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BELART, Victor. O CARNAVAL DE SANTA TERESA: CONSUMO, FESTA E TERRITORIALIDADES NAS ALTURAS DO RIO DE JANEIRO. In: Cidades em festa: comunicação, territorialidades, imaginários e ativismos políticos / Cíntia Sanmartin Fernandes; Flávia... more
BELART, Victor. O CARNAVAL DE SANTA TERESA:  CONSUMO, FESTA  E TERRITORIALIDADES  NAS ALTURAS DO RIO DE JANEIRO. In: Cidades em festa: comunicação, territorialidades, imaginários e
ativismos políticos / Cíntia Sanmartin Fernandes; Flávia Magalhães
Barroso; Lawrenberg Advíncula da Silva; Victor Belart (Org.) –
Cáceres: Editora UNEMAT, 2023.
Research Interests:
We investigated the construction and rooting of carnival activist experiences on the streets of Rio de Janeiro between the years 2010 and 2020 that consolidated the movement called “unofficial” Carnival. We argue in the article that the... more
We investigated the construction and rooting of carnival activist experiences on the streets of Rio de Janeiro between the years 2010 and 2020 that consolidated the movement called “unofficial” Carnival. We argue in the article that the complex production network of carnival processions has contributed significantly to the projection of other cultural activities and to the transformation of independent scenes in the city. We seek to consolidate the monitoring of actors and micro-events carried out in recent years, bringing together in the article the controversies (LATOUR, 2012) and potentialities that stirred up the “unofficial” carnival movement. We believe that the review of the dissents found in the field are potentially capable of architecting theoretical frameworks more in tune with the high level of assimilation and interaction of cultural groups with the new activism, aesthetics, sounds and visualities of the city.Investigamos la construcción y arraigo de experiencias carnav...
Neste trabalho, buscamos compreender as territorialidades sônico-musicais oriundas das torcidas de futebol do Rio de Janeiro. O artigo reúne base teórica de autores do campo da comunicação, música e também do esporte para buscar... more
Neste trabalho, buscamos compreender as territorialidades sônico-musicais oriundas das torcidas de futebol do Rio de Janeiro. O artigo reúne base teórica de autores do campo da comunicação, música e também do esporte para buscar aproximações entre fenômenos urbanos que se relacionam constantemente. Considerando pesquisas que vêm sendo realizadas em torno dos contextos do funk, samba ou Carnaval, investigamos de que forma alguns grupos de torcedores relacionam-se com esses respectivos movimentos. Baseados nos preceitos da teoria ator-rede (LATOUR, 2012), seguimos alguns atores que estabelecem suas territorialidades enquanto tocam e cantam nos estádios, rompendo fronteiras entre esporte, comunicação e música.
Neste artigo, e proposta uma reflexao sobre como o estilo de vida de espacos populares do Rio de Janeiro, incluindo o proprio suburbio, vem sofrendo uma transformacao na maneira em como vem sendo retratado por algumas esferas do consumo.... more
Neste artigo, e proposta uma reflexao sobre como o estilo de vida de espacos populares do Rio de Janeiro, incluindo o proprio suburbio, vem sofrendo uma transformacao na maneira em como vem sendo retratado por algumas esferas do consumo. Tradicionalmente tratado de forma exotica e distorcida por novelas e em alguns meios de comunicacao, o suburbio - ou o seu simulacro - aproximou-se mais recentemente de uma ideia da moda ou do chamado hype. Considerando festivais musicais produzidos por algumas marcas que passaram a incluir uma estetica do suburbio em sua estrategia de comunicacao, observa-se de que forma o imaginario sobre esta regiao tem sido levado para fora dela em uma nova roupagem. Analisamos eventos e manifestacoes do entretenimento para perceber como houve - do ponto de vista do consumo - uma transformacao na ideia de suburbio fazendo com que outras partes da cidade tenham acesso a ele – ou a uma simulacao dele – sem precisar, de fato, dialogar com estes territorios em seu c...
BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor; PORTO, Alessandra Figueiredo de; Noite, Praia e Montanha: apontamentos sobre os espaços de convivência no Rio de Janeiro durante a flexibilização do isolamento social na pandemia de Covid-19. In:... more
BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor; PORTO, Alessandra Figueiredo de; Noite, Praia e Montanha: apontamentos sobre os espaços de convivência no Rio de Janeiro durante a flexibilização do isolamento social na pandemia de Covid-19. In: MARCELINO, Bruno César Alves; MARTINEZ, Lucas da Silva (org). Dossiê Cultura em foco: Distanciamentos e aproximações culturais em tempos de pandemia. Foz do Iguaçu. Editora CLAEC, 2020.
Investigamos neste artigo acoes de coletivos culturais que conferem plasticidade a existencia do que chamamos de uma climatologia do movimento ou uma estetica errante produzida a partir da atitude dissensual em relacao a cidade.... more
Investigamos neste artigo acoes de coletivos culturais que conferem plasticidade a existencia do que chamamos de uma climatologia do movimento ou uma estetica errante produzida a partir da atitude dissensual em relacao a cidade. Discutimos as novas praticas de deslocamento de grupos e coletivos contemporâneos no Rio de Janeiro dentro do contexto de acirramento das politicas de regulacao das atividades culturais de rua. Analisamos as praticas dos grupos Coletivo XV e Coletivo das Ambulantes, expondo as dinâmicas distintas do movimento nas quais estes coletivos de cultura estao alicercados a partir dos conceitos de deriva (JACQUES, 2012) e tatica (CERTEAU, 1994). A investigacao faz parte da pesquisa cartografica realizada pelo grupo CAC desde 2016 no Centro do Rio de Janeiro.
Proponho aqui breves interconexões entre a musicalidade de torcidas do Rio de Janeiro e outros importantes movimentos culturais cariocas. Ao longo dos últimos 25 anos, elas incorporaram outras referências para além do samba para tocar,... more
Proponho aqui breves interconexões entre a musicalidade de torcidas do Rio de Janeiro e outros importantes movimentos culturais cariocas. Ao longo dos últimos 25 anos, elas incorporaram outras referências para além do samba para tocar, cantar e fazer festa em estádios. Compreendendo inicialmente o final dos anos 90, faço algumas relações dessas torcidas com a efervescência do funk carioca naquele período. Em seguida, apresento como uma década mais tarde-da mesma maneira que ocorreu em alguns blocos de Carnavalalguns movimentos torcedores absorveram ritmos internacionais em seus cantos e baterias, fato que não era habitual em torcidas do Rio. O artigo incorpora autores como Leda Costa, Ronaldo Helal, Irlan Simões Santos e Micael Herschmann, aproximando estudos da comunicação que tratam de esporte e de música. Com isso, busco apresentar como, para além de algumas vezes tratadas na imprensa como vilãs, organizações de torcedores de futebol têm um modo bastante criativo de agir musicalmente em diálogo com o que acontece no resto da cidade e no mundo globalizado.
Resumo: Este artigo investiga os desdobramentos do neofanfarrismo carioca: proposta de ocupação das ruas protagonizada por grupos musicais e ativistas. Surgidas no Rio de Janeiro no final da década de 2000, as neofanfarras (ou fanfarras... more
Resumo: Este artigo investiga os desdobramentos do neofanfarrismo carioca: proposta de ocupação das ruas protagonizada por grupos musicais e ativistas. Surgidas no Rio de Janeiro no final da década de 2000, as neofanfarras (ou fanfarras ativistas) nasceram ligadas ao Carnaval e se espalharam por outras capitais do país. Ao longo dos anos, esses grupos incorporaram uma linguagem híbrida que flutua entre os blocos e as bandas marciais, mescladas também com referências circenses e da cultura pop. Trato aqui do surgimento dessas manifestações, aproximadas do Carnaval de rua, mas também de seus desdobramentos, que culminaram na produção de um festival próprio de caráter ativista. O Festival HONK!, encontro anual organizado por esses grupos no Rio, mantém relação com versões homônimas desta celebração cultural e política mundo afora. Desde 2015, inclusive, outras capitais brasileiras passaram também a realizar este mesmo evento, que defende bandeiras progressistas. A partir de experiências empíricas e de uma atenta releitura dos primeiros estudos realizados sobre esses grupos, o presente artigo investiga a consolidação do neofanfarrismo para além do Carnaval carioca e suas novas aspirações mais de 10 anos princípio desse movimento.
