Papers by Isadora T A V A R E S Maleval
Diálogos, 2023
A inauguração da República no Brasil instigou uma intensa produção letrada que acaba nos servindo... more A inauguração da República no Brasil instigou uma intensa produção letrada que acaba nos servindo como fonte importante para entender aquele contexto. Neste artigo, toma-se como foco a obra do Visconde de Taunay (1843-1899), a partir da análise de três publicações: Império e República (1933), Memórias (1948) e O encilhamento (1894). Partindo de tais textos, cuja crítica à novidade republicana era notória em contraposição à nostalgia pelo passado monárquico, demonstramos a aguçada percepção da temporalidade do escritor – como alguém que se percebia na transição entre dois tempos.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 2018
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Revista de Teoria da História, 2011
Socio do Instituto Historico e Geografico Brasileiro entre 1845 e 1847, Bento Mureacabou expulso ... more Socio do Instituto Historico e Geografico Brasileiro entre 1845 e 1847, Bento Mureacabou expulso da instituicao apos pronunciar um discurso na “comemoracao” da mortedo principe D. Afonso em sessao extraordinaria organizada pela agremiacao. O conteudo da peca, bem como a propria trajetoria do homeopata frances sao analisados neste artigo, de modo a tentar compreender a rejeicao sofrida por Mure pelos demais membros do IHGB. Desse modo, foi possivel concluir que a reprimenda significou uma tentativa de proteger a instituicao, que, ao longo dos primeiros anos de existencia, desejava aparentar uma homogeneidade perfeita entre os membros em torno de um projeto comum.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Ars Historica, 2010
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, 2017
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Apresentacao. Revista Maracanan, PPGH-UERJ, Rio de Janeiro, n. 26 - "Historia Regional: nov... more Apresentacao. Revista Maracanan, PPGH-UERJ, Rio de Janeiro, n. 26 - "Historia Regional: novas perspectivas", p. 7-12, jan.-abr. 2021.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Entrevista para a Revista Maracanan , n. 26 - "Historia Regional: novas perspectivas",... more Entrevista para a Revista Maracanan , n. 26 - "Historia Regional: novas perspectivas", jan.-abr. 2021.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
INTRODUÇÃO: O fim do período monárquico através do golpe republicano em 1889 indica que o fin-de-... more INTRODUÇÃO: O fim do período monárquico através do golpe republicano em 1889 indica que o fin-de-siècle oitocentista foi de extrema agitação no cenário político brasileiro. Nos círculos letrados as reflexões em torno desse rompimento tornaram-se recorrentes; jornais, revistas e até livros alertavam para o conflito de ideias que se desenhava entre os defensores do antigo regime e os simpatizantes da República. Essas opiniões dissonantes só são possíveis de serem apreendidas porque a passagem entre os séculos foi também o momento da intensificação da cultura letrada no Brasil. O movimento que teve início nas décadas de 1820 e 1830, da criação de tipografias e editoras, da impressão cada vez em maior escala de periódicos e livros, cresceu exponencialmente ao longo de todo o século XIX. Próximo à época da queda de D. Pedro II sabe-se que houve o estabelecimento de um sem número de veículos de imprensa no país 1 , a ampliação de alfabetizados 2 , e já não era incomum ter homens que vivessem exclusivamente da pena. Intelectuais, embora não exclusivamente historiadores, conglomeravam a filosofia, a literatura e a história em suas obras, desta forma, agiam por meio da escrita em seu tempo e interviam na vida pública atuando nos mais diversos âmbitos da vida social (militar, política, no jornalismo, nos estudos científicos ou na literatura). Alguns
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
História Unisinos, 2020
