Ariane Holzbach
Professora do curso de Estudos de Mídia e da Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense, editora-chefe da revista Contracampo e Bolsista de Produtividade em Pesquisa nível 2 do CNPq. Doutora e mestre em comunicação pelo PPGCOM UFF, com doutorado-sanduíche realizado na McGill University. Graduada em Jornalismo pela UFPE e tem pós-doutorado em História realizado no Departamento de Pós-graduação em História da UERJ. É a atual coordenadora do GT de Estudos de TV, da Compós, coordenadora do AnimaMídia, Grupo de Pesquisa em Desenhos Animados (https://pesquisaanimamidia.wordpress.com/), e uma das coordenadoras do TeleVisões, Núcleo de Pesquisa em Televisão e Novas Mídias (https://congressotelevisoes.com.br/). Desenvolve pesquisa voltada para televisão e audiovisual, entretenimento e conteúdos audiovisuais direcionados a crianças. É autora de "A invenção do videoclipe: a história por trás da consolidação de um gênero audiovisual" (2016) e organizadora, junto com Mayka Castellano, de "TeleVisões: reflexões para além da TV" (2018).
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influenciadoras negras brasileiras que ganharam visibilidade e protagonismo incomparáveis à representatividade deste grupo nas mídias audiovisuais hegemônicas. Para isso, primeiramente, destacamos a representação negra no audiovisual brasileiro. Na segunda parte, ressaltamos o YouTube como um novo e importante espaço também para a produção audiovisual contra hegemônica. Na parte final do texto, através de critérios metodológicos que serão explicados em
breve, exemplificaremos nossos argumentos através de uma breve amostragem de 16 canais do YouTube, protagonizados por mulheres negras brasileiras e que debatem diversos e assuntos variados. Ressaltamos, assim, o papel destes espaços virtuais em alguns níveis de desconstrução de estereótipos da comunicação e, finalmente, na consolidação contra hegemônica destas mulheres através de seus canais na plataforma.
transformado. Produzidas em quatro versões e transmitidas em diferentes momentos históricos, cada versão traz consigo marcas do seu tempo, transformações oriundas da influência da recepção e peculiaridades narrativas geradas a partir desses fatores elencados.
inaugural dirigida por Tim Burton que transformou em live action um desenho animado bastante conhecido, impulsionou o lançamento de vários remakes da linha Clássicos. Em comum, esses filmes têm replicado uma dinâmica similar: são versões de desenhos animados que fizeram muito sucesso ao longo do século XX e que apresentam narrativas atualizadas, realizadas integralmente em live action. Longas
animados como A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992) e Cinderella (1950) ganharam novas interpretações a partir de narrativas com lógicas do contemporâneo inseridas como forma de atualizar as histórias. O fato de as novas narrativas serem realizadas em live action levanta a necessidade de recrutar atores reais para encenar filmes que antes eram animados, e isso impõe intensos debates relacionados a questões de representatividade dessas releitura.
da ruptura - o videoclipe representaria uma antítese audiovisual e seria um sintoma do pós-moderno; 2) a consolidação do videoclipe a partir da criação da MTV nos Estados Unidos, em 1981, que surgiu no contexto da ascensão da televisão por assinatura e, em função disso, pôde concentrar-se em um público segmentado - o jovem - e em um conteúdo específico, que estava ainda em processo de consolidação; 3) o desenvolvimento das convenções estruturais do videoclipe, considerando que estas só se instauraram inseridas em contextos socioculturais determinados. Esses fenômenos são percebidos à luz de uma revisão crítica da bibliografia de referência existente sobre videoclipe aliada a uma nova proposta de observação do objeto, pautada em um olhar que considera simultaneamente as culturas musical e audiovisual. Para construção desse novo olhar foi feita uma pesquisa empírica centrada em três objetos de estudo: todas as matérias da revista Variety que tematizam o videoclipe publicadas entre 1981 e 1986; a primeira programação da história da MTV, veiculada na madrugada de 1º de agosto de 1981; e todas as edições do Video Music Awards, o VMA, realizadas desde que o prêmio foi criado, em 1984, até 2012, ano final de escrita desta tese. A pesquisa concluiu que, longe de constituir um audiovisual de ruptura que visa exclusivamente à venda, o videoclipe consolidou-se a partir de uma continuidade histórica marcada por reconfigurações tecnológicas nos campos musical e audiovisual. Ele não apenas foi resultado dessas mudanças como ajudou a solucionar diversos problemas enfrentados por várias instâncias culturais nesse contexto, especialmente a indústria fonográfica, as rádios FM, as jukeboxes e o vídeo doméstico.