O Rio de Janeiro conviveu com transformações relevantes no cenário político e cultural que atualizaram de forma intensa a produção de microeventos de música. O artigo pretende organizar as mudanças na gestão e fiscalização dos mesmos,... more
O Rio de Janeiro conviveu com transformações relevantes no cenário político e cultural que atualizaram de forma intensa a produção de microeventos de música. O artigo pretende organizar as mudanças na gestão e fiscalização dos mesmos, argumentando sobre a existência de uma climatologia errante ou uma errantologia (CARERI, 2013) que insinua-se nas zonas opacas (SANTOS, 2008) da cidade dando-nos a ver diferentes expressões de nomadismos concretizadas nas contínuas (re)arquiteturas de territorialidades sônico-musicais (HERSCHMANN, 2018). Apresentamos, a partir de trabalho cartográfico realizado desde 2016, as experiências de música que são continuamente (re)fundadas nas brechas das distintas dinâmicas de controle e regulação configuradas no momento pós-Olímpico nas últimas duas gestões da cidade.
Praticando errâncias por ambientes urbanos, compreendemos que determinadas cidades se delineiam enquanto arquipélagos (ilhas-redes) e não como uma unidade moderna (centro-periferia). Neste artigo, praticamos uma corpografia pelas ruas do... more
Praticando errâncias por ambientes urbanos, compreendemos que determinadas cidades se delineiam enquanto arquipélagos (ilhas-redes) e não como uma unidade moderna (centro-periferia). Neste artigo, praticamos uma corpografia pelas ruas do Rio de Janeiro e consideramos a mutabilidade constante das conformações dos espaços pelas experiências sonoros-musicais. Investigamos um processo de comunicação-comunhão entre práticas estéticas, sonoras, sensíveis e visuais que se articulam na cidade. Essas coexistências comunicam-se nas cidades-arquipélagos por meio de "portas e pontes" (em todas suas modulações técnicas e imaginárias), como sugeridas por Simmel (2013). O trabalho integra as pesquisas das Cartografias Sensíveis das Cidades Musicais do Rio de Janeiro, elaboradas pelos grupos CAC-UERJ e NEPCOM-UFRJ.
O propósito deste artigo é identificar os legados dos megaeventos prometidos por políticos e pelo jornalismo para o Maracanã e o Porto Maravilha, averiguando o que realmente foi deixado a essas regiões do Rio. O Maracanã foi escolhido por... more
O propósito deste artigo é identificar os legados dos megaeventos prometidos por políticos e pelo jornalismo para o Maracanã e o Porto Maravilha, averiguando o que realmente foi deixado a essas regiões do Rio. O Maracanã foi escolhido por abrigar alguns eventos da Copa do Mundo de 2014 e a Zona Portuária foi selecionada por acolher o Boulevard Olímpico planejado para os Jogos de 2016. Além disso, consideramos os improvisos feitos pelas pessoas que habitam nesses espaços modificados, identificando como elas adaptaram as obras e os aparelhos construídos (de forma autoritária) em seus bairros. Enfim, este trabalho revela que a cidade não é inerte, pois a população está sempre resistindo e transformando as planificações urbanas impostas pelo mercado e pelos políticos.