Este artigo tem o intuito de investigar, a partir de uma análise das atas das sessões do Institut... more Este artigo tem o intuito de investigar, a partir de uma análise das atas das sessões do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) publicadas no seu peri-ódico entre 1850 e 1889, os limites para a escrita da história do presente no século XIX. A associação e seus membros normalmente desqualificavam tal prática, primando por uma moderna noção de história, que aliaria afastamento temporal à imparcialidade, e por conta de contingências políticas do próprio contexto. Em ambos os casos, a chave do "tribunal da posteridade" aparecia como central nessa política de ocultamento ou de arquivamento de narrativas sobre os eventos coetâneos. Por outro lado, com o passar dos anos, episódios antes considerados recentes e, portanto, proibitivos à história tornaram-se passíveis de serem trabalhados com a seriedade exigida pelos sócios da agremiação. Serão problematizados os comentários contidos na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro sobre a Revolução Pernambucana (1817) e a Farroupillha (1835-1845) para entender por quais meios se deu esse complexo processo. Palavras-chave: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, historiografia, presente, Segundo Reinado. Abstract: This article intends to investigate, starting from an analysis of the minutes of the sessions of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) published in its periodical between 1850 and 1889, the limits for the writing of the history of the present in the nineteenth century. The association and its members usually disqualified this practice, based on a modern notion of history, which allied temporal detachment and impartiality, and because of the political contingencies of the context itself. In both cases, the key of the "tribunal of posterity" appeared as central to this policy of concealing or archiving narratives about contemporary events. On the other hand, over the years, episodes previously considered recent and therefore prohibited in the territory of history could be discussed with the seriousness demanded by the members of the Institute. Comments about the Revolução Pernambucana (1817) and the Revolução Farroupillha (1835-1845) contained in the Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro are problematized to understand how this complex process occurred.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Topoi, 2019
Este artigo investiga, através das produções do Instituto Histórico e Geográfi co Brasileiro entr... more Este artigo investiga, através das produções do Instituto Histórico e Geográfi co Brasileiro entre 1838 e 1850, sobretudo o seu periódico, os limites para a escrita da história do presente no século XIX. Os sócios, imbuídos de um discurso que, por vezes, legitimava essa prática por considerá-la pertinente em uma associação próxima ao imperador D. Pedro II, em geral, a desqualifi cavam em prol de uma concepção moderna de história na qual o afastamento temporal, combinado à imparcialidade, era condição fundamental para se chegar à verdade dos fatos, e a contingências políticas do próprio tempo. Daí se entende o caráter arquivista da instituição em relação aos documentos referentes aos fatos coetâneos e projetos como o da "arca do sigilo" para recolha e proteção dos mesmos. Palavras-chave: Instituto Histórico e Geográfi co Brasileiro; Segundo Reinado; historiogra-fi a; presente; arca do sigilo. ABSTRACT Th is article investigates the limits for the writing of history of the present in the nineteenth century by analysing the Instituto Histórico e Geográfi co Brasileiro's production between 1838 and 1850, especially its journal. Even though its associates were steeped in a discourse that sometimes legitimized this practice, due to the relevant close association between the institution and the Emperor D. Pedro II, they generally disqualifi ed it in favor of a modern conception of history. According to this conception, temporal distance, combined
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Brasil e Portugal no século XIX: encontros culturais , 2019
Figura singular do contexto literário de sua época, Caetano Lopes de Moura, de ascendência africa... more Figura singular do contexto literário de sua época, Caetano Lopes de Moura, de ascendência africana, fez boa parte de sua carreira em Paris, para onde se mudou ainda jovem. Na França, estudou medicina, atuou como cirurgião no exército de Napoleão e em seguida dedicou-se a uma prolífica carreira literária, obtendo o apoio financeiro do imperador D. Pedro II. Traduziu livros do Romantismo, escreveu obras próprias e uma autobiografia, esta por encomenda do monarca brasileiro. Nos estudos camonianos, Lopes de Moura é um pioneiro, no Brasil, na então disputada missão de editar criticamente Os Lusíadas.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
