2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de ... more 2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de design, com o objetivo de co-criar interações durante o desenvolvimento de jogos. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica da utilização de design participativo no desenvolvimento de jogos. Durante esta análise, procuramos apresentar os diferentes papéis de designers e participantes de maneira a desenvolver uma perspectiva inclusiva de desenvolvimento. Para isto, analisamos artigos publicados por pesquisadores e designers de jogos que utilizam esta abordagem. Concluímos este artigo com recomendações para a aplicação do Design Participativo no design de jogos, considerando aspectos éticos, de propriedade intelectual, co-criação e feedback. Palavras-chave: participatory design, games design, review 1 INTRODUÇÃO Com os avanços tecnológicos e estudos em design, há uma grande atenção voltada para abordagens metodológicas que incluam aspectos participativos e de co-design. Neste cenário, é crucial entender métodos e metodologias de design que buscam melhorar a experiência do jogador, para que pesquisadores tanto da indústria quanto da academia possam entender as relações que jogadores têm com os jogos. Muitos métodos de pesquisa procuram entender aspectos como emoção, diversão, experiência de fluxo (flow) e reações fisiológicas do jogador [1]. Entretanto, boa parte desses métodos são utilizados após a experiência com o jogo, ou seja, o jogador é envolvido apenas no final do processo de design. Neste caso, a principal técnica de aprimoramento da experiência do jogador é o playtesting. Esta técnica é extremamente defendida em metodologias de games design chamadas de playcentric (centradas no jogar) e baseadas nos princípios de Fullerton [2], que apoia o uso de protótipos e o envolvimento contínuo do jogador no processo de design. De acordo com Fullerton [2], a abordagem playcentric promove um desenvolvimento de jogos centrado na experiência do jogador, ou seja, o elemento principal do jogo é o jogador. Porém, mesmo com esta abordagem, ainda há perguntas a serem respondidas em relação à participação do jogador no processo de design, principalmente em relação a metodologias como o Design Participativo (DP), que envolve aspectos de co-design e colaboração [3]. Com o objetivo de melhorar e entender a experiência do jogador, o Design Participativo surge como maneira de contextualizar o processo de design, através do envolvimento de jogadores em diversos estágios do design de jogos, não restritos a apenas a etapa de testes [4]. Com isso, há uma grande necessidade de entender a relação entre jogador e designer, já que ao criar um jogo há muitos stakeholders envolvidos, como o designer, programador, roteirista, artista, pesquisador e muitas vezes um especialista. Além disso, é importante investigar em quais áreas do design de um jogo que o jogador pode contribuir e como esta contribuição pode ser benéfica para a melhoria da experiência do usuário. Entretanto, já que a aplicação de DP está em expansão, é necessário entender como este processo pode ser aplicado no design de jogos e como modificar existentes métodos de DP para o contexto do design de jogos, tanto na academia quanto na indústria. Dessa forma, perguntamos: quais são as diretrizes do Design Participativo no design de jogos? Como entender o papel entre jogador e designer neste contexto? Para tentar responder essas perguntas, realizamos um estudo exploratório por meio da revisão da bibliografia, procurando entender as reflexões do DP no design de jogos, as relações entre os stakeholders e aspectos que possam ser revistos ou melhorados para a aplicação de metodologias de DP em games design. 2 TEORIA Com o objetivo de situar este estudo, iniciamos este artigo com a definição e breve história da aplicação do Design Participativo (DP) como metodologia de design para diversos fins. Nesta revisão também mencionamos os jogos de design, que podem ser usados como técnicas de DP. Por fim, analisamos a relação que o DP promove entre designer e participante e assim situamos a relação entre designer e jogador. Essas perspectivas são discutidas a seguir. 2.1 Design participativo Design Participativo (DP) nasceu em território Europeu, em particular na Escandinávia, a partir de uma reflexão política durante os anos 1970-1980, como maneira de expressar atividades democráticas participativas no ambiente de trabalho [5]. Com isso, o design participativo foi tomando forma, adaptando-se às necessidades de cada grupo. Atualmente, DP não está restrito à práticas exclusivamente escandinavas, podendo ser adaptados de acordo com cada decisão democrática envolvida no processo [6]. A grande questão em torno do DP e o desenvolvimento de novas tecnologias é o posicionamento do usuário. A maneira como produtos digitais são criados hoje é um reflexo da tecnologia influenciando o comportamento do usuário ou é o usuário que influencia o desenvolvimento tecnológico? [6]. Esta questão deu…
This article discusses the relationship between emotion and design, focusing on a specific type o... more This article discusses the relationship between emotion and design, focusing on a specific type of experience design: musical consumption. An aspect of musical experience – media type (or consumption context) – is the object of analysis. This was carried out by means of an experimental study with students, seeking to identify differences in their perception of emotions after having been exposed to a song via different media: a sound recording (audio only), a music video and the live concert experience. The main hypothesis for this study comprised the idea that, dependent on media type, there is a significant difference in the perception of emotions. The results point to the existence of differences, suggesting the importance of socially relevant factors in the individual perception of emotions.