Este artigo propõe uma imersão visual pelas ruas da Grande Tijuca: área que compreende quase 10 bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro. Com a história entrelaçada entre antigas fábricas e a maior floresta urbana do planeta, investiga-se... more
Este artigo propõe uma imersão visual pelas ruas da Grande Tijuca: área que compreende quase 10 bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro. Com a história entrelaçada entre antigas fábricas e a maior floresta urbana do planeta, investiga-se aqui a potência visual dessa região e suas paisagens ocultas. Considerando arquiteturas, estéticas e práticas culturais que acontecem por lá, compreende-se por aqui uma visualidade carioca que combina a natureza e o concreto. Em métodos híbridos, aplica-se o conceito de olhar vagante (CANEVACCI, 2013) e corpográfico (JACQUES, 2011) para compreensão das ruas da cidade como vetores comunicacionais. Numa deriva que passeia por coletivos culturais, chaminés de fábricas e a Mata Atlântica, revela-se uma versão do Rio de Janeiro distante de suas praias e repleta de outras imagens visíveis.
Durante o Ciclo Olímpico do Rio de Janeiro, diferentes grupos musicais e carnavalescos ocupavam as ruas do Centro de maneira ativista. Enquanto obras alteravam paisagens e encareciam aluguéis: blocos não oficiais e festas gratuitas... more
Durante o Ciclo Olímpico do Rio de Janeiro, diferentes grupos musicais e carnavalescos ocupavam as ruas do Centro de maneira ativista. Enquanto obras alteravam paisagens e encareciam aluguéis: blocos não oficiais e festas gratuitas eclodiam diante da cidade transformada. Investiga-se aqui, as apropriações desse mesmo movimento nos primeiros anos do Boulevard Olímpico e de suas áreas vizinhas. Invadindo exatamente aquela região do Centro à beira-mar, essas manifestações dividem espaço com turistas, marinheiros, grupos ancestrais e grandes marcas. Alheias tanto ao porto das manifestações tradicionais, quanto ao projeto idealizado da Cidade Olímpica, tais festividades Piratas passaram realizar ataques secretos, normalmente noturnos e ambulantes por ali. Atuando num Rio de Janeiro boêmio e litorâneo, atraem multidões ao território numa estética diferente da projetada inicialmente pelo Projeto Olímpico. A partir de uma deriva pelo Boulevard, Praça XV, Praça Marechal Âncora e áreas vizinhas, busco compreender os novos personagens, conflitos e propósitos desses grupos que aplicam outras práticas de vida a um Centro da cidade transformado. O trabalho desenvolve-se a partir dos conceitos de imaginário, consumo e performance e compreende a visualidade e corpografia como métodos investigativos.
Nos últimos anos, intensificou-se no Rio de Janeiro a popularidade do Carnaval de rua tido como "não oficial". Na cidade que havia se acostumado a investir em megaeventos, alguns microeventos independentes tornaram-se febre pelo Centro e... more
Nos últimos anos, intensificou-se no Rio de Janeiro a popularidade do Carnaval de rua tido como "não oficial". Na cidade que havia se acostumado a investir em megaeventos, alguns microeventos independentes tornaram-se febre pelo Centro e em outros espaços da cidade. Cortejos musicais não autorizados pela Prefeitura passaram a atrair a atenção de foliões e turistas, dividindo audiência com os já tradicionais megablocos, megashows e desfiles da Sapucaí. Neste trabalho, em observação participante, são investigadas as apropriações dadas por este movimento em praças e espaços recentemente reformados no Centro, especialmente após a passagem das Olimpíadas Rio 2016. Invadindo uma região projetada para abrigar grandes shows de outra natureza, tais blocos burlavam a repressão e criavam novas formas de ocupar a cidade em momento de crise econômica. Investigo aqui a potência criativa desses grupos que incorporam diferentes bandeira políticas, atraem o interesse de marcas, reinventam espaços públicos e modificam as formas de uso para praças, túneis, monumentos e diferentes aparelhos urbanísticos inaugurados recentemente pelo Rio.
