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No ensaio, a artista plastica fala de seu trabalho com os nomes proprios, em que tenta dar corpo aos nomes de desconhecidos mortos durante a 2a Guerra, todos com o mesmo sobrenome judaico, o seu. Os poemas de Paul Celan sao parte do... more
No ensaio, a artista plastica fala de seu trabalho com os nomes proprios, em que tenta dar corpo aos nomes de desconhecidos mortos durante a 2a Guerra, todos com o mesmo sobrenome judaico, o seu. Os poemas de Paul Celan sao parte do trabalho e recebem traducao visual. Ao compor livros-objetos e gravar sobre jornais, tenta realizar visualmente as operacoes que o poeta realiza na lingua alema.
Resumo: No ensaio, a artista plástica fala de seu trabalho com os nomes próprios, em que tenta dar corpo aos nomes de desconhecidos mortos durante a 2ª Guerra, todos com o mesmo sobrenome judaico, o seu. Os poemas de Paul Celan são parte... more
Resumo: No ensaio, a artista plástica fala de seu trabalho com os nomes próprios, em que tenta dar corpo aos nomes de desconhecidos mortos durante a 2ª Guerra, todos com o mesmo sobrenome judaico, o seu. Os poemas de Paul Celan são parte do trabalho e recebem tradução visual. Ao compor livros-objetos e gravar sobre jornais, tenta realizar visualmente as operações que o poeta realiza na língua alemã.Palavras-chave: Poesia, gravura, objetos estéticos, memória, história judaica
Como toda imagem, o autoretrato solicita a distância, nem que seja a distância de um braço, como é o caso das selfies. Assim, o texto é constituído por sete pequenas seções, sete movimentos de distanciamento reflexivo – provisórios,... more
Como toda imagem, o autoretrato solicita a distância, nem que seja a distância de um braço, como é o caso das selfies. Assim, o texto é constituído por sete pequenas seções, sete movimentos de distanciamento reflexivo – provisórios, tênues, hesitantes – que têm em comum o nome próprio, o gesto, a escrita e a transmissão, tópicos que se organizam em torno de um clichê fotográfico de minhas avós, entre outros apelos, que habitam o visível como exigência (Mondzain). Responder à exigência do que pede a se constituir como imagem é o movimento que, por sua vez, me constitui como artista.  
Durante muito tempo separei os jornais em que constavam a palavra “nome” ou simplesmente um nome proprio. Retirava todo o texto em volta e o nome pulsava sozinho na pagina. Mas, tao solitario, nao chegava a fazer sentido. Passei a... more
Durante muito tempo separei os jornais em que constavam a palavra “nome” ou simplesmente um nome proprio. Retirava todo o texto em volta e o nome pulsava sozinho na pagina. Mas, tao solitario, nao chegava a fazer sentido. Passei a colecionar fragmentos de textos em que a questao era o nome. Cecilia Meireles: “de dura inconstância e teu nome feito”; Drummond: “Ouco teu nome, unica parte de ti que nao se dissolve”; e o que considero a formula mais perfeita, extraida de Orides Fontela: “A escolha do nome, eis tudo”. Fiz carimbos com esses e muitos outros textos e passei carimbar os jornais -- com os nomes -- com os versos que falavam do Nome. Articulei entao os jornais carimbados em dobras, superposicoes que construiam outros textos. Me senti como uma especie de ventriloquo, fazendo jornais e poetas falarem, de certo modo, o que eu queria. E a serie mais austera, mais dificil, talvez, mas a que me e mais querida tambem e acho que a formula continua valida: “Nome = Poiesis”. Continuo a ...
A serie Pesquisa escolar deseja ser uma pequena enciclopedia ilustrada. Seu ponto de partida e a observacao de recortes que minha avo materna guardava em pastas intituladas genericamente “gravuras para pesquisa escolar”. Quando crianca, a... more
A serie Pesquisa escolar deseja ser uma pequena enciclopedia ilustrada. Seu ponto de partida e a observacao de recortes que minha avo materna guardava em pastas intituladas genericamente “gravuras para pesquisa escolar”. Quando crianca, a logica civica e edificante dessas pastas talvez organizasse meu mundo. Nao sei mais. Certo e que ao reencontra-las, comecei a pensar nas imagens ausentes, nas tantas pastas que faltavam. Assim, como num jogo de encaixes em que ha sempre pecas extraviadas, inscrevo nessas imagens – todas realizadas com carimbo sobre etiquetas autocolantes –, algumas camadas da violencia extrema que nos constitui. E a partir de uma foto escolar, inscrevo a mim mesma nessas imagens, aquela que fui, aluna de uma escola publica no Rio de Janeiro nos anos da ditadura civil-militar. Abstract The “School research” series aims to be a small illustrated encyclopedia. The starting point was the observation of clippings that my maternal grandmother kept in folders generically ...
Palavras-chave: Shoah. Holocaust. Word. Abstract: Although Elie Wiesel has ceased to employ the word Holocaust, "denatured by force", his preference for event ( Evenement ) or Kingdom of Night reveals the mystical content that... more
Palavras-chave: Shoah. Holocaust. Word. Abstract: Although Elie Wiesel has ceased to employ the word Holocaust, "denatured by force", his preference for event ( Evenement ) or Kingdom of Night reveals the mystical content that sets up your memory. For him, the Holocaust is beyond understanding. This article discusses the aporia of the names in the Shoah.