This paper reviews the current body of literature on participatory design (PD) for game design, i... more This paper reviews the current body of literature on participatory design (PD) for game design, including participatory design elements, participatory design in education, and the current challenges that game designers and developers encountered. This paper also contains the findings of a survey among game designers in Brazil (N=29) concerning their use of participatory design techniques during the design process in their studios. The survey results show that playtesting is the most common technique that they utilise in order to improve player experience. Several of the respondents admitted that they have considered player participation during other stages of game development. This paper is concluded with a critical overview of the role of participatory design in game design and potential uses for games for learning. The literature and survey-based findings in this paper may be of benefit to game design scholars and designers who are intent on critically analysing the use of partici...
A proposta deste estudo é analisar aspectos relacionados ao caráter científico do método de Perso... more A proposta deste estudo é analisar aspectos relacionados ao caráter científico do método de Personas, que foi apresentado por Alan Cooper em seu livro The Inmates are Running the Asylum em 1999. De acordo com o autor, personas são arquétipos hipotéticos de usuários reais, definidos com rigor e precisão significativos. Trata-se de personagens fictícios, construídos a partir da coleta de dados dos usuários em potencial e que servirão para orientar o desenvolvimento do produto ou serviço. O método de Personas vem sendo amplamente utilizado por profissionais das áreas de Design e também de Marketing nas etapas de pesquisa com usuários em projetos de produtos ou campanhas de comunicação. Não obstante, na academia, especialmente na área de Design, o uso deste método se tornou frequente projetos e estudos relacionados à experiência e interação do usuário com produtos e serviços. Por isso, identificou-se a necessidade de analisar e validar aspectos científicos do método. Desta forma, foi proposto um experimento onde três equipes receberam o mesmo problema de projeto e contexto para aplicar método de Persona seguindo o protocolo definido por Cooper (2007). O problema de projeto em questão foi a avaliação da interface do terminal de autoatendimento do sistema de recarga do RioCard nas estações do VLT Carioca no centro do Rio de Janeiro/RJ. persona, interaction design, method, UX Research This study aims is to analyze aspects related to the scientific character of the Personas method, which was presented by Alan Cooper in his book The Inmates are Running the Asylum in 1999. According to the author, personas are hypothetical archetypes of real users, defined with accuracy and precision. These are fictional characters, built from the data of potential users and that will serve to guide the development of the product or service. The Personas method has been widely used by professionals in the areas of Design and also Marketing in the research stages with users in product designs or communication campaigns. Nevertheless, in academic area, especially in the area of Design, the use of this method has become frequent projects and studies related to the experience and interaction of the user with products and services. Therefore, the need to analyze and validate scientific aspects of the method was identified. In this way, an experiment was proposed where three teams received the same problem of project and context to apply Persona's method following the protocol defined by Cooper (2007). The project problem in question was the evaluation of the interface of the self-service terminal of the RioCard recharging system at the VLT Carioca stations in central Rio de Janeiro / RJ. 1 Introdução A busca pelo teor científico, caracterizado por métodos rigorosos, permite obter conhecimento de forma sistemática, precisa e objetiva. No campo do Design a manufatura de muitos artefatos criados pelo homem durante muito tempo foi baseado no senso comum. Com a Revolução Industrial do século XIX os meios de produção passaram a exigir um planejamento mais elaborado. A aplicação da tecnologia substituiu o acaso do artesanato e a aproximação com a ciência ocorreu por meio da aplicação de métodos rigorosos no desenvolvimento projetual, com o objetivo da produção de novos conhecimentos, deixando a intuição na concepção de objetos de lado. Os maiores símbolos desta visão sob um ponto de vista funcionalista, substituindo as concepções artísticas por princípios científicos, são a Bauhaus e a Escola de Ulm. Elas se diferenciavam das outras escolas de desenho, não se prendendo a tradição artística e