Investigamos neste artigo ações de coletivos culturais que conferem plasticidade à existência do que chamamos de uma climatologia do movimento ou uma estética errante produzida a partir da atitude dissensual em relação à cidade.... more
Investigamos neste artigo ações de coletivos culturais que conferem plasticidade à existência do que chamamos de uma climatologia do movimento ou uma estética errante produzida a partir da atitude dissensual em relação à cidade. Discutimos as novas práticas de deslocamento de grupos e coletivos contemporâneos no Rio de Janeiro dentro do contexto de acirramento das políticas de regulação das atividades culturais de rua. Analisamos as práticas dos grupos Coletivo XV e Coletivo das Ambulantes, expondo as dinâmicas distintas do movimento nas quais estes coletivos de cultura estão alicerçados a partir dos conceitos de deriva (JACQUES, 2012) e tática (CERTEAU, 1994). A investigação faz parte da pesquisa cartográfica realizada pelo grupo CAC desde 2016 no Centro do Rio de Janeiro.
Resumo: Neste artigo, é proposta uma reflexão sobre como o estilo de vida de espaços populares do Rio de Janeiro, incluindo o próprio subúrbio, vem sofrendo uma transformação na maneira em como vem sendo retratado por algumas esferas do... more
Resumo: Neste artigo, é proposta uma reflexão sobre como o estilo de vida de espaços populares do Rio de Janeiro, incluindo o próprio subúrbio, vem sofrendo uma transformação na maneira em como vem sendo retratado por algumas esferas do consumo. Tradicionalmente tratado de forma exótica e distorcida por novelas e em alguns meios de comunicação, o subúrbio-ou o seu simulacro-aproximou-se mais recentemente de uma ideia da moda ou do chamado hype. Considerando festivais musicais produzidos por algumas marcas que passaram a incluir uma estética do subúrbio em sua estratégia de comunicação, observa-se de que forma o imaginário sobre esta região tem sido levado para fora dela em uma nova roupagem. Analisamos eventos e manifestações do entretenimento para perceber como houve-do ponto de vista do consumo-uma transformação na ideia de subúrbio fazendo com que outras partes da cidade tenham acesso a ele-ou a uma simulação dele-sem precisar, de fato, dialogar com estes territórios em seu cotidiano. O artigo considera também as novas visibilidades e invisibilidades que passam a ser geradas em tais espaços através disso.
Resumo O presente trabalho analisará as festas de rua que acontecem no Beco das Artes no Centro do Rio de Janeiro. Buscamos investigar como o espaço-tempo noturno arquiteta paisagens dissidentes na cidade ao apresentar usos inusitados do... more
Resumo O presente trabalho analisará as festas de rua que acontecem no Beco das Artes no Centro do Rio de Janeiro. Buscamos investigar como o espaço-tempo noturno arquiteta paisagens dissidentes na cidade ao apresentar usos inusitados do espaço, bem como de práticas que desafiam estruturas morais e legais da cidade. Investigamos especificamente as festas realizadas no Beco das Artes no Centro do Rio de Janeiro. Para tanto, utilizamos referencial teórico sobre a noção de paisagem (Luchiari, 2001) e imaginário noturno (Durand, 1983) vinculadas a experiência festiva. O trabalho faz parte de cartografia que vem sendo realizada desde 2016 nas festas do centro da cidade baseado na teoria ator-rede (Latour, 2012).