O texto aborda a série Perigosos, subversivos, sediciosos (‘Cadernos do povo brasileiro’), que integra a mostra Hiatus: a violência ditatorial na América Latina, com curadoria de Márcio Seligmann-Silva, realizada no Memorial da... more
O texto aborda a série Perigosos, subversivos, sediciosos (‘Cadernos do povo brasileiro’), que integra a mostra Hiatus: a violência ditatorial na América Latina, com curadoria de Márcio Seligmann-Silva, realizada no Memorial da Resistência / Estação Pinacoteca, São Paulo, de 21 de setembro de 2017 a 12 de março de 2018. Feito a partir de publicações censuradas na ditadura civil-militar brasileira, o trabalho consiste na montagem de livros e imagens de arquivos, propondo a experiência de um novo livro – expandido e espacializado.
Publicado originalmente em Ano novo. Rio de Janeiro: 7Letras, 2016.p.13, 15, 16, 18, 19, 22, 23, 24.
Um dos vetores de seu trabalho é a investigação da página impressa (jornal, livro, documento histórico), orientando-se pelos atritos entre a micro e a macro historia, entre a memória familiar e as construções da memória de violências... more
Um dos vetores de seu trabalho é a investigação da página impressa (jornal, livro, documento histórico), orientando-se pelos atritos entre a micro e a macro historia, entre a memória familiar e as construções da memória de violências extremas. Seus trabalhos desenvolvem-se em meios diversos (técnicas de impressão e de apagamento, fotografia, vídeo, instalação e escrita).
Resumo O artigo apresenta a obra de duas artistas da memória, ambas da América Latina, uma brasileira, Leila Danziger, outra argentina, Eugenia Bekeris. Cada uma delas tem uma poética própria e muito original. Ambas têm como herança a... more
Resumo O artigo apresenta a obra de duas artistas da memória, ambas da América Latina, uma brasileira, Leila Danziger, outra argentina, Eugenia Bekeris. Cada uma delas tem uma poética própria e muito original. Ambas têm como herança a terrível memória da Shoah, o holocausto. Nas duas artistas, vemos imagens e palavras se juntarem em uma arte da memória poderosa e ao mesmo tempo delicada. Com suas obras, podemos tanto olhar de mais perto a paisagem em ruínas do século XX, como também repensar nosso próprio presente de modo mais crítico.
O artigo propõe cruzamentos entre a produção poética e a obra plástica da artista Leila Danziger, a partir da análise de um pequeno conjunto de poemas, reunidos no livro três ensaios de fala. Observa-se que esse corpus verbal se forja por... more
O artigo propõe cruzamentos entre a produção poética e a obra plástica da artista Leila Danziger, a partir da análise de um pequeno conjunto de poemas, reunidos no livro três ensaios de fala. Observa-se que esse corpus verbal se forja por procedimentos artísticos análogos aos que moldam as suas obras visuais. Trata-se de procedimentos de erosão e de transferência de materiais, que possibilitam atualizar elementos judaicos escavados das camadas da memória. Palavras-chave: Leila Danziger, judaísmo, obras poéticas e visuais.

The essay considers the intersections between the poetic and the plastic works of contemporary artist Leila Danziger, by focusing on a small group of poems compiled in the book três ensaios de fala. We note that this verbal corpus is forged by the same artistic procedures that shape her visual work. These procedures of erosion and transference of materials enable the presence of Jewish elements, carved out of the layers of memory.
Research Interests:
O artigo apresenta a obra de duas artistas da memória, ambas da América Latina, uma brasileira, Leila Danziger, outra argentina, Eugenia Bekeris. Cada uma delas tem uma poética própria e muito original. Ambas têm como herança a terrível... more
O artigo apresenta a obra de duas artistas da memória, ambas da América Latina, uma brasileira, Leila Danziger, outra argentina, Eugenia Bekeris. Cada uma delas tem uma poética própria e muito original. Ambas têm como herança a terrível memória da Shoah, o holocausto. Nas duas artistas, vemos imagens e palavras se juntarem em uma arte da memória poderosa e ao mesmo tempo delicada. Com suas obras, podemos tanto olhar de mais perto a paisagem em ruínas do século XX, como também repensar nosso próprio presente de modo mais crítico.

The article presents the works of two artists involved with the connection between art and memory. Both come from Latin America: one from Brazil, Leila Danziger, the other from Argentina, Eugenia Bekeris. Both have developed particular and original poetics. Both have received the memory of Shoah, Holocaust, as a terrible heritage. In their work, we can see images and words coming together to create a powerful and at the same time delicate art of memory. With their works we are able to both, see from a closer spot the ruinous landscape of the 20th century, and rethink our own present from a more critical point of view.
Research Interests:
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Mini catálogo da exposição Navio de emigrantes | Leila Danziger | Caixa Cultural São Paulo | 15 jan - 31 mar 2019 | curador: Raphael Fonseca | desing: Lygia Santiago | produção: DM
Catálogo da exposição Navio de emigrantes | Leila Danziger Caixa Cultural Brasília [30 out - 23 dez 2018] e Caixa Cultural São Paulo [15 jan - 31 mar 2019] Curador: Rapahel Fonseca Textos de Raphael Fonseca, Márcio Seligmann-Silva e Leila... more
Catálogo da exposição Navio de emigrantes | Leila Danziger
Caixa Cultural Brasília [30 out - 23 dez 2018] e Caixa Cultural São Paulo [15 jan - 31 mar 2019] Curador: Rapahel Fonseca
Textos de Raphael Fonseca, Márcio Seligmann-Silva e Leila Danziger
Design: Lygia Santiago
Produção: ADupla
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