2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de ... more 2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de design, com o objetivo de co-criar interações durante o desenvolvimento de jogos. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica da utilização de design participativo no desenvolvimento de jogos. Durante esta análise, procuramos apresentar os diferentes papéis de designers e participantes de maneira a desenvolver uma perspectiva inclusiva de desenvolvimento. Para isto, analisamos artigos publicados por pesquisadores e designers de jogos que utilizam esta abordagem. Concluímos este artigo com recomendações para a aplicação do Design Participativo no design de jogos, considerando aspectos éticos, de propriedade intelectual, co-criação e feedback. Palavras-chave: participatory design, games design, review 1 INTRODUÇÃO Com os avanços tecnológicos e estudos em design, há uma grande atenção voltada para abordagens metodológicas que incluam aspectos participativos e de co-design. Neste cenário, é crucial entender métodos e metodologias de design que buscam melhorar a experiência do jogador, para que pesquisadores tanto da indústria quanto da academia possam entender as relações que jogadores têm com os jogos. Muitos métodos de pesquisa procuram entender aspectos como emoção, diversão, experiência de fluxo (flow) e reações fisiológicas do jogador [1]. Entretanto, boa parte desses métodos são utilizados após a experiência com o jogo, ou seja, o jogador é envolvido apenas no final do processo de design. Neste caso, a principal técnica de aprimoramento da experiência do jogador é o playtesting. Esta técnica é extremamente defendida em metodologias de games design chamadas de playcentric (centradas no jogar) e baseadas nos princípios de Fullerton [2], que apoia o uso de protótipos e o envolvimento contínuo do jogador no processo de design. De acordo com Fullerton [2], a abordagem playcentric promove um desenvolvimento de jogos centrado na experiência do jogador, ou seja, o elemento principal do jogo é o jogador. Porém, mesmo com esta abordagem, ainda há perguntas a serem respondidas em relação à participação do jogador no processo de design, principalmente em relação a metodologias como o Design Participativo (DP), que envolve aspectos de co-design e colaboração [3]. Com o objetivo de melhorar e entender a experiência do jogador, o Design Participativo surge como maneira de contextualizar o processo de design, através do envolvimento de jogadores em diversos estágios do design de jogos, não restritos a apenas a etapa de testes [4]. Com isso, há uma grande necessidade de entender a relação entre jogador e designer, já que ao criar um jogo há muitos stakeholders envolvidos, como o designer, programador, roteirista, artista, pesquisador e muitas vezes um especialista. Além disso, é importante investigar em quais áreas do design de um jogo que o jogador pode contribuir e como esta contribuição pode ser benéfica para a melhoria da experiência do usuário. Entretanto, já que a aplicação de DP está em expansão, é necessário entender como este processo pode ser aplicado no design de jogos e como modificar existentes métodos de DP para o contexto do design de jogos, tanto na academia quanto na indústria. Dessa forma, perguntamos: quais são as diretrizes do Design Participativo no design de jogos? Como entender o papel entre jogador e designer neste contexto? Para tentar responder essas perguntas, realizamos um estudo exploratório por meio da revisão da bibliografia, procurando entender as reflexões do DP no design de jogos, as relações entre os stakeholders e aspectos que possam ser revistos ou melhorados para a aplicação de metodologias de DP em games design. 