Resumo A partir de uma inserção corpográfica pela atividade de blocos piratas e não homologados pela Prefeitura do Rio de Janeiro, este artigo analisa as ocupações dos bairros da Cidade Nova, São Cristóvão e Catumbi por parte dessas... more
Resumo A partir de uma inserção corpográfica pela atividade de blocos piratas e não homologados pela Prefeitura do Rio de Janeiro, este artigo analisa as ocupações dos bairros da Cidade Nova, São Cristóvão e Catumbi por parte dessas manifestações. Ao analisar a performatividade do Technobloco, Meu Glorioso São Cristóvão e Terreirada Cearense, o estudo revela novas práticas comunicacionais e disputas num Rio de Janeiro industrial: distante tanto da praia, quanto do subúrbio ou de seu Centro financeiro. Através do ato prático e simbólico do deslocamento, tais grupos constroem novas imagens e arquiteturas de cidade através da caminhada, do movimento e do percurso. Palavras-chave Carnaval; Microeventos; Culturas Urbanas; Corpografia; Festa
Resumo O Rio de Janeiro aumentou sua fama Internacional como destino gay-friendly durante o Ciclo Olímpico, mas passou nos anos seguintes a conviver com lideranças assumidamente conservadoras em sua gestão executiva. No mesmo período onde... more
Resumo O Rio de Janeiro aumentou sua fama Internacional como destino gay-friendly durante o Ciclo Olímpico, mas passou nos anos seguintes a conviver com lideranças assumidamente conservadoras em sua gestão executiva. No mesmo período onde a capital recebeu uma Intervenção Militar na Segurança Pública, o Carnaval não-oficial da cidade ampliou seu crescimento com bandeiras da liberdade sexual e de comportamento. Este artigo investiga a atuação de cortejos musicais que se desenvolvem simultaneamente ao crescimento político de forças conservadoras na cidade. O trabalho compreende as manifestações festivas na área da nova Orla Conde, região construída durante o Ciclo Olímpico que conta com uma base administrativa da Marinha. Nela, corpos fantasiados e com mensagens políticas dividem espaço com Militares em ofício.
Reconhecido internacionalmente por suas praias, o Rio de Janeiro vive uma relação controversa com a Baía de Guanabara. Recentemente, além de um fracassado projeto de despoluição, novas estratégias comunicacionais e de planejamento urbano... more
Reconhecido internacionalmente por suas praias, o Rio de Janeiro vive uma relação controversa com a Baía de Guanabara. Recentemente, além de um fracassado projeto de despoluição, novas estratégias comunicacionais e de planejamento urbano tentaram ampliar a relação do carioca com ela. Retratada na mídia como local de insalubridade, a
Baía de Guanabara segue sendo espaço fundamental na construção de novas socialidades por parte da população. O presente artigo investiga as manifestações festivas que acontecem no seu entorno, especialmente no Novo Centro da cidade. Considerando simultaneamente grupos recém criados ou centenários que atuem no
próximos à Baía, a pesquisa apresenta o trabalho de agentes culturais que estabeleçam novas formas de uso e novas práticas comunicacionais num Rio de Janeiro litorâneo.
Resumo: A Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro, passou por um processo de "revitalização" para atender as demandas dos megaeventos-Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016)-e dos empresários locais. Embora tenha recebido muitos... more
Resumo: A Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro, passou por um processo de "revitalização" para atender as demandas dos megaeventos-Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016)-e dos empresários locais. Embora tenha recebido muitos investimentos durante tais processos, atualmente tem sido narrada pela grande mídia como um bairro violento, inseguro e "sem vida". Contudo, a Lapa nunca esteve morta, nem antes dos eventos internacionais, nem agora. Assim, objetivo deste artigo é entrelaçar as matérias de O Globo sobre a "Lapa caótica" e a "Lapa revitalizada" com a experiência cultural de grupos que atuam na rua, como o Jongo na Lapa e Dandalua, bem como de eventos do Circo Voador que inevitavelmente terminam nos arcos. Partimos da hipótese que suas ruas assistem o vaivém de pessoas com visões diferentes de mundo, mas também servem de abrigo àquelas que pensam junto. Corpos que se misturam às arquiteturas contemporâneas e antigas que parecem falar, ou às vezes berrar, aos ouvidos. Enfim, a história da Lapa é (re)escrita diariamente por seus transeuntes, moradores, notívagos, movimentos políticos e culturais. Além, é claro, das representações difundidas pelos grandes veículos de comunicação. Eles, juntos, assim como outras intervenções, revelam um conjunto de ideias sobre a Lapa que é elaborado/reelaborado cotidianamente.
