stage settings and based on unique strategies of interweaving artistic media and fields, as well as the intensification of reflexivity procedures, already present in his previous work. The interpenetration of the Coutinho’s last films with theater, television, and music is so radical that it is possible to revisit his entire career based on the notion of “impure cinema”, the famous expression by André Bazin ((2014: 113) that marked generations of filmmakers and critics, and more recently transformed into an analytical method by Lucia Nagib and Anne Jerslev (Nagib, Jerslev 2014), a research tool that allows exploring in films the multimedia nature of cinema.
Resumo Este artigo analisa um material de arquivo audiovisual composto de edições do Jornal Nacional (JN) que foram ao ar em março de 2016, com base em um instrumental crítico do campo dos estudos fílmicos. Consideramos esse corpus... more
Resumo Este artigo analisa um material de arquivo audiovisual composto de edições do Jornal Nacional (JN) que foram ao ar em março de 2016, com base em um instrumental crítico do campo dos estudos fílmicos. Consideramos esse corpus “arquivos do presente” (LINS, 2012), nos quais identificamos um modo dominante de atuação do JN como caixa de ressonância tanto de acusações não confirmadas quanto da divulgação delas em outras mídias. Este texto foca o tratamento do JN dado à delação premiada do então senador do Partido dos Trabalhadores (PT) Delcídio do Amaral e a dinâmica imagética nas edições selecionadas – questões que revelam o excesso e a repetição como procedimentos fundamentais de uma “toxicidade” (ELSAESSER, 2014 gradual que atinge o espectador.
Texto para o Catálogo da mostra Cineastas e Imagens do povo, realizada no CCBB, RJ, em 2010. Organização Simplício Neto.
Texto para o catálogo do Festival Iberoamericano de Cinema - Cine-Ceará
21 edição
Reflexão sobre as dimensões ficcionais do documentário
Rupturas e continuidades entre o filme mais recente do cineasta Eduardo Coutinho, realizado com imagens da televisão aberta, e seus filmes anteriores, baseados na interação entre ele e personagens diversos. A pilhagem de imagens... more
Rupturas e continuidades entre o filme mais recente do cineasta Eduardo Coutinho, realizado com imagens da televisão aberta, e seus filmes anteriores, baseados na interação entre ele e personagens diversos. A pilhagem de imagens midiáticas e a exibição desse material editado em uma sala de cinema configuram um gesto artístico cujas dimensões estéticas e políticas adquirem mais importância do que o objeto fílmico e convocam um espectador não apenas critico ou cético diante do que vê, mas um espectador-montador.
Analise de documentários brasileiros que retomam imagens de arquivo, sejam arquivos de instituições públicas sejam imagens televisivas, que defino como "arquivos do presente".
Três filmes do campo documental brasileiro que abordam o universo das classes médias urbanas. O primeiro deles, de meados dos anos 60: Opinião Pública (1966), de Arnaldo Jabor. O segundo de meados dos anos 70: Retrato de Classe (1977),... more
Três filmes do campo documental brasileiro que abordam o universo das classes médias urbanas. O primeiro deles, de meados dos anos 60: Opinião Pública (1966), de Arnaldo Jabor. O segundo de meados dos anos 70: Retrato de Classe (1977), realizado para o Globo Repórter por Gregório Basic; e o terceiro, Edifício Master (2002) realizado por Eduardo Coutinho em meados de 2001.
Um passaporte hungaro, da cineasta e videoartista brasileira Sandra Kogut, é um filme que utiliza diferentes tecnologias para construir uma narrativa em que a diretora está fortemente presente. Trata-se de um filme em que a esfera da vida... more
Um passaporte hungaro, da cineasta e videoartista brasileira Sandra Kogut, é um filme que utiliza diferentes tecnologias para construir uma narrativa em que a diretora está fortemente presente. Trata-se de um filme em que a esfera da vida privada esta em primeiro plano, indo ao encontro de uma realidade midiática que esvazia cada vez mais a esfera publica em favor da intimidade. Contudo, diferentemente do que assistimos na televisão, o filme articula de maneira singular experiencias pessoais com a historia e a memoria coletivas, imprimindo deslocamentos importantes tanto em relação à produção midiática quanto ao documentário poli­tico clássico e aos filmes autobiográficos mais correntes. Palavras-chave cinema, documentário, intimidade, memoria, poli­tico Abstract A Hungarian Passport, a film by Sandra Kogut, a Brazilian film-maker and video artist, makes use of different technologies in order to construct a narrative in which the director is strongly present.
este artigo propõe uma análise do filme Era o Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017) para compreender como os procedimentos colaborativos entre subjetividades heterogêneas que permeiam o fenômeno da ocupação são apropriados por uma equipe... more
este artigo propõe uma análise do filme Era o Hotel Cambridge (Eliane Caffé, 2017) para compreender como os procedimentos colaborativos entre subjetividades heterogêneas que permeiam o fenômeno da ocupação são apropriados por uma equipe cinematográfica ao mesmo tempo incorporada pelo movimento de militância e mobilizada em suas lutas. Se esta é uma ficção produzida a partir de um local real, também aqui o local é reinventado no processo. A questão da alteridade pode ser percebida em várias camadas documentais, e a montagem de imagens “outras”, heterogêneas, reproduz uma política da estética que desestabiliza uma autoridade centralizada de enunciação do “outro” pelo “eu”.