2 TEORIA Com o objetivo de situar este estudo, iniciamos este artigo com a definição e breve história da aplicação do Design Participativo (DP) como metodologia de design para diversos fins. Nesta revisão também mencionamos os jogos de design, que podem ser usados como técnicas de DP. Por fim, analisamos a relação que o DP promove entre designer e participante e assim situamos a relação entre designer e jogador. Essas perspectivas são discutidas a seguir. 2.1 Design participativo Design Participativo (DP) nasceu em território Europeu, em particular na Escandinávia, a partir de uma reflexão política durante os anos 1970-1980, como maneira de expressar atividades democráticas participativas no ambiente de trabalho [5]. Com isso, o design participativo foi tomando forma, adaptando-se às necessidades de cada grupo. Atualmente, DP não está restrito à práticas exclusivamente escandinavas, podendo ser adaptados de acordo com cada decisão democrática envolvida no processo [6]. A grande questão em torno do DP e o desenvolvimento de novas tecnologias é o posicionamento do usuário. A maneira como produtos digitais são criados hoje é um reflexo da tecnologia influenciando o comportamento do usuário ou é o usuário que influencia o desenvolvimento tecnológico? [6]. Esta questão deu início à aplicação do Design Participativo em estudos de Interação Humano-Computador (IHC), expandindo a relação entre o designer e o usuário durante o processo de design. Com isso, o grande desafio para designers é integrar e entender essas relações e quando utilizar técnicas participativas de design. *
2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de ... more 2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de design, com o objetivo de co-criar interações durante o desenvolvimento de jogos. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica da utilização de design participativo no desenvolvimento de jogos. Durante esta análise, procuramos apresentar os diferentes papéis de designers e participantes de maneira a desenvolver uma perspectiva inclusiva de desenvolvimento. Para isto, analisamos artigos publicados por pesquisadores e designers de jogos que utilizam esta abordagem. Concluímos este artigo com recomendações para a aplicação do Design Participativo no design de jogos, considerando aspectos éticos, de propriedade intelectual, co-criação e feedback. Palavras-chave: participatory design, games design, review 1 INTRODUÇÃO Com os avanços tecnológicos e estudos em design, há uma grande atenção voltada para abordagens metodológicas que incluam aspectos participativos e de co-design. Neste cenário, é crucial entender métodos e metodologias de design que buscam melhorar a experiência do jogador, para que pesquisadores tanto da indústria quanto da academia possam entender as relações que jogadores têm com os jogos. Muitos métodos de pesquisa procuram entender aspectos como emoção, diversão, experiência de fluxo (flow) e reações fisiológicas do jogador [1]. Entretanto, boa parte desses métodos são utilizados após a experiência com o jogo, ou seja, o jogador é envolvido apenas no final do processo de design. Neste caso, a principal técnica de aprimoramento da experiência do jogador é o playtesting. Esta técnica é extremamente defendida em metodologias de games design chamadas de playcentric (centradas no jogar) e baseadas nos princípios de Fullerton [2], que apoia o uso de protótipos e o envolvimento contínuo do jogador no processo de design. De acordo com Fullerton [2], a abordagem playcentric promove um desenvolvimento de jogos centrado na experiência do jogador, ou seja, o elemento principal do jogo é o jogador. Porém, mesmo com esta abordagem, ainda há perguntas a serem respondidas em relação à participação do jogador no processo de design, principalmente em relação a metodologias como o Design Participativo (DP), que envolve aspectos de co-design e colaboração [3]. Com o objetivo de melhorar e entender a experiência do jogador, o Design Participativo surge como maneira de contextualizar o processo de design, através do envolvimento de jogadores em diversos estágios do design de jogos, não restritos a apenas a etapa de testes [4]. Com isso, há uma grande necessidade de entender a relação entre jogador e designer, já que ao criar um jogo há muitos stakeholders envolvidos, como