Resumo: Neste artigo, é proposta uma reflexão sobre como o estilo de vida das brechas e becos do Rio de Janeiro, incluindo o próprio subúrbio da cidade, vem agora sendo utilizado mercadologicamente como ferramenta branding. Analisamos a... more
Resumo: Neste artigo, é proposta uma reflexão sobre como o estilo de vida das brechas e becos do Rio de Janeiro, incluindo o próprio subúrbio da cidade, vem agora sendo utilizado mercadologicamente como ferramenta branding. Analisamos a recente construção do subúrbio em algo a ser consumido, com outras partes da cidade tendo acesso a ele-ou a uma simulação dele-sem precisar, de fato, dialogar com estes territórios em seu cotidiano. O artigo analisa essas questões sob a ótica de conceitos como simulacro. Compreende-se como as marcas têm criado, especialmente através de festas e eventos, essas representações de tais espaços com uma ideia de aproximação, que na verdade, se mantém distante dali. Palavras-chaves: consumo, subúrbio, simulacro, branding, festas 1. Introdução Durante o período da Rio 2016, o Rio de Janeiro passou por um processo de valorização do potencial de marketing da cidade, exaltando "principalmente a alegria, beleza, energia, estilo e paixão" (GOTARDO, 2017: 31) como uma estratégia de venda. É também neste período e, especialmente, ao fim dele, que as marcas observam a cidade numa outra perspectiva a ser explorada. Para além da imagem alegre, harmoniosa e criativa da Marca Rio que compete globalmente com outras grandes metrópoles criativas do mundo (VAINER, 2013), percebe-se também o Rio de Janeiro do underground, da produção independente, da gambiarra e de seu próprio subúrbio interessando também ao mercado. Se antes a expressão "popular" tinha um caráter pejorativo, dando um tom negativo ao que o adjetivo qualificava, hoje o que gira em torno da cultura popular-principalmente a que gira em torno do subúrbio-causa
BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor; PORTO, Alessandra Figueiredo de; Noite, Praia e Montanha: apontamentos sobre os espaços de convivência no Rio de Janeiro durante a flexibilização do isolamento social na pandemia de Covid-19. In:... more
BARROSO, Flávia Magalhães; BELART, Victor; PORTO, Alessandra Figueiredo de; Noite, Praia e Montanha: apontamentos sobre os espaços de convivência no Rio de Janeiro durante a flexibilização do isolamento social na pandemia de Covid-19. In: MARCELINO, Bruno César Alves; MARTINEZ, Lucas da Silva (org). Dossiê Cultura em foco: Distanciamentos e aproximações culturais em tempos de pandemia. Foz do Iguaçu. Editora CLAEC, 2020.
Mergulhamos a partir da história portuária carioca para pensar as práticas artísticas e culturais que se estabeleceram por aquele espaço nos últimos anos, especialmente diante do Boulevard Olímpico, que foi inaugurado em 2016.... more
Mergulhamos a partir da história portuária carioca para pensar as práticas artísticas e culturais que se estabeleceram por aquele espaço nos últimos anos, especialmente diante do Boulevard Olímpico, que foi inaugurado em 2016. Considerando a região portuária do Rio um território que, para além de sua importância econômica no país, ditou também suas estratégias de controle da população, refletimos acerca de algumas potencialidades narrativas e subversões produzidas na região das docas entre 2016 e 2020. O trabalho acompanha cortejos musicais e blocos não oficiais que passaram a circular pela região, especialmente depois da derrubada do Elevado da Perimetral. Junto deles, investigamos a atividade do Armazém da Utopia, projeto que ocupa o armazém 6 e o anexo 5/6 desde 2010, sob a gestão de um grupo teatral, a Companhia Ensaio Aberto. Que hoje, divide a vizinhança com o AquaRio e a outras intervenções recentes na área. Em observação participante e a partir dos conceitos de táticas (CEARTEAU, 1994), o artigo propõe uma deriva por um Boulevard Olímpico de muitas faces e com potentes reinvenções no campo da cultura e política, através de uma memória em disputa e na produção de outras imagens possíveis de cidade.