R. IHGB, 2018
Neste artigo, pretendemos investigar, por meio de excertos extraídos da Revista do Instituto Hist... more Neste artigo, pretendemos investigar, por meio de excertos extraídos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o tratamento dado pela instituição aos acontecimentos do Segundo Reinado. A partir de alguns exemplos, tais como o projeto das Ephemerides (1839) e a franca abertura para a Guerra do Paraguai, nas páginas do periódico nas décadas de 1860 e 1870, problematizamos os limites para a escrita de uma história do tempo presente no século XIX.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882),
well-known author of the novel A moreninha
(1844), acted in... more Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882),
well-known author of the novel A moreninha
(1844), acted in other fields of the political
and intellectual life of Second Reign, besides
the literature. For example, he worked for
the remarkable Colégio Pedro II, responsible
for the discipline History of Brazil, and was a
partner with great projection of the Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). In
this article we intend to investigate his participation
in this last institution, especially
regarding the quarrels about the validity to
invest in the production of a history of present
or contemporary by the IHGB.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Resumo: Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843-1899), o Visconde de Taunay, letrado de prestígio do B... more Resumo: Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843-1899), o Visconde de Taunay, letrado de prestígio do Brasil Império, teve seu despontar como escritor a partir da sua participação enquanto soldado na Guerra do Paraguai (1864-1870). Ele foi um dos primeiros a escrever sobre o que viu e viveu naquele cenário calamitoso, sendo por tal motivo considerado por seus contemporâneos o " Xenofonte brasileiro " – menção clara ao comandante/escritor da Antiguidade clássica. A análise desses testemunhos tem como foco compreender de que maneira esse tipo de produção letrada acabou por favorecer uma determinada interpretação da guerra, sobretudo na historiografia brasileira até meados do século XX, denominada por alguns autores como uma " historiografia de trincheira " , de viés notadamente nacionalista. Palavras-chave: Guerra do Paraguai. Visconde de Taunay. Historiografia. Abstract: Alfredo d'Escragnolle Taunay (1843-1899), the Viscount of Taunay, prestigious literate in Brazil's Empire, had his start as a writer in the moment of his participation as a soldier in the War of Paraguay (1864-1870). He was one of the pioneers in writing about what he saw and lived in that calamitous scene, and for that reason was considered by his contemporaries as the " Brazilian Xenophon " – a clear reference to the commander / writer of classical Antiquity. The analysis of these testimonies is focused on understanding how this type of literate production turned out to privilege a particular interpretation of the war, especially in the Brazilian historiography until the mid-twentieth century, called by some authors as a " trench historiography " , remarkably nationalist.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1845 e 1847, Bento Mure acabou expulso... more Sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1845 e 1847, Bento Mure acabou expulso da instituição após pronunciar um discurso na " comemoração " da morte do príncipe D. Afonso em sessão extraordinária organizada pela agremiação. O conteúdo da peça, bem como a própria trajetória do homeopata francês são analisados neste artigo, de modo a tentar compreender a rejeição sofrida por Mure pelos demais membros do IHGB. Desse modo, foi possível concluir que a reprimenda significou uma tentativa de proteger a instituição, que, ao longo dos primeiros anos de existência, desejava aparentar uma homogeneidade perfeita entre os membros em torno de um projeto comum.