o designer, programador, roteirista, artista, pesquisador e muitas vezes um especialista. Além disso, é importante investigar em quais áreas do design de um jogo que o jogador pode contribuir e como esta contribuição pode ser benéfica para a melhoria da experiência do usuário. Entretanto, já que a aplicação de DP está em expansão, é necessário entender como este processo pode ser aplicado no design de jogos e como modificar existentes métodos de DP para o contexto do design de jogos, tanto na academia quanto na indústria. Dessa forma, perguntamos: quais são as diretrizes do Design Participativo no design de jogos? Como entender o papel entre jogador e designer neste contexto? Para tentar responder essas perguntas, realizamos um estudo exploratório por meio da revisão da bibliografia, procurando entender as reflexões do DP no design de jogos, as relações entre os stakeholders e aspectos que possam ser revistos ou melhorados para a aplicação de metodologias de DP em games design. 2 TEORIA Com o objetivo de situar este estudo, iniciamos este artigo com a definição e breve história da aplicação do Design Participativo (DP) como metodologia de design para diversos fins. Nesta revisão também mencionamos os jogos de design, que podem ser usados como técnicas de DP. Por fim, analisamos a relação que o DP promove entre designer e participante e assim situamos a relação entre designer e jogador. Essas perspectivas são discutidas a seguir. 2.1 Design participativo Design Participativo (DP) nasceu em território Europeu, em particular na Escandinávia, a partir de uma reflexão política durante os anos 1970-1980, como maneira de expressar atividades democráticas participativas no ambiente de trabalho [5]. Com isso, o design participativo foi tomando forma, adaptando-se às necessidades de cada grupo. Atualmente, DP não está restrito à práticas exclusivamente escandinavas, podendo ser adaptados de acordo com cada decisão democrática envolvida no processo [6]. A grande questão em torno do DP e o desenvolvimento de novas tecnologias é o posicionamento do usuário. A maneira como produtos digitais são criados hoje é um reflexo da tecnologia influenciando o comportamento do usuário ou é o usuário que influencia o desenvolvimento tecnológico? [6]. Esta questão deu…
This article discusses the relationship between emotion and design, focusing on a specific type o... more This article discusses the relationship between emotion and design, focusing on a specific type of experience design: musical consumption. An aspect of musical experience – media type (or consumption context) – is the object of analysis. This was carried out by means of an experimental study with students, seeking to identify differences in their perception of emotions after having been exposed to a song via different media: a sound recording (audio only), a music video and the live concert experience. The main hypothesis for this study comprised the idea that, dependent on media type, there is a significant difference in the perception of emotions. The results point to the existence of differences, suggesting the importance of socially relevant factors in the individual perception of emotions.
This paper reviews the current body of literature on participatory design (PD) for game design, i... more This paper reviews the current body of literature on participatory design (PD) for game design, including participatory design elements, participatory design in education, and the current challenges that game designers and developers encountered. This paper also contains the findings of a survey among game designers in Brazil (N=29) concerning their use of participatory design techniques during the design process in their studios. The survey results show that playtesting is the most common technique that they utilise in order to improve player experience. Several of the respondents admitted that they have considered player participation during other stages of game development. This paper is concluded with a critical overview of the role of participatory design in game design and potential uses for games for learning. The literature and survey-based findings in this paper may be of benefit to game design scholars and designers who are intent on critically analysing the use of partici...