Resumo Dos seus documentários em locações reais aos filmados em ambientes fechados, o cineasta Eduardo Coutinho investigou incansavelmente os modos de falar de seus personagens, suas “invenções verbais”, suas possibilidades de fabular,... more
Resumo Dos seus documentários em locações reais aos filmados em ambientes fechados, o cineasta Eduardo Coutinho investigou incansavelmente os modos de falar de seus personagens, suas “invenções verbais”, suas possibilidades de fabular, captando nesse movimento a complexidade e as modulações da língua portuguesa de camadas diversas da população brasileira. Este artigo revê essa dimensão fundamental do cinema de Coutinho à luz de Últimas conversas (2015), documentário editado postumamente por Jordana Berg, concluído por João Salles, a partir do material audiovisual daquele que seria o último filme do diretor. Em continuidade com essas preocupações, Eduardo Coutinho expressa em Últimas conversas um desejo de filmar crianças, por identificar nelas um momento originário da experiência da linguagem, em que palavras e sentidos ainda não estão cristalizados.
O texto pretende analisar questões relativas ao papel da espectatorialidade associado às funções documentais de certos regimes da imagem na cultura visual contemporânea. Examinando o caso do fotojornalismo e do cinema documentário mais... more
O texto pretende analisar questões relativas ao papel da espectatorialidade associado às funções documentais de certos regimes da imagem na cultura visual contemporânea. Examinando o caso do fotojornalismo e do cinema documentário mais recente, pretende-se destacar o modo de construção dos “vetores de imersão” das imagens e o “princípio do testemunho ocular” que permeia algumas destas práticas documentárias, de modo a identificar nelas a constituição de um “lugar de experiência” visual que define suas significações na cultura contemporânea.
Consuelo Lins looks at Eduardo Coutinho, a vibrant auteur of Brazilian documentary cinema whose “(self-)fabulation” rejuvenated the medium at the twilight of his life with minimalistic means, giving back the cinema not so much its “body”... more
Consuelo Lins looks at Eduardo Coutinho, a
vibrant auteur of Brazilian documentary cinema whose “(self-)fabulation”
rejuvenated the medium at the twilight of his life with minimalistic means,
giving back the cinema not so much its “body” as its voice.
This book was published
on the occasion of the exhibition
Locus: Apichatpong Weerasethakul – Cao Guimarães, EYE Filmmuseum, Amsterdam
16 September – 3 December, 2017
Printed and bound in the Netherlands
ISBN 978-94-6208-416-2
Crítica de minha autoria, publicada no jornal O Globo sobre o documentário "Eduardo Coutinho, 7 de outubro" (2014) de Carlos Nader
In his films, Coutinho explored the expressive abilities of any and all per- sons, the storytelling of the characters, the stagings of the self, the I, the bodily and facial expressions at the moment of speaking, the modulations in the... more
In his films, Coutinho explored the expressive abilities of any and all per- sons, the storytelling of the characters, the stagings of the self, the I, the bodily and facial expressions at the moment of speaking, the modulations in the Portuguese language, intonation, the power of orality. This is language in use, in action; language as a battlefield, as an object of dispute, language as a set of rules that can humiliate or impose silence, but can also liberate.
A apropriação de imagens já existentes em diferentes produções audiovisuais se intensifica e se diversifica. Este artigo retoma brevemente ideias e autores já trabalhados anteriormente para se ater mais longamente à discussão de uma noção... more
A apropriação de imagens já existentes em diferentes produções audiovisuais se intensifica e se diversifica. Este artigo retoma brevemente ideias e autores já trabalhados anteriormente para se ater mais longamente à discussão de uma noção fundamental para pensarmos a retomada de imagens de arquivo: a noção de documento, que nos permite aproximar o gesto de alguns historiadores da nova história ao modus operandi de certos ensaístas do cinema: Harun Farocki (Operários ao sair da fábrica), Susana de Sousa Dias (48) e Eryk Rocha (Rocha que voa).
Resumo: Dos seus documentários em locações reais aos filmados em ambientes fechados, o cineasta Eduardo Coutinho investigou incansavelmente os modos de falar de seus personagens, suas "invenções verbais", suas possibilidades de fabular,... more
Resumo: Dos seus documentários em locações reais aos filmados em ambientes fechados, o cineasta Eduardo Coutinho investigou incansavelmente os modos de falar de seus personagens, suas "invenções verbais", suas possibilidades de fabular, captando nesse movimento a complexidade e as modulações da língua portuguesa de camadas diversas da população brasileira. Este artigo revê essa dimensão fundamental do cinema de Coutinho à luz de Últimas conversas (2015), documentário editado postumamente por Jordana Berg, concluído por João Salles, a partir do material audiovisual daquele que seria o último filme do diretor. Em continuidade com essas preocupações, Eduardo Coutinho expressa em Últimas conversas um desejo de filmar crianças, por identificar nelas um momento originário da experiência da linguagem, em que palavras e sentidos ainda não estão cristalizados. Palavras-chave: Eduardo Coutinho; documentário brasileiro; análise fílmica. Abstract: Eduardo Coutinho, savage linguist of Brasilian documentary-The filmmaker Eduardo Coutinho inquired tirelessly the way his characters talk, their "verbal inventions" and possibilities of fabulation, grasping in this movement the complexities and modulations of Portuguese language used by several segments of the Brazilian population, present in his documentaries filmed both at open-air and studio locations. This article reviews that fundamental dimension of Coutinho's filmwork in the light of Últimas Conversas (2015), posthumously edited by Jordana Berg, and concluded by João Salles, working from the director's unfinished materials. Going further in his concerns about cinema, Coutinho utters in his last film the desire for recording children, identifying in them an originary moment in which words and meanings are not yet fully crystallized.