Member of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro between 1845 and 1847, Bento Mure has been expelled of the institution after his pronouncement at the "celebration" of the death of the prince D. Afonso on a special session organized by the association. The content of the speech, as well as the trajectory of the french homeopath are analysed in this article, in order to understand It's rejection by the other members of the IHGB. Thus, we conclude that the censorship at the institution was an attempt to sustain It´s appearence of homogeneity during the first decade of existence.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
artigo pretende analisar alguns debates gerados a partir do locus de produção
historiográfica do ... more artigo pretende analisar alguns debates gerados a partir do locus de produção
historiográfica do oitocentos no Brasil – o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro –
acerca de obras cujo foco seria a história do país, mas que apresentavam narrativas
sobre fatos transcorridos havia poucos anos ou mesmo ainda em processo de
execução. Para isso, são analisados pareceres emitidos, principalmente, por um dos
mais notáveis sócios da instituição, além de professor da cadeira de História do Brasil
do Colégio Pedro II: Joaquim Manuel de Macedo. A história do presente, segundo ele,
não deveria ser matéria de obras de cunho historiográfico, devido à falta de
imparcialidade que existiria nesse tipo de produção, a partir da idéia de que, quanto
mais distante temporalmente do objeto de estudo, o historiador seria mais imparcial
e, portanto, atingiria a verdade dos fatos narrados.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
This article focuses on the analysis of the process of writing and publishing two specific
books ... more This article focuses on the analysis of the process of writing and publishing two specific
books addressed to the apprenticeship of the Brazilian youth: the Epítome Chronologico
de Historia do Brasil, written by Caetano Lopes de Moura and published in 1860, and
the Epítome da Historia do Brasil, written by José Pedro Xavier Pinheiro, published by
the first time in 1854 – both compared to the book written by José Inácio de Abreu e
Lima Compendio de Historia do Brasil (1843). We tried to show the importance of this
type of literature in the XIXth century, in terms of History writing and teaching.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Thesis Chapters by Isadora T A V A R E S Maleval
Esta tese investiga, através das produções do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1... more Esta tese investiga, através das produções do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro entre 1838 e 1889, sobretudo o seu periódico, os limites para a escrita da história do presente no século XIX. Os sócios, imbuídos de um discurso que por vezes legitimava essa prática por considerá-la pertinente em uma associação próxima ao imperador D. Pedro II, em geral a desqualificavam em prol de uma concepção moderna de história na qual o afastamento temporal, combinado à imparcialidade, era condição fundamental para se chegar à verdade dos
fatos, e de contingências políticas do próprio tempo. Assim, a partir da análise do cotidiano da associação extraiu-se uma sequência de procedimentos que levou à consideração de que a força da censura foi muito maior do que a da permissividade em relação ao tratamento de fatos coetâneos naquele momento. A utilização de outras fontes de pesquisa, como memórias históricas e autobiografias produzidas fora do grêmio, além da análise das produções do Institut Historique de Paris, permitiu a ampliação da problemática e a conclusão de que se não havia um único conjunto de regras a partir do qual o historiador devia se pautar, mesmo no IHGB, fora dele essa diversidade era ainda maior – e nisso incluía-se o problema da história contemporânea.
Bookmarks Related papers MentionsView impact
Uploads
Papers by Isadora T A V A R E S Maleval
well-known author of the novel A moreninha
(1844), acted in other fields of the political
and intellectual life of Second Reign, besides
the literature. For example, he worked for
the remarkable Colégio Pedro II, responsible
for the discipline History of Brazil, and was a
partner with great projection of the Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). In
this article we intend to investigate his participation
in this last institution, especially
regarding the quarrels about the validity to
invest in the production of a history of present
or contemporary by the IHGB.
Member of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro between 1845 and 1847, Bento Mure has been expelled of the institution after his pronouncement at the "celebration" of the death of the prince D. Afonso on a special session organized by the association. The content of the speech, as well as the trajectory of the french homeopath are analysed in this article, in order to understand It's rejection by the other members of the IHGB. Thus, we conclude that the censorship at the institution was an attempt to sustain It´s appearence of homogeneity during the first decade of existence.
historiográfica do oitocentos no Brasil – o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro –
acerca de obras cujo foco seria a história do país, mas que apresentavam narrativas
sobre fatos transcorridos havia poucos anos ou mesmo ainda em processo de
execução. Para isso, são analisados pareceres emitidos, principalmente, por um dos
mais notáveis sócios da instituição, além de professor da cadeira de História do Brasil
do Colégio Pedro II: Joaquim Manuel de Macedo. A história do presente, segundo ele,
não deveria ser matéria de obras de cunho historiográfico, devido à falta de
imparcialidade que existiria nesse tipo de produção, a partir da idéia de que, quanto
mais distante temporalmente do objeto de estudo, o historiador seria mais imparcial
e, portanto, atingiria a verdade dos fatos narrados.
books addressed to the apprenticeship of the Brazilian youth: the Epítome Chronologico
de Historia do Brasil, written by Caetano Lopes de Moura and published in 1860, and
the Epítome da Historia do Brasil, written by José Pedro Xavier Pinheiro, published by
the first time in 1854 – both compared to the book written by José Inácio de Abreu e
Lima Compendio de Historia do Brasil (1843). We tried to show the importance of this
type of literature in the XIXth century, in terms of History writing and teaching.