A proposta deste estudo é analisar aspectos relacionados ao caráter científico do método de Perso... more A proposta deste estudo é analisar aspectos relacionados ao caráter científico do método de Personas, que foi apresentado por Alan Cooper em seu livro The Inmates are Running the Asylum em 1999. De acordo com o autor, personas são arquétipos hipotéticos de usuários reais, definidos com rigor e precisão significativos. Trata-se de personagens fictícios, construídos a partir da coleta de dados dos usuários em potencial e que servirão para orientar o desenvolvimento do produto ou serviço. O método de Personas vem sendo amplamente utilizado por profissionais das áreas de Design e também de Marketing nas etapas de pesquisa com usuários em projetos de produtos ou campanhas de comunicação. Não obstante, na academia, especialmente na área de Design, o uso deste método se tornou frequente projetos e estudos relacionados à experiência e interação do usuário com produtos e serviços. Por isso, identificou-se a necessidade de analisar e validar aspectos científicos do método. Desta forma, foi proposto um experimento onde três equipes receberam o mesmo problema de projeto e contexto para aplicar método de Persona seguindo o protocolo definido por Cooper (2007). O problema de projeto em questão foi a avaliação da interface do terminal de autoatendimento do sistema de recarga do RioCard nas estações do VLT Carioca no centro do Rio de Janeiro/RJ. persona, interaction design, method, UX Research This study aims is to analyze aspects related to the scientific character of the Personas method, which was presented by Alan Cooper in his book The Inmates are Running the Asylum in 1999. According to the author, personas are hypothetical archetypes of real users, defined with accuracy and precision. These are fictional characters, built from the data of potential users and that will serve to guide the development of the product or service. The Personas method has been widely used by professionals in the areas of Design and also Marketing in the research stages with users in product designs or communication campaigns. Nevertheless, in academic area, especially in the area of Design, the use of this method has become frequent projects and studies related to the experience and interaction of the user with products and services. Therefore, the need to analyze and validate scientific aspects of the method was identified. In this way, an experiment was proposed where three teams received the same problem of project and context to apply Persona's method following the protocol defined by Cooper (2007). The project problem in question was the evaluation of the interface of the self-service terminal of the RioCard recharging system at the VLT Carioca stations in central Rio de Janeiro / RJ. 1 Introdução A busca pelo teor científico, caracterizado por métodos rigorosos, permite obter conhecimento de forma sistemática, precisa e objetiva. No campo do Design a manufatura de muitos artefatos criados pelo homem durante muito tempo foi baseado no senso comum. Com a Revolução Industrial do século XIX os meios de produção passaram a exigir um planejamento mais elaborado. A aplicação da tecnologia substituiu o acaso do artesanato e a aproximação com a ciência ocorreu por meio da aplicação de métodos rigorosos no desenvolvimento projetual, com o objetivo da produção de novos conhecimentos, deixando a intuição na concepção de objetos de lado. Os maiores símbolos desta visão sob um ponto de vista funcionalista, substituindo as concepções artísticas por princípios científicos, são a Bauhaus e a Escola de Ulm. Elas se diferenciavam das outras escolas de desenho, não se prendendo a tradição artística e
2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de ... more 2 RESUMO Design Participativo (DP) pode ser utilizado para integrar participantes no processo de design, com o objetivo de co-criar interações durante o desenvolvimento de jogos. Neste artigo, apresentamos uma revisão bibliográfica da utilização de design participativo no desenvolvimento de jogos. Durante esta análise, procuramos apresentar os diferentes papéis de designers e participantes de maneira a desenvolver uma perspectiva inclusiva de desenvolvimento. Para isto, analisamos artigos publicados por pesquisadores e designers de jogos que utilizam esta abordagem. Concluímos este artigo com recomendações para a aplicação do Design Participativo no design de jogos, considerando aspectos éticos, de propriedade intelectual, co-criação e feedback. Palavras-chave: participatory