Analisaremos aqui algumas séries fotográficas do artista mineiro Cao Guimarães considerando os padrões de interação sensível promovidos por sua obra, em quadros pragmáticos da experiência estética da fotografia. A “relação estética” será... more
Analisaremos aqui algumas séries fotográficas do artista
mineiro Cao Guimarães considerando os padrões de interação
sensível promovidos por sua obra, em quadros pragmáticos
da experiência estética da fotografia. A “relação estética” será
identificada tanto com atitudes e regimes sensoriais que originam
a obra quanto na interação com um potencial apreciador. O corpus
desse estudo compreende Paisagens reais – homenagem a Guignard
(2009), Úmido (2015), Plano de voo (2015) e Steps (2015) e salienta
aspectos que conectam cada série com a experiência estética
suscitada por suas fotografias.
Esse artigo pretende introduzir o pensamento desse crítico que exerceu por quase trinta anos uma verdadeira militância pelo cinema, refletindo sobre os impasses dessa arte impura, de modo a intensificar um diálogo entre as diversas... more
Esse artigo pretende introduzir o pensamento desse crítico que exerceu por quase trinta anos uma verdadeira militância pelo cinema, refletindo sobre os impasses dessa arte impura, de modo a intensificar um diálogo entre as diversas mídias. Pensamento que se exprimiu de forma fragmentada através de incontáveis artigos escritos no dia-a-dia, de notas preparatórias para artigos, de ensaios - alguns publicados postumamente -, e de inúmeras entrevistas, a mais longa concedida pouco antes de sua morte a seu amigo Serge Toubiana, ele também editor dos Cahiers  . Diante da amplitude da tarefa, nosso interesse se limita aqui a alguns momentos essenciais de sua démarche em relação ao cinema, deixando para mais tarde as reflexões mais pontuais sobre televisão e informação. De todo modo, aqui e lá, o ponto de partida poderia ser a idéia que a história do cinema é um dos raros instrumentos do qual dispomos para nos situarmos no interior das imagens contemporâneas.
Research Interests:
É a intenção deste texto discutir as noções de montagem, arquivo e memória para pensar no uso dialético de imagens de arquivo em documentários de observação e autobiográficos. Conceitos de Benjamin, Brecht, Didi-Huberman e Eiseinstein... more
É a intenção deste texto discutir as noções de montagem, arquivo e memória para pensar no uso dialético de imagens de arquivo em documentários de observação e autobiográficos. Conceitos de Benjamin, Brecht, Didi-Huberman e Eiseinstein serão articulados às análises dos documentários de observação e autobiográficos “Diários” I (1973-1977), de Perlov, e “El cielo gira” (2004), de Mercedes Alvarez.
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Análise de um filme que assinala a passagem entre o que podemos chamar de duas fases da atuação de Eduardo Coutinho nos 15 anos finais de sua trajetória, e que têm justamente Santo forte e Jogo de cena como marcos principais. Trata-se de... more
Análise de um filme que assinala a passagem entre o que podemos chamar de duas fases da atuação de Eduardo Coutinho nos 15 anos finais de sua trajetória, e que
têm justamente Santo forte e Jogo de cena como marcos principais. Trata-se de O fim e o princípio (2005), documentário que surge mais rico a cada reencontro,
revelando-se aos olhos de hoje como um filme de transição
entre os documentários filmados em espaços reais (uma favela, um lixão, um prédio de classe média) e os últimos filmes de Coutinho, realizados "indoors" (um teatro, um galpão de ensaios, um estúdio).
O texto pretende analisar questões relativas ao papel da espectatorialidade associado às funções documentais de certos regimes da imagem na cultura visual contemporânea. Examinando o caso do fotojornalismo e do cinema documentário mais... more
O texto pretende analisar questões relativas ao papel da espectatorialidade associado às funções documentais de certos regimes da imagem na cultura visual contemporânea. Examinando o caso do fotojornalismo e do cinema documentário mais recente, pretende-se destacar o modo de construção dos “vetores de imersão” das imagens e o “princípio do testemunho ocular” que
permeia algumas destas práticas documentárias, de modo a identificar nelas a constituição de um “lugar de experiência” visual que define suas significações na cultura contemporânea.
Research Interests:
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