Thesis Chapters by Isadora T A V A R E S Maleval
fatos, e de contingências políticas do próprio tempo. Assim, a partir da análise do cotidiano da associação extraiu-se uma sequência de procedimentos que levou à consideração de que a força da censura foi muito maior do que a da permissividade em relação ao tratamento de fatos coetâneos naquele momento. A utilização de outras fontes de pesquisa, como memórias históricas e autobiografias produzidas fora do grêmio, além da análise das produções do Institut Historique de Paris, permitiu a ampliação da problemática e a conclusão de que se não havia um único conjunto de regras a partir do qual o historiador devia se pautar, mesmo no IHGB, fora dele essa diversidade era ainda maior – e nisso incluía-se o problema da história contemporânea.
well-known author of the novel A moreninha
(1844), acted in other fields of the political
and intellectual life of Second Reign, besides
the literature. For example, he worked for
the remarkable Colégio Pedro II, responsible
for the discipline History of Brazil, and was a
partner with great projection of the Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). In
this article we intend to investigate his participation
in this last institution, especially
regarding the quarrels about the validity to
invest in the production of a history of present
or contemporary by the IHGB.
Member of the Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro between 1845 and 1847, Bento Mure has been expelled of the institution after his pronouncement at the "celebration" of the death of the prince D. Afonso on a special session organized by the association. The content of the speech, as well as the trajectory of the french homeopath are analysed in this article, in order to understand It's rejection by the other members of the IHGB. Thus, we conclude that the censorship at the institution was an attempt to sustain It´s appearence of homogeneity during the first decade of existence.
historiográfica do oitocentos no Brasil – o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro –
acerca de obras cujo foco seria a história do país, mas que apresentavam narrativas
sobre fatos transcorridos havia poucos anos ou mesmo ainda em processo de
execução. Para isso, são analisados pareceres emitidos, principalmente, por um dos
mais notáveis sócios da instituição, além de professor da cadeira de História do Brasil
do Colégio Pedro II: Joaquim Manuel de Macedo. A história do presente, segundo ele,
não deveria ser matéria de obras de cunho historiográfico, devido à falta de
imparcialidade que existiria nesse tipo de produção, a partir da idéia de que, quanto
mais distante temporalmente do objeto de estudo, o historiador seria mais imparcial
e, portanto, atingiria a verdade dos fatos narrados.
books addressed to the apprenticeship of the Brazilian youth: the Epítome Chronologico
de Historia do Brasil, written by Caetano Lopes de Moura and published in 1860, and
the Epítome da Historia do Brasil, written by José Pedro Xavier Pinheiro, published by
the first time in 1854 – both compared to the book written by José Inácio de Abreu e
Lima Compendio de Historia do Brasil (1843). We tried to show the importance of this
type of literature in the XIXth century, in terms of History writing and teaching.
fatos, e de contingências políticas do próprio tempo. Assim, a partir da análise do cotidiano da associação extraiu-se uma sequência de procedimentos que levou à consideração de que a força da censura foi muito maior do que a da permissividade em relação ao tratamento de fatos coetâneos naquele momento. A utilização de outras fontes de pesquisa, como memórias históricas e autobiografias produzidas fora do grêmio, além da análise das produções do Institut Historique de Paris, permitiu a ampliação da problemática e a conclusão de que se não havia um único conjunto de regras a partir do qual o historiador devia se pautar, mesmo no IHGB, fora dele essa diversidade era ainda maior – e nisso incluía-se o problema da história contemporânea.
"Fontes e Métodos na escrita da História: novas perspectivas de abordagens".