design, games design, review 1 INTRODUÇÃO Com os avanços tecnológicos e estudos em design, há uma grande atenção voltada para abordagens metodológicas que incluam aspectos participativos e de co-design. Neste cenário, é crucial entender métodos e metodologias de design que buscam melhorar a experiência do jogador, para que pesquisadores tanto da indústria quanto da academia possam entender as relações que jogadores têm com os jogos. Muitos métodos de pesquisa procuram entender aspectos como emoção, diversão, experiência de fluxo (flow) e reações fisiológicas do jogador [1]. Entretanto, boa parte desses métodos são utilizados após a experiência com o jogo, ou seja, o jogador é envolvido apenas no final do processo de design. Neste caso, a principal técnica de aprimoramento da experiência do jogador é o playtesting. Esta técnica é extremamente defendida em metodologias de games design chamadas de playcentric (centradas no jogar) e baseadas nos princípios de Fullerton [2], que apoia o uso de protótipos e o envolvimento contínuo do jogador no processo de design. De acordo com Fullerton [2], a abordagem playcentric promove um desenvolvimento de jogos centrado na experiência do jogador, ou seja, o elemento principal do jogo é o jogador. Porém, mesmo com esta abordagem, ainda há perguntas a serem respondidas em relação à participação do jogador no processo de design, principalmente em relação a metodologias como o Design Participativo (DP), que envolve aspectos de co-design e colaboração [3]. Com o objetivo de melhorar e entender a experiência do jogador, o Design Participativo surge como maneira de contextualizar o processo de design, através do envolvimento de jogadores em diversos estágios do design de jogos, não restritos a apenas a etapa de testes [4]. Com isso, há uma grande necessidade de entender a relação entre jogador e designer, já que ao criar um jogo há muitos stakeholders envolvidos, como o designer, programador, roteirista, artista, pesquisador e muitas vezes um especialista. Além disso, é importante investigar em quais áreas do design de um jogo que o jogador pode contribuir e como esta contribuição pode ser benéfica para a melhoria da experiência do usuário. Entretanto, já que a aplicação de DP está em expansão, é necessário entender como este processo pode ser aplicado no design de jogos e como modificar existentes métodos de DP para o contexto do design de jogos, tanto na academia quanto na indústria. Dessa forma, perguntamos: quais são as diretrizes do Design Participativo no design de jogos? Como entender o papel entre jogador e designer neste contexto? Para tentar responder essas perguntas, realizamos um estudo exploratório por meio da revisão da bibliografia, procurando entender as reflexões do DP no design de jogos, as relações entre os stakeholders e aspectos que possam ser revistos ou melhorados para a aplicação de metodologias de DP em games design. 2 TEORIA Com o objetivo de situar este estudo, iniciamos este artigo com a definição e breve história da aplicação do Design Participativo (DP) como metodologia de design para diversos fins. Nesta revisão também mencionamos os jogos de design, que podem ser usados como técnicas de DP. Por fim, analisamos a relação que o DP promove entre designer e participante e assim situamos a relação entre designer e jogador. Essas perspectivas são discutidas a seguir. 2.1 Design participativo Design Participativo (DP) nasceu em território Europeu, em particular na Escandinávia, a partir de uma reflexão política durante os anos 1970-1980, como maneira de expressar atividades democráticas participativas no ambiente de trabalho [5]. Com isso, o design participativo foi tomando forma, adaptando-se às necessidades de cada grupo. Atualmente, DP não está restrito à práticas exclusivamente escandinavas, podendo ser adaptados de acordo com cada decisão democrática envolvida no processo [6]. A grande questão em torno do DP e o desenvolvimento de novas tecnologias é o posicionamento do usuário. A maneira como produtos digitais são criados hoje é um reflexo da tecnologia influenciando o comportamento do usuário ou é o usuário que influencia o desenvolvimento tecnológico? [6]. Esta questão deu início à aplicação do Design Participativo em estudos de Interação Humano-Computador (IHC), expandindo a relação entre o designer e o usuário durante o processo de design. Com isso, o grande desafio para designers é integrar e entender essas relações e quando utilizar técnicas participativas de design. *
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